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Estamos sendo testemunhas de uma "guerrinha" midiática nas últimas semanas. Com a licitação proposta pela CBF para serem negociados os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro dos próximos 3 anos (2012, 2013 e 2014), TV Globo (atual detentora da transmissão), Record, CBF e Clube dos 13 entraram em conflito sobre os valores e hoje é incerto quem vai levar para a casa dos brasileiros os jogos do campeonato mais difícil do mundo.
Por um lado acho muito bacana a iniciativa de ter posto uma maneira diferente de licitação da transmissão. Assim, há como outras emissoras concorrerem (mesmo com valores altíssimos) e darem ao telespectador melhores opções para se assistir os jogos (não apenas jogos de times cariocas ou paulistas fora de seus Estados).
Porém, por outro, a politicagem, como sempre, estraga todo o processo. As corruptíveis negociações ainda querem fazer com que a Globo tenha privilégios na licitação e possa comandar o futebol brasileiro do jeito que quiser, com jogos bem tarde nas quartas-feiras e não dando opção de outros dias de transmissão a não ser quarta e domingo. Além disso, só os times do Rio e de São Paulo sairiam ganhando com isso. Afinal, o Brasileirão da Série A tem 20 clubes, e não oito. Onde estão os times de Minas, Rio Grande do Sul, do Nordeste... Seria tão bom que jogos como "Grenal" (Grêmio X Internacional) fossem exibidos nacionalmente... São jogos de expressão que atraem audiência. Você acha que jogos de times cariocas contra os recém-promovidos da 2ª divisão vão dar audiência ou jogos de times em crise vão ser atrações imperdíveis?
Eu estou esperando anciosamente que a CBF promova a Record, a Band e a RedeTV! como detentoras de transmissão conjunta do Brasileirão. Tá certo que são emissoras paulistas, mas podem dar melhores e mais opções de jogos. O brasileiro tá saturado de ver Corinthians e Flamengo toda quarta e domingo na TV.
Só que espero que ninguém apele. A Record quer levar o bolo todo sozinha. E isso ficou claro no editorial da TV na quarta passada no Jornal da Record. Isso será prejudicial, pois o monopólio de jogos de um Estado só vai continuar (o de São Paulo) e aí a situação vai continuar. Comenta-se que os jogos podem vir para as 21h. Mas, não duvido que a emissora do Bispo coloque jogos em horários inexpressivos e com a mesmice da Globo. Aí o R$ 1 bilhão que ela promete pagar não vai valer a pena.
Espero que a decisão da CBF e do Clube dos 13 seja acertada e não prejudique o futebol brasileiro. A paixão nacional não pode ficar submetida a interesses pessoais e econômicos que rebaixem a paixão de 190 milhões de brasileiros.
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