Créditos: DN Online
Imagem: Blog Rádio Jumento
Álcool, R$ 2,34. Gasolina, R$ 2,83. Os preços se repetem ou variam muito pouco pela cidade. O motorista, alertam entidades de defesa do consumidor, só tem duas opções: rodar mais para achar valores melhores ou reduzir o uso dos combustíveis. E, assim, só resta à população lamentar: "É um absurdo!".
Os novos preços vieram com a redução da quantidade de álcool na gasolina, medida que o governo federal deverá manter, por, no mínimo um mês. Como a tributação sobre a gasolina é maior, sobe o preço. E o álcool está escasso no mercado, devido às chuvas no Centro-Sul. Mas o impacto desse cenário em estados vizinhos não é tão ofensivo aos clientes. Em João Pessoa, por exemplo, o litro do derivado de petróleo pode ser comprado a R$ 2,39 e o álcool a R$ 1,85. Em Recife, R$ 1,99 está entre os preços mais comuns para o etanol e há postos cobrando R$ 1,89. A gasolina também está mais "amigável" na capital pernambucada: R$ 2,59 é um valor comum.
Em Natal, o corretor de seguros Adomiro Júnior também reclamou do preço, principalmente do álcool, que no estabelecimento estava custando R$ 2,31 o litro. Dono de um carro flex, ele diz que há muito tempo não abastece com etanol pelo alto preço e o baixo rendimento. "O Brasil sendo um grande produtor de álcool causa surpresa ter que pagar tão caro", reclamou. Questionado sobre o que achava do aumento, ele reforçou o coro de Henrique: "somos obrigados a aceitar esse absurdo".
Alternativas: O coordenador geral do Procon do Rio Grande do Norte, Alberto Madruga, disse que depois da Lei 9.478/1997, alterada pela Lei 9.990/2000, que estabeleceu o regime de liberdade de preços em toda a cadeia de produção, distribuição e revenda de combustíveis, que não se pode fazer nada sobre a prática. "É uma situação díficil, porque infelizmente o Procon não tem o que fazer com relação a isso. Por não existir tabelamento de preços, os donos de postos podem praticar os valores que quiserem", diz.
O promotor de defesa do consumidor do Rio Grande do Norte, José Augusto Peres, não acredita que os preços caiamantes do final deste mês. Na opinião dele, a única saída do consumidor é reduzir o consumo de combustível, na tentativa de fazer com que os donos de postos abaixem o preço. "Mas em um período como esse, de volta às aulas e retorno ao trabalho, é difícil conseguir reduzir o consumo", assume.
O técnico em informática Henrique Silva de Oliveira vai tentar. Ontem, ele se surpreendeu ao chegar ao posto e ver o litro da gasolina custando R$ 2,81 (um dos valores mais baixos praticados ontem, já que há postos vendendo a R$ 2,83). Dono de um carro e uma moto, ele disse que a partir de agora irá priorizar o uso do veículo de duas rodas, bem mais econômico, para se locomover. "É um absurdo. Nos sentimos lesados sem um órgão que possa controlar. Infelizmente não podemos fazer nada, apenas aceitar", disse indignado.
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