Créditos: R7
Eles compreensivelmente rejeitam o rótulo. "Nanico" pode não ser desonra, mas não é exatamente elogio. O verbete "partidos nanicos" no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está definido como: "os que hajam conseguido eleger pequeno número de representantes, em especial, à Câmara dos Deputados". Mas os pequeninos desta corrida presidencial querem superar o próprio nanismo e ganhar estatura, principalmente no Congresso.
Foto: Divulgação / R7

Os presidenciáveis atacam com os recursos e os discursos que têm para escapar desse ciclo. É quase um "se vira nos 30" político: cada um terá, a partir de terça-feira (17), pouco mais de 55 segundos de propaganda. Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) - recém-desgarrado do nanismo, depois de uma aparição bem-sucedida em um debate na TV - têm, somados, mais de 20 dos 25 minutos diários do horário gratuito. Causar impacto em tão pouco tempo é a saída e o desafio.
Marqueteiro: As cinco campanhas nanicas se organizam sem a figura já clássica do marqueteiro. Em todos os casos, os próprios candidatos supervisionam a confecção de seu marketing - Levy Fidelix e Eymael têm a seu favor o fato de terem empresas e experiência nessa área. Fidelix mostra empolgação ao falar sobre a mensagem que deverá passar no horário eleitoral gratuito.
- Como o tempo é pequeno, tenho que falar de maneira contundente. Mas não sou o Enéas. Minhas falas têm mensagem e o povo simples entende.
A grande aposta de Eymael é o relançamento de seu consagrado jingle em versões axé, milonga e sertaneja, para ser o ringtone de celulares simpáticos à causa democrata-cristã. Rui Pimenta é jornalista e conta com a estrutura do partido para formular sua propaganda.
- Nosso principal veículo é o jornal Causa Operária.
O semanal tem tiragem de 6,5 mil exemplares e, na edição mais recente, traz sete longas páginas com textos do revolucionário Leon Trotsky, em um especial pelos 70 anos de sua morte.
O comunista Ivan Pinheiro usa o mesmo instrumento, um jornal tabloide de quatro páginas.
- Além disso, vamos fazer um programa de TV diferente de tudo que já se viu. Somos o único partido que fala do mundo, não só do Brasil.
São também dos poucos que defendem às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Já Zé Maria, do PSTU, não está tão empolgado com o horário gratuito.
- Sabemos que, no fim, vamos atingir uma parcela pequena da população, porque falamos, principalmente, para nosso público, que são os estudantes e os trabalhadores.
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