Créditos: Nominuto.com
Foto: Túlio Duarte
Nada de curso de manicure, cabeleireira, costureira ou culinária. A jovem Ruth Silva de Carvalho, de 20 anos, quis mesmo foi ser pedreira. “Gosto de provar que mesmo diante das dificuldades sou capaz. A mulher é capaz de estar em um canteiro de obras. Sou apaixonada pelo que faço”, disse.
Ruth é aluna concluinte do curso de assistente de obras do Centro de Educação e Tecnologias em Construção Civil Rosária Carriço, em Felipe Camarão, durante a tarde. Pela manhã a jovem trabalha como pedreira em uma empresa de construção civil.
“Trabalho com cerca de 90 homens dentro de um canteiro de obra e só eu de mulher. Eles acham que mulheres não podem pegar em peso, porque são sensíveis. Mas depende de cada uma conquistar seu espaço e respeito”, contou a jovem, que antes mesmo de concluir o curso já possui a carteira de trabalho assinada.
Mas ela quer mais. Ruth sonha e em seus sonhos aparecem o curso de engenharia civil e o comando em uma obra. “Pretendo fazer engenharia. Essa é uma área extensa, que tem empregos. Vai depender de minha capacidade, de meu esforço, da superação dos desafios. E quem sabe não tenho a oportunidade de participar da construção do ‘Arena das Dunas’”.
Ruth é aluna concluinte do curso de assistente de obras do Centro de Educação e Tecnologias em Construção Civil Rosária Carriço, em Felipe Camarão, durante a tarde. Pela manhã a jovem trabalha como pedreira em uma empresa de construção civil.
“Trabalho com cerca de 90 homens dentro de um canteiro de obra e só eu de mulher. Eles acham que mulheres não podem pegar em peso, porque são sensíveis. Mas depende de cada uma conquistar seu espaço e respeito”, contou a jovem, que antes mesmo de concluir o curso já possui a carteira de trabalho assinada.
Mas ela quer mais. Ruth sonha e em seus sonhos aparecem o curso de engenharia civil e o comando em uma obra. “Pretendo fazer engenharia. Essa é uma área extensa, que tem empregos. Vai depender de minha capacidade, de meu esforço, da superação dos desafios. E quem sabe não tenho a oportunidade de participar da construção do ‘Arena das Dunas’”.
E se é de tijolo em tijolo que um compartimento é construído. Também é verdadeiro dizer que é de curso em curso que a jovem Aurélia Barbosa, de 20 anos, edifica seu sonho de um dia ser arquiteta. Aurélia já fez o curso de pintora e, em seguida, resolveu ser pedreira, se matriculando no curso de assistente de obras.
A dupla jornada conquistada por Ruth é a mesma de Aurélia, que trabalha em um turno e estuda em outro. No canteiro de obras ela divide espaço com aproximadamente 67 homens. A presença feminina chega a contrastar neste cenário, que aos poucos vai se modificando.
Ruth e Aurélia, jovens que transformam ambientes e conquistam, a cada dia, lugares em uma área dominada pela presença masculina. “Nas obras a gente vê mulheres engenheiras ou técnicas em segurança do trabalho, pedreira é mais raro. Mas, aos poucos, eles vão se acostumando com a presença da mulher, que pensa melhor e é mais detalhista”, brincou Aurélia.
De acordo com a supervisora pedagógica do curso, Heloisa Beatriz Melo, Aurélia tem razão. “As empresas já vêem a mulher nessa área com bons olhos. Tanto é que, atualmente, quando elas terminam o curso são as primeiras a serem contratadas. Isso se deve ao fato delas serem criteriosas, responsáveis, detalhistas, fazerem o serviço bem feito e com aquele toque feminino”, contou a supervisora.
O curso: O curso de assistente de obras (pedreiro) do Centro de Educação e Tecnologias em Construção Civil Rosária Carriço começou em 2003 e funciona na Rua Professor Antônio Trigueiro, 17, Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal.
Nesse tempo, são 20 turmas, sendo que 15 já concluíram e cinco estão em andamento. De um total de 85 alunos no curso de pedreiro, 34 são do sexo feminino, o que equivale a aproximadamente 40% do total de alunos.
Há turmas nos horários matutino e vespertino, com aproximadamente 18 alunos em cada uma. O curso de pedreiro é direcionado para jovens aprendizes que tenham idade entre 18 e 23 anos.
Ruth e Aurélia, jovens que transformam ambientes e conquistam, a cada dia, lugares em uma área dominada pela presença masculina. “Nas obras a gente vê mulheres engenheiras ou técnicas em segurança do trabalho, pedreira é mais raro. Mas, aos poucos, eles vão se acostumando com a presença da mulher, que pensa melhor e é mais detalhista”, brincou Aurélia.
De acordo com a supervisora pedagógica do curso, Heloisa Beatriz Melo, Aurélia tem razão. “As empresas já vêem a mulher nessa área com bons olhos. Tanto é que, atualmente, quando elas terminam o curso são as primeiras a serem contratadas. Isso se deve ao fato delas serem criteriosas, responsáveis, detalhistas, fazerem o serviço bem feito e com aquele toque feminino”, contou a supervisora.
O curso: O curso de assistente de obras (pedreiro) do Centro de Educação e Tecnologias em Construção Civil Rosária Carriço começou em 2003 e funciona na Rua Professor Antônio Trigueiro, 17, Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal.
Nesse tempo, são 20 turmas, sendo que 15 já concluíram e cinco estão em andamento. De um total de 85 alunos no curso de pedreiro, 34 são do sexo feminino, o que equivale a aproximadamente 40% do total de alunos.
Há turmas nos horários matutino e vespertino, com aproximadamente 18 alunos em cada uma. O curso de pedreiro é direcionado para jovens aprendizes que tenham idade entre 18 e 23 anos.
“O curso tem duração de 1 ano e 2 meses. Nesse período oferecemos a capacitação nas áreas de alvenaria, eletricidade, hidráulica, acabamento, meio ambiente, ética profissional”, detalhou a supervisora.
O preconceito e a superação: A aluna do curso de assistente de obras, Rutineia Maria da Silva, de 18 anos, enfrenta o preconceito por conta de sua escolha. “Meu pai não gostou quando eu vim fazer o curso. Ele disse que isso não é coisa de menina, que não ia dá certo e que eu desistisse disso”, contou a jovem.
Mas ela seguiu em frente e se diz apaixonada pelo curso. “Estou amando. Cresci vendo meu pai fazer isso. Ele é mestre de obras. Pretendo fazer o curso de edificações do IFRN [Instituto Federal de Educação Tecnológica] e, até lá, convencer meu pai, que é machista”, acreditou a jovem.
A dificuldade enfrentada em casa se repete, em alguns casos, também no trabalho. “Elas sabem que estão em uma área que é dominada pelo homem e, por isso, se cobram mais”, contou a supervisora pedagógica.
O preconceito e a superação: A aluna do curso de assistente de obras, Rutineia Maria da Silva, de 18 anos, enfrenta o preconceito por conta de sua escolha. “Meu pai não gostou quando eu vim fazer o curso. Ele disse que isso não é coisa de menina, que não ia dá certo e que eu desistisse disso”, contou a jovem.
Mas ela seguiu em frente e se diz apaixonada pelo curso. “Estou amando. Cresci vendo meu pai fazer isso. Ele é mestre de obras. Pretendo fazer o curso de edificações do IFRN [Instituto Federal de Educação Tecnológica] e, até lá, convencer meu pai, que é machista”, acreditou a jovem.
A dificuldade enfrentada em casa se repete, em alguns casos, também no trabalho. “Elas sabem que estão em uma área que é dominada pelo homem e, por isso, se cobram mais”, contou a supervisora pedagógica.
E acreditam mais. A aluna Gildemara Sales, de 20 anos, mostra os avanços da “força feminina” para demonstrar que é possível ir além. “Quem ia pensar um dia que existiria mulher lutadora ou motorista? A mulher tem conquistado espaços e, daqui a pouco, vamos ter mulher até presidente”, confiou.
A mudança no mercado: Para o professor de alvenaria, Dirivan Euzébio, em algumas ocasiões a mulher já supera o homem. “Pela sua habilidade e manuseio, no Centro-Sul do Brasil a mulher já se destaca na construção civil, principalmente, na parte de acabamento, revestimento cerâmico”, observou.
O professor conta que a presença da mulher nos canteiros de obras pode ser positiva até para tornar os homens menos rudes. “Geralmente o pedreiro é rude. A presença da mulher serve para lapidar o homem, que se torna mais educado, pois fica inibido diante da presença feminina”, concluiu.
A mudança no mercado: Para o professor de alvenaria, Dirivan Euzébio, em algumas ocasiões a mulher já supera o homem. “Pela sua habilidade e manuseio, no Centro-Sul do Brasil a mulher já se destaca na construção civil, principalmente, na parte de acabamento, revestimento cerâmico”, observou.
O professor conta que a presença da mulher nos canteiros de obras pode ser positiva até para tornar os homens menos rudes. “Geralmente o pedreiro é rude. A presença da mulher serve para lapidar o homem, que se torna mais educado, pois fica inibido diante da presença feminina”, concluiu.
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