Créditos: R7
Imagem: Fórum EJA / DF
Brasília completa 50 anos na próxima quarta-feira (21), mas os moradores da cidade não terão muito o que comemorar. A cidade, erguida por Juscelino Kubitschek na década de 50 para receber a capital federal, enfrenta problemas típicos de outros grandes municípios do país com pouco – ou nenhum – planejamento e chega ao seu cinquentenário marcada pelo maior escândalo de corrupção de sua história.
Após ver seu governador eleito preso, a cidade que abriga os Três Poderes do país ainda tenta se recuperar da crise administrativa causada pelo chamado mensalão do DEM, suposto esquema de corrupção liderado por José Roberto Arruda, o agora ex-governador.
No lugar de Arruda, o interino Wilson Lima (PR) fez de tudo para provar que tinha o governo sob controle. Mesmo sem ter o que comemorar, ele manteve a festa de aniversário planejada na Esplanada dos Ministérios, mas com uma programação enxuta e um terço do orçamento inicialmente planejado. Neste sábado (17), porém, ele foi derrotado na eleição indireta e quem assume a vaga nesta segunda-feira (19) é Rogério Rosso (PMDB).
Fora dos planos: A corrupção, no entanto, não é o único problema de Brasília em seus 50 anos. Trânsito, superpopulação, desigualdade social e os demais problemas de uma cidade grande também afetam os brasilienses.
A cidade construída em formato de um avião foi pensada para ter, no máximo, 500 mil habitantes. O que não estava planejado era que nem todos viveriam no Plano Piloto – área central de Brasília que abriga as principais repartições públicas – e hoje a população que habita a capital federal e suas cidades-satélites é quase cinco vezes maior: 2.455.903.
A desigualdade social também é outro problema grave da capital. Embora tenha um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,844, maior do que a média brasileira, que é de 0,813, Brasília é a quarta cidade mais desigual do Brasil e a 16ª mais desigual do mundo, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
História: Embora só Juscelino tenha colocado em prática, a ideia de transferir a capital do Brasil para um ponto central do interior do país já passava pela cabeça de alguns pensadores nos séculos 18 e 19. Foi somente em 1891, entretanto, que virou lei. Na primeira Constituição da República, uma emenda demarca uma área de 14.400 km no Planalto Central para se estabelecer a capital federal.
Apesar da segunda Constituição republicana, de 1934 e, da quarta, de 1946, reafirmarem que a capital deveria ir para o Planalto Central, a cidade começa a ser construída apenas em 1956. Juscelino criou uma empresa para construir Brasília, a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) e se mudou para uma sede provisória da Presidência na nova cidade, o Palácio do Catetinho. À 0h do dia 21 de abril de 1960, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Poder Executivo são simultaneamente instalados na praça dos Três Poderes durante sessão solene. A capital federal, antes sediada no Rio de Janeiro, era oficialmente transferida para Brasília.
Após ver seu governador eleito preso, a cidade que abriga os Três Poderes do país ainda tenta se recuperar da crise administrativa causada pelo chamado mensalão do DEM, suposto esquema de corrupção liderado por José Roberto Arruda, o agora ex-governador.
No lugar de Arruda, o interino Wilson Lima (PR) fez de tudo para provar que tinha o governo sob controle. Mesmo sem ter o que comemorar, ele manteve a festa de aniversário planejada na Esplanada dos Ministérios, mas com uma programação enxuta e um terço do orçamento inicialmente planejado. Neste sábado (17), porém, ele foi derrotado na eleição indireta e quem assume a vaga nesta segunda-feira (19) é Rogério Rosso (PMDB).
Fora dos planos: A corrupção, no entanto, não é o único problema de Brasília em seus 50 anos. Trânsito, superpopulação, desigualdade social e os demais problemas de uma cidade grande também afetam os brasilienses.
A cidade construída em formato de um avião foi pensada para ter, no máximo, 500 mil habitantes. O que não estava planejado era que nem todos viveriam no Plano Piloto – área central de Brasília que abriga as principais repartições públicas – e hoje a população que habita a capital federal e suas cidades-satélites é quase cinco vezes maior: 2.455.903.
A desigualdade social também é outro problema grave da capital. Embora tenha um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,844, maior do que a média brasileira, que é de 0,813, Brasília é a quarta cidade mais desigual do Brasil e a 16ª mais desigual do mundo, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
História: Embora só Juscelino tenha colocado em prática, a ideia de transferir a capital do Brasil para um ponto central do interior do país já passava pela cabeça de alguns pensadores nos séculos 18 e 19. Foi somente em 1891, entretanto, que virou lei. Na primeira Constituição da República, uma emenda demarca uma área de 14.400 km no Planalto Central para se estabelecer a capital federal.
Apesar da segunda Constituição republicana, de 1934 e, da quarta, de 1946, reafirmarem que a capital deveria ir para o Planalto Central, a cidade começa a ser construída apenas em 1956. Juscelino criou uma empresa para construir Brasília, a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) e se mudou para uma sede provisória da Presidência na nova cidade, o Palácio do Catetinho. À 0h do dia 21 de abril de 1960, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Poder Executivo são simultaneamente instalados na praça dos Três Poderes durante sessão solene. A capital federal, antes sediada no Rio de Janeiro, era oficialmente transferida para Brasília.
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