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Mal iniciou sua caminhada, Jadson André escreveu seu nome, de difícil pronúncia para boa parte dos adversários, na história do surfe. Nesta quarta-feira, o menino que sonhava jogar no Maracanã quando criança transformou a Praia da Vila em uma grande arena, e saiu dela tão aclamado como um astro do futebol. Assim como fez o amigo Adriano de Souza, o Mineirinho, no ano passado, ele enfrentou o maior surfista de todos os tempos na final. Mas mudou o fim da história. Derrotou Kelly Slater e conquistou sua primeira vitória na curta carreira. Pulou da 13ª para a quarta colocação do ranking, agora liderado pelo americano.
A última vitória de um brasileiro na elite mundial foi no ano passado, justamente com Mineirinho, nas ondas de Sopelana. Naquela época, Jadson ainda fazia parte da divisão de acesso, mas já com um passo na elite. A entrada veio logo em seguida, ainda aos 19 anos.
- Dedico esse título à minha família e também ao Adriano, que, na maior humildade, tem me ensinado muito durante as viagens e campeonatos - disse, antes de sair correndo em direção ao amigo, que assistia a tudo da área dos atletas.
O dia foi tenso para o filho de Jajá, eleito cinco vezes o melhor jogador de Natal. Acordou cedo e tomou um sufoco do taitiano Michel Bourez. Passou com uma 8,50 no último minuto.
Nas semifinais, precisou de sangue frio até os últimos segundos. Ele liderava a bateria contra Dane Reynolds, mas o americano conseguiu a virada 1 minuto do fim, com uma nota 7,90 – precisava de 7,50. Vinte segundos depois, Jadson remou para uma onda e, com fortes rasgadas, tirou uma nota 9,00.
Saiu da água e viu Slater encarar um carrasco que há tempos estava em seu pé: o australiano Owen Wright.
Foi preciso ter paciência na final. Dez dos 40 minutos se passaram sem nenhuma onda, e a bateria teve de ser reiniciada. Jadson pegou a primeira e, com uma batida, ganhou 4,00. Kelly deu o troco com duas, e levou 5,50. O americano, numa esquerda, deu um bom aéreo que lhe rendeu 6,50, mas o brasileiro foi na onda de trás, uma direita, a explorou até o inside e levou 8,00.
Slater precisava de 5,40 para virar e conseguiu trocar sua nota mais baixa por um 5,70. Mas a liderança durou pouco.
- É hora do ataque, Jadson – dizia, do palanque, o empresário e treinador, Luiz Henrique Pinga.
Jadson pareceu ouvir. Apostando de novo numa direita, virou com um 6,40. Slater passou a buscar um 7,91. Teve dez minutos para buscar a nota. A quatro do fim, assutou com um 7,50. Depois de ver o americano bater na trave, o brasileiro só precisou esperar para marcar o maior gol de sua vida.
- Na primeira fase, eu estava sentado e uma borboleta parou sobre meu braço. Eu pensei: "será que isso é um sinal de que algo está vindo para mim?" - disse.
Mineirinho parou nas oitavas, diante do também americano Dane Reynolds. Mas o brasileiro ganhou em Imbituba os agradecimentos e a homenagem do amigo campeão. Os outros dois brasileiros que integram a elite mundial se despediram precocemente. Neco Padaratz parou na terceira fase, e Marco Polo caiu ainda na repescagem.
A próxima etapa começa no dia 15 de julho, em Jeffreys Bay, na África do Sul.
A última vitória de um brasileiro na elite mundial foi no ano passado, justamente com Mineirinho, nas ondas de Sopelana. Naquela época, Jadson ainda fazia parte da divisão de acesso, mas já com um passo na elite. A entrada veio logo em seguida, ainda aos 19 anos.
- Dedico esse título à minha família e também ao Adriano, que, na maior humildade, tem me ensinado muito durante as viagens e campeonatos - disse, antes de sair correndo em direção ao amigo, que assistia a tudo da área dos atletas.
O dia foi tenso para o filho de Jajá, eleito cinco vezes o melhor jogador de Natal. Acordou cedo e tomou um sufoco do taitiano Michel Bourez. Passou com uma 8,50 no último minuto.
Nas semifinais, precisou de sangue frio até os últimos segundos. Ele liderava a bateria contra Dane Reynolds, mas o americano conseguiu a virada 1 minuto do fim, com uma nota 7,90 – precisava de 7,50. Vinte segundos depois, Jadson remou para uma onda e, com fortes rasgadas, tirou uma nota 9,00.
Saiu da água e viu Slater encarar um carrasco que há tempos estava em seu pé: o australiano Owen Wright.
Foi preciso ter paciência na final. Dez dos 40 minutos se passaram sem nenhuma onda, e a bateria teve de ser reiniciada. Jadson pegou a primeira e, com uma batida, ganhou 4,00. Kelly deu o troco com duas, e levou 5,50. O americano, numa esquerda, deu um bom aéreo que lhe rendeu 6,50, mas o brasileiro foi na onda de trás, uma direita, a explorou até o inside e levou 8,00.
Slater precisava de 5,40 para virar e conseguiu trocar sua nota mais baixa por um 5,70. Mas a liderança durou pouco.
- É hora do ataque, Jadson – dizia, do palanque, o empresário e treinador, Luiz Henrique Pinga.
Jadson pareceu ouvir. Apostando de novo numa direita, virou com um 6,40. Slater passou a buscar um 7,91. Teve dez minutos para buscar a nota. A quatro do fim, assutou com um 7,50. Depois de ver o americano bater na trave, o brasileiro só precisou esperar para marcar o maior gol de sua vida.
- Na primeira fase, eu estava sentado e uma borboleta parou sobre meu braço. Eu pensei: "será que isso é um sinal de que algo está vindo para mim?" - disse.
Mineirinho parou nas oitavas, diante do também americano Dane Reynolds. Mas o brasileiro ganhou em Imbituba os agradecimentos e a homenagem do amigo campeão. Os outros dois brasileiros que integram a elite mundial se despediram precocemente. Neco Padaratz parou na terceira fase, e Marco Polo caiu ainda na repescagem.
A próxima etapa começa no dia 15 de julho, em Jeffreys Bay, na África do Sul.
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