Créditos: Nominuto.com
Foto: DN Online
O vestibular 2010 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte contou com uma novidade para os alunos das escolas públicas: o argumento de inclusão apresentou nova bonificação de 10% do desempenho do candidato no vestibular. Graças à nova medida, 764 calouros da universidade vieram da escola pública – 12% a mais que os 208 aprovados para 2009.
“O argumento já existia. O que mudou foi que esse percentual padronizado. Antes cada curso tinha um argumento diferente”, sintetiza Bethânia Leite, presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Comperve) da UFRN.
No curso de medicina, por exemplo, o antigo argumento acrescentava 18 pontos à nota final do candidato. No vestibular passado, foram aprovados 10 alunos contemplados com a bonificação. Neste ano, com o acréscimo de 10% à pontuação, esse número subiu para 25.
Sem o benefício, apenas quatro deles teriam sido aprovados. O primeiro lugar de medicina, que cursou o ensino médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), teria sido classificado apenas na 69° colocação.
Para Bethânia Leite, contudo, o objetivo do argumento de inclusão é exatamente este: possibilitar aos alunos da rede pública uma maior competitividade no processo seletivo. Neste ponto, ela avalia que a política de inclusão social teve êxito.
“As críticas ao sistema são feitas por alunos que usufruem de condições sócio-econômicas e têm chance de ter serem amparados por um bom sistema educacional. Historicamente eles têm ocupado as vagas nas universidades federais”, explica.
Ela argumenta ainda que a bonificação possibilita chance de ingresso apenas ao bom aluno da escola pública. Para receber o acréscimo de 10% à nota, o candidato deve ter sido aprovado na primeira fase do processo seletivo e ter alcançado um desempenho mínimo na segunda etapa.
O diretor do colégio Ciências Aplicadas, professor Alexandre Pinto, contudo, acredita que a mudança foi exagerada. Segundo ele, com o antigo sistema de inclusão, um candidato do curso de medicina poderia ultrapassar, em média, 40 a 50 concorrentes.
Com o novo argumento, este número poderia subir para até 400 outros vestibulandos. Segundo Alexandre, nos últimos cinco anos o primeiro colocado do curso foi beneficiado com o argumento de inclusão.
Dessa forma, o professor afirma que a concorrência termina sendo desleal. Ele critica também o fato de o IFRN ser beneficiado com o percentual de 10% do desempenho no processo seletivo.
“Assim, os alunos das redes municipal e estadual, mais carentes que os do instituto federal, terminam não sendo beneficiados”, enfatiza.
Alexandre Pinto alega que o argumento acaba por funcionar como paliativo para o ensino público de base, que é de má qualidade. “Sou a favor de uma verdadeira inclusão: maior investimento do governo na educação pública de base, para que os alunos da rede pública possam se capacitar apropriadamente”, afirma.
“O argumento já existia. O que mudou foi que esse percentual padronizado. Antes cada curso tinha um argumento diferente”, sintetiza Bethânia Leite, presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Comperve) da UFRN.
No curso de medicina, por exemplo, o antigo argumento acrescentava 18 pontos à nota final do candidato. No vestibular passado, foram aprovados 10 alunos contemplados com a bonificação. Neste ano, com o acréscimo de 10% à pontuação, esse número subiu para 25.
Sem o benefício, apenas quatro deles teriam sido aprovados. O primeiro lugar de medicina, que cursou o ensino médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), teria sido classificado apenas na 69° colocação.
Para Bethânia Leite, contudo, o objetivo do argumento de inclusão é exatamente este: possibilitar aos alunos da rede pública uma maior competitividade no processo seletivo. Neste ponto, ela avalia que a política de inclusão social teve êxito.
“As críticas ao sistema são feitas por alunos que usufruem de condições sócio-econômicas e têm chance de ter serem amparados por um bom sistema educacional. Historicamente eles têm ocupado as vagas nas universidades federais”, explica.
Ela argumenta ainda que a bonificação possibilita chance de ingresso apenas ao bom aluno da escola pública. Para receber o acréscimo de 10% à nota, o candidato deve ter sido aprovado na primeira fase do processo seletivo e ter alcançado um desempenho mínimo na segunda etapa.
O diretor do colégio Ciências Aplicadas, professor Alexandre Pinto, contudo, acredita que a mudança foi exagerada. Segundo ele, com o antigo sistema de inclusão, um candidato do curso de medicina poderia ultrapassar, em média, 40 a 50 concorrentes.
Com o novo argumento, este número poderia subir para até 400 outros vestibulandos. Segundo Alexandre, nos últimos cinco anos o primeiro colocado do curso foi beneficiado com o argumento de inclusão.
Dessa forma, o professor afirma que a concorrência termina sendo desleal. Ele critica também o fato de o IFRN ser beneficiado com o percentual de 10% do desempenho no processo seletivo.
“Assim, os alunos das redes municipal e estadual, mais carentes que os do instituto federal, terminam não sendo beneficiados”, enfatiza.
Alexandre Pinto alega que o argumento acaba por funcionar como paliativo para o ensino público de base, que é de má qualidade. “Sou a favor de uma verdadeira inclusão: maior investimento do governo na educação pública de base, para que os alunos da rede pública possam se capacitar apropriadamente”, afirma.
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