21 de março de 2011

Quando, afinal, nos veremos livres da corrupção?

12:06 | , ,

Imagem: Blog do Evilásio Bezerra
Que pergunta difícil não?! É amigo (a). Se não bastasse o escândalo que comentei na última sexta-feira, agora aparece este que ronda os noticiários há alguns dias e que nosso querido (por alguns, por mim não) Senador, e presidente do partido Democratas, José Agripino, vem tentando abafar: o recebimento ilícito de dinheiro por parte de uma Deputada Federal.

Somente para lembrar o que tá descrito nas notícias abaixo: a hoje Deputada Federal, pelo Distrito Federal, Jaqueline Roriz, recebeu dinheiro, provavelmente ilícito, do homem que denunciou o esquema de corrupção mais recente na capital federal (Durval Barbosa, denunciante do Mensalão do DEM, praticado no Governo do DF, descoberto no fim de 2009). O então governador José Roberto Arruda, suspeito de participar do esquema, saiu do DEM e do cargo para evitar a cassação do seu mandato e a perda dos direitos políticos.

Agora me estranha à sinceridade do ex-governador em dizer só agora, mais de um ano depois, que o seu ex-partido captou dinheiro ilegal para as campanhas. Ora, todos nós sabemos que isso acontece com todos os partidos, originado de qualquer pessoa ou empresa. Todos sabem disso, exceto o poder Judiciário que não se mexe e não combate tal prática energicamente.

Afinal, o que estaria por trás dessa revelação? Pressão por parte dos envolvidos? Sentimento de vingança? Vontade de aparecer? Olha, tá bem obscuro isso e dá pra desconfiar de tudo.

Mas, ainda assim, creio que uma meia-dúzia deve estar com pena do nosso Senador que nem assumiu direito o comando do partido e já tem de encarar essa... Mas, nem adianta encobrir, Agripino. O esquema já é conhecido e os eleitores sabem que isso acontece em todos os partidos.

Na minha avaliação, quem encobre corrupto é da mesma laia. Quem não denuncia esquema também. Então, cobro aqui uma atitude inclusiva e forte das autoridades na investigação de mais um caso de corrupção na política brasileira.

Mas, mesmo assim, acho que minha pergunta do título do texto vai ficar sem resposta. Ou melhor, tem sim: no dia de São Nunca ou quando o mundo for acabar.

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