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Quase quatro anos depois da cabeçada a Marco Materazzi, na final da Copa do Mundo de 2006, entre Itália e França, Zinedine Zidane não está arrependido. Mais: garante que prefere morrer a pedir desculpa ao italiano.
- É claro que me culpo pelo sucedido, mas se peço perdão, também estarei admitindo que o que ele fez foi normal. E, para mim, não foi normal. Passam-se coisas no campo. Passaram-se muitas comigo. Mas naquela vez não consegui aguentar. Minha mãe estava doente, no hospital. Isto ninguém sabia, mas era um período difícil. Mais do que uma vez insultaram a minha mãe e eu não respondi. Mas ali, aconteceu. Se tivesse sido o Kaká, um tipo normal, bom, claro que lhe teria pedido desculpa. Mas a este! Se lhe peço perdão, falto com respeito a mim mesmo e a todos os que amo com toda a alma. Peço perdão ao futebol, aos torcedores, à equipa. Depois do jogo, entrei no vestiário e disse: "Desculpem-me. Isto não muda nada, mas peço desculpa a todos". Mas a ele não posso. Nunca, nunca. Seria uma desonra. Prefiro morrer - disse, em entrevista ao jornal francês "L´Équipe".
Depois de ter pendurado as chuteiras, Zidane refletiu muito. E hoje manda seu recado aos mais jovens, que estão começando agora a carreira.
- Deve se dizer aos jovens que se pode jogar da maneira mais nobre, mas que podem acontecer coisas desagradáveis no campo. Mas o futebol é um esporte, e não tem de existir humilhações. Tudo depende das pessoas. Há adversários engraçados, que dizem coisas fazem rir. Mas também há gente malvada, que não deve ser ouvida. Também companheiros que me faziam rir todos os dias, como o Ronaldo, um craque em todos os sentidos - afirmou o francês.
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