18:29 | Natal, Notícias, Transporte
Créditos: DN Online
Foto: Carlos Santos - DN Online
Uma cena era fácil de ser percebida em várias paradas de ônibus pelas principais vias de circulação de Natal, durante as primeiras horas da manhã de ontem: vários trabalhadores e estudantes aguardando impacientemente pelo transporte público, desejando ir ao trabalho ou à aula. O motivo, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Nastagnan Batista, a causa do transtorno foi uma assembleia realizada por trabalhadores da empresa Guanabara das 4h às 6h em frente à garagem da mesma, para tratar dos pontos de reinvidicação da categoria, mobilizada toda esta semana em favor de um reajuste salarial de 14,9%.
A audiência de conciliação marcada para a tarde de ontem, entre o Sintro e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), foi adiada para o próximo dia 16 de junho. Segundo Nastagnan, o sindicato precisa analisar melhor sua pauta de negociações, bem como fazer esclarecimentos jurídicos de algumas cláusulas junto ao advogado da entidade. "Enquanto isso, continuaremos com as assembleias com a categoria, junta ou por empresa, mas garantimos não realizar greve até o dia do encontro", disse o presidente.
Entre os que esperavam por um ônibus estava o técnico em som Dorian da Silva, 42 anos, em uma parada da Avenida Dr. João Medeiros Filho, na Zona Norte. Morando no bairro de Igapó, ele disse ter chegado à parada por volta das 7h20, com intenção de ir ao trabalho, no bairro de Bom Pastor, na Zona Oeste. Porém, o ônibus que precisava tomar para isso demorou uma hora para passar. "Minha esposa, que também trabalha no Bom Pastor, desistiu e foi para casa".
Situação parecida passou o copeiro José Renato, que também mora em Igapó e chegou à parada da Av. Dr. João Medeiros Filho por volta das 8h, com destino ao centro de Natal, onde começa a trabalhar às 9h. Porém, por volta das 8h30, o transporte que toma todos os dias às 8h10 ainda não tinha passado. "Isso é um absurdo. Dessa forma, não vou conseguir chegar lá a tempo". Uma professora, que não quis ser identificada, e costuma fazer o sentido inverso, saindo do bairro de Nova Parnamirim, em Parnamirim, região metropolitana de Natal, afirma que tomou um ônibus de outra linha que não a que costuma pegar todos diariamente, para chegar no horário certo ao trabalho, uma escola da Zona Norte. "Costumo pegar um ônibus, descer na parada do (shopping) Via Direta e tomar um da Guanabara até o colégio. Mas, quando eu cheguei na parada, ouvi que os dessa empresa estavam parados e tomei logo outro". Mesmo achando legítimo o direito dos rodoviários de protestar, a professora ficou descontente com a paralisação. "Eles têm as suas reinvidicações, mas, no final, quem sofre é a população".
Nastagnan Batista afirma que não houve realmente uma paralisação. "Estávamos reunidos com os trabalhadores da Guanabara em assembleia, em frente à garagem da empresa. O encontro começou às4h e durou duas horas. Estávamos deliberando sobre os nossos pontos de reinvidicação".
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