7 de dezembro de 2009

Torcedores do Coritiba partem para a violência no Couto Pereira

18:46 | ,

Créditos: Globoesporte.com

Foto: globoesporte.com

A torcida do Coritiba transformou o gramado do estádio Couto Pereira em uma praça de guerra após o empate por 1 a 1 com o Fluminense, neste domingo, resultado que rebaixou o clube alviverde novamente para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Assim que o juiz gaúcho Leandro Vuaden apitou o fim da partida, torcedores invadiram o campo e partiram para cima do trio de arbitragem e dos jogadores do Coxa, que correram para os vestiários. Os policiais à beira do campo foram chamados para combatê-los, aumentando ainda mais o tumulto. Vuaden e seus auxiliares trocaram socos com torcedores.

Sobrou até para a casa de Cuca, técnico do Fluminense, que foi apedrejada, segundo informações da Rádio CBN/Rio. A esposa do treinador e sua filha mais nova moram na capital paranaense.

Um dos policiais, conhecido como soldado Gomide, foi atingido por uma placa de publicidade e desmaiou no centro do campo, sendo carregado por outros policiais até que a ambulância e um helicóptero chegassem ao local. Contudo, está em observação no Hospital Cajuru e passa bem. Um segurança do Flu identificado como Márcio de Jesus, também apanhou ao ser cercado por muitos torcedores e, segundo informações da Rádio Transamérica, teve o braço quebrado em duas partes.

Com a briga generalizada, mais torcedores do Coxa invadiram o gramado e passaram a arremessar cadeiras e pedaços de pau arrancados das placas de publicidade contra a torcida carioca, ainda nas arquibancadas.

O confronto se estendeu com a chegada de mais policiais, que passaram a atirar contra os torcedores localizados atrás de um dos gols do estádio. Os policiais também subiram às arquibancadas para conter a torcida. Não foram divulgados o número de feridos e de presos.

Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal pousou no estádio, enquanto a arruaça continuava. Do lado de fora do Couto Pereira, famílias correndo desesperadas, e pais procurando filhos perdidos. Torcedores permaneciam em confronto com a polícia.

A preocupação maior dos policiais é com a situação fora do estádio. Carros foram depedrados, assim como os pontos de ônibus. Uma repórter da Rádio Globo de Curitiba, de nome não identificado, ficou isolada em uma igreja, impossibilitada de sair à rua. A informação de que um policial teria morrido após levar um tiro na cabeça acabou desmentida pela própria polícia.

- Lamentável, muito lamentável, uma cena que a gente não esperava, principalmente da torcida curitibana. Alguns torcedores do Coritiba foram até os torcedores do Fluminense jogar pedra neles, então tivemos que conter o revide – disse um policial identificado como capitão Bruno, à Rádio CBN/Curitiba.

A confusão se estendeu para um quebra-quebra no Shopping Estação e briga entre torcedores no terminal de São José dos Pinhais. Na cidade industrial de Curitiba, torcedores quebraram ônibus que passavam pelas ruas.

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