Créditos: Tribuna do Norte

“O que queremos é trazer à tona o debate de forma mais aprofundada e politizar os cidadãos, conscientizando-os sobre o assunto, não formar mais usuários”, destacou o estudante Álvaro Andrade. Ele e os demais representantes do Coletivo Cannabis Ativa vêm divulgando um panfleto da Marcha da Maconha na qual levantam a bandeira da legalização e avisam “Não use, não porte, não fume na marcha.” A expectativa inicial de 300 participantes vem crescendo e os organizadores acreditam que esse número possa até triplicar.
Para o grupo, o fato de ainda se tratar de uma droga ilícita é a principal causa dos problemas atribuídos à maconha. Eles entendem que a erva só serve de porta de entrada aos demais vícios porque atualmente, por seu uso ser ilegal, “a maconha é vendida pelo mesmo indivíduo que comercializa cocaína, crack e outros entorpecentes.” A legalização, no entender do coletivo, combateria inclusive o “ciclo de delinquência” que hoje é atribuído à canabbis sativa, bem como o preconceito em relação aos usuários.
O comandante de Policiamento Metropolitano, coronel Alarico Azevedo, enfatizou que a manifestação não poderia ser impedida, sem que houvesse uma decisão judicial contrária à passeata. “A Polícia Militar estará no local para garantir a ordem pública”, garantiu o oficial. A quantidade de PMs vai depender de um planejamento e parte do efetivo que vem promovendo a segurança da reunião da SBPC, realizada no Campus, deverá ser aproveitado.
Os organizadores da mobilização foram orientados a oficializarem um documento assegurando o objetivo de não promover a apologia. Eles também devem entrar em contato com a Polícia Rodoviária Federal, caso a Marcha da Maconha se estenda até a BR-101, conforme o previsto, na área vizinha à Praça Cívica do campus. Na rodovia, os manifestantes pretendem realizar uma “pequena paralisação”, chamando a atenção da população para o debate sobre o assunto.
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