... E dessa vez bastante conturbado. O Rio Grande do Norte foi surpreendido com a eliminação do primeiro colocado geral do Vestibular 2011 da UFRN com o argumento de uso de documentos falsos na inscrição do certame. Isso veio a público faltando 4 dias para o início das aulas (que começam hoje, 21/02).
Isso demonstra com toda clareza que o famoso "jeitinho brasileiro" pode ser usado para o bem ou para o mal de alguém, algo ou instituição. Ora, o estudante fez o ensino médio regularmente em uma escola particular em Goianinha e até já passou em outro Vestibular da mesma UFRN. Só que, para entrar no curso que queria (medicina), resolveu - pelos fatos que estão na imprensa - fraudar sua conclusão de ensino médio, fazendo um supletivo no formato do EJA (Ensino de Jovens e Adultos) e apresentando-o como certificado de conclusão do 2º grau em escola pública, usando-o no chamado "Argumento de Inclusão", onde alunos oriundos da rede pública tem pontuação extra na nota do Vestibular. Por isso, foi eliminado com o argumento de ter fraudado o certame, retirando a vaga de alguém.
Não vou colocar a linguagem que alguns internautas usaram em sites potiguares criticando a postura do estudante. Mas, minha opinião segue a linha desse povo. Nem sempre o "jeitinho brasileiro" dá certo. Ele tentou fraudar o processo de Vestibular com dois certificados diferentes de Ensino Médio e não conseguiu. Isso é atitude de gente relaxada, que quer tudo fácil. Mesmo apelando para a justiça, creio que o edital vai prevalecer e ele não terá direito à vaga.
Mas o que me impressiona mais é o fato de a Comperve (organizadora do Vestibular) informar que, sem o AI, ainda assim o candidato envolvido teria sua vaga. Olha, eu fiz o Vestibular em 2008 sem o AI, apesar de ter estudado em escola pública, e passei assim mesmo. Com a pontuação extra, teria uma melhor colocação. Mas, nem precisei. Isso mostra também a vaidade de alguns, que querem impressionar os demais. Esse até que conseguiu, com seu primeiro lugar geral. Mas, os cursinhos, que adoram isso, não poderão tê-lo mais como garoto-propaganda.
Fatos como esse devem ser observados com maior atenção pela UFRN e pela organizadora do certame. Isso poderia causar, seguramente, a anulação do Vestibular e prejudicar os mais de 6 mil aprovados. Abre o olho, Comperve. A credibilidade do processo tem de estar acima de tudo.
E, mesmo com essa polêmica toda, começo hoje, junto com mais de 30 mil colegas, mais um semestre letivo na UFRN. Espero tranquilidade de todos e que possamos aprender mais e mais. As carreiras que estamos cursando nos esperam.
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