Créditos: Tribuna do Norte
Francisco Neto Lima da Silva, preso na manhã de quarta-feira por porte ilegal de arma, ficou por mais de 24 horas algemado a um portão na Delegacia de Polícia de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Na delegacia não há celas e, segundo o delegado cidade, Delmontiê Falcão, esse tipo de problema tem se repetido.
“A situação está complicada, nós não sabemos mais a quem recorrer. Já entrei em contato com a Sejuc (Secretaria Estadual de Interior, Justiça e Cidadania), com a DPGran (Diretoria de Policiamento da Grande Natal) e com o capitão José Deques (coordenador do sistema penitenciário do Estado), mas nada.
Foto: Emanuel Amaral (Tribuna do Norte)
O preso está sem alimentação e algemado a um portão faz mais de um dia. E tem mais, isso não é a primeira vez que acontece. Na semana passada, já houve um caso parecido com uma mulher, que passou também a noite presa no corredor”, afirmou o delegado.
Francisco Neto Lima, mais conhecido como Satanás, foi preso por porte ilegal de arma, mas revelou, extra-oficialmente, que já cometeu assaltos em cidades do interior da Paraíba. “Do jeito que está, a gente não vai poder mais lavrar o flagrante porque não temos onde colocar os presos. Vamos pedir para eles serem encaminhados para outro canto, de repente da Delegacia de Plantão da Zona Norte, que lá pelo menos tem cela”, afirmou Delmontiê Falcão.
Francisco Neto Lima, mais conhecido como Satanás, foi preso por porte ilegal de arma, mas revelou, extra-oficialmente, que já cometeu assaltos em cidades do interior da Paraíba. “Do jeito que está, a gente não vai poder mais lavrar o flagrante porque não temos onde colocar os presos. Vamos pedir para eles serem encaminhados para outro canto, de repente da Delegacia de Plantão da Zona Norte, que lá pelo menos tem cela”, afirmou Delmontiê Falcão.
Logo após a denúncia do delegado, na manhã de ontem, o secretário Leonardo Arruda (Sejuc) negou ter sido oficiado ou mesmo contatado por Delmontiê Falcão sobre o problema. “Hoje (ontem) liberamos 11 leitos solicitados pela delegada Margareth Gondim, diretora da DPGran”, disse.
Arruda criticou a postura do delegado em querer resolver o problema através da mídia, sem antes cumprir o protocolo. “É estranho o que esse delegado está falando. Até porque a dinâmica que ficou acordada para esses casos, inclusive com portaria encaminhada às delegacias pela DPGran, é de que a doutora Margareth Gondim deveria ser comunicada. Em seguida a delegada mantém contato com o coordenador do Sistema Penitenciário, responsável por localizar e indicar a unidade para onde o preso deve ser encaminhado. É assim que funciona e em nenhum momento o delegado procedeu de forma correta”, retrucou o secretário.
O secretário disse ainda que, mesmo se Delmontiê Falcão o tivesse procurado, teria agido de forma errada. “O certo é ele ligar para a DPGran e a Margareth passa para a gente a solicitação de vagas”, afirmou Leonardo Arruda.
Até às 17h de ontem, segundo o capitão PM José Deques informou que não recebeu qualquer demanda DPGran em relação a esse preso de São Gonçalo do Amarante. Segundo ele, confirmou com a delegada Margareth Gondim e ela também não havia recebido qualquer demanda de Delmontiê Falcão.
O titular da Sejuc afirmou que em conversa com Margareth Gondin, ontem, a delegada ficou de remeter às delegacias uma nova circular ratificando o procedimento. “Em alguns casos fica complicado porque os delegados estão se apressando em remeter o preso ao sistema. Muitas vezes correndo o risco de comprometer até mesmo o trabalho de investigação”, disse.
A assessoria da Degepol informou que o preso foi transferido - mas nao disse para onde.
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