Depois de cinco cansativos dias de tribunal de júri e a imprensa colocando esse caso em destaque quase que em todo o tempo que lhe tinha disponível, enfim foi dado o veredicto: Alexandre nardoni, 31 anos preso; Ana Carolina Jatobá, 26 anos presa. Uma condenação merecida para quem assassinou uma criança a sangue frio, de maneira calculista e que ainda chora lágrimas de crocodilo pra tentar se livrar de algo praticamente certo, que era a volta a prisão.
Mas, algo chamou a minha atenção na leitura da sentença: Fogos de artifício nos céus da zona norte de São Paulo por causa da condenação do casal Nardoni! Isso mesmo: Um veredicto de um tribunal do júri comemorado com fogos de artifício. Pior, isso foi por volta da meia-noite! Foi realmente espantoso ver aquela cena incomum: Pessoas se abraçando abarrotadas umas entre as outras, fogos estourando no céu, pessoas batendo nos camburões (Como isso fosse adiantar alguma coisa)... Tudo por causa de uma decisão de um juíz de direito.
Foto: G1
É realmente chocante o que a mídia consegue hipinotizar tantas pessoas. Tudo bem que esse foi um caso de comoção nacional, mas chegar ao ponto de soltar fogos de artifício para comemorar algo praticamente certo? Parece até que essas quase mil pessoas que estavam na frente do fórum de Santana não tinham o que fazer, esperando algo alheio às suas vidas, que nada tinha a ver (Com a maioria) com sua rotina. Isso mostra como o povo brasileiro chega a ser besta em algumas ocasiões... Cadê que isso acontece quando um político corrupto é preso ou cassado? Cadê que não acontece esse tipo de manifestações em frente a uma câmara de vereadores ou na frente do congresso? Sei não, viu...
A justiça foi feita. Um casal assassino condenado, um país aliviado por um crime comovente ter sido solucionado. Porém, falta ainda bom senso no nosso povo pra fazer manifestações como essas em ocasiões que realmente merecem de tal, não em um simples julgamento. O Brasil só vai pra frente, mesmo, quando esse tipo de cultura relaxionista mudar. E, pelo visto, não vai mudar tão cedo.
Post dedicado a Isabella de Oliveira Nardonni.
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