Imagem: R7 (Editoria de Arte)
Estamos de volta, caro leitor. Depois das festividades de fim e início de ano, vamos voltar a nossa rotina de sempre. Rotina de boas e más notícias. E, infelizmente, comcamos uma nova década com um fato triste: Os deslizamentos de terra que destruíram pontos turísticos de uma das mais belas cidades do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, matando pelo menos 50 pessoas.
Porém, há algo de interessante nessa história: É, que dessa vez, as pessoas com maior condição financeira - Leia-se ricos - sofreram com o que a natureza guardou para todos, independente da classe social. É o aquecimento global dando as caras pra todos. Mas, como não sou especialista em geologia, nem geografia, e sim me formando em Radialismo, na comunicação, vou olhar e comentar esse fato de um outro ponto de vista: A cobertura midiática.
Não é sempre que os ricos sofrem com o mesmo problema que os pobres sofrem a cada chuva: Alagamentos, deslizamentos de terra, falta de saneamento... Enfim, todos os motivos necessários para o mal estar das pessoas menos favorecidas. Claro que com os ricos essa situação se inverte: Ruas saneadas, sem chance de alagamentos ou deslizamentos... Tudo para quem tem condições é do bom e do melhor. Mas, como disse acima, a natureza não poupa ninguém, independentemente de classe social.
Porém, nem numa hora tão triste dessas a mídia não deixa de separar ricos de pobres. na própria cidade de Angra dos Reis vemos isso: De um lado da cidade, uma pousada chique, em um lugar paradisíaco - De outro, um bairro carente da mesma cidade, onde pessoas de baixa renda vivem em condições mínimas. O que a TV foi dar destaque? Aos riquinhos que foram se hospedar na pousada chique, dando até lista de mortos. E quanto aos pobres? Só aparece o local onde viviam, com os bombeiros tirando corpo por cima de corpo e sem dar atenção, nem destaque para a situação bem pior que essas pessoas viviam.
Assim ficou claro que até em tragédias que envolvem os dois lados da moeda, quem pesa mais sempre tem destaque. Quem tem menos poder, a grande maioria, não tem espaço, nem tem voz nos meios de comunicação. Cadê a democracia na comunicação?
Como já falei, foi triste ver que um local muito bonito ficou destruído por força da natureza e que muitas pessoas morreram. Porém, numa hora dessas, fica clara a preferência do público que, principalmente a TV, quer abranger, deixando a grande maioria, que é quem dá fama a emissora, de lado. Nem em uma hora difícil como essa a ganância é encoberta pela razão, pela solidariedade e pela tristeza. Mas, como no Brasil tem muito dessas coisas, era o que se podia esperar. Minhas condolências as famílias dos mortos.
0 comentários:
Postar um comentário