Créditos: Reuters
Foto: Paulo Whitaker (Reuters)
A seleção brasileira encontrou contra o Chile o cenário perfeito para colocar em prática seu futebol de eficiência e derrotou o rival sul-americano por 3 x 0, nesta segunda-feira, classificando-se para enfrentar a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo.
Juan e Luís Fabiano, no primeiro tempo, e Robinho, na etapa final, marcaram os gols que deram ao Brasil sua sexta vitória em seis jogos contra o Chile desde que Dunga assumiu a seleção brasileira e transformou a equipe num time mortal quando tem espaços para o contra-ataque.
Robinho, que marcou pela primeira vez no Mundial, foi eleito o melhor da partida: "Estou feliz pelo gol. Poderia ter jogado melhor, sempre tem o que melhorar", disse o atacante, que fez seu oitavo gol contra o Chile. "Foi um adversário que sempre me deu sorte e graças a Deus hoje não foi diferente. Contra a Holanda) será mais uma decisão, o time tem que melhorar, mas acho que estamos no caminho certo", completou.
Ao contrário de Coreia do Norte e Portugal, que se postaram na defesa e criaram dificuldade para o ataque brasileiro na primeira fase do Mundial, a seleção chilena foi a campo com três homens de frente, com a intenção de pressionar o Brasil em seu campo de defesa.
A estratégia de fato dificultou a saída de bola brasileira e deu aos chilenos oportunidades para chegar ao ataque, no entanto sem conseguir ameaçar o goleiro Julio César. Até os 30 minutos, a maior parte do jogo se desenrolava dentro do campo defensivo do Brasil.
Com Ramires e Daniel Alves no meio-campo, nos lugares dos lesionados Felipe Melo e Elano, o Brasil concentrava suas jogadas de ataque pela direita, apostando nas arrancadas do lateral Maicon.
Depois de uma cobrança de escanteio, os jogadores brasileiros cercaram o árbitro inglês Howard Webb pedindo pênalti por um carrinho de Pablo Contreras que derrubou Lúcio dentro da área, que não foi assinalado pelo juiz.
Imagem: Getty Images / Globoesporte.com
Contra-ataque: Mas em outro córner o Brasil chegou ao gol, aos 34 minutos de jogo. Maicon cobrou pela direita e Juan subiu livre, escoltado por Luís Fabiano e Lúcio, para cabecear firme no alto do gol de Claudio Bravo.
A desvantagem levou o time chileno ainda mais ao ataque, e deixou o Brasil na situação em que se sente mais confortável para jogar.
Apenas quatro minutos após o primeiro gol, Robinho puxou contra-ataque pela esquerda e encontrou Kaká no meio. Com uma bela assistência de primeira, o camisa 10 deixou Luís Fabiano na cara do gol, e o atacante teve apenas o trabalho de driblar o goleiro e empurrar para as redes.
O técnico argentino Marcelo Bielsa colocou a equipe definitivamente na frente na etapa final, quando trocou os defensores Contreras e Mauricio Isla pelos meias Rodrigo Tello e Rodrigo Millar. Além deles, também entrou em campo o ex-palmeirense Jorge Valdívia.
As mudanças deram ao Chile maior posse de bola, e, como esperado, aumentou o espaço para o Brasil contra-atacar. O terceiro gol saiu exatamente assim, numa ótima arrancada de Ramires pelo meio até uma finalização com categoria de Robinho, no canto esquerdo do goleiro, aos 14 do segundo tempo.
E o Brasil só não chegou ao quarto pelo mesmo caminho graças ao goleiro chileno, que esticou-se para mandar a escanteio um chute rasteiro de Robinho em outra arrancada pela esquerda. Da mesma forma, um merecido gol de honra chileno só não saiu porque o goleiro Julio César e a trave impediram Humberto Suazo de balançar as redes na etapa final.
Assim como nas eliminatórias para o Mundial, quando perdeu para o Brasil em casa (3 x 0) e fora (4 x 2), o Chile acabou mais uma vez punido por buscar o ataque contra uma seleção que tem na marcação e no contra-ataque veloz sua jogada mais perigosa.
Para as quartas de final contra a Holanda, que venceu a Eslováquia por 2 x 1 mais cedo nesta segunda-feira, o Brasil perdeu Ramires, que levou um cartão amarelo e está suspenso.
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