Créditos: Globoesporte.com
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- Temos dois jogadores feridos. Tínhamos acabado de cruzar a fronteira (entre o Congo e o território de Cabinda, onde o Togo deve disputar suas partidas do Grupo B), e estávamos cercados pela polícia. Tudo estava normal, quando fomos metralhados. Todo mundo tentou se esconder embaixo dos assentos, e a polícia respondeu. Nos metralharam como cachorros e tivemos que nos esconder por quase 20 minutos para evitar as balas - contou o jogador Thomas Dossevi ao canal de TV francês Infosport.
O Manchester City divulgou um comunicado em seu site oficial para dizer que o atacante Adebayor, principal estrela dos togoleses, não sofreu ferimentos. O Aston Villa também afirmou que Saifou está bem após o ataque. Porém, os clubes ingleses (incluindo Chelsea e Arsenal) podem acabar pedindo o retorno dos atletas africanos convocados com medo de mais atos de violência.
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- Akakpo foi baleado nas costas e Obilalé, nos rins. O encarregado da comunicação também foi ferido e perdeu muito sangue. Ser agredido dessa forma por um jogo de futebol não faz sentido - acrescentou Dossevi.
Segundo dirigentes do FC Vaslui, clube da Romênia onde atua Akakpo, ele foi baleado duas vezes, mas, após ser submetido a uma cirurgia, passa bem.
O Togo tem estreia na CAN marcada para segunda-feira, em Cabinda, contra Gana. A seleção integra o Grupo B, ao lado também de Costa do Marfim (rival do Brasil na Copa do Mundo) e Burkina Faso. A CAF estuda a possibilidade de mudar as partidas para Luanda.
Ameaças já teriam sido feitas: O território de Cabinda é uma das 18 províncias de Angola, mas não pertence fisicamente à área do país. O local fica entre a República Democrática do Congo (ex-Zaire) e a República do Congo. A região é rica em petróleo e é assolada por um conflito separatista desde a independência angolana, em 1975.
Segundo o "Jornal Digital", de Angola, a resistência de Cabinda, denominada FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda), já havia alertado em diversas ocasiões que poderia haver falta de segurança para as equipes que se deslocariam à província durante o torneio. A FLEC assumiu a autoria do atentado às forças militares angolanas que faziam a escolta da seleção de Togo.
- A situação de guerra é uma realidade em Cabinda e qualquer estrangeiro poderá ser uma vítima - teriam dito os líderes da FLEC.
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