11 de janeiro de 2010

Esse perdão não será atendido

17:44 | , ,

Foto: Agência Brasil / R7
E o ano na área política promete. Pra começar o ano com uma pérola sensacional, José Roberto Arruda (Ele está de volta...) pediu "perdão" de seus pecados. Pra quem não sabe, no dia 07, em entrevista a jornalistas, ao responder pergunta sobre a outra pérola dita por ele (Uma "piada" de mau gosto, onde ele diz que é culpado de tudo, inclusive de levar metade do prêmio da mega-sena de 31 de dezembro, cerca de R$ 72 milhões, para brasília), Arruda respondeu que, com mais essa, quer ser perdoado pelos pecados que cometeu.

É muito cinismo. Uma pessoa que teve a audácia de negar acusações que imagens o desmentem, e logo com argumentos tão fracos (O de que o dinheiro era pra compra de panetones). E mais: Ele não foi nada criativo, uma vez que ele já usou de frase semelhante naquele episódio da violação do painel eletrônico de votações do Senado para convencer o eleitorado de que não iria acontecer algo de novo. E aconteceu.
Imagem: Jornal Gazeta do Povo (PR)
Esse povo de Brasília tem de tomar jeito logo. Esse tipo de comportamento não é interessante, uma vez que dependemos dos políticos para comandar e, quem sabe, mudar o local onde você vive em 4 anos. Mas o Arruda não tem jeito. Primeiro, escapou por muito pouco de perder os direitos políticos por 8 anos, por participar da violação do painel do Senado. Escapou pedindo perdão. Agora vai tentar escapar de novo com o mesmo argumento - Dessa vez acho pouco provável.

O que o Arruda precisa mesmo é de um psicólogo (Ou um psiquiatra). Ele, com esse jeito sonso, calmo, quietinho, acha que vai enganar o povo dizendo que suas práticas corruptas de baixo nível devem ser perdoadas. Isso é coisa de quem não tem o juízo certo. Ora, quem vai querer perdoar uma pessoa que esconde dinheiro em qualquer canto do corpo (meias, cuecas, onde for...) e diz que é inocente? Ele deveria parar pra pensar nos seus erros, contratar um psicólogo e fazer uma terapia pra tentar parar de mentir.
Quem deve ser perdoado é o eleitor que escolheu um político dos piores pra comandar um Estado tão importante, como o DF. Um político desses não vale nada, nem mesmo, como dizem no interior, uma nota de 3 reais verdadeira.

Mas, não basta, leitor, o eleitor ser perdoado. Temos de pensar muito bem na hora de votar pra não termos de ver nos meios de comunicação, coisas como dinheiro nas meias, propina pra panetones... Enfim, nenhum tipo de corrupção. Você tem de se conscientizar no seu voto pra não se arrepender depois. E essa consciência tem de ser renovada logo: As eleições estão chegando e não podemos errar de novo. Nesse caso o ditado de que só aprendemos caindo já está obsoleto.

1 comentários:

Rodrigo Capistrano disse...

Sei não, Andrey, mas começo a desconfiar que o Proudhon estava assustadoramente certo: "O povo é um monstro que devora todos os seus benfeitores e libertadores. Ao contrário do que acreditávamos, não existe nenhum povo revolucionário. O que nós temos é apenas uma elite de homens que acreditaram ser possível, seduzindo o povo, impor suas idéias de bem público e fazer com que elas fossem aplicadas. Tudo comprova que daqui para frente, incentivar o povo a ter o arbítrio do seu próprio destino equivale a agir, a um só tempo, como otário e charlatão.”

Abraço.
Rodrigo Capistrano.