Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Júnior Santos (Tribuna do Norte) |
A margem de lucro bruta dos postos de combustíveis em Natal caiu de 28% a 30% nos últimos quatro meses. A variação foi calculada pelo economista Aldemir Freire, chefe do IBGE/RN, e confirmada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos/RN). Apesar da queda, Natal ainda fica bem atrás da vizinha João Pessoa. Segundo Júnior Rocha, presidente do Sindicato, de cada litro de combustível vendido atualmente, 10% do valor (R$ 0,28) ficam com os donos dos postos. Em João Pessoa, os postos ficam com R$ 0,19. Antes da queda, este porcentual ficava em torno de 14%, em Natal. O principal reflexo da queda da margem de lucro é o barateamento dos combustíveis nas bombas.
O preço da gasolina comum, por exemplo, caiu 0,23% na última quinzena, passando de R$ 2,674 para R$ 2,668, segundo o último levantamento realizado pelo Procon municipal. Este é o valor mais baixo desde dezembro de 2010, quando o litro da gasolina comum custava R$ 2,674. A tendência, entretanto, é de alta tanto nos preços quanto na margem de lucro, como afirma Júnior Rocha. O barateamento do combustível, segundo ele, é momentâneo. O preço vai subir. "Só não sei precisar quando", admite Júnior Rocha.
Para o economista Aldemir Freire, que publicou um post sobre o assunto em seu blog na última terça-feira, a redução da margem foi reflexo da pressão exercida pela mobilização dos consumidores, que começou nas redes sociais e rapidamente tomou as ruas de capital potiguar. "Em fins de janeiro deste ano até meados de fevereiro, antes portanto do movimento de elevação dos preços da gasolina, as margens dos postos de Natal nesse combustível era de R$ 0,42. No auge do aumento dos preços, entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira quinzena de abril, essas margens subiram para R$ 0,49. Com a queda dos preços dos combustíveis a partir da reação dos consumidores e da normalização da oferta de álcool, a margem dos postos veio para o patamar de R$ 0,35. O mais interessante desses números é podermos identificar que a movimentação dos consumidores produziu um efeito no mercado local de combustíveis para além da redução produzida pela normalidade da oferta de álcool. Isso pode ser constatado justamente pela queda das margens dos postos", publica em seu blog.
Júnior Rocha, do Sindipostos, relembra que não foram só os natalenses que protestaram contra a elevação do preço dos combustíveis. "A mobilização ocorreu no Brasil como um todo". Diante disso, afirma Júnior, todos cederam um pouco. "Donos de postos, usinas, governo, distribuidoras". Para Aldemir, "não pode haver outra razão para essa retração das margens dos postos que não aquela oriunda das pressões dos consumidores".
Com a queda na margem de lucro bruta, no entanto, os postos estariam trabalhando no 'limite'. De acordo com o presidente do Sindicato, os empresários tiveram de rever suas planilhas e cortar alguns gastos para evitar prejuízos. "Tem gente que funcionava 24 horas e hoje está fechando às 22h. Tem gente que recebia cartão de crédito e não está mais recebendo", relata. "Os postos estão trabalhando com uma margem apertada. Alguns no limite de sua rentabilidade. Outros no prejuízo", relata. Aldemir complementa: "uma queda das margens dos postos de gasolina significa que, na prática, os proprietários assumiram parte de aumento concedido pelas distribuidoras e reduziram suas margens de lucros (ou cortaram custos para assumir esses preços das distribuidoras em um patamar mais elevado)". A TN tentou entrar em contato com os representantes nacionais do setor, mas não obteve êxito.
O preço da gasolina comum, por exemplo, caiu 0,23% na última quinzena, passando de R$ 2,674 para R$ 2,668, segundo o último levantamento realizado pelo Procon municipal. Este é o valor mais baixo desde dezembro de 2010, quando o litro da gasolina comum custava R$ 2,674. A tendência, entretanto, é de alta tanto nos preços quanto na margem de lucro, como afirma Júnior Rocha. O barateamento do combustível, segundo ele, é momentâneo. O preço vai subir. "Só não sei precisar quando", admite Júnior Rocha.
Para o economista Aldemir Freire, que publicou um post sobre o assunto em seu blog na última terça-feira, a redução da margem foi reflexo da pressão exercida pela mobilização dos consumidores, que começou nas redes sociais e rapidamente tomou as ruas de capital potiguar. "Em fins de janeiro deste ano até meados de fevereiro, antes portanto do movimento de elevação dos preços da gasolina, as margens dos postos de Natal nesse combustível era de R$ 0,42. No auge do aumento dos preços, entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira quinzena de abril, essas margens subiram para R$ 0,49. Com a queda dos preços dos combustíveis a partir da reação dos consumidores e da normalização da oferta de álcool, a margem dos postos veio para o patamar de R$ 0,35. O mais interessante desses números é podermos identificar que a movimentação dos consumidores produziu um efeito no mercado local de combustíveis para além da redução produzida pela normalidade da oferta de álcool. Isso pode ser constatado justamente pela queda das margens dos postos", publica em seu blog.
Júnior Rocha, do Sindipostos, relembra que não foram só os natalenses que protestaram contra a elevação do preço dos combustíveis. "A mobilização ocorreu no Brasil como um todo". Diante disso, afirma Júnior, todos cederam um pouco. "Donos de postos, usinas, governo, distribuidoras". Para Aldemir, "não pode haver outra razão para essa retração das margens dos postos que não aquela oriunda das pressões dos consumidores".
Com a queda na margem de lucro bruta, no entanto, os postos estariam trabalhando no 'limite'. De acordo com o presidente do Sindicato, os empresários tiveram de rever suas planilhas e cortar alguns gastos para evitar prejuízos. "Tem gente que funcionava 24 horas e hoje está fechando às 22h. Tem gente que recebia cartão de crédito e não está mais recebendo", relata. "Os postos estão trabalhando com uma margem apertada. Alguns no limite de sua rentabilidade. Outros no prejuízo", relata. Aldemir complementa: "uma queda das margens dos postos de gasolina significa que, na prática, os proprietários assumiram parte de aumento concedido pelas distribuidoras e reduziram suas margens de lucros (ou cortaram custos para assumir esses preços das distribuidoras em um patamar mais elevado)". A TN tentou entrar em contato com os representantes nacionais do setor, mas não obteve êxito.
0 comentários:
Postar um comentário