12 de abril de 2010

Linha de ônibus Natal-Ceará-Mirim deixa de operar

11:25 | , , ,

Créditos: DN Online
Uma semana após a empresa de transporte Oceano anunciar que deixará de operar em sete das nove linhas que atendiam a Região Trairi, os passageiros que utilizam a linha Natal / Ceará-Mirim via Ribeira, operada pelas empresas Oceano e Cidade das Dunas, também vão ficar sem transporte público. O motivo alegado pelas empresas é o mesmo: perda dos usuários para o transporte clandestino por falta de fiscalização do Departamento de Estradas de Rodagens (DER).

A linha funciona há cerca de dois anos em caráter emergencial, após as empresas Brandão e Unidos terem deixado de operar na região. A suspensão do serviço deverá ocorrer em 60 dias. O documento informando sobre a decisão das empresas foi entregue ontem ao DER. De acordo com o diretor da Cidade das Dunas, Augusto Maranhão, não foi por falta de investimentos das empresas que o número de passageiros continuou estável.
Foto: Andreivny Ferreira
2,5 mil passageiros: A viagem de ida e volta de Natal a Ceará-Mirim demora aproximadamente duas horase quinze minutos. Diariamente são transportados cerca de 2.500 passageiros. Ou seja, apenas 35 usuários já que os 12 veículos fazem 72 viagens por dia. "É muito pouco porque desse total de 35 passageiros nem todos pagam a passagem inteira. Alguns são estudantes e outros têm gratuidade", afirma. Os ônibus retirados da linha devem ser relocados para outros destinos.

Informada da decisão de maneira informal, a diretora de Transporte do DER, Valéria Arruda Câmara, esclareceu que o DER não tem como "obrigar" as empresas a oferecer um serviço que garantem não ser mais rentável. "Estamos aguardando o anúncio oficial, mas já tomamos conhecimento da decisão. Podemos conversar com os representantes das empresas para avaliar o que pode ser feito, entretanto não temos como exigir que eles continuem operando sem ter resultados satisfatórios".

Valéria disse ainda que o DER poderá analisar a situação e liberar para que outras empresas ofereçam o serviço de forma emergencial antes de abrir uma licitação. "Vamos analisar a situação melhor para ver o que poderemos fazer pelos usuários daquela região".

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