18 de setembro de 2010

RN tem a segunda pior malha viária do Nordeste

18:39 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte
O Rio Grande do Norte tem a segunda pior malha viária do Nordeste (42, 8% ruim e péssimo) e perde apenas para o estado de Alagoas que tem 43,5% das rodovias estaduais e federais nessa situação. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem.  A classificação para a edição 2010 da pesquisa destaca ainda duas rodovias do Rio Grande do Norte em “péssimo” estado — RN-233, que interliga Apodi a Campo Grande, e a RNT-110/BR-110, interliga Areia Branca a Antônio Martins.

Os técnicos da CNT levaram em conta a situação de pavimentação, sinalização e geometria na 14ª edição da pesquisa, a exemplo das séries publicadas nos anos anteriores. Apenas uma rodovia no Estado, a BR-304, obteve uma pontuação “ótimo”, no quesito pavimentação. A mesma rodovia federal consta como “boa” na classificação geral, mas tem deficiências quanto à sinalização e geometria, consideradas regulares.

Um dos fatores avaliados que mais contribuiu para a classificação geral das estradas do Rio Grande do Norte foi a “geometria” (RN teve classificação “péssima”). Pistas sem acostamento, com traçados sinuosos e repletos de curvas, ou mesmo com faixas de rolamento estreitas. Boa parte dessas estradas com geometria considerada péssima é rodovia estadual.

Quase a totalidade das estradas estaduais receberam avaliação “regular” e “ruim” no aspecto pavimentação. Situação que pode ter sofrido alteração após a conclusão dos levantamentos de campo por parte dos técnicos da CNT. A sinalização é um aspecto também preocupante nas estradas federais e estaduais que cruzam o Rio Grande do Norte, sendo a maioria considerada ruim ou regular.

Desperta a atenção as  classificações para a rodovia federal BR-101:  variando de regular (geral, pavimentação e sinalização) a péssimo (geometria). A pesquisa não explica se nos 186 quilômetros pesquisados está incluso o trecho duplicado e entregue pelo Departamento Nacional de infraestrutura de Transporte.

A pesquisa da CNT é um retrato das rodovias durante as inspeções técnicas. Algumas desses acessos podem ter sofrido intervenção após as vistorias ainda este ano, gerando um cenário diferente àquele apresentado pela Confederação Nacional dos Transportes.

A 14ª Pesquisa CNT de Rodovias indica e conclui que, em 2010, houve evolução qualitativa nos  90.945 quilômetros  de rodovias brasileiras pesquisadas. Apesar de ainda existir uma significativa extensão de trechos com algum tipo de deficiência, verificou-se, neste ano, uma ampliação em termos de extensão favoravelmente classificada, sobretudo nos índices relacionados à qualidade do pavimento. Soma-se a isso uma redução do número de pontos críticos encontrados.

A análise dos técnicos da CNT destaca a importância de o País dispor de uma rede rodoviária de qualidade: por ela circulam cerca de 60% do total de cargas e mais de 90% dos passageiros. Ainda segundo as considerações finais da pesquisa, rodovias em boas condições se traduzem em melhores situações operacionais aos transportadores e vantagens em termos de desempenho e de custo.

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