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23 de setembro de 2011

São Paulo? Rio de Janeiro? Não! O congestionamento é em Natal!

11:48 | , ,

Muito bem, caro leitor... Hoje, no "Fatos e Opiniões", reprisamos o texto publicado em 14 de agosto de 2010, quando falamos do caótico trânsito de Natal. Um ano se passou, nada foi feito - só vem piorando a situação - e estamos a mercê dos congestionamentos. Um texto feito há um ano não poderia ser mais atual. Boa leitura!

E pensar que só víamos congestionamentos quilométricos na televisão, onde mostram o trânsito de São Paulo que não nos interessa... Mas, mudei a minha visão após ter tirado minha carteira de habilitação e começar a andar no trânsito natalense.

Imagem: Blog do Josenias Freitas
Resolvi falar sobre trãnsito após ter lido a notícia abaixo - Uma constatação de um leitor do Diário de Natal - onde ele cita os principais pontos caóticos de nosso trânsito. E, após eu fazer um apanhado de notícias recentes sobre o tema, cheguei a conclusão de que estamos com o mesmo mal de São Paulo e outras grandes cidades brasileiras: A gritante falta de estrutura do sistema de trânsito da capital potiguar.

É impressionante você saber que até dois anos atrás você andava de um ponto a outro da cidade, daqueles bem distantes, no horário de pico, em no máximo 40 minutos. Hoje, o mesmo trajeto pode levar até duas horas, dependendo do ponto que você estiver. Realmente, parece que estamos na capital paulista...

E não é só em um ou outro ponto não: Várias avenidas de Natal estão sofrendo com o trânsito pesado. Alguns exemplos podem ser vistos em lugares como a Av. Bernardo Vieira, próximo a um grande shopping da cidade, a Av. Hermes da Fonseca, próximo a esse mesmo shopping, a BR 101, na entrada do Viaduto de Ponta Negra, a Av. Prudente de Morais em vários pontos, a Ponte de Igapó (Em qualquer dia, até nos domingos)... Enfim, em qualquer buraco da nossa cidade está se tornando difícil dirigir com tranquilidade e sem o traficional buzinaço.

Aponto três problemas para tal situação. O primeiro: Falta de sincronismo de semáforos. Em lugares como a Bernardo Vieira e Hermes da Fonseca, os sinais estão bem desregulados, com pouco tempo de passagem para cada mão da via - os cruzamentos são os piores pontos. Dependendo do lugar, para você passar, o sinal precisa abrir até quatro vezes. Isso também causa a parada do trânsito na entrada do Viaduto de Ponta Negra, onde o sinal da saída do viaduto, no cruzamento das Avenidas Roberto Freire e Ayrton Senna não favorece quem vai para Ponta Negra, abrindo e fechando muito rapidamente.

O segundo motivo? O transporte coletivo daqui, que não funciona. É inadmissível você pagar R$ 2,20 para se andar em ônibus velhos e superlotados, sem qualquer estrutura para se andar nas ruas. Para piorar, como os intinerários são antigos, não passam em alguns pontos movimentados da cidade, o que ocasiona o aumento dos carros nas ruas.

E o terceiro motivo? A economia. Com todo esse boom econômico, muita gente desistiu de encarar os ônibus e resolveu ter o seu transporte próprio. Mas, como só um não se beneficia, deu no que deu...

Complementando o terceiro motivo, há um mal costume que, nesses períodos, deveria ser esquecido: O egoísmo. Ora, em alguns locais existe a tal "carona solidária", onde funcionários de empresas ou vizinhos se unem em prol de um trânsito melhor e ficam fazendo rodízio de seus veículos, dando carona uns aos outros. Mas, aqui em Natal não tenho conhecimento de alguém ou algum órgão estimular tal prática. Sempre vejo, em congestionamentos, pessoas sozinhas ou com seus filhos dentro dos carros. Por que não deixá-lo em casa e ir com alguém que vai passar pelo ponto em que você for ficar?

Quem é que não quer andar em uma cidade com ruas vagas e com tranquilidade para se andar, não é verdade? Mas, para isso, todos devemos nos unir em prol de um trânsito melhor. Evitando o congestionamento, deixando o carro em casa e indo de ônibus, bicicleta, a pé, sei lá... O importante é que não quero (E acho que você também não quer) que nossas ruas não fiquem piores que as de São Paulo. Vamos fazer um trânsito melhor!

Trânsito de Natal sofrerá mudanças antes das obras

11:46 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

O trânsito de Natal deverá sofrer mais alterações antes do início das obras de mobilidade urbana previstas para novembro. Na próxima semana, técnicos da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) vão apresentar à prefeita Micarla de Sousa, bem como ao Comitê Gestor da Copa do Mundo de 2014, um relatório com um elenco de sugestões de intervenções nas principais vias que formam o quadrilátero - Bernardo Vieira, Jaguarari, Rui Barbosa e Miguel Castro - principal da capital do estado.

Foto: Rodrigo Sena (Tribuna do Norte)
Uma das alternativas defendidas pela Semob, para melhorar o tráfego de veículos, é a transformação de algumas ruas e avenidas em vias binárias, ou seja, com mão única em todas as faixas de rolagem. O estudo foi iniciado em julho passado e, segundo Haroldo Maia, secretário adjunto de Trânsito da Semob, independe da realização do evento esportivo. "Nossa preocupação é antiga. É fato que precisamos fazer algo para melhorar o trânsito. O estudo nada mais é que um levantamento dos problemas e a indicação das possíveis soluções", afirma.

A ideia de transformar avenidas como a Prudente de Morais ou Salgado Filho em vias binárias é apontada, por muitos motoristas, como a solução do trânsito cada vez mais caótico de Natal. Haroldo explica que a implantação dessas vias não é tão simples como se pensa. "É preciso fazer um amplo estudo levando-se em conta variáveis como o transporte público municipal e o comércio. Essa mudança afeta não só as vias próximas. Todo o trânsito da cidade é modificado", explica. Entre as avenidas que podem ficar com mão única em todas as faixas, estão a Romualdo Galvão, Amintas Barros e Nascimento de Castro.

Outra opção que deverá ser discutida entre os gestores municipais é a implantação de faixas reversíveis em determinados horários. De acordo com estudos da Semob, no início da manhã, por exemplo, o fluxo na avenida Jaguarari é maior no sentido Centro. Ao entardecer, o fluxo muda de orientação. "Sabendo disso, podemos avisar aos motoristas que, de manhã, ficam três faixas no sentido Centro e, à noite, a ordem é ao contrário", explica Haroldo.

O secretário adjunto explica ainda que não há um levantamento sobre o orçamento que será necessário para implantar as mudanças. Dentro do projeto, é apontado ainda o fechamento de retornos, remoção de semáforos e retirada de canteiros centrais. "Mas isso tudo vai depender das conversas que teremos com a prefeita. Por enquanto são somente ideias. Se forem acatadas, começaremos o serviço em breve. Não deve demorar", diz.

Semob começou a fechar retornos para desafogar vias: As últimas mudanças no trânsito da capital do Rio Grande do Norte foram realizadas no semestre passado. A Semob fez uma série de fechamento de alguns retornos que estavam sendo alvo de observação por parte da engenharia de trânsito, quanto a fluidez dos veículos e a própria segurança do tráfego. Em junho, houve o fechamento provisório. No início deste mês, foram construídos os meio-fios nos canteiros centrais, onde antes havia retorno. Já foram fechados os retornos, nos dois sentidos, que existiam ao lado do Hiper Bompreço, na rua Antônio Basílio, e um outro retorno que existia na rua Amintas Barros, ao lado da antiga fábrica Sams, em Lagoa Nova.

Haroldo Maia explica que a decisão de fechar retornos nas ruas da cidade depende do movimento de veículos, "quando a movimentação é muito grande e existe o risco de acidentes", interdita-se o retorno "para melhorar a segurança viária e o trânsito fluir mais rápido", diz.

Os próximos retornos a serem fechados são as inversões existentes na rua Rui Barbosa, em Nova Descoberta e Morro Branco, e um retorno que existe no começo da rua Norton Chaves, em Potilândia, onde os veículos que vêm pela marginal da BR-101, no sentido do centro de Natal, voltam para se dirigir ao viaduto do 4º Centenário para seguirem em frente até a rótula do estádio Machadão e daí entrarem à direita na Prudente de Morais, ou uma por uma rua antes, ao lado do Sebrae. Com o estudo que será entregue próxima semana, os trabalhos devem continuar.

2 de setembro de 2011

Você já caiu num buraco hoje? Prepare-se

10:59 | , ,

Pois bem, caro leitor. Infelizmente, os motoristas que trafegam por Natal se vêem rodeados por uma situação absurda: a quantidade de buracos nas vias e a ineficiência do poder público na conservação e manutenção das ruas. Uma calamidade na nossa cidade.

Por isso, hoje o "Fatos e Opiniões" reprisa o post de 06 de junho, que fala dos inúmeros buracos na capital potiguar. A autoria é do jornalista Diógenes Dantas, da Sim TV e do portal Nominuto.com. O texto abaixo foi postado no dia 03/06, em seu blog no portal jornalístico.


Foto: Dinarte Assunção (Nominuto.com)
Trafegar pelas ruas e avenidas de Natal está cada dia mais complicado. A perícia ou o cuidado dos motoristas não importa mais. O que vale mesmo é ter sorte.

Você já caiu num buraco hoje? Não? Prepare-se. O perigo mora ao lado, mais adiante, fica depois da próxima esquina, depois do primeiro sinal, passando o cruzamento das duas avenidas, diante do hospital, pertinho da escola, no centro, na periferia, enfim, por toda cidade.

É buraco que não acaba mais! Buracos de todos os tamanhos e de todos os gastos. As oficinas estão lotadas de carros para consertar pneus, trocar amortecedores, fazer alinhamentos e balanceamentos. Cambagem. Os prejuízos são consideráveis e provocam "buracos" em qualquer orçamento doméstico.

O período chuvoso agrava o quadro, mas não pode servir de desculpa para tudo. Natal está esburacada há tempos, necessitando urgentemente de recuperação da malha viária.

Grosso modo, os buracos da cidade devem ser atribuídos aos seguintes fatores: às fortes chuvas dos últimos meses ; aos serviços de órgãos ou empresas públicas como a CAERN; e à falta de manutenção adequada sob a responsabilidade da Prefeitura de Natal.

Aliás, a Prefeitura de Natal e a CAERN não se entendem. Ficam no jogo de empurra. Esse buraco é da CAERN! Esse buraco é da prefeitura! Quem tem que tapar é ele! Quem tem que tapar é ela!

Alguns moradores têm levado na esportiva. E passaram nominar os buracos. Hoje de manhã, eu passei por um deles batizado como "Buraco da Micarla", localizado por trás da Escola Floriano Cavalcanti (Floca), na via principal que corta o bairro de Mirassol. Há muito mais!

Tem gente que coloca bandeirinha. Tem gente que coloca bonecos, tipo judas de sábado de aleluia. Vale tudo para chamar atenção dos gestores públicos para os buracos nossos de cada dia.

A população anda fotografando os buracos e registrando-os em blogues e sites. Alguns empresários do setor de transporte coletivo também se juntaram ao esforço de localizar e mapear a buraqueira. E a sua contribuição, caro leitor, é bem-vinda!

A Semob - Secretaria de Mobilidade Urbana - e a Semopi - de obras - anunciaram um plano de recuperação da malha viária de Natal com recursos do Governo Federal (PAC 2). A Prefeitura de Natal decretou estado de emergência para facilitar a obtenção dos recursos. Deus queira que a gestão atual consiga, porque ninguém aguenta mais tantos buracos!

É preciso tapar buracos nas quatro regiões da capital. E retomar a pavimentação de ruas e obras de drenagem.

Já imaginou essa buraqueira na Copa 2014? Se nós brincarmos haverá turista xingando, em inglês ou português: - Vai tomar no buraco!

Operação tapa-buracos é suspensa

10:59 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

A dívida com as empreiteiras que realizam a chamada "operação tapa-buraco" nas ruas de Natal gira entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, segundo estimativa do secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Dâmocles Lopes Trinta.  "O valor não é muito alto", chega a considerar o secretário, que ainda ontem tentava a liberação dos recursos para reinício das operações em Natal junto à área de finanças da prefeitura.

Foto: Junior Santos (Tribuna do Norte)
Já em 20 de maio o secretário  havia assinado quatro termos aditivos para a prorrogação de contrato com as empresas encarregadas da execução  serviços de recuperação da pavimentação a paralelepípedo ou a asfalto na cidade.

De acordo coma  Lei Orçamentária Anual (LOA) 2011, a Semopi contaria este ano com uma verba de R$ 6,382 milhões para a conservação e manutenção de vias públicas, de um orçamento total previsto de R$ 849,7 milhões para aquela secretaria. A previsão era de recuperar 2.500 metros quadrados de pavimentação de ruas.

No dia 23 de junho passado, o secretário Dâmocles declarara que pretendia intensificar o ritmo do programa de recuperação de ruas até setembro, usando recursos próprios do município, enquanto não vinha os recursos da Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada o Ministério da Integração Nacional (MIN).

Na ocasião, ele dizia que o governo federal aprovara a liberação de R$ 10 milhões em duas parcelas para ajudar na restauração de ruas, mas que tinha R$ 6 milhões em recursos próprios para iniciar a operação. Ontem, ele informou que o município continua aguardado o repasse dos recursos, tendo informado, ainda, que também existe a garantia do governo estadual de liberar R$ 4 milhões, em duas parcelas de R$ 2 milhões para melhoria de infraestrutura urbana em Natal. Mas para isso, estão faltando apenas o envio de alguns documentos, para que seja fechado o convênio com o governo estadual.

O secretário também explicou que em virtude das chuvas que caíram recentemente em Natal, o piso ficou mais fraco e por isso não foi possível continuar as obras em algumas ruas.

Na região Oeste de Natal a situação permanece calamitosa,  onde na rua Santa Verônica, próximo a linha do trem que divide os bairros de Cidade Nova e Felipe Camarão, os carros praticamente passam por uma "pista de rally", como conta o comerciante Lívio Soares, que passa duas vezes por dia no local, entregando pão de sua padaria nas Quintas: "A prefeita anunciou que está tapando buraco, mas parece que as obras não chegaram por aqui".

Os motoristas que passam pela rua, quando não enfrentam os buracos cheios de água, têm de desviar o caminho quase em cima da linha do trem.

Ainda assim, a prefeitura anunciava que realizou obras na semana passada no conjunto Pirangi, Cidade Satélite, Lagoa Nova, Lagoa Seca e na Zona Norte.

6 de junho de 2011

Você já caiu num buraco hoje? Prepare-se

11:47 | , ,

Pois bem, caro leitor. Infelizmente, os motoristas que trafegam por Natal se vêem rodeados por uma situação absurda: a quantidade de buracos nas vias e a ineficiência do poder público na conservação e manutenção das ruas. Então, como já falamos sobre isso, desta vez, traremos um texto de opinião diferente.

A autoria é do jornalista Diógenes Dantas, da Sim TV e do portal Nominuto.com. O texto abaixo foi postado no último dia 03, em seu blog no portal jornalístico.


Foto: Dinarte Assunção (Nominuto.com)
Trafegar pelas ruas e avenidas de Natal está cada dia mais complicado. A perícia ou o cuidado dos motoristas não importa mais. O que vale mesmo é ter sorte.

Você já caiu num buraco hoje? Não? Prepare-se. O perigo mora ao lado, mais adiante, fica depois da próxima esquina, depois do primeiro sinal, passando o cruzamento das duas avenidas, diante do hospital, pertinho da escola, no centro, na periferia, enfim, por toda cidade.

É buraco que não acaba mais! Buracos de todos os tamanhos e de todos os gastos. As oficinas estão lotadas de carros para consertar pneus, trocar amortecedores, fazer alinhamentos e balanceamentos. Cambagem. Os prejuízos são consideráveis e provocam "buracos" em qualquer orçamento doméstico.

O período chuvoso agrava o quadro, mas não pode servir de desculpa para tudo. Natal está esburacada há tempos, necessitando urgentemente de recuperação da malha viária.

Grosso modo, os buracos da cidade devem ser atribuídos aos seguintes fatores: às fortes chuvas dos últimos meses ; aos serviços de órgãos ou empresas públicas como a CAERN; e à falta de manutenção adequada sob a responsabilidade da Prefeitura de Natal.

Aliás, a Prefeitura de Natal e a CAERN não se entendem. Ficam no jogo de empurra. Esse buraco é da CAERN! Esse buraco é da prefeitura! Quem tem que tapar é ele! Quem tem que tapar é ela!

Alguns moradores têm levado na esportiva. E passaram nominar os buracos. Hoje de manhã, eu passei por um deles batizado como "Buraco da Micarla", localizado por trás da Escola Floriano Cavalcanti (Floca), na via principal que corta o bairro de Mirassol. Há muito mais!

Tem gente que coloca bandeirinha. Tem gente que coloca bonecos, tipo judas de sábado de aleluia. Vale tudo para chamar atenção dos gestores públicos para os buracos nossos de cada dia.

A população anda fotografando os buracos e registrando-os em blogues e sites. Alguns empresários do setor de transporte coletivo também se juntaram ao esforço de localizar e mapear a buraqueira. E a sua contribuição, caro leitor, é bem-vinda!

A Semob - Secretaria de Mobilidade Urbana - e a Semopi - de obras - anunciaram um plano de recuperação da malha viária de Natal com recursos do Governo Federal (PAC 2). A Prefeitura de Natal decretou estado de emergência para facilitar a obtenção dos recursos. Deus queira que a gestão atual consiga, porque ninguém aguenta mais tantos buracos!

É preciso tapar buracos nas quatro regiões da capital. E retomar a pavimentação de ruas e obras de drenagem.

Já imaginou essa buraqueira na Copa 2014? Se nós brincarmos haverá turista xingando, em inglês ou português: - Vai tomar no buraco!

Buracos custam caro!

11:45 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu (Tribuna do Norte)
Não há mais trocadilhos poéticos, apelidos ou rimas que consigam mensurar a quantidade de buracos em Natal atualmente. Em todas as zonas da cidade, é possível encontrar verdadeiras crateras. Nos dias de chuva, cobertos pelas  poças que se formam no seu entorno, causam prejuízos e acidentes. Mas os problemas não se resumem aos dias nebulosos. Quando o sol ilumina o asfalto é possível perceber a dimensão do estrago. Nas oficinas, a procura por manutenções de veículos aumentou. O lucro dos empresários é inversamente proporcional à indignação dos proprietários de veículos.

A aposentada Inês Lago, deixou a oficina da concessionária na qual comprou um veículo há cerca de três anos com um questionamento cujo destinatário tem endereço conhecido, o Palácio Felipe Camarão. Imaginando que iria gastar aproximadamente R$ 900 com a revisão e manutenção periódica, ela foi surpreendida. "Quando suspenderam meu carro, o mecânico observou que as buchas da bandeja do amortecedor necessitavam ser substituídas", relatou. Com a indesejada novidade, Inês precisou fazer um desembolso extra de mais de R$ 600.

Com desconto, os custos na oficina foram fechados em R$ 1.500. "O pior de tudo é que a gente não consegue visualizar determinados problemas. O prejuízo é grande. Além disso, o risco de acidentes nesta cidade esburacada é cada vez maior. E quem paga por tudo isso? Somos nós, trabalhadores", desabafou Inês.

A gerente de oficina da Concessionária Nacional, Geisa Santana, afirmou que o fluxo de veículos em manutenção aumentou muito nos últimos meses. "Os clientes reclamam muito do barulho. Tem veículos novos, zero quilômetro, que precisam ser alinhados novamente em 15 dias", comentou Geisa. Por dia, entre 30 e 40 veículos realizam serviços de alinhamento e balanceamento. No final do mês, são cerca de 1.200 carros revisados em apenas uma das oficinas espalhadas por toda Natal.

Da zona Norte a zona Sul, donos de veículos, motoristas de caminhões e ônibus, além dos pedestres, reclamam em uníssono: "Está impossível trafegar com segurança e comodidade por Natal". Das janelas dos ônibus, os passageiros  relatam os solavancos e insegurança. O dedo polegar de um motorista que trafegava na avenida Bom Pastor, no bairro de mesmo nome, sinalizava negativamente o estado das vias urbanas. O gesto traduz o que pensa quem necessita se locomover diariamente em Natal.

O mecânico especialista em alinhamento e balanceamento, Miguel Soares, explica que a maioria dos veículos chegam desalinhados. "Além disso, a distância entre o pneu e a caixa de roda é outro caso comum causado pelos impactos. Há também a mudança de ângulo do pneu", disse. Para solucionar o último problema é preciso realizar o serviço de cambagem que custa, em média, R$ 100. O mecânico faz uma ressalva importante, que pode diminuir o risco de maiores prejuízos. "Tão importante quanto realizar o alinhamento quando necessário, é calibrar os pneus toda semana".

Os titulares da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Ana Elizabeth Thé Bonifácio, e da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Dâmocles Trinta, foram procurados pela reportagem da Tribuna do Norte para responder a questionamentos acerca dos problemas denunciados. A assessoria de imprensa do Município informou que ambos estavam em reuniões em Brasília, impossibilitados de atender ao telefone.

Enquanto as possibilidades de solução para este problema não são divulgadas pelos responsáveis, resta aos motoristas livrar de um buraco maior para cair num menor. Uma solução possível - e utópica - para enfrentar o caótico estado das vias públicas foi dada por um motorista de ônibus: "Ou a gente voa ou os veículos deverão sair com asas embutidas das fábricas para serem utilizadas em Natal".

Vias não possuem manutenção: A ocorrência de buracos nas vias urbanas não se restringem às avenidas de maior circulação. Os problemas, porém, são mais visíveis nas áreas de maior tráfego de veículos como as avenidas Felizardo Moura (que liga as Quintas à zona Norte), Avenida Doutor Mário Negócio, Avenida Bernardo Vieira, Avenida do Bom Pastor, Avenida Paulistana. Eles estão em todo lugar, da zona Sul à zona Norte, sem discriminar nenhuma classe social.

Visando conter o avanço dos buracos, o Município chegou a recapear a Avenida Felizardo Moura seis vezes somente em 2010. Hoje, a situação asfáltica da via revela a ineficiência da operação. A Prefeitura de Natal culpa a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) por abrir buracos e não fecha-los.

Na última segunda-feira, por exemplo, nenhum caminhão da operação tapa-buracos da Prefeitura foi visto pelos bairros percorridos pela equipe de reportagem. Enquanto que no Alecrim, um funcionário prestador de serviços da Caern, realizava a limpeza de um orifício aberto pela Companhia para procedimentos de manutenção na rede de esgotos para que pudesse receber a camada de asfalto.

As informações do gerente de operações da Regional Sul da Caern, Lamarcos Teixeira, põem em xeque o discurso do Executivo Municipal. De janeiro a abril de 2011, a Companhia realizou 783 serviços de recuperação asfáltica nas zonas com maiores operações de manutenção (Sul, Leste e Oeste). "Durante o período chuvoso, a Caern reduziu os serviços de recuperação das vias. O trabalho foi retomado há duas semanas e irá se intensificar até julho", afirmou Lamarcos.

Para recompor o asfalto, a Companhia efetuou a compra de asfalto ecológico - feito a partir de materiais recicláveis - que é de fácil absorção e secagem rápida. O uso foi aprovado em experiências realizadas nas vias desde o início deste ano.

Vários tipos de asfaltos são utilizados nas vias: Dentro da engenharia rodoviária, cada tipo de asfalto se destina a um fim. Por exemplo: o Asfalto Diluído de Petróleo - ADP é utilizado para a imprimação (impermeabilização) da base dos  pavimentos. Por outro lado, o Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP e as emulsões asfálticas são constituintes das camadas de rolamento das rodovias, de maneira que o CAP entra como constituinte dos revestimentos asfálticos de alto padrão como o CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente - ao passo que as emulsões asfálticas são constituintes dos revestimentos de médio e baixo padrão, como os pré-misturados a frio e a quente (PMF e PMQ) e os tratamentos superficiais, as lamas asfálticas e microasfalto.

A rua Correia Teles, no centro da cidade, faz parte da lista de obras malfeitas na operação tapa-buracos executada pela prefeitura. Cabe ressaltar que a adoção de um revestimento de alto, médio ou baixo padrão leva em conta aspectos como: número e tipo de veículos pesados que transitam/transitarão na rodovia; vida útil adotada para o pavimento; disponibilidade de material; composição das camadas inferiores do pavimento, dentre outros. A análise foi feita pelo engenheiro civil e especialista em tráfego, Otacílio França.

Embora em larga utilização no Brasil, o asfalto como solução para as rodovias em regiões tropicais não é ideal, devido ao intenso intemperismo destas regiões. Rodovias com superfície de concreto são mais resistentes às intensas variações diurnas de temperatura e umidade características do clima tropical. As recentes obras de duplicação da BR-101 já utilizaram o concreto ao invés do asfalto.

De acordo com o secretário adjunto da Semob, Haroldo Maia, seis das vias mais movimentadas de Natal poderão receber este tipo de revestimento. Tudo depende, porém, da aprovação dos projetos no Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2 - Grandes Cidades - Mobilidade).

14 de agosto de 2010

São Paulo? Rio de Janeiro? Não! O congestionamento é em Natal!

13:45 | , , ,

Peço desculpas pelo atraso na postagem. Desta vez, o que aconteceu foi um problema no meu computador, que o deixou bem lento e não abria muita coisa. De toda forma, consertei o problema e está novamente na rotina. Na segunda-feira, estaremos postando um texto inédito...
E pensar que só víamos congestionamentos quilométricos na televisão, onde mostram o trânsito de São Paulo que não nos interessa. Mas, mudei a minha visão após ter tirado minha carteira de habilitação e começar a andar no trânsito natalense.

Resolvi falar sobre trãnsito após ter lido a notícia abaixo - Uma constatação de um leitor do Diário de Natal - onde ele cita os principais pontos caóticos de nosso trânsito. E, após eu fazer um apanhado de notícias recentes sobre o tema, cheguei a conclusão de que estamos com o mesmo mal de São Paulo e outras grandes cidades brasileiras: A gritante falta de estrutura do sistema de trânsito da capital potiguar.

É impressionante você saber que até dois anos atrás você andava de um ponto a outro da cidade, daqueles bem distantes, no horário de pico, em no máximo 40 minutos. Hoje, o mesmo trajeto pode levar até duas horas, dependendo do ponto que você estiver. Realmente, parece que estamos na capital paulista...

E não é só em um ou outro ponto não: Várias avenidas de Natal estão sofrendo com o trânsito pesado. Alguns exemplos podem ser vistos em lugares como a Av. Bernardo Vieira, próximo a um grande shopping da cidade, a Av. Hermes da Fonseca, próximo a esse mesmo shopping, a BR 101, na entrada do Viaduto de Ponta Negra, a Av. Prudente de Morais em vários pontos, a Ponte de Igapó (Em qualquer dia, até nos domingos)... Enfim, em qualquer buraco da nossa cidade está se tornando difícil dirigir com tranquilidade e sem o traficional buzinaço.

Aponto três problemas para tal situação. O primeiro: Falta de sincronismo de semáforos. Em lugares como a Bernardo Vieira e Hermes da Fonseca, os sinais estão bem desregulados, com pouco tempo de passagem para cada mão da via - os cruzamentos são os piores pontos. Dependendo do lugar, para você passar, o sinal precisa abrir até quatro vezes. Isso também causa a parada do trânsito na entrada do Viaduto de Ponta Negra, onde o sinal da saída do viaduto, no cruzamento das Avenidas Roberto Freire e Ayrton Senna não favorece quem vai para Ponta Negra, abrindo e fechando muito rapidamente.

O segundo motivo? O transporte coletivo daqui, que não funciona. É inadmissível você pagar R$ 2,00 para se andar em ônibus velhos e superlotados, sem qualquer estrutura para se andar nas ruas. Para piorar, como os intinerários são antigos, não passam em alguns pontos movimentados da cidade, o que ocasiona o aumento dos carros nas ruas.

E o terceiro motivo? A economia. Com todo esse boom econômico, muita gente desistiu de encarar os ônibus e resolveu ter o seu transporte próprio. Mas, como só um não se beneficia, deu no que deu...

Complementando o terceiro motivo, há um mal costume que, nesses períodos, deveria ser esquecido: O egoísmo. Ora, em alguns locais existe a tal "carona solidária", onde funcionários de empresas ou vizinhos se unem em prol de um trânsito melhor e ficam fazendo rodízio de seus veículos, dando carona uns aos outros. Mas, aqui em Natal não tenho conhecimento de alguém ou algum órgão estimular tal prática. Sempre vejo, em congestionamentos, pessoas sozinhas ou com seus filhos dentro dos carros. Por que não deixá-lo em casa e ir com alguém que vai passar pelo ponto em que você for ficar?

Quem é que não quer andar em uma cidade com ruas vagas e com tranquilidade para se andar, não é verdade? Mas, para isso, todos devemos nos unir em prol de um trânsito melhor. Evitando o congestionamento, deixando o carro em casa e indo de ônibus, bicicleta, a pé, sei lá... O importante é que não quero (E acho que você também não quer) que nossas ruas não fiquem piores que as de São Paulo. Vamos fazer um trânsito melhor!

Confira as rotas alternativas para se livrar do congestionamento em Natal

13:13 | , , ,

Créditos: DN Online
Quase todos os dias os motoristas da capital potiguar são obrigados a enfrentar longos engarrafamentos, principalmente em semáforos e nos horários de pico. O problema é de conhecimento de todos, inclusive da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), que diz reconhecer a existência de pontos críticos na cidade e avalia periodicamente a necessidade de ampliação ou diminuição do tempo de abertura de semáforos. A questão é que dois mil novos carros entram em circulação na cidade a cada mês, segundo dados da Semob, e a população insiste em sempre fazer o mesmo e estressante trajeto de casa até seu destino. A reportagem do Diário de Natal ouviu motoristas e mapeou alguns pontos críticos do trânsito da nossa cidade, propondo rotas alternativas para quem trafega pelas principais vias da capital todos os dias.

Nossa reportagem percorreu algumas das principais vias de circulação da cidade que são alvo de reclamação dos motoristas. Na opinião deles, os semáforos são os grandes causadores dos engarrafamentos, problema agravado pelo estrangulamento de vias, como na Avenida Salgado Filho (BR-101), na altura da Praça de Mirassol, próximo ao viaduto de Ponta Negra. "Acho que o tempo de sinalização deveria melhorar", opinou o agente penitenciário Maxson Nunes de Oliveira, 31. Ele conta que trafega todos os dias pelas avenidas Coronel Estevam e Bernardo Vieira, enfrentando problemas de engarrafamento nos horários de pico.

Haroldo Maia, secretário adjunto da Semob, explica que o tempo de abertura e fechamento dos semáforos é calculado em função do volume de veículos que passa pelo local. O engenheiro de tráfego da secretaria, Carlos Augusto Júnior, afirma que o órgão reconhece alguns pontos onde a situação do tráfego está mais crítica, como as avenidas Hermes da Fonseca, no trecho entre as avenidas Alenxandrino de Alencar e Bernardo Vieira; João Medeiros Filho, após a Ponte Newton Navarro - sentido Zona Norte; Salgado Filho, próximo ao viaduto de PontaNegra; além de Bernardo Vieira, Mário Negócio, São José, Roberto Freire, entre outras. "O ponto mais crítico que eu vejo é nas proximidades do Hotel Tirol, na Hermes da Fonseca", afirma Carlos Antônio Silva, 26, técnico de manutenção de hotel.

Semáforos têm tempo variável: Carlos Júnior, da Semob, explica que os semáforos têm funcionamento diferenciado ao longo do dia, de acordo com a demana. Para avaliar o tempo de cada semáforo, uma série de fatores são levados em consideração. "Nós fazemos um estudo para avaliar a velocidade da via, a distância entre os semáforos, entre os cruzamentos, a largura da via, o tempo de sinal verde de cada sentido, tudo isso de acordo com o fluxo de cada horário do dia", explica Carlos Júnior. Esse estudo é feito uma única vez para cada avenida ou rua, mas constantemente são avaliadas as necessidades de ampliação ou diminuição do tempo de sinal verde. Em época de alteração notável do fluxo de carros, como volta às aulas ou férias, os semáforos podem ser ajustados, de acordo com a necessidade. "Sempre é feito um acompanhamento para verificar a necessidade de se aumentar esse tempo verde", esclarece o engenheiro.

Ele aconselha que os motoristas evitem transitar pelas mesmas vias em horários de movimento, principalmente aqueles que costumam fazer o mesmo trajeto todos os dias e conhecem os problemas. "É bom para os dois, tanto para o motorista quanto para o tráfego", disse.

Rotas de escape:

Trecho congestionado:
Avenida Hermes da Fonseca entre a Bernardo Vieira e a Alexandrino de Alencar (sentido Centro - Zona Sul);
Rua São José, cruzamento com a Avenida Bernardo Vieira (sentido Lagoa Nova Centro);
Bernardo Vieira, altura do bairro das Quintas (sentido Zona Norte - Zona Sul);
Roberto Freire, em frente ao CCAB Sul e supermercados Nordestão e Hiper Bompreço (sentido Ponta Negra - Centro);
Avenida Tomaz Landim / BR-406, próximo ao Nordestão do Gancho, nos sentidos Parque dos Coqueiros - Centro e vice-versa.

Alternativa:
1 - Avenida Rui Barbosa, seguida da Norton Chaves, em Potilândia (saída no Estádio Machadão);
2 - Avenida Romualdo Galvão (saída no Estádio Machadão / Prudente de Morais);
1 - Avenida Antônio Basílio (foto abaixo), seguida da Rua Nossa Senhora da Conceição, Bernardo Vieira, chegando na Salgado Filho (saída na Hermes da Fonseca ou Prudente de Morais);
2 - Rua Padre Champagnat, seguida da Jaguarari (saída na Avenida Antônio Basílio);
Km 6, seguindo pela Avenida Capitão Mor Gouveia (saída: Prudente de Morais / Machadão);
Rua Dr. Sólon de Miranda Galvão, seguindo pela Rua Contorno do Campus, depois pelas ruas Capitão Mor Gouveia e Djalma Maranhão (saída na Avenida Antônio Basílio);
1 - Rua Criciúma, seguida pela Rua Regomuleiro / estrada para São Gonçalo (saída na Coteminas / Tomaz Landim);
2 - Avenida Dr. João Medeiros Filho (abaixo), seguida pela Rua Izabel de Brito Lima, passando pela Travessa Presidente Médici e saindo na Rua João Rodriguez da Silva (saída na Tomaz Landim / BR 406).

Dnit garante início das obras das marginais da BR-101

13:00 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte
As obras de construção e pavimentação a asfalto da rodovia federal BR-101, entre Natal e Parnamirim, devem começar no dia 30 de agosto e a previsão de término é dezembro de 2010, informou a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). As marginais abrangem toda a extensão que vai do Viaduto de Ponte Negra até à saída de Parnamirim, perfazendo um total de 12,40 quilômetros. A obra faz parte do projeto de duplicação da BR-101, com investimentos da ordem de R$ 147 milhões.

“Certamente a obra mudará o trânsito de veículos, visto que as marginais serão completamente livres, sem semáforos”, explica o superintendente Fernando Rocha, a respeito do fato de que o trânsito pela rodovia federal será exclusivo para quem vai sair de Natal para o interior e outros estados do país, enquanto as marginais visam desafogar o trânsito urbano entre Natal e Parnamirim.

“As marginais servirão basicamente para o tráfego local, dando comodidade e segurança para os usuários que desejam ir de um bairro a outro, utilizando a BR-101”, acrescentou Rocha.

A última fase de construção das vias marginais da BR-101/NE no Rio Grande consiste na implantação de pistas asfaltadas nos dois sentidos da rodovia, possibilitando ao motorista transitar entre Natal e Parnamirim, com acesso  a partir do Centro Administrativo. Cada via terá 12,5 km de extensão e 7,5 metros de largura.

As obras das marginais da BR-101 correspondem ao Lote 1, que se estende de Ponta Negra a Arês, no litoral Sul, e estão sendo executadas pelo 1° Batalhão de Engenharia e Construção (1° BEC) do Exército Brasileiro, sob a supervisão Dnit/RN).

Com a construção destas vias marginais, espera-se que haja uma diminuição do fluxo de veículos nos retornos que darão acesso à Avenida Maria Lacerda e ao bairro de Cidade Satélite. Isto porque, a via principal não será mais usada para a conversão. O novo retorno será feito a partir da construção da marginal, com três faixas de rolamento.

Para minimizar ainda mais o trânsito nestes trechos, não serão colocados semáforos nem faixas de pedestres nestas vias marginais.

Rocha explica que o trânsito, porém, não sofrerá grandes transtornos no período das obras, pois a circulação de veículos ocorrerá nas marginais, sem congestionar as vias principais.

Além das marginais e desse retorno, será construído um novo retorno de acesso à avenida Abel Cabral, 300 metros, depois da entrada de acesso no sentido de quem vai de Parnamirim a Natal.

Trecho depois do viaduto de  Ponta Negra será beneficiado: Com o projeto, um trecho de cerca de 600 metros a partir da concessionária Ford (Salinas) até às proximidades da passarela de Neópolis sobre a BR-101 Sul, que há muito aguarda intervenção será finalmente asfaltado. Há cinco anos, as obras de pavimentação e drenagem da avenida da Integração, realizadas pelo DNIT, levaram o asfalto até à entrada do acesso a Candelária, ao final do Viaduto de Ponta Negra.

“Não estavam previstas intervenções no projeto anterior, para esta área. As obras serão feitas a partir de agora e entregues até dezembro”, garante o superintendente.

Desde então, quem transita pela marginal Dão Silveira reclama  de buracos e desníveis que se multiplicam no calçamento. Em dias de chuva as imediações do posto de gasolina e lojas de veículos, ficam completamente alagadas. “A água fica empoçada, por vários dias”, disse o vendedor Antônio de Pádua Araújo.

As batidas, segundo o funcionário público Aldo Francisco da Silva, são frequentes quando os veículos desaceleram ou tentam desviar do calçamento solto. “Há muito se fala que esta obra vai ser feita, mas o que se vê é  o aumento de acidentes”.

Com a implantação da rota de transporte intermunicipal, o fluxo, na altura dos condomínios residenciais passa a ser de mão dupla. A via, usada como rota de fuga em alternativa à via principal, nos horários de pico, nem sempre é garantia de fluxo rápido. “Não há sinalização, os acessos à BR estão esburacados e caminhões e ônibus passam por aqui direto em alta velocidade. É um perigo”, critica José Alves de Souza.

Outro ponto a ser modificado é a marginal que dá acesso ao túnel da Avenida das Alagoas, em Pirangi. O trecho pavimentado encerra na entrada. A estrada carroçável usada em sentido contrário por quem vem de San Vale em direção ao túnel, cederá espaço para a nova marginal com três faixas.

Acidentes na Via Costeira aumentaram 20% após reforma

12:52 | , , ,

Créditos: DN Online
Foto: Andreivny Ferreira
Ao contrário do que se planejou, a nova Via Costeira, depois da implantação de canteiros centrais e alargamento das pistas para fazer fluir o trânsito de veículos e dar mais segurança a motoristas e pedestres, vem registrando um aumento de 20% no número acidentes em comparação ao ano passado. O mais recente acidente aconteceu anteontem nas proximidades do posto do Corpo de Bombeiros, quando, por volta das 18h, um veículo Ranger capotou, derrubou um poste e a fiação da via. Mesmo quando não apresentam vítimas fatais, os acidentes causam prejuízos ao patrimônio e congestionamento. Também aumenta o medo de trafegar na avenida.

Dois recentes casos fatais chocaram a cidade. Em 27 de julho, a bióloga Helena Fagundes Bouth morreu após colidir seu Peugeot 206 contra um ônibus. No dia 8 do mesmo mês, o taxista Francisco Hermínio também morreu, após ter seu Fiat Siena atingido por um caminhão.

A falta de equipamentos fundamentais na Via, como uma rótula giratóriae radares e redutores de velocidade, além da escuridão à noite por falta de iluminação, podem estar contribuindo para a imprudência dos condutores que exageram na velocidade e fazem manobras proibidas.

Segundo dados do Comando da Polícia Estadual de Trânsito, de janeiro a outubro do ano passado, quando a obra ainda estava em execução, foram registrados 68 acidentes com quatro vítimas fatais. Após a entrega e liberação da obra para o tráfego, em novembro do ano passado, até julho deste ano, foram registrados 82 acidentes com 2 vítimas fatais.

Para o diretor do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER), o excesso de velocidade praticado pelos condutores e a ingestão de bebidas alcoólicas seriam causas de muitos acidentes na Via Costeira. "Para derrubar um poste de concreto, um carro não pode ter batido com menos de 70 km/h, que é a velocidade da via. Se alguém percorre com velocidade superior é um potencial causador de acidente", disse ele, esclarecendo que isso depende muito da consciência do motorista.

Pontos críticos: De acordo informações da Polícia Estadual de Trânsito, a nova Via Costeira tem apresentado alguns pontos críticos, com maior frequência de ocorrência de acidentes. As proximidades do restaurante Tábua de Carne, devido a não conclusão do canteiro central é um desses pontos. Ao invés da construção do canteiro, foram colocadas marcas longitudinais para indicar ao motorista que não é permitido a transposição das faixas ou o retorno naquele local, mas um pouco mais na frente, em frente ao Relógio do Sol, onde será construído uma rótula giratória.

A transposição dessas faixas em frente ao restaurante resultou, no dia 27 do mês de julho, na morte da bióloga Helena Bouth, de 26 anos, que ao fazer a manobra com seu Peugeot 206, foi atingida violentamente por um microônibus da empresa Santa Maria que trafegava no mesmo sentido. "O problema é que as pessoas não imaginam o grande risco que correm ao fazer a manobra nesse local ao invés de ir até o relógio de Areia Preta e fazer com mais segurança", disse o diretor do DER, Caio Pascoal.

Outro ponto crítico é em frente ao Centro de Convenções. Quem vem de Ponta Negra em direção ao Centro não tem visibilidade do veículo que vem do Centro para Ponta Negra. Outro problema para os motoristas que trafegam na via é a falta de acostamento, o que é justificável, na visão de Caio Pachoal, devido a implantação do canteiro central e do alargamento das duas pistas.

Volta às aulas piora o trânsito nas principais vias de Natal

12:46 | , , ,

Créditos: DN Online
As aulas recomeçaram e com elas vem o inevitável aumento do fluxo de automóveis nas principais vias de Natal. Quem já estava se habituando a um trânsito menos congestionado, agora com o fim das férias, vê-se em meio a um aumento de 40 a 50% a mais no número de veiculos transitando diariamente pela cidade. Alheio a isso, o número de carros segue crescendo. A cada mês são cadastrados no Detran uma média de 2,5 mil veículos, o que corresponde a uma fila de 8km a mais que entra na cidade para circular em um espaço físico que não cresce.

Nas principais ruas de acesso a grandes escolas, a situação tende a piorar mais ainda, é o caso da Avenida Hermes da Fonseca, que dá acesso ao Complexo Educacional Henrique Castriciano, ao Colégio Maria Auxiliadora e ao IFRN, onde diariamente o fluxo de veículos aumentou de 12 mil nas férias para 18 mil agora, um incremento de 50% a mais. Já na Prudente de Morais, que possui também grandes escolas e faculdades, o aumento de veículos foi maior e chegou a quase 50%, passando de 7,7 mil no período de férias para 11 mil atualmente. Outra avenida que teve um incremento de 50% no movimento no pós férias é a Romualdo Galvão que passou de 8,6 mil para 12,8 mil veículos transitando diariamente. Os números foram cedidos pela Secretaria de Mobilidade que faz a contagem eletrônica através de fotossensores instalados em diversos pontos da cidade.

O aumento dos carros em um trânsito já caótico traz congestionamento, desconforto e atraso para todo mundo. Segundo o secretário adjunto de trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Haroldo Maia, o problema é de difícil solução, tendo em vista que tudo que se faça nessa área, a princípio, pode até parecer que trará solução para o problema, mas depois torna-se mero paliativo em função do número sempre crescente de carros na cidade. Ele citou a Via Livre, que desobstruiu várias vias de Natal, garantindo a mobilidade com a retirada de estacionamentos. "Mas até em algumas avenidas que têm o Via Livre a situação também fica complicada em horários de pico".

Corredores: Uma solução, na opinião de Haroldo Maia, seria investir no transporte público com corredores exclusivos para ônibus e com uma política de subsidios por parte dos governos, proporcionando um valor de passagem mais acessível para o trabalhador. Com relação à implantação do Via Livre, ele diz que todo mundo aprova mas ainda há resistência principalmente do comércio. "A via é um bem muto caro para servir de estacionamento, pois prejudica a mobilidade principalmente no deslocamento nos principais corredores da cidade", disse.

Segundo Haroldo Maia, outra medida que vai ajudar a desafogar o trânsito nas principais vias é a liberação do pronlogamento da avenida Prudente de Morais até a BR 101. "Mas para que isso venha a realmente surtir efeito no trânsito é necessário ainda a mudança de mentalidade da população. É importante investir ainda na qualidade do transporte público de massa, como ônibus e trens. Só com transporte de qualidade é queas pessoas podem começar a deixar os carros em casa. Além disso, novos projetos e melhorias devem ser pensados diariamente porque a cidade diariamente também ganha edifícios e cosntruções novas, que devem prover a questão também do estacionamento", disse Haroldo.