29 de agosto de 2011

Sobem para 23 mortos em ataque à sede da ONU na Nigéria

08:28 | , ,


Foto: AP / Último Segundo
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou neste domingo que subiu para 23 o número de mortos em um ataque a bomba em sua sede em Abuja, capital da Nigéria, que aconteceu na sexta-feira. Anteriormente, a organização tinha informado que o atentado deixou 18 vítimas.

O grupo extremista islâmico nigeriano Boko Haram assumiu a autoria do ataque em um telefonema ao escritório da rede BBC na Nigéria. Autoridades participaram de uma cerimônia solene no local do ataque neste domingo e visitaram alguns dos 81 feridos em hospitais.

O chefe de segurança da ONU, Gregory Starr, negou que a organização tenha recebido um aviso sobre a explosão antes de ela acontecer. "Recebemos muitas ameaças ao redor do mundo, algumas informações gerais", disse. "Mas não, nenhum aviso."

A explosão aconteceu às 11h do horário local (7h de Brasília) de sexta-feira. Segundo testemunhas, um carro-bomba explodiu em local próximo ao prédio de quatro andares que abriga os escritórios de 26 agências humanitárias da ONU. O primeiro andar foi gravemente danificado pela explosão.

O prédio da ONU está localizado no mesmo distrito onde ficam a Embaixada dos EUA em Abuja, além de outras representações diplomáticas.

Em comunicado, o governo brasileiro condenou o atentado e expressou "profundo pesar e solidariedade ao Secretariado da ONU, aos funcionários da Organização na Nigéria e seus familiares". O Brasil também reiterou "seu repúdio a todas as formas de violência, praticadas sob qualquer pretexto".

A Nigéria, que é rica em petróleo, enfrenta uma crescente ameaça terrorista. O país tem uma população de 150 milhões e está dividido em um sul majoritariamente cristão e um norte muçulmano.

No início de agosto, o comandante americano de operações militares na África, Carter Ham, disse que o Boko Haram poderia estar se aliando a grupos ligados à Al-Qaeda para coordenar ataques na Nigéria.

Ban afirmou que enviados da ONU à Nigéria terão uma reunião com o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, para analisar o caso e definir questões sobre a investigação.

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