11:33 | Natal, Notícias, Polícia, Transporte
Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Jornal O Globo
Uma parceria entre a Polícia Rodoviária Federal com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho e a organização internacional Childhood Brasil, resultou num trabalho de mapeamento das zonas onde ocorrem, possivelmente, exploração de crianças e adolescentes. No ranking nacional, o Rio Grande do Norte ocupa a sexta colocação com 110 pontos mapeados. O maior índice ocorre nas zonas urbanas com 78 pontos identificados contra 32 no perímetro rural.
Em nível nacional, foram catalogados 1.820 pontos de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes. Os locais se espalham por 66 mil quilômetros de estradas, sendo 67,5% deles nas áreas urbanas. No estado, o número de pontos suspeitos é o mesmo do ano passado – 110 – sendo a maior parte deles próximos a cidades de grande porte, como Natal e Mossoró.
Para o inspetor da PRF, Roberto Cabral, a manutenção do mesmo índice do ano passado demonstra que o trabalho desempenhado pela Polícia em parceria com os demais órgãos está dentro do esperado. “O trabalho que vêm sendo feito é de evitar a expansão dos pontos. Não tenho dúvidas de que isso é um ponto positivo.” A região Nordeste é a que ocupa o maior número de pontos registrados pelo estudo, seguida da região Sul e Sudeste.
Os dados fazem parte da quarta edição do Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2009/2010, apresentado nesta quarta-feira pela Polícia Rodoviária Federal. A PRF optou por não especificar os locais estudados para que os suspeitos não mudassem suas rotinas ou mudassem de endereço, impedindo a aplicação de ações corretivas. No ano passado, os locais foram divulgados e os trabalhos ficaram ameaçados devido à migração dos criminosos para outras localidades.
De acordo com o estudo, os estados que detêm o maior índice de locais vulneráveis são aqueles que possuem as maiores malhas viárias. Os pontos se concentram, na zona rural, próximos aos postos de combustíveis. Nesses locais, os motoristas de caminhão e carretas descansam durante a noite. É justamente nesse horário que as crianças e adolescentes se oferecem para fazer programas. Muitas das crianças que se encontram nessa situação ainda não entraram na puberdade.
No estado, as abordagens aos veículos suspeitos ocorrem em blitze realizadas pela Polícia Rodoviária Federal nas principais vias de saída do estado. “Realizamos a abordagem dos veículos e visualizamos se as crianças e adolescentes que estão dentro do carro são familiares ou têm alguma ligação com os adultos. Nós sabemos o perfil de quem abusa das crianças e adolescentes nas estradas”, analisa Cabral.
Os agentes que realizaram o trabalho de campo preencheram um questionário em cada local visitado e utilizaram níveis de risco para classificar os pontos vulneráveis à exploração sexual. Como as respostas tinham valores distintos, foi possível atribuir diferentes graus de risco aos pontos identificados - baixo, médio, alto e crítico.
Os indicadores para definição do nível de risco foram: existência de prostituição de adultos, ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes com base em relato policial nos últimos dois anos, registro de tráfico/consumo de drogas nos últimos 24 meses, e presença constante de crianças e adolescentes no local visitado. Outros fatores como comércio de bebidas alcoólicas, presença de caminhoneiros e existência de iluminação também foram considerados para definição do grau de risco. O estudo conclui que os pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes ocorrem com maior frequência em estradas que ligam regiões mais desenvolvidas a outras menos desenvolvidas e nos corredores de escoamento da produção industrial.
Em nível nacional, foram catalogados 1.820 pontos de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes. Os locais se espalham por 66 mil quilômetros de estradas, sendo 67,5% deles nas áreas urbanas. No estado, o número de pontos suspeitos é o mesmo do ano passado – 110 – sendo a maior parte deles próximos a cidades de grande porte, como Natal e Mossoró.
Para o inspetor da PRF, Roberto Cabral, a manutenção do mesmo índice do ano passado demonstra que o trabalho desempenhado pela Polícia em parceria com os demais órgãos está dentro do esperado. “O trabalho que vêm sendo feito é de evitar a expansão dos pontos. Não tenho dúvidas de que isso é um ponto positivo.” A região Nordeste é a que ocupa o maior número de pontos registrados pelo estudo, seguida da região Sul e Sudeste.
Os dados fazem parte da quarta edição do Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2009/2010, apresentado nesta quarta-feira pela Polícia Rodoviária Federal. A PRF optou por não especificar os locais estudados para que os suspeitos não mudassem suas rotinas ou mudassem de endereço, impedindo a aplicação de ações corretivas. No ano passado, os locais foram divulgados e os trabalhos ficaram ameaçados devido à migração dos criminosos para outras localidades.
De acordo com o estudo, os estados que detêm o maior índice de locais vulneráveis são aqueles que possuem as maiores malhas viárias. Os pontos se concentram, na zona rural, próximos aos postos de combustíveis. Nesses locais, os motoristas de caminhão e carretas descansam durante a noite. É justamente nesse horário que as crianças e adolescentes se oferecem para fazer programas. Muitas das crianças que se encontram nessa situação ainda não entraram na puberdade.
No estado, as abordagens aos veículos suspeitos ocorrem em blitze realizadas pela Polícia Rodoviária Federal nas principais vias de saída do estado. “Realizamos a abordagem dos veículos e visualizamos se as crianças e adolescentes que estão dentro do carro são familiares ou têm alguma ligação com os adultos. Nós sabemos o perfil de quem abusa das crianças e adolescentes nas estradas”, analisa Cabral.
Os agentes que realizaram o trabalho de campo preencheram um questionário em cada local visitado e utilizaram níveis de risco para classificar os pontos vulneráveis à exploração sexual. Como as respostas tinham valores distintos, foi possível atribuir diferentes graus de risco aos pontos identificados - baixo, médio, alto e crítico.
Os indicadores para definição do nível de risco foram: existência de prostituição de adultos, ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes com base em relato policial nos últimos dois anos, registro de tráfico/consumo de drogas nos últimos 24 meses, e presença constante de crianças e adolescentes no local visitado. Outros fatores como comércio de bebidas alcoólicas, presença de caminhoneiros e existência de iluminação também foram considerados para definição do grau de risco. O estudo conclui que os pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes ocorrem com maior frequência em estradas que ligam regiões mais desenvolvidas a outras menos desenvolvidas e nos corredores de escoamento da produção industrial.
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