23 de março de 2010

Começa julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá

11:45 | , ,

Créditos: G1

Teve início às 14h17 desta segunda-feira (22), com atraso, o júri do casal Nardoni, acusado da morte de Isabella em 29 de março de 2008. Segundo o Tribunal de Justiça, neste horário era feito o sorteio dos jurados.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá podem ser julgados por até cinco dias, segundo expectativa do juiz Maurício Fossen, que irá coordenar o júri e anunciar a sentença. Ao todo, 23 testemunhas foram arroladas para serem ouvidas pela acusação e pela defesa.

Alexandre Nardoni chega ao júri com 31 anos, e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, com 26 anos. Os dois ficaram presos preventivamente por quase dois anos em Tremembé, a 147 km da capital, à espera deste julgamento. Ambos se dizem inocentes: haviam dito que um ladrão entrou no apartamento do casal e assassinou Isabella. O advogado dos réus, Roberto Podval, chegou também a aventar a possibilidade de levar aos jurados a tese de um acidente doméstico ter ocorrido no quarto onde Isabella dormia. A hipótese era ele ter caído sozinha da janela.

Para o promotor Francisco Cembranelli, a investigação da Polícia Civil e as provas técnicas dos peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal indicam Alexandre e Jatobá como culpados.
Para a acusação, o casal discutiu no carro, a caminho do apartamento onde se deu o crime. Em seguida, a madrasta de Isabella agrediu a menina de 5 anos com uma chave, causando um corte na testa. O sangue foi estancado com uma fralda. Ainda segundo a Promotoria, ao chegar no prédio, Alexandre atirou a filha no chão do corredor, provocando traumas na bacia e no punho direito dela. Depois, Jatobá tentou esganá-la: apertou seu pescoço até asfixiá-la. Alexandre cortou a tela de proteção da janela do quarto dos filhos Pietro e Cauã, e largou Isabella do sexto andar, uma queda de 20 metros de altura.

O casal Nardoni é acusado de homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado por motivo cruel (asfixia), recurso que impossibilitou a defesa da vítima (jogá-la inconsciente da janela) e assegurar impunidade de outro crime (agressão e esganadura). Caso sejam condenados, a pena para Alexandre e Jatobá poderá variar de 12 a 30 anos de prisão. Alexandre pode ter uma pena maior porque é acusado de matar um descendente: a filha Isabella.

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