Créditos: G1
Foto: Juliana Cardilli (G1)
Um helicóptero da TV Record caiu, por volta das 7h20 desta quarta-feira (10), no Jockey Club, na Zona Oeste de São Paulo. Quando sobrevoava o local, a aeronave começou a rodopiar, perdeu altitude e caiu sobre o gramado. O piloto Rafael Delgado Sobrinho, de 45 anos, morreu na queda.
O cinegrafista Alexandre Silva de Moura, de 36 anos, conhecido como Borracha, foi retirado com vida da aeronave e levado para o Hospital Itacolomy, no Butantã. Até as 9h45, ele passava por exames na UTI. Uma nota com o estado de saúde dele deve ser divulgada nesta manhã.
Pane em uma das hélices: Comandante do helicóptero da TV Globo, Dato de Oliveira, que viu a queda da aeronave, conversou pelo rádio, minutos antes, com o comandante do helicóptero da TV Record. Oliveira e Sobrinho sobrevoavam a mesma região, na Avenida Morumbi, captando imagens de um assalto a banco. Segundo Oliveira, o colega reclamou de uma pane no rotor de cauda e falou que tentaria pousar no Jockey.
“Quando ele relatou o problema, decidi acompanhá-lo para ver o que estava acontecendo. Esse é um problema difícil de acontecer, porque o rotor de cauda é vital para o helicóptero. Se você o perde, entra em giro”, explica Oliveira.
Segundo o comandante da TV Globo, o piloto Rafael Delgado Sobrinho era um profissional experiente. “Era um amigo de muito tempo, uma pessoa muito tranquila. Foi uma fatalidade mesmo”, disse. A preocupação de Oliveira ao pousar no gramado era desligar a bateria e a bomba de combustível, o que foi logo feito, evitando uma explosão.
Cinegrafista reclama de dores: O auxiliar de enfermagem do Jockey Luiz Carlos Assunção foi um dos primeiros a chegar ao local onde o helicóptero caiu. Segundo ele, o piloto estava desmaiado.
“O cinegrafista gritava de muita dor. Falamos que iríamos socorrê-lo e tentamos acalmá-lo. Ele reclamava de muita dor na coluna e na região dos rins. Ele mexia os pés e estava aparentemente bem”, disse Assunção.
O jardineiro do Jockey Club Anelito de Jesus também teve a impressão de que o cinegrafista Alexandre da Silva Moura também estava bem depois da queda.
“Fui bater o cartão de ponto e escutei o barulho. Cheguei a ver o helicóptero rodando. Ele ainda pegou um pedaço de uma árvore e bateu no chão. O piloto estava com o braço do lado de fora. Fui para lá. O piloto e o cinegrafista estavam com o cinto. Fiquei muito assustado. Nunca vi algo assim. Fiquei com medo, mas Deus dá coragem na hora para a gente ajudar”, conta.
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