9 de janeiro de 2010

Guerrilha assume ataque ao ônibus de Togo, que deixou um morto e nove feridos

13:28 | , ,

Créditos: Agência EFE / R7

Um ataque contra o ônibus que levava a seleção de futebol do Togo para Angola, onde a equipe disputará a Copa Africana de Nações, terminou com a morte do motorista e pelo menos nove feridos, entre eles dois jogadores. A guerrilha separatista Flec (Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda) assumiu a autoria do ataque.

Um porta-voz do Ministério de Esportes do Togo em Lomé, a capital do país, afirmou que o motorista do ônibus morreu no local do ataque. Segundo ele, o ataque ocorreu no enclave angolano de Cabinda, região rica em petróleo na qual a Flec enfrenta o Governo há mais de três décadas.

Alguns dos feridos tiveram que deixar o local para receber tratamento médico, acrescentou o porta-voz, que não deu mais detalhes sobre suas identidades ou a gravidade de suas lesões. Diferentes veículos de imprensa revelaram, no entanto, que o goleiro Kodjovi Obilale e o defensor Serge Akakpo estavam entre os feridos, o primeiro deles em estado grave. Obilale, de 25 anos, joga no GSI Pontivi, da França, enquanto Akakpo, de 22 antes, é do clube romeno FC Vaslui.

A Copa Africana de Nações começa domingo (10) em Luanda, com o confronto entre Angola e Mali, pelo grupo A. Apesar do ataque, a confederação assegurou que a competição será disputada. A estreia do Togo na Copa Africana de Nações está marcada para segunda-feira (11), em Cabinda, contra Gana, em jogo pelo grupo B.

O atacante togolês Thomas Dossevi declarou à edição digital do jornal francês L'Équipe que os jogadores estão assustados e não querem mais disputar o torneio.

- Não somos capazes de fazê-lo. Minha primeira preocupação é a saúde dos feridos, porque havia uma grande quantidade de sangue no chão. Por enquanto, não temos muitas notícias, só que foram transportados para hospitais. Atiraram em nós apesar de estarmos escoltados por dois ônibus da polícia.

A Fifa e seu presidente, Joseph Blatter, mostraram-se comovidos com os incidentes que afetaram Togo. Em nota, a organização afirmou que "está em contato com a Confederação Africana de Futebol e seu presidente, Issa Hayatou", e que "espera um relatório completo sobre a situação".

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