Ônibus pago... Violência gratuita

Natal está voltando a uma rotina não muito distante. Uma rotina de medo e insegurança em quase todos os pontos da cidade. Mas não é uma violência fixa, que é localizada em um certo ponto da cidade que volta a povoar nosso sentimento de medo: É uma violência móvel!

Foto: Tribuna do Norte

Isso mesmo: Os assaltos a Ônibus estão voltando a cena na capital potiguar. Algo que não combina com um lema que a cidade ganhou de uma das mais seguras do Brasil. Afinal, como Natal é tão segura se nem um simples assalto a um ônibus a polícia não consegue conter? E se não combate assaltos a ônibus, vai conseguir conter homicídios ou crimes mais graves?

Pra se ter uma idéia de que isso é urgente, cito um caso próprio antigo. Em novembro de 2005, na Avenida Rio Branco (Uma das mais movimentadas do centro de Natal), por volta das 17h, entrei num Ônibus da linha 22 (Felipe Camarão/Rocas) e fui assaltado - Detalhe: A cerca de 30 metros da parada tinha um posto policial que estava fechado, onde, provavelmente, os policiais estavam fazendo ronda. Mas o interessante é que essa parada fica na calçada de uma grande loja de departamentos, um local muito movimentado - Sujeito a esse tipo de coisa. E não foi feito absolutamente nada.

Francamente. Os empresários e os governantes devem investir mais em segurança para o transporte público. É inadimissível ver que uma cidade com uma frota de quase 700 ônibus tem uma média de 6 assaltos por dia, algo proporcionalmente alarmante.

Por essas e outras que o sindicato dos rodoviários merecem fazer um protesto (E uma greve, se preciso). Todo trabalhador deve ter condições dignas pra poder trabalhar (Um motorista de Ônibus e um cobrador também), como condições de segurança por exemplo. Esse ato é válido sim, para que as autoridades abram o olho e destaquem as viaturas que ficam em frente as suas casas pra patrulhar a cidade e prender essas quadrilhas de assaltantes de ônibus.

Foto: Tribuna do Norte

Mas uma coisa me encuca: Ainda assim, com todo esse apelo para proteger todos, tem uma parte da população que não gosta desse tipo de ato. Tudo bem, eu entendo que os outros trabalhadores não têm culpa pelo protesto, mas você que não gosta de greve de ônibus deve olhar também pro outro lado: Com mais segurança, você poderá deixar seu carro em casa e vai andar no transporte coletivo, ajudando a combater o aquecimento global, vai evitar aborrecimento por causa de engarrafamentos e ainda vai andar com bastante segurança.

Vamos nos unir a classe dos rodoviários. Vamos prezar por maior segurança para nós. E, para termos segurança total, a polícia também deve passar pelo transporte coletivo. Não reclame do protesto: Reivindique um direito básico: A de se andar tranquilo para todo e qualquer lugar!