Créditos: G1
Foto: Reuters / Terra
O Ministério de Relações Exteriores confirmou na noite desta quarta-feira (25), por meio de nota oficial, a existência de quatro brasileiros entre os 72 mortos em uma chacina no estado mexicano de Tamaulipas.
“As autoridades mexicanas informaram hoje à Embaixada do Brasil na Cidade do México que os corpos de 4 brasileiros, ainda não identificados, estavam entre os 72 mortos encontrados no Estado de Tamaulipas, no nordeste do país”, diz o Itamaraty, em nota.
A assessoria do Itamaraty explicou que o governo do México deve enviar até esta quinta (26) uma lista com os nomes dos mortos. O ministério disse ainda que uma aeronave do governo mexicano vai transportar ao local da chacina um grupo de representantes consulares dos países que tenham nacionais entre as vítimas, entre eles um funcionário do Consulado-Geral do Brasil na Cidade do México.
Em entrevista ao jornal mexicano "El Universal", uma testemunha do crime afirmou que a maior parte dos corpos encontrados é de brasileiros e equatorianos que rejeitaram oferta de trabalhar como assassinos e que teriam sido mortos por isso. A testemunha, um equatoriano que não quis se identificar, alega que escapou do ataque com ferimentos.
A informação foi passada ao jornal por um funcionário do governo mexicano e não foi confirmada oficialmente pela polícia. A testemunha diz que o grupo de migrantes tentava ir aos Estados Unidos quando foi interceptado no rancho que supostamente pertence a uma quadrilha chamada de "Los Zetas".
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, classificou o episódio como "um feito terrivelmente trágico". Os detalhes das mortes ainda estão sendo investigadas pelos Estados Unidos, que devem divulgar um novo comunicado ainda nesta quarta.
Militares mexicanos encontraram os 72 cadáveres, entre os quais os de 14 mulheres, em um rancho em Tamaulipas, estado mexicano que é um dos maiores alvos da onda de violência ligada ao narcotráfico no país.
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