25 de fevereiro de 2011

Congestionamentos e confusão marcam o "dia municipal da paralisação", contra passagens abusivas e bilhete único

11:20 | , , ,

Créditos: Diário de Natal

Foto: Fábio Cortez (DN Online)
Um dia marcado pelo tumulto, por reinvidicações e por transtornos no trânsito de Natal. Essa foi a situação encontrada nas principais avenidas da cidade, após o início da paralisação das atividades dos transportes alternativos da cidade e das manifestações estudantis em favor da redução das passagem de ônibus. A mobilização, chamada de "dia municipal da paralisação", teve início as 7h da manhã de ontem, na Zona Norte de Natal, tendo seu ápice no cruzamento das Avenidas Ulisses Caldas e Rio Branco, no Centro da cidade. Por volta das 15h, a manifestação foi encerrada com duas ocorrências registradas, 400 policiais envolvidos e um grande congestionamento pela cidade.

Em meio às manifestações, o presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional de Passageiros do RN (Sitoparn), Nivaldo Andrade, relatou que a unificação da bilhetagem eletrônica que pretende ser implementada pela prefeitura de Natal, esta sendo elaborada de maneira errônea. Ele contesta o formato apresentado pela prefeitura, alegando que o cartão com dois chips não atende as reividicações da categoria e nem da população. O sugerido pelo Sitoparn é que seja adotado um cartão com apenas um chip que possa ser utilizado tanto nos ônibus como nos alternativos.

O presidente da Associação dos Trabalhadores de Transporte Opcional do RN (Astoern), Milklei Leite Farias, relatou que a paralisação da categoria contou com a participação 80% dos transportes alternativos e membros de entidades estudantis, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), dentre outras entidades.

No Centro, onde aconteceu o encontro de todas as entidades envolvidas, as manifestações provocaram tumulto entre os comerciantes que tiveram que fechar as suas portas para evitar depredações ou ações criminosas provocadas por falsos manifestantes.

O comandante do 1º Batalhão de Policia Militar, Coronel Silva Junior, informou que durante a mobilização dos alternativos, cerca de 400 policiais militares, do BPChoque e da cavalaria se organizaram para manter a ordem durante o evento. Durante a mobilização dos manifestantes foram registradas duas ocorrências, sendo a primeira de uma garota que havia passado mal e a segunda se tratava de uma mãe com uma criança de colo que entrou em pânico. "Estamos aqui para manter a ordem no local, porém essa mobilização se torna ilegal quando impede o direito de ir e vir da população", afirmou.

A estudante de serviço social Daniela Cruz, 22, declarou que a participação dos estudantes nesse tipo de mobilização é extremamente necessária para o exercício da democracia. Ela acredita que apenas com a participação do povo nas ruas é possível fazer com que os direitos exigidos sejam atendidos.

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