Foto: Blog Ziriguidum
Neste final de semana chega ao fim os especiais juninos no programa “Vozes do Brasil”, e para encerrar este mês tão especial para a cultura nordestina, a Universitária FM apresenta a trajetória e os grandes de Sivuca o gênio da sanfona.
No dia 26 de maio de 1930, Severino Dias de Oliveira chegou ao mundo em Itabaiana, semi-árido da Paraíba. De família de sapateiros e agricultores, começou a tocar sanfona em feiras, batizados e festas aos nove anos de idade.
Aos quinze se mudou para Recife, seguiu tocando e fazendo música pelo interior do Nordeste. Na capital Pernambucana que muitos passos importantes de início de carreira foram dados, como o início profissional na Rádio Clube de Recife, depois na então recém inaugurada Rádio Jornal do Comércio. E, ainda em Recife, conheceu o maestro Guerra Peixe com quem estudou composição e arranjo.
Em 1950, Sivuca selou a parceria com Humberto Teixeira e lançou seu primeiro disco pela gravadora Continental, que revelou “Adeus maria fulô”, além de interpretações de "Tico-tico no fubá" e do choro "Carioquinha no flamengo", de Waldir Azevedo e Bonfiglio de Oliveira.
A partir de 1955, ele foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como acordeonista de um grupo chamado Os Brasileiros. Ele chegou a morar em Lisboa e Paris, a partir de 1959. Em 1962 foi considerado o melhor instrumentista pela imprensa parisiense.
Morou em Nova Iorque de 1964 a 1976, onde, entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982).
Um dos discos mais emblemáticos da carreira do artista é o "Sivuca Sinfônico" (Biscoito Fino, 2006), em que ele toca ao lado da Orquestra Sinfônica do Recife sete arranjos orquestrais de sua autoria, um registro inédito, único e completo de sua obra erudita. As composições sinfônicas de Sivuca são absolutamente singulares na música erudita brasileira, porque o artista inseriu a sanfona como o instrumento principal de sua obra.
Em 2006 o músico lançou o DVD “Sivuca – O Poeta do Som”, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Faleceu em 14 de dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004. Sivuca deixa uma filha, Flavia, que atualmente está levantando o acervo do pai, e um enorme legado musical para a humanidade.
Os sucessos de Sivuca você ouve no programa “Vozes do Brasil”, neste final de semana às 19h na Universitária FM – 88,9MHz.
SERVIÇO:
O QUÊ: Programa Vozes do Brasil – Sivuca
ONDE: Universitária FM | 88,9 MHz
QUANDO: Sábado (26/06) e Domingo (27/06) às 19h.
CONTATO: vozes@fmu.ufrn.br | www.fmu.ufrn.br
No dia 26 de maio de 1930, Severino Dias de Oliveira chegou ao mundo em Itabaiana, semi-árido da Paraíba. De família de sapateiros e agricultores, começou a tocar sanfona em feiras, batizados e festas aos nove anos de idade.
Aos quinze se mudou para Recife, seguiu tocando e fazendo música pelo interior do Nordeste. Na capital Pernambucana que muitos passos importantes de início de carreira foram dados, como o início profissional na Rádio Clube de Recife, depois na então recém inaugurada Rádio Jornal do Comércio. E, ainda em Recife, conheceu o maestro Guerra Peixe com quem estudou composição e arranjo.
Em 1950, Sivuca selou a parceria com Humberto Teixeira e lançou seu primeiro disco pela gravadora Continental, que revelou “Adeus maria fulô”, além de interpretações de "Tico-tico no fubá" e do choro "Carioquinha no flamengo", de Waldir Azevedo e Bonfiglio de Oliveira.
A partir de 1955, ele foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como acordeonista de um grupo chamado Os Brasileiros. Ele chegou a morar em Lisboa e Paris, a partir de 1959. Em 1962 foi considerado o melhor instrumentista pela imprensa parisiense.
Morou em Nova Iorque de 1964 a 1976, onde, entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982).
Um dos discos mais emblemáticos da carreira do artista é o "Sivuca Sinfônico" (Biscoito Fino, 2006), em que ele toca ao lado da Orquestra Sinfônica do Recife sete arranjos orquestrais de sua autoria, um registro inédito, único e completo de sua obra erudita. As composições sinfônicas de Sivuca são absolutamente singulares na música erudita brasileira, porque o artista inseriu a sanfona como o instrumento principal de sua obra.
Em 2006 o músico lançou o DVD “Sivuca – O Poeta do Som”, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Faleceu em 14 de dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004. Sivuca deixa uma filha, Flavia, que atualmente está levantando o acervo do pai, e um enorme legado musical para a humanidade.
Os sucessos de Sivuca você ouve no programa “Vozes do Brasil”, neste final de semana às 19h na Universitária FM – 88,9MHz.
SERVIÇO:
O QUÊ: Programa Vozes do Brasil – Sivuca
ONDE: Universitária FM | 88,9 MHz
QUANDO: Sábado (26/06) e Domingo (27/06) às 19h.
CONTATO: vozes@fmu.ufrn.br | www.fmu.ufrn.br
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