31 de março de 2010

Mais de 200 mil alunos ficam sem acesso à meia-passagem

10:45 | , ,

Créditos: Nominuto.com
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O prazo de validade das carteiras de estudante de 2009 encerra hoje e os mais de 200 mil alunos de Natal estão sem acesso ao direito à meia-passagem por culpa da Prefeitura. É o que divulga a Federação Estadual das Entidades Estudantisdo Rio Grande do Norte (Ferne).

Segundo a entidade, o departamento de operações da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) não está alimentando o cadastro que é repassado às entidades estudantis, responsáveis pela emissão do documento.

Sem acesso às informações, as entidades não tem como atender aos alunos que, sem a carteira, são obrigados a pagar o valor integral da passagem. De acordo com o presidente da Ferne, Sandro Pierre da Silva, instituições como a Universidade Potiguar, por exemplo, que conta com mais de 20 mil estudantes, só teve pouco mais de 40 alunos cadastrados.

"Além do fato de a Semob não estar alimentado o cadastro que fornece o Registro Único (RU) dos estudantes, apesar das escolas já terem passado os dados, as poucas carteiras que estão sendo emitidas continuam bloqueadas. Isso significa um total desrespeito aos direitos dos estudantes e seus familiares que estão sendo obrigados a pagar o valor integral da passagem", enfatizou Sandro Pierre.

O presidente da Ferne lembra que, há três anos, a então STTU colocou os entraves burocráticos e a inoperância da secretaria acima dos direitos dos alunos, porém o Ministério Público acatou a denúncia e garantiu o acesso ao documento e à meia-passagem.

"O MP determinou que, caso os estudantes encontrassem dificuldades para ter o documento impresso por falta de informações contidas no cadastro da Prefeitura, os alunos poderiam ir à sede da secretaria com uma declaração e efetivar seu cadastro. Se isso voltar a acontecer será um caos porque a Semob não tem condições de receber todos esses alunos".

E continua: "Não entendemos o porquê do chefe do departamento de operações, Saul Amorim, estar segurando esses dados que já deveriam ter sido disponibilizados desde a semana passada, já com um mês de atraso", criticou.

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