Créditos: R7
Imagem: Blog do David Oliveira
A Polícia Federal deflagrou no dia 27 de novembro a operação Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina comandado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e que envolve políticos aliados – entre eles deputados distritais. O governador nega o envolvimento.
O esquema seria uma espécie de “pedágio” cobrado por Arruda para que empresas consigam contratos com o governo. O dinheiro arrecadado, segundo o inquérito da PF, era dividido entre Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, além de secretários e assessores da administração do DF.
O escândalo ficou conhecido como mensalão do DEM, em alusão ao mensalão do governo federal, denunciado em 2005 pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que consistiria no pagamento mensal por parte do governo a parlamentares em troca de facilidades políticas.
Ao deflagrar a operação Caixa de Pandora, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça)e apreendeu mais de R$ 700 mil nas casas e gabinetes dos políticos envolvidos, incluindo um anexo da residência oficial do governador.
Segundo o inquérito da PF – que investiga os crimes de formação de quadrilha, crime eleitoral e corrupção -, o dinheiro vinha de quatro empresas da área de informática. Em troca, elas conseguiriam facilidades em licitações para firmar contratos com o governo.
Mais de 30 vídeos que fazem parte das investigações mostram Arruda e seus aliados recebendo maços de dinheiro.
Durval Barbosa - Alvo de 32 processos judiciais, o ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda foi o delator do esquema. Ele produziu, desde 2005, mais de 30 vídeos nos quais deputados, secretários e o próprio Arruda aparecem recebendo maços de dinheiro. A Polícia Federal diz que vingança contra o governador motivou denúncia. Segundo Barbosa, Arruda fez uma campanha difamatória contra ele em um jornal de Brasília.
O ex-secretário também fez parte do governo anterior, de Joaquim Roriz (PSC), ex-aliado político de Arruda que pretende disputar a vaga no Palácio do Buriti no ano que vem.
Paulo Octávio (DEM) - Vice-governador do Distrito Federal, também recebia dinheiro das empresas. Numa eventual renúncia ou impeachment de Arruda, também deve deixar o governo. Assim como o governador, ele nega as acusações.
Leonardo Prudente (DEM) - Presidente licenciado da Câmara Legislativa (equivalente, no Distrito Federal, às Assembleias Legislativas dos Estados), aparece em vídeo recebendo maços de dinheiro e os colocando na meia. Uma empresa ligada a Prudente, a G6, ganhou diversos contratos com o governo durante a gestão Arruda, o que aumentou em 2.265% os valores recebidos. O deputado nega as acusações e diz ser vítima de chantagem.
Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulysses Mello (PSB) e Pedro do Ovo (PMN) – Deputados cujos gabinetes e casas foram alvo dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF. Eles também negam o envolvimento no caso.
Fernando Gonçalves – Ministro que relata o caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), expediu os 16 mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF na sexta-feira.
Níveo Gonçalves - Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, poderá assumir o governo em um caso de renúncia coletiva ou impeachment dos mandatos de Arruda, Octávio e Prudente.
Cabo Patrício (PT) – Deputado distrital, assumiu a presidência da Câmara Legislativa com o afastamento de Prudente. Acatou um pedido do seu partido para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investiga irregularidades na administração do Distrito Federal.
Alcyr Collaço – empresário, dono do jornal Tribuna do Brasil, foi flagrado em vídeo recebendo maços de dinheiro. Em um vídeo, Collaço afirma que também receberiam dinheiro deste esquema o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o presidente da Câmara, Michel Temer, e o deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF). Todos negam as acusações.
3.Crimes:
Segundo o inquérito da investigação que corre no STJ, Ministério Público e Polícia Federal, os crimes cometidos pelos envolvidos seriam os de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, fraude de licitação e crime eleitoral.
Entretanto, a solidez dos indícios de crime, entre eles os vídeos nos quais Arruda e seus aliados são filmados recebendo dinheiro, já gerou a possibilidade de impeachment do governador.
Três dos 11 pedidos protocolados na Câmara Legislativa foram aceitos e agora passam por uma comissão especial criada pela Casa para analisar o processo. Caso algum deles seja aprovado pelos deputados, Arruda perde o mandato e o direito de se candidatar por oito anos
O esquema seria uma espécie de “pedágio” cobrado por Arruda para que empresas consigam contratos com o governo. O dinheiro arrecadado, segundo o inquérito da PF, era dividido entre Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, além de secretários e assessores da administração do DF.
O escândalo ficou conhecido como mensalão do DEM, em alusão ao mensalão do governo federal, denunciado em 2005 pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que consistiria no pagamento mensal por parte do governo a parlamentares em troca de facilidades políticas.
Ao deflagrar a operação Caixa de Pandora, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça)e apreendeu mais de R$ 700 mil nas casas e gabinetes dos políticos envolvidos, incluindo um anexo da residência oficial do governador.
Segundo o inquérito da PF – que investiga os crimes de formação de quadrilha, crime eleitoral e corrupção -, o dinheiro vinha de quatro empresas da área de informática. Em troca, elas conseguiriam facilidades em licitações para firmar contratos com o governo.
Mais de 30 vídeos que fazem parte das investigações mostram Arruda e seus aliados recebendo maços de dinheiro.
Quem são os envolvidos:
José Roberto Arruda - O governador do Distrito Federal é investigado por receber o dinheiro das empresas e repassá-lo aos seus aliados políticos, entre eles deputados do DF. O governador nega os crimes e afirma que o dinheiro que aparece recebendo em vídeo era para realizar ações sociais, entre elas a compra de panetones. Em nota, disse que as irregularidades eram cometidas pelo governo anterior. Pressionado pelos líderes do DEM, pediu a desfiliação e abriu mão de disputar a reeleição em 2010.Durval Barbosa - Alvo de 32 processos judiciais, o ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda foi o delator do esquema. Ele produziu, desde 2005, mais de 30 vídeos nos quais deputados, secretários e o próprio Arruda aparecem recebendo maços de dinheiro. A Polícia Federal diz que vingança contra o governador motivou denúncia. Segundo Barbosa, Arruda fez uma campanha difamatória contra ele em um jornal de Brasília.
O ex-secretário também fez parte do governo anterior, de Joaquim Roriz (PSC), ex-aliado político de Arruda que pretende disputar a vaga no Palácio do Buriti no ano que vem.
Paulo Octávio (DEM) - Vice-governador do Distrito Federal, também recebia dinheiro das empresas. Numa eventual renúncia ou impeachment de Arruda, também deve deixar o governo. Assim como o governador, ele nega as acusações.
Leonardo Prudente (DEM) - Presidente licenciado da Câmara Legislativa (equivalente, no Distrito Federal, às Assembleias Legislativas dos Estados), aparece em vídeo recebendo maços de dinheiro e os colocando na meia. Uma empresa ligada a Prudente, a G6, ganhou diversos contratos com o governo durante a gestão Arruda, o que aumentou em 2.265% os valores recebidos. O deputado nega as acusações e diz ser vítima de chantagem.
Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulysses Mello (PSB) e Pedro do Ovo (PMN) – Deputados cujos gabinetes e casas foram alvo dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF. Eles também negam o envolvimento no caso.
Fernando Gonçalves – Ministro que relata o caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), expediu os 16 mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF na sexta-feira.
Níveo Gonçalves - Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, poderá assumir o governo em um caso de renúncia coletiva ou impeachment dos mandatos de Arruda, Octávio e Prudente.
Cabo Patrício (PT) – Deputado distrital, assumiu a presidência da Câmara Legislativa com o afastamento de Prudente. Acatou um pedido do seu partido para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investiga irregularidades na administração do Distrito Federal.
Alcyr Collaço – empresário, dono do jornal Tribuna do Brasil, foi flagrado em vídeo recebendo maços de dinheiro. Em um vídeo, Collaço afirma que também receberiam dinheiro deste esquema o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o presidente da Câmara, Michel Temer, e o deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF). Todos negam as acusações.
3.Crimes:
Segundo o inquérito da investigação que corre no STJ, Ministério Público e Polícia Federal, os crimes cometidos pelos envolvidos seriam os de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, fraude de licitação e crime eleitoral.
O que pode acontecer a partir de agora:
A Polícia Federal ainda não concluiu a investigação da operação Caixa de Pandora. Mesmo depois que isso acontecer, ainda haverá um longo caminho até o processo ser concluído e a Justiça definir se Arruda e seus aliados são culpados ou inocentes.Entretanto, a solidez dos indícios de crime, entre eles os vídeos nos quais Arruda e seus aliados são filmados recebendo dinheiro, já gerou a possibilidade de impeachment do governador.
Três dos 11 pedidos protocolados na Câmara Legislativa foram aceitos e agora passam por uma comissão especial criada pela Casa para analisar o processo. Caso algum deles seja aprovado pelos deputados, Arruda perde o mandato e o direito de se candidatar por oito anos
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