10 de maio de 2010

Fundo para estabilizar União Europeia pode chegar a 750 bilhões de euros

21:37 | , ,

Créditos: G1
A União Europeia e o FMI decidiram reagir para salvar o euro e evitar que a crise fiscal da Grécia se espalhe. O plano de apoio aos países da zona do euro em dificuldades aprovado na madrugada desta segunda-feira pelos ministros europeus das Finanças poderá alcançar os 750 bilhões de euros - cerca de US$ 1 trilhão -, uma iniciativa que terá a participação do FMI, informou a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado.

A ajuda terá 60 bilhões de euros em empréstimos concedidos pela Comissão Europeia e 440 bilhões de euros em empréstimos ou garantias dos países da zona do euro, ou seja, um total de 500 bilhões.

A isso "poderá se somar uma contribuição do Fundo Monetário Internacional (FMI)" que poderá alcançar "a metade da contribuição dos Estados membros da zona do euro", indicou Elena Salgado. Ela falou de "até 250 bilhões de euros", depois de ter mencionado anteriormente o valor de 220 bilhões de euros.

Objetivo: Além de defender o euro, a ideia é que os recursos atendam às necessidades dos países europeus com problemas de solvência.

O jornal espanhol "El País" destacou que a adoção do mecanismo é a decisão histórica mais relevante desde a criação do euro, em 1999. O também espanhol "Expansión" observou, por sua vez, que o pacote de crédito é sem precedentes e a maior operação financeira da história para atacar a especulação contra a dívida soberana de alguns Estados-membros e para frear a queda da divisa europeia.

Uma semana atrás, representantes europeus acertaram uma ajuda de 110 bilhões de euros apenas para a Grécia, socorro esse que também conta com contribuição do FMI, mas esse anúncio não ajudou a acalmar os participantes dos mercados financeiros. Com isso, houve momentos de grande turbulência nas bolsas de valores ao longo da semana, ante o temor de um contágio da crise da dívida grega a outras economias.

Apoio do G7: Os ministros de Finanças do Grupo dos Sete (G7, países desenvolvidos) apoiaram as decisões tomadas pelos países do euro em defesa da estabilidade financeira, ao reconhecer que neste momento há "necessidade de medidas excepcionais".

Em comunicado, os ministros de Finanças do Japão, Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália aprovaram as medidas extraordinárias tomadas em defesa do euro a fim de combater a especulação contra a dívida soberana de alguns Estados membros da União Europeia.

"Essas medidas serão uma forte contribuição para a estabilidade financeira e continuaremos trabalhando juntos para apoiar a estabilidade, a recuperação e o crescimento", indicou o G7 em comunicado.

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