27 de abril de 2010

A conhecida indústria da multa está por aqui...

11:35 | , , ,

Minha internet não está das melhores... Por isso, peço desculpas mais uma vez pelo atraso no post. Ainda bem que se deve a um problema externo... Mas, espero que na sexta-feira esteja tudo normalizado com a minha internet...
É realmente interessante o que é chamado "Indústria da Multa". E pensar que até bem pouco tempo atrás, os potiguares estavam livres desse mal corruptível... Só para você, leitor, clarear sua cabeça: A indústria da multa é o apelido que se dá a um órgão de trânsito que aponta os mais diversos tipos de infração de trânsito (A maioria, inexistente) e, quase nunca, indefere o recurso que o motorista pede daquela multa e embolsa a penalização daquele inocente motorista.

Isso só tem um motivo: A prática de corrupção nos órgãos de trânsito (Que são da esfera pública). É perceptível que essa história de indústria da multa tem um objetivo: Encher os bolsos de meia dúzia de pessoas que não fazem questão de gerir o trânsito de maneira segura, nos deixando a míngua e registrando multas absurdas...
E não é só por aqui não viu... Isso acontece em todo o Brasil! Você deve estar cansado de ver nos telejornais e aqui mesmo na internet matérias reportando sobre isso em vários Estados. Toda e qualquer qualidade de multas absurdas são aplicadas... E o pior: Como é o próprio órgão de trãnsito que lhe aplicou a multa também julga os recursos dos motoristas que se sentem lesados, dificilmente uma multa será indeferida e você terá de contribuir para os bolsos desses incompetentes gestores e servidores.

Vamos cobrar nossos direitos! Isso se chama constrangimento ilegal, além de danos morais e materiais. Por que não processar esses órgãos, já que as indenizações serão bem consideráveis? Nada de multa indevida... Uma gestão eficiente, e honesta, é bem melhor...

Mais de R$ 6 milhões em multas

11:09 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Emanuel Amaral (Tribuna do Norte)
Um condutor apressado avança o sinal e é flagrado pelo radar. Um carro estacionado sobre a faixa de pedestre, bloqueando a rampa de acesso para cadeirantes, é alvo da caderneta de um “amarelinho”. A cena se repete, inúmeras vezes por dia, em vários cruzamentos da cidade. Somente nos três primeiros meses deste ano, segundo dados da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semobi), foram emitidas 20.872 infrações de trânsito e a valor arrecadado já soma R$ 557.723,30. O raciocínio é simples e prático: a punição é a maneira mais eficaz de “educar”. E se o assunto em questão é o trânsito, fazer doer o bolso do condutor gera resultados (?).

Mas se por um lado, o desrespeito às leis de trânsito é uma ameaça para a segurança de condutores e pedestres, por outro representa um consolo para o sofrido caixa da prefeitura. Em 2009, a Semobi arrecadou com o pagamento de multas R$ 6.454.321,37, cerca de 16% a mais que o ano anterior, quando as infrações renderam aos cofres públicos R$ 5.553.724,55. O que significa dizer que, sem muito esforço e contando com a imprudência dos motoristas, por dia a Semobi arrecada R$ 17.683,07. Uma média de R$ 736,79 a cada hora.

Deste total, 75%, ou seja, R$ 5.520.200,41 são recolhidos aos cofres municipais para serem reinvestidos em melhorias do sistema viário, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro. O restante é rateado entre o Fundo Nacional de Segurança e Educação do Trânsito (Funset), que recebe 5%, e 20% para o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN).

Para o secretário adjunto da Semob, em exercício, Haroldo Maia, o quadro não configura uma indústria de multas, mas uma produção de infratores movida ao sentimento de impunidade. “Se estivéssemos preocupados só em faturar não faríamos investimentos em outras áreas”.

No ano passado, a Semob gastou R$ 2.496.975,56 em fiscalização e controle eletrônico de tráfego. Este é o custo com empresas terceirizadas que prestam o serviço de instalação, manutenção e monitoramento de radares, fotossensores e lombadas eletrônicas espalhadas pela cidade.   Em operação de trânsito foram investidos R$ 2.234.126,99; outros R$ 579.637,86 em campanhas educativas, publicidade e material de divulgação, restando para administração de recursos humanos R$ 209.460,00.

Paralelo à arrecadação, cresce também o número de notificações. Um incremento de 62% na quantidade de multas emitidas em 2009 foi registrado em comparação ao ano anterior. Ao todo, foram 131.654 contra as 82.445 multas em 2008. Mesmo com o crescimento acelerado da frota de carros na cidade, a produção em série de transgressões, explica Haroldo Maia, se deve à falta de responsabilidade e respeito à legislação de trânsito. “A multa ainda é o único meio de educação que o condutor respeita”, frisou.

Ameaça de multa tem um caráter corretivo
: O professor da UFRN Enilson Santos, especialista em engenharia de transportes, também entende que a ameaça de multa pecuniária, pelo caráter imediato e mais perceptível, exerce efeito corretivo superior, inclusive, ao da possibilidade de perda do direito de condução. “Está provado, cientificamente, que após passar os trechos regulados por radar, o condutor se vinga, acelerando além da velocidade permitida”. Contudo, ressalta o engenheiro, não se pode praticar a multa como política de trânsito, uma vez que o aumento das punições não se reflete na diminuição das violações do trânsito.

O engenheiro defende a implantação de políticas públicas onde as multas e suas somas sejam atreladas a programas de educação de condutores adultos. “O processo de formação do condutor no Brasil beira o ridículo e se transforma num pseudo bom negócio para auto-escolas. O ideal é que a arrecadação se aproxime de zero, isso demonstra educação no trânsito”.

Fiscalização: Com um déficit de pessoal e apenas 28 equipamentos eletrônicos instalados na cidade, dos quais dois radares nas vias Bernardo Vieira e Jaguarari, o secretário adjunto Haroldo Maia estima que o número de ocorrências poderia ser superior se houvesse uma fiscalização mais intensa. Das 131.654 infrações registradas no ano passado, 103.958 - 78,96% do total - foram indicadas pelos equipamentos, enquanto os agentes respondem por apenas 21,09% (27.696) dos casos. A Semob dispõe hoje de 45 agentes de trânsito para cobrir o tráfego de 275 mil veículos. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, para cada mil veículos deve haver um agente de trânsito. Ou seja, são necessários outros 230 “amarelinhos” nas ruas da capital. “Esta carência colabora para o sentimento de impunidade por parte do infrator”, reconhece Maia.

Ainda em 2009, a Semob divulgou a realização de concurso para preencher as vagas de agentes de trânsito, o que até agora não ocorreu. O processo para abertura do certame está no departamento de análise processual da Secretaria de Gestão de Pessoas, Logística e Modernização (Segelm) aguardando aprovação para contratação da empresa organizadora do concurso. Com a anulação do concurso realizado em 2003, explica o assessor jurídico Caio Vitor Barbosa, a realização do novo processo seletivo esbarra na obrigação jurídica de garantir aos inscritos naquela ocasião, a isenção da taxa de inscrição no processo. “O fato de não poder contar com um recurso que seria usado como contrapartida, complica o trâmite”. A expectativa é que o concurso seja realizado logo após as eleições, com oferta de 60 vagas para a contratação imediata e outras 140 para cadastro de reserva.

Excesso de velocidade é o campeão: Os maus modos da população se traduzem nas ocorrências verificadas nas vias de trânsito. As quatro infrações cometidas com mais freqüência pelos motoristas de Natal, por exemplo, seriam facilmente evitadas com um pouco mais de paciência e atenção. Do total registrado no ano passado, 70,19% foram por excesso de velocidade, cujo valor varia de R$ 85,13 a R$ 574,00, de acordo com a velocidade acima do permitido. O moto-entregador Sivonaldo Martins da Silva, conta que no local é comum batidas de carro, por freadas bruscas de motoristas desavisados. Ele mesmo já foi vítima da “máquina de fazer dinheiro”. Há seis meses Sivonaldo foi flagrado pelo radar por excesso de velocidade, o que lhe custou R$ 127,00. “Estava trabalhando, tinha prazo, mas não aceitaram. Só sabem multar e o dinheiro a gente não ver em que é empregado”, disse.

Outros 9,81% das multas são por avanço de sinal vermelho, multa de R$ 191,54; os casos de estacionamento em locais proibidos respondem por 9,57%, cuja cobrança pode variar de R$ 53,20 a R$ 127,69; e 4% por direção falando ao celular ou usando fone de ouvido (R$ 127,69).

Nas rodovias federais de Natal, as BR-101 norte e sul, a Polícia Rodoviária Federal registrou 52.989 autuações no ano passado, das quais 17.415 por excesso de velocidade. Em todo o Estado, o valor arrecadado pelo tesouro nacional com o pagamento de multas, no mesmo período, foi de R$ 5.385.642,03. Do total, 85% dos recursos, segundo assessoria de comunicação da PRF, retornam ao departamento de trânsito para investimentos em equipamentos, viatura e armas.

Bastam alguns minutos no trecho campeão de ocorrências, a Avenida Bernardo Vieira com a Rua dos Tororós, para verificar o descaso dos motoristas. Apesar de ser considerada uma via “lenta” após as modificações do sistema viário, o radar eletrônico escondido na calçada, entre o muro e um poste de iluminação pública registra em média 100 abusos à regulamentação de 50 quilômetros por hora na via. Quem já foi “pego” reduz a velocidade ou ainda passa apontando para o equipamento. O frentista Ronaldo Paulo da Silva conta que, quando recebeu a notificação, no local não havia sequer sinalização. “Passou três meses sem nada e nesse tempo pegaram muita gente”, avalia.

Multas ultrapassam 40 mil por mês: Mais de 40 mil multas são lavradas por mês na capital potiguar. Deste total, cerca de 5 % dos motoristas recorrem da cobrança por alegar serem “injustas”. O número de processos interpostos na Semob em 2009 foi de 18.718 recursos. Devido ao volume, o tempo médio para julgamento na primeira instância é de três meses ao invés dos 30 dias previstos na legislação. Até março deste ano, 3.421 condutores já recorreram da decisão. É o caso do autônomo Marcelo Roberto Cavalcanti, que entrou com um processo junto à secretaria para se livrar da cobrança “indevida” de R$ 390,00.

Segundo Marcelo, o erro começou com a falta de notificação. Ao contrário dos demais documentos e boletos para pagamento de tributos, como IPVA, a multa não chegou a seu endereço.  A infração só foi conhecida quando tentou regularizar os pagamentos.  Marcelo entrou com a defesa, alegando que ultrapassou a velocidade por está prestando socorro a uma vítima, e aguarda há mais de 45 dias uma definição.

“Ainda vou pagar a documentação atrasada, porque se recusaram a receber antes de quitar a multa”, critica.  O funcionário público Lucimar Mesquita, 36, reclama da desorganização, mas preferiu “poupar o desgaste” com burocracia para o recurso. Após vender o veículo, do tipo Escort, há quase um ano quando obteve da Semob e DETRAN o documento de nada consta foi surpreendido há cerca de dois meses com a cobrança de multas praticadas em 2008, flagradas pelos radares do bairro Nordeste.

“Reconheço que cometi a violação, mas deveriam ter cobrado antes e não emitir um documento e depois dizer que ele não é verídico”. Para Eloísio de Araújo, a arrecadação deveria ser proporcional as melhorias realizadas. “Se multa resolvesse o problema, o caos em Natal estaria sanado. Mas só serve para engordar a conta da prefeitura”, disse o contador.

Para entrar com um recurso, é necessário preencher formulário e anexar à notificação, documentos que justifiquem a defesa. O prazo é de 15 dias após o recebimento da multa. Se o despacho da Comissão de Análise de Defesa Prévia não sair em 30 dias, apesar de registrada, a infração tem efeito suspensivo não causando nenhum impedimento ao condutor até que seja decidido. Caso indeferido o pedido, o condutor poderá ainda recorrer à Junta Administrativa de Recursos de Infração (Jari), ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) e posteriormente, em caso de outras negativas à justiça.

23 de abril de 2010

Brasília: Uma cidade que sofreu indiretamente

21:49 | , ,

21 de abril de 1960. O Brasil voltou seus olhos para o interior. Graças a um presidente revolucionário, ganhamos uma nova capital, mais moderna e que mudaria os rumos da política brasileira. Bem... Será que mudou?

Créditos: Globo.com
Infelizmente, os candangos (Como são chamados os brasilienses e aqueles que trabalharam para erguer essa belíssima cidade) sofrem com a estigma que uma bendita dupla de prédios muito bonitos deixaram na cidade de largas ruas: A classe política brasileira que se deteriora a cada dia.

É lamentável que nosso país sofra com essa classe política que só vê os interesses particulares em prioridade, deixando de lado aqueles que os políticos só lembram meses antes da eleição. É revoltante saber que essa classe suja de "representantes" do povo brasileiro no Congresso Nacional ainda se perpetue no poder, deixando a míngua quase 200 milhões de pessoas que sofrem com as deficiências que nosso país ainda detém.

O interessante disso tudo é que quem não tem nada a ver com isso, os mais de 2 milhões de habitantes do Distrito Federal, quase todos na capital, é quem pagam o pato. Aqui em Natal mesmo já testemunhei casos de brasilienses que eram motivo de piada por causa dos escândalos políticos que assolam as instituições federais de lá. Até a nossa tradicional intolerância se rendeu ao que Brasília nos proporciona.

Parabéns, Brasília. Parabéns também ao Brasil (Que comemorou 510 anos no dia 22, quinta-feira passada). Parabenizo a todos que residem na criação de Niemeyer pelos 50 anos em pé e representando toda uma nação.Porém, Brasília e o Brasil só vão ganhar esse presente de aniversário no dia que a política brasileira mudar muito, deixando de lado aqueles que só olham pro próprio umbigo, sem se lixar pro resto da população. Felicidades!

Aos 50,Brasília tem de encarar corrupção e falta de planejamento

21:38 | , ,

Créditos: Último Segundo
Idealizada e desejada desde o século 19, Brasília levou apenas 3 anos e meio para ser construída até sua inauguração em 21 de abril de 1960. Se o então presidente da República e seu fundador, Juscelino Kubitschek, encarou a empreitada com empenho e como um desafio a ser superado, o urbanista Lúcio Costa emprestou sua simplicidade ao plano urbanístico e Oscar Niemeyer conferiu plasticidade à capital com seus edifícios arrojados.

O sentimento de concretização do sonho não era restrito ao presidente e idealizadores da cidade. Milhares de trabalhadores, chamados de pioneiros ou candangos, deixaram as diversas regiões do país para erguer a nova capital.

Brasília nascia para acolher desde o ministro de Estado até o motorista. A expectativa de seus criadores era de que comportasse uma sociedade relativamente igualitária.

"A cidade tinha, no início, o compromisso de que o coletivo se sobressaísse em relação ao individual", conta o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) Eliel Silva.

"A ideia era que seria possível fazer uma cidade igualitária ... se a sociedade também fosse!", afirma Maria Elisa Costa, filha de Lúcio Costa.

O Plano Piloto em forma de avião trazia o que de mais recente havia do urbanismo mundial --a arborização muito presente, as Superquadras, que funcionam como vilas, os prédios residenciais onde o andar térreo é obrigatoriamente aberto e de domínio público.

Centro político: Ao ser construída, Brasília teve como objetivo principal, além de ocupar e povoar o Centro-Oeste do país, o de ser a sede administrativa e política do país. Mas ao tornar-se centro dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, passou a carregar o ônus de conviver com escândalos que têm origem nos gabinetes e corredores das instituições públicas.

"É injusto, a cidade, afinal de contas, não é só isso. O problema é que ela acaba levando esse estigma, ele acaba pesando", reconhece o cientista político da UnB Everaldo Moraes.

E para piorar a reputação da capital, o aniversário de 50 anos tem de dividir as atenções com um caso emblemático: a crise do mensalão do DF, que resultou na cassação do governador e à renúncia do vice-governador. Representantes do Executivo e do Legislativo locais aparecem como suspeitos em um esquema de pagamento de propinas.

Por conta dessa crise, a população de Brasília presenciou, meses antes da comemoração do cinquentenário, a primeira prisão de um governador em exercício no Brasil.

"Brasília era a esperança de algo novo. E de certa forma ela mostrou apenas aquela velha forma de fazer política", critica Moraes.

"Brasília acaba desenvolvendo uma dupla personalidade. De um lado é bonita, moderna, cosmopolita, mas por outro é provinciana, segregacionista. E acaba sendo um reflexo do país, à época imerso em práticas atrasadas", completa o cientista político da UnB Leonardo Barreto.

Problemas urbanos: Além da crise política, a capital enfrenta outros conflitos. Embora o Plano Piloto de Lúcio Costa esteja preservado --Brasília foi tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco--, sofre influências do crescimento desordenado do entorno.

De acordo com o Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no DF, Alfredo Gastal, a falta de transporte público, a sobrecarga dos sistemas de saúde, educação e a falta de planejamento por parte do Estado geram expectativas pouco otimistas.

"Se o Distrito Federal não se planejar para o futuro, isso não vai funcionar. Sem planejamento, não há tombamento que resista", alerta Gastal.

O problema da falta de planejamento é mais antigo do que aparenta. Mesmo durante a construção da capital, as autoridades da época não calcularam um espaço para a moradia dos candangos e pioneiros. Acomodados em vilas próximas aos canteiros de obras, tiveram de ser transferidos para regiões fora do Plano Piloto, mais tarde conhecidas como cidades-satélites.

"Não se pensou, no início, em planejamento para as pessoas que se deslocaram para construir a cidade em três anos. Quando terminaram a cidade, surgiu a pergunta: 'O que fazer com esse contingente?'", lembra a mestre em Sociologia Urbana da UnB Natália Mori.

A especulação imobiliária de Brasília e das cidades do DF também impediu a concretização da cidade igualitária. As classes mais ricas concentram-se no Plano Piloto, nos Lagos Sul e Norte. As mais baixas foram empurradas para fora do avião.

O alto custo de moradia no centro estimulou a migração para o entorno e ocupações ilegais de terra, inclusive por parte da classe média, que pulverizou as áreas ao redor de Brasília com condomínios irregulares.

No Lago Sul, bairro onde vive a maioria das autoridades, a renda familiar média alcança 19,3 salários mínimos, segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD), de 2004.

Enquanto isso, na região administrativa de Itapoã, uma das mais pobres do entorno de Brasília, a renda familiar média é de 1,6 salário mínimo.

"Houve uma alteração demográfica para qual Brasília não estava preparada. Não havia a expectativa de que o DF crescesse nesse montante. A cidade enfrenta problemas de excesso de automóveis, falta de transporte público, as invasões de terra, os condomínios irregulares, todos decorrentes do modelo de ocupação territorial", critica o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB Geraldo Batista.

História de Brasília é contada por quem ajudou a construir a capital

21:30 | , ,

Créditos: Globo.com
Cinquenta anos se passaram. Pela primeira vez José voltou à Igrejinha, onde se casou pouco antes da inauguração de Brasília. A emoção veio junto com as lágrimas.

José, como um verdadeiro candango, ajudou a construir a cidade. Hoje, revive um dos momentos mais marcantes nesse meio século. A emoção só não foi completa porque a mulher, Anaíde, ficou em casa. Está debilitada.

O casamento de José e Anaíde foi bem simples. Afinal, faltavam apenas três dias para a inauguração de Brasília e nem a igreja estava pronta. Foi tudo no meio da poeira mesmo. Ao invés de marcha nupcial, os dois se casaram ao som de uma sinfonia de martelos executada por outros tantos candangos. Eles não pararam a obra.

Era 18 de abril de 1960. O único registro da cerimônia estampa a Revista Cruzeiro, famosa na época. A revista, inclusive, deu um presente ilustre ao casal: uma visita ao então presidente Juscelino Kubitschek. O casal chegou a ganhar uma noite de núpcias de Juscelino.

“Ele perguntou o que eu desejava. Eu disse: ‘eu desejo um bom final do mandato pro senhor’. Ele ainda perguntou se eu queria ir pra um motel, pra um hotel. Eu disse que não queria”, contou o aposentado José Bezerra de Souza.

E nesses 50 anos ficaram tantas lembranças. “Chega na Esplanada... O meu pai esteve ali. Ele carregou ferro para aquela construção. Então, pra gente é importante. É um pedacinho. É como você pisar num azulejo, numa construção nova hoje, e saber que um operário simples colocou ele ali”, destaca Rute Rocha de Souza, filha de José.

José veio do Sul. Chegou em 1958 e não saiu mais daqui. Viu Brasília crescer junto com a família. Hoje ele tem dez filhos, 25 netos e cinco bisnetos. “Eu também quero viver isso um dia. É muito bom saber que a minha família, que os meus avós fizeram parte da história de Brasília, e que a história deles vai fazer parte da minha pra sempre”, acrescenta Rebeca de Souza Carvalho, neta de José.

Brasília faz 50 anos com problemas de metrópole e marcada por corrupção

21:25 | , ,

Créditos: R7
Brasília completa 50 anos na próxima quarta-feira (21), mas os moradores da cidade não terão muito o que comemorar. A cidade, erguida por Juscelino Kubitschek na década de 50 para receber a capital federal, enfrenta problemas típicos de outros grandes municípios do país com pouco – ou nenhum – planejamento e chega ao seu cinquentenário marcada pelo maior escândalo de corrupção de sua história.

Após ver seu governador eleito preso, a cidade que abriga os Três Poderes do país ainda tenta se recuperar da crise administrativa causada pelo chamado mensalão do DEM, suposto esquema de corrupção liderado por José Roberto Arruda, o agora ex-governador.

No lugar de Arruda, o interino Wilson Lima (PR) fez de tudo para provar que tinha o governo sob controle. Mesmo sem ter o que comemorar, ele manteve a festa de aniversário planejada na Esplanada dos Ministérios, mas com uma programação enxuta e um terço do orçamento inicialmente planejado. Neste sábado (17), porém, ele foi derrotado na eleição indireta e quem assume a vaga nesta segunda-feira (19) é Rogério Rosso (PMDB).

Fora dos planos: A corrupção, no entanto, não é o único problema de Brasília em seus 50 anos. Trânsito, superpopulação, desigualdade social e os demais problemas de uma cidade grande também afetam os brasilienses.

A cidade construída em formato de um avião foi pensada para ter, no máximo, 500 mil habitantes. O que não estava planejado era que nem todos viveriam no Plano Piloto – área central de Brasília que abriga as principais repartições públicas – e hoje a população que habita a capital federal e suas cidades-satélites é quase cinco vezes maior: 2.455.903.

A desigualdade social também é outro problema grave da capital. Embora tenha um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,844, maior do que a média brasileira, que é de 0,813, Brasília é a quarta cidade mais desigual do Brasil e a 16ª mais desigual do mundo, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).

História: Embora só Juscelino tenha colocado em prática, a ideia de transferir a capital do Brasil para um ponto central do interior do país já passava pela cabeça de alguns pensadores nos séculos 18 e 19. Foi somente em 1891, entretanto, que virou lei. Na primeira Constituição da República, uma emenda demarca uma área de 14.400 km no Planalto Central para se estabelecer a capital federal.

Apesar da segunda Constituição republicana, de 1934 e, da quarta, de 1946, reafirmarem que a capital deveria ir para o Planalto Central, a cidade começa a ser construída apenas em 1956. Juscelino criou uma empresa para construir Brasília, a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) e se mudou para uma sede provisória da Presidência na nova cidade, o Palácio do Catetinho. À 0h do dia 21 de abril de 1960, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Poder Executivo são simultaneamente instalados na praça dos Três Poderes durante sessão solene. A capital federal, antes sediada no Rio de Janeiro, era oficialmente transferida para Brasília.

19 de abril de 2010

O Rio (propriamente dito) Grande do Norte

12:08 | , ,

Natal está infestada de problemas. É posto de saúde que não funciona, o sistema de transportes privando o povo de escolha, os bandidos fazendo a festa sem polícia pra acabar com isso, a câmara infestada de... Bem, melhor não falar nada...

Mas um problema aparece todos os anos nesta mesma época, graças ao que São Pedro nos propicia, e que é ótimo pra abafar o calor que assolava a capital dos potiguares há tempos: Buracos e alagamentos. Sim, sim, sim, leitor, a chuva chegou aqui no Nordeste e deixa a mostra diversos problemas que só as águas do outono e inverno causam aqui em Natal.

Um problema que sempre é mal visto, e mal solucionado pelas autoridades todos os anos, é a questão dos buracos nas ruas e avenidas da "cidade do sol". É lamentável que uma cidade que vai ser sede de copa ter avenidas tão importantes, como a Capitão Mor Gouveia (Onde fica a Rodoviária) e a Prudente de Morais, onde fica o Machadão. É chato você trafeg ar com o seu carro parecendo que faz um zigue-zague, bem próximo de causar algum aceidente. Pelo menos, a Prudente está sendo recapeada e isso pode estar com os dias contados. Porém, não posso dizer o mesmo da Mor Gouveia. O início dela, próximo a BR 226, então, nem se fala! Tá horrível de se entrar nela, tudo cheio de areia, encobrindo os buracos, deixando risco grande de um carro se acabar naqueles buracos.
Foto: Isabela Santos (Nominuto.com)
Pior do que um queijo suíço é água suja. Ou seja, estamos entregues à água da chuva, que inunda as ruas de nossa cidade e a deixa intransitável. É lamentável que os bairros da periferia e da Zona Norte ainda sofram com verdadeiras lagoas na frente de suas casas. Deve ter até régua para medir a altura da água. Sempre é 1m, 1,5m, 2m... Todo ano é a mesma coisa e nada é feito. Seria bom que as casas das autoridades também sofressem com os alagamentos.

Quer a solução para os dois problemas? Saneamento e drenagem já! Para que m não sabe, Natal tem pouco mais de 25% de área urbana saneada. Tem cidades do interior, com 10, 20 mil habitantes, que tem índices superiores a 95%. Com materiais de qualidade e um serviço bem feito, dará facilmente pra sanar esses e outros problemas que a água que vem de cima deixa pra gente.

Quem vive debaixo d'água é peixe. Quem vive em buraco é tatú. Pessoas devem viver em casas com toda a dignidade, segurança e infraestrutura que merecem, não viver em (ruas) lagoas ou em fatias de queijo suíço. As autoridades devem tomar providêrncias quanto a isso. E logo!

Pontos de Natal alagam com 20 milímetros de chuva

12:05 | , ,

Créditos: Nominuto.com
Foto: Ricardo Santos (Nominuto.com)
Mal começou a chover e a cidade já está alagada. Os pontos críticos de Natal puderam ser vistos cobertos por água na manhã deste sábado (17) após uma madrugada de chuva, com uma precipitação de apenas 20 milímetros.

A lagoa de captação da avenida da Integração, Candelária, zona sul de Natal, transbordou deixando lâmina extensa na via por onde passam os veículos. Já na rua Alameda das Mansões, no mesmo bairro, moradores reclamaram da porção de água estagnada na rua.

"Sempre que chove essa rua fica assim. Mal começou o inverno e já está assim, formando lama e atrapalhando o trânsito das pessoas", disse a dona de casa Eliana Ferreira.

Outra rua onde se pode ver ainda consequências da última chuva é a Walter Fernandes, em Capim Macio, também na Zona Sul. A região mais baixa do perímetro não apresenta nenhuma forma de escoamento da água.

Veículos capotam durante chuvas em Natal

11:30 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Rodrigo Sena (Tribuna do Norte)
As fortes chuvas caídas durante a madrugada de sábado, em Natal, resultaram em dois capotamentos de veículos. O primeiro, ocorrido por volta das 5h, envolveu um Ecosport e um Fiat Uno, de placas KKS-1792, na avenida Engenheiro Roberto Freire, em frente à padaria Gosto de Pão, no sentido Ponta Negra-Centro. Os dois veículos teriam se chocado e o Fiat capotou, subindo o calçadão e destruindo parte de um banco.

Segundo populares, cinco jovens – todos amigos – vinham nos dois carros e, mesmo depois do acidente, continuaram bebendo até a chegada do guincho que levou o Ecosport do local. Já o Uno foi desvirado, mas permanecia sobre o calçadão até as primeiras horas da manhã do sábado. Ao lado do veículo, bastante danificado, oito latas e garrafas de cerveja. Nenhum ocupante teria se ferido, de acordo com pessoas que viram o grupo de jovens.

Já ao lado do viaduto de Ponta Negra, às 9h20, outro veículo, um Corsa de placas NNQ-8428 capotou no sentido Natal-Parnamirim, na via alternativa que dá acesso à marginal da BR-101. O motorista perdeu o controle do veículo, devido à pista molhada, e subiu o canteiro, provocando o acidente. Nenhum dos quatro ocupantes se feriu.

Chuvas da madrugada voltam a preocupar

11:21 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Elisa Elsie (Tribuna do Norte)
As chuvas da madrugada e manhã de hoje voltaram a colocar em alerta a Defesa Civil, embora os telefones para comunicar emergências (156 e 199) não estivessem acessíveis em nenhum momento.

“Deve ser a demanda”, concluiu o coronel Marcos Pinheiro, coordenador da Defesa Civil da Capital.

As chuvas intensas foram suficientes para colocar em alerta até os seletos moradores e comerciantes de Petrópolis.

Nos cruzamentos das ruas Afonso Pena com Mossoró e Açu uma extensa lâmina d'água trouxe aos moradores as lembranças desagradáveis do ano passado, quando as águas ali atingiram um metro, invadindo residências e lojas comerciais.

Outros tantos pontos de alagamento foram registrados na cidade, o que fez a Defesa Civil Municipal monitorar as áreas de encosta e no entorno de lagoas de captação, normalmente as mais afetados no período de chuvas.

Foram identificadas 10 localidades com potencial risco à população, seja por ameaça de deslizamento de terra ou inundação. Numa delas, as ladeiras de Mãe Luiza, que dão para a encosta do Parque das Dunas, a situação parecia normal ontem.

As áreas de emergência fazem parte de um expressivo lotes de 50 localidades em “estado preocupante”, sendo as regiões mais críticas as das construções erguidas no pé de morro dos bairros de Mãe Luiza, Parque das Dunas, Felipe Camarão, Cidade Nova e Passo da Pátria.

As lagoas de captação do Préa, Nova República, Nossa Senhora da Apresentação, Alto da Torre, São Conrado e José Sarney, onde há frequentes transbordamentos a cada chuva mais forte, engrossam a lista.

Passo da Pátria: A chuva forte que caiu na madrugada deste sábado bastou para tirar o sono de quem mora às margens do canal do esgoto, no Passo da Pátria.

O nível de água ainda está longe da borda do canal, destruído desde as chuvas do ano retrasado. Mas a erosão é vista claramente para quem dá ao trabalho de parar na borda do canal destruído há dois anos para observar a força da correnteza.

“Esse problema do Passo da Pátria não cabe paliativos, tem que ser resolvido com obras”, disse ontem o coronel Marcos Pinheiro.

Depois que a grande tubulação ruiu com o peso dos carros, uma pequena ponte que faz a ligação a dois pontos na comunidade tem madeiras podres nas extremidades, colocando em risco quem passa por ali.

Já na saída do Passo da Pátria, na rua Governador José Fernandes, na altura da linha férrea, uma subida íngreme que dá acesso ao Alecrim, a visão de uma cascata d'água impressiona. São milhares de litros de água que descem por gravidade dos bairros mais altos, agravando ainda mais o problema dos moradores.

16 de abril de 2010

Futebol jogado por macacos?

11:45 | , , ,

Lamentavelmente, vemos no esporte mais uma cena desprezível de pessoas racistas: Na vitória do Palmeiras sobre o Atlético Paranaense, ontem, pela Copa do Brasil, o zagueiro Danilo teria chamado o jogador atleticano Manoel de "macaco" e ainda dado cusparadas nele, sendo revidado com um pisão.

Parece que essas pessoas que tem esse tipo de comportamento querem voltar aos séculos da escravidão... É incrível! Naquela época, todos nós sabemos que a população negra era bastante discriminada, mesmo após a abolição da escravatura, dos quais os negros eram ampla maioria. Mas, mesmo assim, os negros sofreram mais e por muito mais tempo com atos discriminatórios que, sem dúvida alguma, manchou a história da raça negra no Brasil.
Mas o pior não é isso: O mais degradante é saber que colegas de profissão se agridem dessa maneira só porque durante 90 minutos estão em lados opostos, querendo o melhor resultado possível para o seu time. E mais, com atitudes que há anos o futebol tenta extinguir, sem sucesso, por causa de uma meia dúzia de ignorantes que querem ser parentes de Hitler, por exemplo, pra não citar outros segregadores.

É lamentável que esse tipo de ignorância ainda esteja presente no futebol, no vôlei, no atletismo... Enfim, em todos os esportes e em todos os setores da sociedade. Segregação não dá mais. Os negros são iguais a nós, meu povo. Não é por causa da cor diferente da pele que eles são seres de algum outro planeta: Eles são iguais a nós, sem distinção de sexo, idade ou credo. Vamos respetá-los!

Mas, ainda fico me perguntando, mesmo com toda essa constatação: Como o futebol pode ser jogado por macacos? O futebol deve ser democrático, não um zoológico.

Manoel acusa Danilo de ato de racismo, e Atlético-PR vai à delegacia prestar queixa

11:23 | , , ,

Créditos: Globoesporte.com
A vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi ofuscada pela confusão entre os zagueiros Manoel e Danilo. O primeiro, atleta do Furacão, deixou o Palestra Itália na noite desta quinta-feira acusando o alviverde de racismo, isso depois de os dois terem se estranhado e trocado agressões no primeiro tempo. Em uma disputa de bola, Manoel teria dado uma cabeçada em Danilo, que revidou cuspindo no rosto do adversário. Em seguida, teria sido chamado de "macaco" - poucos momentos antes, o atleta palmeirense se desentendeu com Manoel e o ofendeu com a frase "seu macado do c...", lance captado pela transmissão da partida. O jogador rubro-negro, por sua vez, admitiu na coletiva ter dado um pisão em Danilo num lance posterior.

Manoel e o diretor de futebol do Furacão, Ocimar Botelho, deixaram o estádio diretamente para o 23º Distrito Policial, no bairro das Perdizes, para registrar um boletim de ocorrência - chegaram às 22h30m e deixaram o local à 0h40m. De acordo com o clube paranaense, apenas o seu departamento jurídico se pronunciará sobre o caso - o atleta rubro-negro saiu pela porta dos fundos do DP, mas sem falar com a imprensa.

Danilo foi enquadrado no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal - "Injúria qualificada por racismo". A pena prevista varia de um a três anos de prisão. O jogador palmeirense não compareceu à delegacia. Segundo o delegado Percival Alcântara, situações como essa normalmente são resolvidas com um acordo, mas o clube paranense não admite essa hipótese. Bolicenho, confirmou a versão do seu jogador e disse que todas as medidas cabíveis serão tomadas.

- Ele não só cuspiu na cara do Manoel, com também o chamou de macaco. Esse rapaz sempre que joga contra o Atlético tem atitudes estranhas - disse o dirigente, lembrando que Danilo já vestiu a camisa do Furacão. - Vamos até as últimas consequências. É inadmissível uma coisa assim acontecer nos dias de hoje.

O defensor palmeirense deixou o campo dizendo que havia acontecido um "lance normal de jogo". O atleticano, por sua vez, afirmou primeiramente que a reação de Danilo - com Manoel caído no gramado após a cusparada - foi falar "levanta, seu macaco". Ou seja, teria sido ofendido duas vezes. Além da acusação, não negou ter pisado propositalmente no palmeirense.

- Ele cuspiu em mim e depois me chamou de macaco. Isso é a pior coisa que poderia fazer - disse Manoel, durante a entrevista pós-jogo, confirmando que depois acabou revidando com um pisão. - Sim, e não me arrependo do que fiz. Depois do que ele disse para mim, pisaria de novo.

Danilo deixou o estádio palmeirense sem falar com a imprensa. Savério Orlandi, diretor de futebol do Palmeiras, disse que conversou com o atleta nos vestiários, logo depois da partida. O dirigente afirmou que viu o lance da cusparada pelas imagens da TV e que, a partir desta sexta-feira, já começará a armar a defesa do camisa 23. Sobre as ofensas a Manoel, Orlandi afirmou que o zagueiro palmeirense, negou qualquer tipo de agressão verbal.

- Assisti ao lance na TV e acredito que o Paulo Schmitt (procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedirá as imagens (pela cusparada). Quanto ao racismo, conversei com o Danilo, e ele negou. Estão tentando criar um clima de animosidade para a próxima partida, sendo que a decisão da vaga ainda está aberta – explicou Orlandi.

Zago se esquiva de nova polêmica sobre racismo: O técnico Antônio Carlos Zago procurou evitar comentários sobre o caso. Em 2006, quando ainda jogava e defendia o Juventude, ele foi suspenso por ofensa de racismo contra o volante Jeovânio, do Grêmio. Na época, recebeu punição por um gesto que fez ao sair de campo, após ser expulso.

- Não sei o que aconteceu, então é difícil falar alguma coisa. Vamos ver amanhã (sexta-feira) o que pode ter acontecido e aí sim tomar uma posição. O mais importante foi a demonstração de empenho dos jogadores, em relação aos jogos passados, para conseguir a vitória – despistou Zago.

Palmeiras faz 'lição de casa' e vence o Atlético-PR pela Copa do Brasil

11:15 | , , ,

Créditos: Globoesporte.com
Uma semana de treinos, conversas e broncas. Uma semana de pressão nos bastidores e impaciência da torcida. Mas com uma nova postura e mostrando raça em campo, o Palmeiras conseguiu vencer o Atlético-PR por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, no Palestra Itália, e aliviou a tensão.

A tranquilidade só não foi completa porque Danilo e Manoel se desentenderam aos 29 minutos do primeiro tempo. O jogador do Furacão acertou uma cabeçada no zagueiro palmeirense, que já teve passagem pelo clube paranaense. Este, por sua vez, revidou com uma cusparada (veja o segundo vídeo). A confusão não parou por aí. No segundo tempo, Manoel deu um pisão em Danilo. Ao fim da partida, o jogador do Atlético-PR acusou o palmeirense de racismo.

Atritos à parte, o gol solitário de Robert foi o suficiente para garantir a vantagem de empatar por qualquer placar a partida da próxima quarta-feira, na Arena da Baixada, quando será decidida a vaga para as quartas de final da Copa do Brasil. Derrota por um gol de diferença (desde que consiga marcar também) ainda dá a vaga aos paulistas.

Eliminado do Estadual, o Palmeiras treina neste fim de semana. Já o Atlético-PR tenta empurrar a decisão do título estadual para depois do clássico com o Coritiba, marcado para domingo. Segundo colocado no Paranaense, o Furacão ainda tem chances de levantar a taça se barrar seu maior rival.

A semana de treinos fez bem ao Palmeiras, mas isso não quer dizer que o Atlético-PR só tenha ficado atrás. Aproveitando principalmente as bolas paradas, com Paulo Baier, o Furacão levou perigo logo aos 5 minutos, quando o camisa 10 cobrou falta e Rhodolfo desviou de cabeça. A sorte de Marcos, vendido no lance, foi que Javier Toledo não conseguiu alcançar a bola antes de ela sair pela linha de fundo.

A resposta palmeirense foi fatal. Depois de bela troca de passes no meio-campo, Edinho tocou de calcanhar para Robert avançar em diagonal e chutar cruzado, sem chances para Neto. O 1 a 0, aos 14 minutos, aliviou a pressão e fez o time de Antônio Carlos Zago se soltar mais.

Aos 26, porém, o Atlético-PR conseguiu uma série de cinco escanteios, todos cobrados por Baier. Quatro batidas do meia foram no primeiro poste, na tentativa de conseguir um gol olímpico. Todas as tentativas foram afastadas por Marcos. A quinta chance, um pouco mais aberta, foi para fora.

O Palmeiras teve chance de ampliar a vantagem aos 40 minutos, depois de cobrança de escanteio do chileno Figueroa. Mas Robert desviou para fora.

- Ainda não é o que queremos, mas nos postamos bem dentro de campo. Só temos que ter cuidado com os cruzamentos do Baier, que levam perigo – disse Robert.
Times caem no segundo tempo: A segunda etapa da partida no Palestra Itália foi um pouco mais amarrada, com chances claras de gols mais raras para as duas equipes. Ainda com a bola parada como sua maior arma, o Atlético-PR continuava tentando chegar ao empate com as bolas alçadas de Paulo Baier. Elas esbarravam na defesa palmeirense.

Se a parte de trás fazia o seu papel de não dar chances ao Furacão, a frente deixava a desejar nas conclusões. Lincoln, por exemplo, fez bola jogada dentro da área do Atlético-PR, aos 27 minutos, mas o chute saiu fraco. Mesmo com o arremate ruim, o camisa 99 saiu de campo aplaudido pelos torcedores quando substituído pelo estreante Paulo Henrique. Com 1 a 0, tudo era festa para a torcida palmeirense.

Somente aos 31 minutos os palmeirenses obrigaram Neto a fazer uma boa defesa. No lance, Paulo Henrique girou e passou para Márcio Araújo, que avançava em velocidade. O chute parou nas mãos do arqueiro do Atlético-PR.

Aos 35, comemoração nas arquibancadas. Mas não era um gol palmeirense. Depois de cobrança de falta de Paulo Baier, o goleiro Marcos se esticou todo para espalmar a cabeçada de Rhodolfo. Cumprimentos dos companheiros e alívio dos torcedores.

Reclamações só na hora da saída de Robert para a entrada de Ewerthon. Aplausos para o autor do gol. Vaias e gritos de "burro" para o Antônio Carlos. O coro só não ganhou mais corpo porque Paulo Baier, que já tinha amarelo, fez falta em Danilo e foi expulso. Parecia outro gol do time palestrino.

PALMEIRAS 1x0 ATLÉTICO-PR
Marcos; Márcio Araújo, Danilo, Léo e Armero; Pierre, Edinho, Figueroa (Marquinhos) Diego Souza e Lincoln (Paulo Henrique); Robert (Ewerthon). Neto; Manoel, Rhodolfo e Chico; Raul (Patrick), Valencia, Alan Bahia, Paulo Baier e Márcio Azevedo; Javier Toledo (Fransergio) e Netinho (Marcelo).
Técnico: Antônio Carlos Zago. Técnico: Leandro Niehues.
Gols: Robert, aos 14 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Alan Bahia, Chico e Paulo Baier (Atlético-PR). Edinho, Lincoln e Robert (Palmeiras).
Estádio: Palestra Itália. Data: 15/04/2010. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ). Renda: 431.161, 00. Público: 20.269 pagantes. Auxiliares: Jackson L. Massarra e Eduardo de Souza Couto (ambos do RJ).

12 de abril de 2010

A festa dos carros pequenos

11:46 | , , ,

Foto: Andreivny Ferreira
Não é de hoje que vemos, aqui no RN, cenas como a que se vê todos os dias na porta da Rodoviária de Natal: Uma pessoa que vai viajar é abordada por um motorista de um "táxi" perguntando pra onde vai e oferecendo o serviço. Enquanto isso, outro fica gritando um pouco mais a frente o destino que ele vai pra tentar atrair mais um passageiro pra essa "viagem".

É lamentável que isso aconteça ainda no século 21. Onde já se viu carros com mais de 10, 20 anos de uso rodando com passageiros para grandes distâncias a preços mais baixos que os (Nem sempre) confortáveis ônibus... E tudo isso apenas para se economizar 2, 3, 5 reais e ficar na porta de casa?

Essa situação caótica que está prestes a acontecer no transporte público intermunicipal do Rio Grande do Norte tem dois culpados: O primeiro é a acomodação básica dos brasileiros, que vê nesse serviço uma "vantagem", economizando dinheiro e descendo do "transporte" exatamente aonde quer. Na verdade, essa acomodação vai custar caro ao bolso dessa pessoa que só quer comodidade, pdoe custar até a vida!

O segundo culpado tem mais sujeira no cartório. E tem nome, sobrenome e complemento: DER, Departamento Estadual de Estradas e Rodagem, responsável pela gestão das linhas e fiscalização do transporte público intermunicipal. É uma vergonha o que acontece nesse importante órgão estadual. O comodismo tomou conta desse povo. Pior: A corrupção é tão grande que chega a ser incontrolável.
Aí volto a situação que citei no início do post: Lembra dos motoristas que ficam tentando ganhar o passageiro no grito? Pois bem, a cerca de dois metros deles fica um fiscal do DER. E mais: Num clima de amizade que chega a ser incomum. Vai entender...

Tá na hora de darmos um basta nesta situação. Onde já se viu, o interior do RN ficar sem Ônibus pra poder vir a Capital, ficando a mercê dos "carros pequenos", por causa da incompetência e da gestão corruptível do órgão que deveria barrar este tipo de delito? Bem que o pessoal do interior podia se manifestar sobre tal e pressionar o novo Governo a tomar uma providência.

Enquanto isso, se as linhas forem desativadas por causa dessa calamidade, como é que eu vou ver meus familiares em São Paulo do Potengi?

Falta de ônibus no interior dá margem à exploração

11:31 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Emanuel Amaral (Tribuna do Norte)
Ir e vir para onde quiser é um direito garantido pela Constituição Federal a qualquer cidadão. Mas, na prática, não é isso que acontece. Em muitas cidades do interior do Rio Grande do Norte a precariedade de infraestrutura em transporte relega esse direito fundamental a terceiro plano.

Sem linha de ônibus regular, muitos moradores são vítimas de exploração e perdem tempo e dinheiro para se deslocar de uma cidade para outra. É o caso da dona de casa Fátima Cristina Queiroz, 24, moradora de Vila Flor, a 76 quilômetros de Natal. O percurso até a capital, que leva em média 1h30, chega a demorar até seis horas se levarmos em consideração o tempo de espera para encontrar um carro de lotação. Isto porque não há linhas de ônibus para atender a cidade de 2.647 habitantes e a única permissionária de vans, que faz a linha Natal-Canguaretama-Vila Flor-Barra do Cunhaú, ignora o destino.

Mas o absurdo não para por aí. O frete de um carro pode chegar até a R$ 150,00. Foi o valor que Fátima pagou por uma corrida, em carro alugado, na última semana para visitar a cunhada que está internada em estado grave na Maternidade Escola Januário Cicco, em Natal.  O valor é combinado na saída, para esperar pelo locatário até meia-hora são R$ 80, até duas horas sai a R$ 150. “É uma exploração, me senti meio que assaltada, mas a gente vai fazer o que se não tem outro jeito?”, desabafa a dona de casa.

Para a comerciante Jacilene Felipe, 36, que vem semanalmente a Natal comprar material para abastecer a loja de material de construção, as viagens são um exercício de paciência. Para escapar do “assalto”, a comerciante pega uma lotação até a cidade mais próxima, Canguaretama, e de lá aguarda ônibus para Natal. O gasto, nesse caso de R$ 29 ida e volta, compensa o tempo perdido nos pontos de ônibus. A espera também é a saída para os idosos. Segundo a aposentada Edileuza Oliveira, 62, as lotações não observam o direito a gratuidade e meia-passagem. “Eu me sinto desrespeitada e por isso, quando posso, espero pelo ônibus de Canguaretama. Se acabar, não sei como vou fazer”.

Na contramão, à espera de condução de Canguaretama para Vila Flor, o agricultor Antônio Bernardo da Silva, 44, também reclama da dificuldade. Segundo ele, o trajeto até a capital para ir ao médico e fazer compras é feito a conta-gotas. “Você pega um carro de Natal para Goianinha, de Goianinha para Canguaretama e daqui, espera que passe alguém que te leve para Vila Flor. Nisso vai o dia inteiro”.

Loteiro há dois anos, Ernandes Quirino explica que a demora se deve aos custos. É comum, se aguardar mais de quatro horas para completar o número de vagas. “Não dá para sair daqui com menos de três passageiros, não compensa. Só se for fretado”.

De Vila Flor a Canguaretama os loteiros cobram R$ 2,50 por pessoa. Até Natal, a taxa sobe para R$ 15, por vaga, ou seja, R$ 4 a mais que a tarifa de ônibus para o mesmo trajeto.

Baía Formosa: Situação parecida, enfrenta quem mora em Baía Formosa, cidade praieira a 106 quilômetros ao sul de Natal. Ilhados e reféns do transporte clandestino, desconfortável e inseguro, a “lotação” é a opção para quem precisa viajar. Há mais de um ano, uma empresa deixou de operar no itinerário e daqui a 45 dias, a linha que permanece, da Viação Oceano, também será desativada.

O alagoano Domício Salustino, que mora no distrito de Destilaria, estava há 1h30 aguardando condução. “Não há vantagem,  porque a gente paga mais caro e é condicionado a ir e voltar no mesmo carro, mas é a necessidade”, afirma o supervisor de produção, para quem a desativação da linha Natal-Baía Formosa, a partir de junho, representa um “furo maior no bolso e na paciência do cidadão”.

Arez: Deslocada 8 quilômetros do eixo da BR-101, principal via de circulação da região agreste com a capital, a cidade de Arez, distante 50 quilômetros de Natal, também enfrenta dificuldades no sistema de transporte. A única linha de ônibus, da Viação Barros, oferece apenas quatro horários. No entanto, o itinerário via Georgino Avelino, Patané, Carnaúbas, amplia o tempo da viagem. Os eventuais 50 minutos gastos na viagem direta são esticados para intermináveis duas horas. A pedagoga Daiana Priscila Silva, que mora no bairro de Candelária e trabalha em Arez, fala da angústia de quem depende da linha. Daiana pega o ônibus às 11h, na parada do Carrefour, para chegar depois das 13h na Escola Municipal Claudionor Lima, um atraso compreendido pelos alunos. Por dia, a despesa com a viagem interurbana é de R$ 15.

Acrescido ao desperdício de tempo e gastos, a professora chama atenção para o  risco nas estradas. “É perigoso. Houve época de muitos assaltos, agora tranqüilizou. Contudo, se desativarem não sei como vou trabalhar”, disse. Para chegar mais cedo em casa, a lotação até a marginal da BR-101 de onde aguarda outro meio, é a alternativa.

Muitos preferem ir até a vizinha Goianinha de onde parte um número maior de veículos. É o caso do pastor evangélico Vitor Ewerton Alves Pereira e o grupo de evangelizadores, que realizam trabalhos em Baía Formosa e Natal. “Sai mais caro, ao invés de R$ 8 a gente paga R$13, mas compensa pelo tempo”, disse o morador.

Canguaretama: A insuficiência de veículos e horários no itinerário Natal-Canguaretama – distante 67 quilômetros - somada ao anúncio da desativação das três linhas de ônibus – Natal/Nova Cruz (via Canguaretama), Natal/Canguaretama e Natal/Baía formosa (via Canguaretama) - que assistem os quase 30 mil habitantes, tem sido motivo de preocupação para quem trabalha ou estuda nas cidades circunvizinhas e em Natal.

A pedagoga Lidiana Oliveira Dantas, 29, lamenta a decisão. Para ela, a frota deveria ser reforçada e não extinta. O pior, frisa Lidiana, é ficar “nas mãos’ dos clandestinos. A gente se arrisca muito, porque andam superlotados, em alta velocidade e não respeitam horários e leis”, observa. Por duas vezes, durante fiscalização do DER, Lidiana foi deixada na beira da estrada, para esperar outro transporte.

Na cidade, há apenas duas vans do transporte opcional autorizadas para fazer viagens. “É uma proliferação de transporte irregular”, acrescenta.

Mas há quem veja vantagens no serviço ilegal. A garçonete Renata Moisés está entre os que não se importam em pagar mais caro. Isso porque o dinheiro a mais é o equivalente as despesas com transporte coletivo em Natal. “Os loteiros deixam e pegam a gente na porta, é bem mais confortável”, afirma.

Seja de ônibus ou de carro de passeio, o custo ida e volta (Canguaretama/Natal/Canguaretama) - R$ 22 tarifa regular ou de até R$ 30 em lotação - é considerado elevado para o serviço prestado, no que se refere ao estado dos veículos, quantidade e regularidade dos horários.  “O serviço é ruim e muito caro se comparado a outros estados do país. Para ir a Natal tem que ter no mínimo R$ 50 no bolso. No Rio, viagens mais longas saem pelo quinto deste valor”, avalia o carioca Rafael de Lima Gonçalves. Há um mês, o fiscal de táxi  aguarda ter tempo e dinheiro para ir a capital, resolver pendências do exame do Enem.

“Não há saída para  as empresas de ônibus”: A desativação de cerca de 60 linhas intermunicipais de transporte convencional (feito por ônibus) a partir de maio, não deverá ser revertida. É o que acredita o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte do Rio Grande do Norte (Setrans/RN), João Carlos Queiroz. As linhas que serão desativadas, seja por caducidade, rescisão do contrato, desistência de exploração, cancelamento ou mesmo extinção das linhas, se deve a concorrência com o transporte ilegal, como alega o Setrans.

“Não há saída para as empresas de ônibus. Elas vão entregar as linhas e essas cidades ficarão em situação preocupante, a população será a principal prejudicada. Não temos como concorrer com um serviço desregulamentado. Não há como manter um equilíbrio financeiro, se os passageiros são levados pela lotação. Não há outra saída, a não ser desistir”, frisa Queiroz.

Ao contrário do transporte convencional e opcional (vans e micro-ônibus), os donos dos carros não permitem que idosos e estudantes exerçam seu direito a gratuidade e meia-passagem, respectivamente.

A longo prazo, o problema poderá ser ainda mais grave. Com os preparativos para o estado sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014, a deficiência em uma das principais necessidades de infraestrutura poderá ter um reflexo negativo para o Estado. “A tendência é que o sistema se quebre e fique a mercê de um transporte que opera de forma irregular, sem regulamentação, onde os donos de veículos decidem itinerário, horário, se vão levar ou não”, observa.

Ao contrário da regulamentação da atividade pelo governo estadual, segundo o presidente do Setrans, o que poderia dar condições para as empresas voltarem a operar, seria uma  fiscalização rigorosa por parte dos órgãos responsáveis, a fim de inibir a circulação dos veículos. “O problema que temos governantes e um órgão (DER) fracos”, acrescenta.

Linha de ônibus Natal-Ceará-Mirim deixa de operar

11:25 | , , ,

Créditos: DN Online
Uma semana após a empresa de transporte Oceano anunciar que deixará de operar em sete das nove linhas que atendiam a Região Trairi, os passageiros que utilizam a linha Natal / Ceará-Mirim via Ribeira, operada pelas empresas Oceano e Cidade das Dunas, também vão ficar sem transporte público. O motivo alegado pelas empresas é o mesmo: perda dos usuários para o transporte clandestino por falta de fiscalização do Departamento de Estradas de Rodagens (DER).

A linha funciona há cerca de dois anos em caráter emergencial, após as empresas Brandão e Unidos terem deixado de operar na região. A suspensão do serviço deverá ocorrer em 60 dias. O documento informando sobre a decisão das empresas foi entregue ontem ao DER. De acordo com o diretor da Cidade das Dunas, Augusto Maranhão, não foi por falta de investimentos das empresas que o número de passageiros continuou estável.
Foto: Andreivny Ferreira
2,5 mil passageiros: A viagem de ida e volta de Natal a Ceará-Mirim demora aproximadamente duas horase quinze minutos. Diariamente são transportados cerca de 2.500 passageiros. Ou seja, apenas 35 usuários já que os 12 veículos fazem 72 viagens por dia. "É muito pouco porque desse total de 35 passageiros nem todos pagam a passagem inteira. Alguns são estudantes e outros têm gratuidade", afirma. Os ônibus retirados da linha devem ser relocados para outros destinos.

Informada da decisão de maneira informal, a diretora de Transporte do DER, Valéria Arruda Câmara, esclareceu que o DER não tem como "obrigar" as empresas a oferecer um serviço que garantem não ser mais rentável. "Estamos aguardando o anúncio oficial, mas já tomamos conhecimento da decisão. Podemos conversar com os representantes das empresas para avaliar o que pode ser feito, entretanto não temos como exigir que eles continuem operando sem ter resultados satisfatórios".

Valéria disse ainda que o DER poderá analisar a situação e liberar para que outras empresas ofereçam o serviço de forma emergencial antes de abrir uma licitação. "Vamos analisar a situação melhor para ver o que poderemos fazer pelos usuários daquela região".

Expresso Oceano deixa de operar sete linhas

11:20 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte
A empresa de ônibus Expresso Oceano vai deixar de operar sete das nove linhas intermunicipais da qual é concessionária, alegando que a sua exploração “se tornou absolutamente inviável” devido à concorrência desleal de transporte de passageiros feito pelos carros de passeio do interior.

O diretor administrativo da Oceano, Julierme Gomes, disse que a empresa protocolou ontem de manhã, no Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-RN), a carta oficial 14/2010 datada do dia 18 deste mês e encaminhada a diretora de Transportes da autarquia, Valéria Arruda Câmara, informando que deixava de explorar o serviço por causa dos prejuízos financeiros que vem sofrendo ao longo do tempo.

Julierme Gomes informou que a Oceano baseou-se no artigo 31 do Decreto 16.225/2002, que prevê a desistência da concessionária ou permissionária de explorar o serviço de transporte de passageiros, parcial ou totalmente, mediante notificação escrita ao DER.

Segundo Gomes, a empresa ainda vai cumprir o dispositivo legal de operar as sete linhas de ônibus por 60 dias, até a sua suspensão definitiva. “Vamos ficar operando apenas com as linhas de Pipa, em Tibau do Sul e para Extremoz, mas estamos avaliando se vamos prosseguir ou não com essas linhas”, disse ele.

O problema maior, segundo Gomes, é que a Oceano, por exemplo, paga uma taxa mensal de R$ 11,58 mil de serviços de fiscalização e gestão “e o governo não atua, fiscalizando o transporte clandestino”, que não paga impostos e não cumpre, por exemplo, com a gratuidade para idosos e abatimento de 50% no valor das passagens para os estudantes.

Linhas fora de operação:
LDI 140-111 – Natal/Nova Cruz, via São José do Mipibu, Goianinha, Espírito Santo, Várzea e Santo Antônio.
LDI 140-145 – Natal/Nova Cruz, via São José do Mipibu, Goianinha, Canguaretama e Pedro Velho.
LDI 140-146 – Natal/Várzea, via São José do Mipibu, Goianinha e Espírito Santo.
LDI 140-001 – Natal/Pedro Velho, via São José do Mipibu, Goianinha e Canguaretama.
LDI 140-144 – Natal/Redenção, via São José do Mipibu e Passagem.
LDI 140-147 – Natal/Montanhas, via São José do Mipibu,  Goianinha, Canguaretama e Pedro Velho.
LDI 140-0780 – Natal/Jenipabu.

9 de abril de 2010

Será por causa da urna?

21:37 | , , ,

Antes do texto de hoje, quero agradecer a marca de 1000 visitas alcançadas no post de segunda-feira passada. É um marco para um singelo blog que só quer externar opiniões de um estudante de comunicação da UFRN. Muito obrigado!
E tá chegando a eleição. Os políticos estão se remexendo todos para garantir mais quatro anos de salários polpudos, sem fazer muita coisa por nós. Eles ainda tentam se valer daquele velho ditado popular, de que "a última imagem é a que fica". Será que funciona?

Com certeza, não. Mesmo assim, eles insistem nessa máxima fazendo muitas ações que contemplem melhorias em diversos setores da sociedade. Não seria diferente nos seus subordinados! Claro que funcionários públicos seriam alvo desse tipo de movimentação, pois os gestores sabem que quem trabalha no serviço público não trabalha nas melhores condições, nem físicas, nem morais, quanto mais financeiras. Funcionário público é dor de cabeça para os políticos, pois exigem muito para fazer os serviços que eles deviam fazer. E é claro que eles iriam ganhar seu agrado na época de eleição. Bingo!

O grande problema é que a população tem memória curta. Os políticos, claro, se aproveitam desse defeito para impregnar o dito popular do início do post e, geralmente, um péssimo gestor se reelege só por causa de um ano bom de governo. E os outros 3? É por isso que eu sempre disse aos meus amigos do curso e do meu trabalho: O povo parece que é otário! A sociedade tá morta pra decidir quem vai gerir nosso destino. Ninguém tá nem aí, só por que o voto nas eleições é obrigatório. Acorde, leitor! Outubro tá chegando!

Temos de mudar nossas atitudes, temos de mudar nossos conceitos, temos de mudar nossos costumes quanto a eleição. Você não quer uma vida melhor? Então, preste mais atenção e vote direito. Vote consciente! Não fique parado, só esperando um político bater sua porta na campanha querendo comprar seu voto. Se mova, pois mudanças são precisas. E mudanças o quanto antes!

Projeto do auxílio transporte é aprovado após embates na Câmara

21:14 | , , ,

Créditos: Nominuto.com
Foto: Elpídio Júnior
A Câmara Municipal do Natal aprovou o projeto 75/ 2010 do Executivo Municipal que institui o auxílio transporte para os servidores públicos municipais. Com isso, o servidor terá a opção de receber um valor, em dinheiro, correspondente ao vale transporte.

Após debates e embates acalorados entre os vereadores e pressão dos servidores nas galerias, a matéria foi aprovada por 11 votos favoráveis, 9 contrários e uma ausência, na sessão ordinária da tarde desta terça-feira (6).

O projeto foi colocado na ordem do dia em regime de urgência, teve os pareceres aprovados nas comissões de Justiça; Planejamento Urbano, Meio Ambiente e Transporte; Direitos Humanos e das Minorias. Em seguida, o projeto foi aprovado em primeira discusão. Na votação em segunda discussão o placar foi confirmado, com isso, a matéria segue para a sanção da prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV).

A votação acirrou os ânimos dos edis. Insinuações de um lado, provocações de outro. Oposição e situação não se entenderam sobre a polêmica matéria. Houve divisões num e noutro grupo político. A base da prefeita não votou unida (oito vereadores da bancada foram contrários ao projeto), mas também a oposição não esteve composta (o vereador Raniere Barbosa não seguiu o entendimento da oposição, que foi favorável ao projeto).

Embates como os vistos durante esta terça-feira (6), acontecem desde o ano passado, quando a vereadora sargento Regina (PDT) apresentou o projeto do auxílio transporte no Legislativo Municipal a pedido do Sindicato dos Servidores. As discussões seguiram no início deste ano, quando em fevereiro o projeto foi derrubado.

Após sentarem-se à mesa de negociações, a Prefeitura do Natal e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsenat) chegaram a um acordo considerado histórico, segundo o qual o Executivo se comprometeu com uma série de pontos de pautas. Um deles, justamente, o auxílio transporte, que garante ao servidor a opção de receber, em dinheiro, o valor relativo às passagens utilizadas para se deslocar até o trabalho.

Acontece que o líder da prefeita na Câmara Municipal, vereador Enildo Alves, ficou desconfortável com essa situação, porque o mesmo teve durante todo o trâmite do projeto da vereadora Regina um posicionamento contrário e não seria coerente mudar de posição. Por isso mesmo, Enildo Alves se reuniu nesta segunda-feira (5) com Micarla de Sousa para entregar a liderança, no entanto, segundo o líder, a prefeita fez um "apelo" para que ele continuasse no cargo.

Ou seja, foi o “pano para mangas” para alguns parlamentares interpretarem como um recuo do acordo firmado com o Sindicato. “O que estou percebendo é que Micarla mais uma vez expõem essa casa. Acho que ela está recuando da decisão. Se houvesse comprometimento ela não tinha liberado a bancada. Vamos votar favoráveis”, pediu a vereadora Júlia Arruda (PSB).

O colega de partido da parlamentar e vice-líder da prefeita, Júlio Protásio (PSB), rebateu a interpretação da peessebista. “Sou da situação e em fevereiro fui contrário, mas agora vou votar favorável”, contou. O líder, mesmo votando contrário à prefeita, fez a defesa: “vocês estão sendo injustos e incorretos com a prefeita Micarla, que tem feito muito pelos servidores”.

“A prefeita não cometeu erros ou ilegalidades, ela está cometendo sim, um acerto com os servidores”, disse o pevista Edvan Martins. Mas para o parlamentar da oposição, George Câmara (PC do B), o envio do projeto para Câmara apesar de ter sido importante, revelou que “houve um erro político”. O comunista se referiu ao fato da prefeita ter sido contrária a matéria quando a mesma foi apresentada pela vereadora sargento Regina e, em seguida, ter enviado o mesmo pojeto para a Câmara.

“A prefeita precisa aprender a fazer política. Natal está vendo a crise estabelecida”, criticou. Hermano Morais (PMDB), ponderou ao externar que Micarla fez muito pelo servidor. “Não podemos colocar em dúvida a iniciativa de Micarla de Souza. A matéria é constitucional e vamos votar a favor”, disse o peemedebista.

Câmara aprova aumento de 4,5% para os servidores

21:08 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Júnior Santos
Um dia depois de terem conseguido o projeto que incorporou o auxílio transporte aos vencimentos, os servidores da Prefeitura Municipal de Natal tiveram outro ganho aprovado na Câmara Municipal. Por unanimidade, com 17 parlamentares na Casa, foi aprovado o projeto que reajusta em 4,5% o salário dos 7 mil servidores e ainda coloca um abono de R$ 150 para os funcionários de nível superior.

A proposta foi enviada pelo Executivo, depois de uma longa negociação com o Sindicato dos Servidores de Natal. A exemplo do que fizeram com a aprovação da incorporação do vale transporte, quando foram à prefeita agradecer, após a votação de ontem os diretores do sindicato fizeram um ato em frente a Câmara Municipal saudando os vereadores pela aprovação do projeto. Os únicos parlamentares que não participaram da sessão foram Heráclito Noé (PPS), Dickson Nasser (PSB), Adenúbio Melo (PSB) e Franklin Capistrano (PSB).

Diferente da tumultuada sessão em que foi aprovada a incorporação do vale transporte, a discussão ontem na Câmara Municipal foi tranquila e marcada por uma preocupação dos vereadores que votaram, no dia anterior, contra a proposta defendida pelos funcionários, que queriam o auxílio transporte pago em dinheiro.

Raniere Barbosa (PRB), bispo Francisco de Assis (PSB), Chagas Catarino (PMN), entre outros, que foram contra a proposta do auxílio transporte, fizeram discurso mostrando a “preocupação com os servidores”. Mas prevaleceu mesmo o tom trazido pelos parlamentares da situação, que enalteceram os projetos enviados pela prefeita Micarla de Sousa. “Essa é mais uma importante conquista para os servidores”, destacou o vereador Edivan Martins (PV).

Presidente do Sindicato dos Servidores de Natal, Soraia Godeiro, comemorou a aprovação do reajuste salarial e observou que esse é um ponto entre os 18 que foram objeto de assinatura do acordo com a prefeita Micara de Sousa. Até o mês de março de 2011 o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores estará finalizado.

Ela lembrou que em maio a prefeita enviará para Câmara o projeto de revisão da previdência. “Hoje o funcionário quando se aposenta perde 70% do salário. Vamos também discutir a criação do auxílio alimentação para guardas e vigias municipais”, frisou Soraia Godeiro.

Deputados votam projeto de reajuste do Detran: Os deputados estaduais aprovaram por unanimidade ontem, durante a sessão plenária, a mensagem governamental que modifica o Plano de Cargos e Remuneração do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), criado em 2001. A matéria foi aprovada com duas emendas e contou com 17 votos favoráveis. Os servidores chegaram a solicitar que fosse retirado o artigo que condiciona os reajustes a adequação do Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas recuaram após ouvir de parlamentares a garantia de que os aumentos salariais serão, desde já, implantados. De acordo com Alexandre Dantas, membro da comissão de negociação dos funcionários do Detran, há hoje no órgão um impacto com a folha de pagamento de R$ 1 milhão/ano, quando a arrecadação chega a R$ 80 milhões/ano. “O Detran tem dotação orçamentária para garantir esses reajustes e, além disso, o governo até hoje só conseguiu sair do limite prudencial em 2004. Quando vamos receber esses novos vencimentos?”, questionou Alexandre.

Ele afirmou também que a ampliação dos atuais sete para 15 níveis de  carreira beneficiou 99% dos servidores do Detran. Muitos funcionários, explicou, estacionavam  na letra “g”, a última da carreira, mesmo faltando cerca de 10 anos para a aposentadoria. Com a nova redação, serão oito novos níveis a serem alcançados.

5 de abril de 2010

Esses são perigosos...

21:19 | , , ,

Já faz algum tempo que vemos na imprensa acontecimentos como o que foram postados hoje: Ataque de cães ferozes. Não é de hoje que vemos a disparidade entre o melhor amigo do homem e o ser humano. Há muito ainda que não é divulgado e precisa ser posto ao conhecimento da sociedade.

Concordo plenamente com a emenda apresentada no Congresso que restringe a circulação dessas feras e pune os donos. Já tava na hora (E já havia passado da hora) de mostrar onde realmente dói uma mordida de cachorro: No bolso! Aí sim esses donos irresponsáveis desses cachorros verão como é bom levar uma mordida do "bichinho".

Só não concordo com uma medida: A castração dos pit bulls. Acredito que há outras maneiras de se diminuir a quantidade de ataques dessa raça de cães. Um exemplo seria a presença obrigatória deles em canis que ofereçam adestramento gratuito para os animais e um curso de conscientização para os donos, onde eles devem aprender a como tomar conta de um animal tão perigoso, o tornando dócil. Outra medida já está no projeto, que é a multa e até a prisão dos donos. Bem, se não querem adestrá-los, os donos é que serão adestrados.

Outro aspecto que acho interessante é o argumento dos donos dessas raças perigosas de que eles podem ser dóceis. Claro, com muito treinamento e responsabilidade na criação deles ou de qualquer raça, pode se ter o cão mais dócil do mundo. Mas, a maioria desses donos se quer dá carinho pro seu animal, o mal tratando, treinando-o pra ser agressivo... Como é que essa pessoa quer que seu animal de estimação seja amigo de todos? Realmente não entendo esse argumento.

Vamos esperar a decisão do Congresso. Um projeto que deveria ter saído do papel há muito tempo e que poderia ter salvado vidas. Pena que veio tarde demais, pois muitos vão sofrer pelo resto da vida pelo descaso àquele que dizem ser nosso melhor amigo. Fico na espera, na esperança da aprovação do projeto.

Projeto que limita circulação de cães e reprodução de pit bulls divide opiniões

21:01 | , , ,

Créditos: G1
Foto: G1
Um projeto de lei envolvendo cães considerados agressivos está gerando polêmica e dividindo opiniões de especialistas e donos. A proposta do senador Valter Pereira (PMDB), que ainda não foi aprovada pelo Senado, pretende limitar a circulação de 17 raças de cães, exigindo que eles só sejam levados a locais públicos com focinheiras, coleiras e guia. O projeto proíbe também a reprodução de cães da raça pit bull.

Se for aprovado, o projeto, que aguarda julgamento na Comissão de Constituição e Justiça, veda a circulação dos cães de algumas raças em locais públicos sem coleira e focinheira. O descumprimento dessa determinação leva à apreensão do animal, que só será liberado após pagamento de multa de R$ 100.

São considerados cães de guarda “perigosos”, segundo o projeto, os cachorros das raças rottweiler, fila brasileiro, pastor alemão, mastim, dobermann, pit bull, schnauzer gigante, akita, boxer, bullmastiff, cane corso, dogo argentino, dogue bordeaux, cão das montanhas dos pireneus, komondor, kuvasz e mastiff.

“Já existem leis estaduais que restringem a circulação de cães de grande porte sem coleira e focinheira, mas as penas do Código Penal só podem ser aplicadas se a lei for federal. Por isso é necessária uma legislação nacional”, diz Valter Pereira. O senador conta que foi inspirado por casos de ataques de cães noticiados pela mídia. A lei proposta por ele dispõe sobre a responsabilidade civil e penal dos proprietários sobre os eventuais danos causados por seus cães.

O projeto prevê ainda a proibição da reprodução de cães da raça pit bull, sob pena de detenção de um a quatro anos para o dono do animal. Para Enrico Ortolani, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP), o controle populacional é correto, mas é uma lei de difícil fiscalização. “Pessoalmente, como veterinário, sou a favor de castrar pit bulls para evitar sua multiplicação. Na prática, no entanto, acho essa uma lei difícil de ser fiscalizada.”

O pit bull, segundo o que explica o veterinário, é uma raça híbrida criada especialmente para ser rigososa. “A raça tem toda a região da face com uma musculatura forte e com uma pegada mais forte do que qualquer outro cão. É um animal que tem muita massa muscular nos membros dianteiros, no pescoço, e dentes afiados”, afirma.

Já no que diz respeito às outras raças, Ortolani afirma que o comportamento do animal depende pouco de seu instinto, e muito do condicionamento a que é submetido. “As raças caninas não são homogêneas, ou seja, há cães de raças dóceis, como o labrador, por exemplo, que podem fugir do padrão da raça. Um animal se torna violento um pouco por instinto, e muito por condicionamento. Há donos que trabalham o cão para a agressividade e o animal pode fugir do controle, com reações inesperadas às vezes contra o próprio dono”, diz o especialista.

Para Dárson Astorga De La Torre, assessor jurídico da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), são as pessoas que devem ser responsabilizadas pelas ações de seus cães, e não os cães em si mesmos. "Os cães, animais inteligentes que são, respondem ao estímulo de seus donos, razão por que, por uma questão natural de justiça, deve-se observar que o grande e verdadeiro problema está no homem, e não no cão", afirma.

Ainda de acordo com De La Torre, "várias das raças tidas como agressivas no projeto são, na verdade, grandes auxiliares, "inclusive do poder público, em tarefas dificílimas, tais como salvamentos, identificação de contrabandos, inclusive de armas de fogo, químicas ou biológicas, de resgate de pessoas em situação de perigo e de defesa. A referida lista não poderia existir, porque infundada e irrazoável."

Em nota, o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda, afirma que o projeto, em síntese, apresenta avanço quando estabelece responsabilidade penal para o proprietário de cães que causarem danos a outras pessoas. O presidente, no entanto, não concorda com a proibição de reprodução de raça específica.

Menino de 12 anos é internado após ataque de rottweiler em SC

20:56 | , , ,

Créditos: G1
Um menino de 12 anos foi internado no Hospital Santa Inês, no Balneário Camboriú (SC), na manhã desta sexta-feira (19), após ser atacado pelo cachorro da família, da raça rottweiller.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o menino sofreu lacerações na perna esquerda e escoriações pelo corpo. Ele foi socorrido após se jogar na piscina da residência.

De acordo com a administração do Hospital Santa Inês, a vítima foi medicada e passa bem, mas por precaução, vai ficar internada até a manhã de sábado (20).

Testemunhas relataram aos bombeiros que outras pessoas já foram atacadas pelo mesmo cachorro.