Créditos: Nominuto.com
Foto: Túlio Duarte (Nominuto.com)
Susto. Esse foi o sentimento que se espalhou por vários municípios do Rio Grande do Norte e até nos Estados da Paraíba e Pernambuco. Por volta da 1h da tarde desta segunda-feira (11), a terra voltou a tremer na região do Mato Grande (RN). O tremor de hoje alcançou 3,8 graus na escala Richter, sendo maior do que aconteceu neste sábado (9). A energia que voltou a ser liberada assustou a muitos.
Medo, corre-corre e insegurança foram sentidos principalmente pelos moradores de Poço Branco, distante 62 quilômetros de Natal, e bem próximo do “possível epicentro”: a comunidade de Jerusalém. Na cidade, casas e comércios tiveram as paredes rachadas.
"O povo ficou todo aperreado, todo mundo nervoso, as crianças chorando. Nunca vi isso”, relatou a dona de casa Ana Carla de Souza Coelho. Ela estava na área de sua residência, em Poço Branco, quando viu a estante começar a tremer, então, ficou muito nervosa, pegou as crianças e saiu para calçada.
Sair de casa foi a mesma atitude tomada pelo autônomo Alberto Bezerra da Silva. Ele mora na cidade há 23 anos, e na hora do abalo sísmico estava dormindo. “Acordei com a cama tremendo, tive um susto, corri para fora”, disse, emendando que quando chegou na calçada percebeu a parede da fachada de sua casa rachada.
Medo, corre-corre e insegurança foram sentidos principalmente pelos moradores de Poço Branco, distante 62 quilômetros de Natal, e bem próximo do “possível epicentro”: a comunidade de Jerusalém. Na cidade, casas e comércios tiveram as paredes rachadas.
"O povo ficou todo aperreado, todo mundo nervoso, as crianças chorando. Nunca vi isso”, relatou a dona de casa Ana Carla de Souza Coelho. Ela estava na área de sua residência, em Poço Branco, quando viu a estante começar a tremer, então, ficou muito nervosa, pegou as crianças e saiu para calçada.
Sair de casa foi a mesma atitude tomada pelo autônomo Alberto Bezerra da Silva. Ele mora na cidade há 23 anos, e na hora do abalo sísmico estava dormindo. “Acordei com a cama tremendo, tive um susto, corri para fora”, disse, emendando que quando chegou na calçada percebeu a parede da fachada de sua casa rachada.
“Tem uns dois meses que reformei a casa. O abalo de hoje foi bem maior do que o de sábado e quebrou minha parede”, contou. As paredes da panificadora Pão Forte também racharam, levando susto aos funcionários.
Na comunidade de Jerusalém, as paredes da casa da agricultora Maria da Lurdes Silva Câmara não racharam, mas o susto sentido por ela foi o mesmo sentido pelos moradores de Poço Branco. “A casa ficou se balançando, as telhas ficaram se estalando. Pensei até que o mundo ia se acabar. Meu filho queria correr, mas as pernas ficaram tremendo”, relatou Maria.
“A gente fica assustado, até para dormir à noite, agora dá medo, insegurança”, contou Maria, que, como quem quer esquecer o temor, brincou: “estou pensando em amarrar uma rede aí do lado de fora e dormir em baixo de uma árvore, vai que a casa volte a tremer”, disse rindo.
Na comunidade de Jerusalém, as paredes da casa da agricultora Maria da Lurdes Silva Câmara não racharam, mas o susto sentido por ela foi o mesmo sentido pelos moradores de Poço Branco. “A casa ficou se balançando, as telhas ficaram se estalando. Pensei até que o mundo ia se acabar. Meu filho queria correr, mas as pernas ficaram tremendo”, relatou Maria.
“A gente fica assustado, até para dormir à noite, agora dá medo, insegurança”, contou Maria, que, como quem quer esquecer o temor, brincou: “estou pensando em amarrar uma rede aí do lado de fora e dormir em baixo de uma árvore, vai que a casa volte a tremer”, disse rindo.
Mas há quem já tenha se acostumado com os tremores. É o caso do ex-prefeito da cidade, o aposentado José de Arimateia da Cunha, de 69 anos, nasceu e se criou na cidade. “Já estou até acostumado. Na década de 50 foi quando teve tremor grande por aqui”, contou Arimateia, que teve a parede da cozinha de seu residência rachada.
Tanto tempo e tão poucas explicações. A pedagoga Jeane Ferreira da Silva, moradora da comunidade Jerusalém, queria apenas ser informada. “Nos diga se há perigo da terra rachar?, Por quê acontece isso aqui?”, indagou.
Pesquisa: Segundo os professores do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o tremor de hoje alcançou 3,8 graus na escala Richter. Eles estiveram na tarde desta segunda (11) no “possível epicentro”, a comunidade de Jerusalém, localizada entre as cidades de Poço Branco e Taipu. Mas lá, não encontraram grandes prejuízos. Então, seguiram para a região da Samambaia para continuarem os trabalhos de campo.
Tanto tempo e tão poucas explicações. A pedagoga Jeane Ferreira da Silva, moradora da comunidade Jerusalém, queria apenas ser informada. “Nos diga se há perigo da terra rachar?, Por quê acontece isso aqui?”, indagou.
Pesquisa: Segundo os professores do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o tremor de hoje alcançou 3,8 graus na escala Richter. Eles estiveram na tarde desta segunda (11) no “possível epicentro”, a comunidade de Jerusalém, localizada entre as cidades de Poço Branco e Taipu. Mas lá, não encontraram grandes prejuízos. Então, seguiram para a região da Samambaia para continuarem os trabalhos de campo.
“Essa região está sob tensão. Faz alguns anos que não acontece esses tremores, então, a energia fica acumulada e agora está sendo liberada. Onde há uma área sísmica esse é um processo natural. A princípio identificamos a região aqui da comunidade de Jerusalém como sendo o epicentro, mas estamos analisando. Não sabemos dizer se isso [tremor] vai parar. Pode acontecer outros”, explicou o professor de sismologia da UFRN, Joaquim Mendes.
Novos tremores: O vice-coordenador do laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professor Aderson Farias do Nascimento, alertou que outros tremores de terra – como o que atingiu Natal e outras cidades da Região Metropolitana nesta segunda-feira (11) – ainda podem ocorrer no Estado.
Novos tremores: O vice-coordenador do laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professor Aderson Farias do Nascimento, alertou que outros tremores de terra – como o que atingiu Natal e outras cidades da Região Metropolitana nesta segunda-feira (11) – ainda podem ocorrer no Estado.
Segundo o sismólogo, não se pode dizer quando, nem com que magnitude, mas também não se pode descartar a ocorrência de novos abalos sísmicos. “O risco de novos tremores existe”, enfatizou.
O abalo sísmico desta segunda-feira, foi o segundo em menos de 72h relatado no RN. O primeiro, de menor intensidade, foi registrado no sábado (9) e teve 3,3 graus na escala Richter, tendo como epicentro o município de João Câmara. O professor Joaquim Ferreira relatou que desde 2003, “não tinham abalos dessa intensidade” no Rio Grande do Norte.
Moradores de alguns bairros de Natal como Lagoa Nova, Candelária, Lagoa Seca e Nova Parnamirim também relataram os tremores.
Ação do Governo: Em Natal, a governadora Wilma de Faria convocou uma reunião entre o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil nesta tarde. Mas, de acordo com o secretário da Justiça e Cidadania, (Sejuc) Leonardo Arruda, o encontro não aconteceu em virtude de já ter sido montada uma rede para dar assistência aos municípios em casos de desabamento de prédios, casas ou pontes.
De acordo com o titular da Sejuc, a cadeia é formada pelas três instâncias da Defesa Civil – federal, estadual e municipal, Corpo de Bombeiros e ainda a Secretária Estadual de Recursos Hídricos e Forças Armadas.
Leonardo Arruda disse ainda que até o momento, nenhuma prefeitura entrou em contato com o Governo do Estado para relatar possíveis desmoronamentos ou mortes causadas pelo tremor de 3,8 pontos na escala Richter, considerado razoável pelo Departamento de Geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
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