31 de maio de 2010

Velórios precisam de reforço policial

13:42 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Adriano Abreu (Tribuna do Norte)
O delegado de São Paulo do Potengi, Petrus Antônnios, pediu reforço da Polícia Militar para os sepultamentos de Carlos Rogério Sobrinho e Erivan Ferreira de Lima, assassinados na noite de quinta-feira. Segundo o delegado, foi preciso chamar o Grupo Tático Operacional (GTO), para evitar mais confusão entre as duas famílias.

“Houve troca de ameaças e preferimos chamar um reforço policial para não haver mais confusão. Só com a presença, esperamos que o GTO já iniba qualquer sentimento de violência dentro do cemitério de São Paulo do Potengi, onde os dois serão enterrados”, afirmou o delegado.

Durante os velórios, realizados nas casas das vítimas, que ficam a cerca de 200 metros uma da outra, não houve nenhuma ocorrência. Inclusive, muitas pessoas visitaram as duas residências, para prestar solidariedade pelo momento difícil. “Nós conhecíamos as famílias, mas não sabíamos dessa rivalidade toda entre eles. Ficamos tristes porque eram duas pessoas boas, trabalhadoras, ficamos sem entender porque aconteceu isso”, afirmou Maria do Socorro Silva, uma das que foi ao velório de  Carlos Rogério e, em seguida, foi até à família de  Erivan Ferreira.

Segundo Petrus Antônios, a investigação deve começar hoje, quando serão ouvidas as primeiras testemunhas do caso. “Já temos uma pessoa recolhida na delegacia e aguardamos outros dois voltarem do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, para onde foram levados para receber atendimento médico, porque haviam sido baleados”.

Os dois baleados foram José Antônio e José Luís Ferreira de Lima. Sem ferimentos graves, a expectativa é que eles recebam alta o mais rápido possível. Josinaldo Severiano da Silva  se encontra detido na Delegacia de São Paulo do Potengi. “Vamos conversar com as famílias também para saber onde está a outra arma, que não foi apreendida. A informação que tivemos foi que tanto Carlos Rogério quanto Erivan Ferreira estavam armados, mas apenas uma das armas foi apreendida”, afirmou.

Rixa entre as famílias teve início em uma briga de bar
: Segundo as duas famílias, a primeira discussão ocorreu no dia primeiro de abril deste ano, quando, em um bar, bebiam Carlos e o cabeleireiro Edivan Ferreira de Lima, 36, irmão de Erivan, Antônio e Luiz.

Após uma discussão entre Carlos e o cabeleireiro (que não ficou apenas em agressões verbais), Carlos teria sido atingido por um soco. Revoltado com a agressão, pegou uma faca e deferiu dois golpes em Edivan, um deles atingiu o braço direito e outro a perna. O suficiente para gerar a discórdia entre os parentes das duas famílias.

Para a mulher de Carlos, não foi tão grave o que o marido fez contra Edivan. “Foi só uma furadinha. Não precisava de tudo isso. Meu marido está com o rosto desfigurado. É muita maldade”, enfatizou Elenice.

A filha de Carlos, a menor de 13 anos, jurou se vingar dos membros da família Ferreira de Lima. “Eu vingo a morte do meu pai. Vingo mesmo”, dizia aos prantos.

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