18:19 | Natal, Notícias, Transporte
Créditos: Tribuna do Norte
Motoristas de ônibus pararam os coletivos em diversos pontos da capital no final desta manhã (31). Na antiga rodoviária da Ribeira e nas proximidades do Passo da Pátria foram formadas imensas filas com passageiros descendo dos veículos.
Os rodoviários fizeram uma caminhada de protesto na avenida Rio Branco e paralisaram duas pistas com os ônibus que participam da mobilização. As paradas lotaram de passageiros à espera de coletivos.
O protesto foi encerrado após os rodoviários paralisarem o cruzamento das avenidas Rio Branco e João Pessoa. De acordo com a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do RN (Sintro), o motivo da manifestação foi a intransigência dos patrões em discutir o reajuste salarial com a categoria. Enquanto os rodoviários pedem um aumento de 14,9%, os empresários acenaram apenas com um reajuste de 3,5%.
No total, cerca de 200 ônibus foram paralisados no protesto. Além da reclamação pela negociação do plano salarial para 2011, os rodoviários também protestaram por mais segurança, por uma atitude mais respeitosa com relação a idosos e deficientes, e pedem o retorno dos cobradores, já que a demissão deles fez decair drasticamente a quantidade de empregos.
O trabalhador Reginaldo Camilo estava havia cerca de 40 minutos esperando o ônibus quando foi abordado pela reportagem da TN Online. Ele tinha trabalhado a noite toda. "É um desrespeito a toda a classe trabalhadora, porque no ônibus há crianças e idosos e também muitos trabalhadores que não podem ficar esperando." Ele disse que apoia a reivindicação do motoristas, mas acha que o governo deve tomar uma posição o mais rápido possivel, para impedir que a população continue sendo prejudicada.
Maria da Conceição, estudante da escola Winston Churchill, contou que na manhã de hoje ela e outros colegas esperaram por mais de uma hora e dez minutos dentro do ônibus antes de o protesto terminar e o coletivo voltar a funcionar. "Desse jeito, o prejudicado é a classe trabalhadora e estudantes, e não os verdadeiros causadores do prejuízio aos trabalhadores rodoviários", disse a estudante.
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