26 de novembro de 2010

O que acontece no Rio?

21:53 | , ,

Estamos todos horrorizados com o que estamos vendo no Rio de Janeiro desde domingo: Uma onda de ataques por parte do crime organizado contra a população, com foco nas autoridades - Tudo por conta das unidades de Polícia Pacificadora que estão sendo implantadas no Rio de Janeiro.

Só sendo bandido mesmo para não querer que essa excelente iniciativa continue. Essa ação, iniciada no atual governo fluminense, é uma das melhores sacadas que já vi em se tratando de segurança pública no país. A atuação dos policiais acaba expulsando os traficantes e/ou as milícias das comunidades e favelas, garantindo assim que o Estado possa contribuir para uma melhor qualidade de vida. Quase não ouvimos falar de ações dessa magnitude que não tenham dado certo - Se configurando um excelente trabalho das autoridades da segurança pública.

Mas, como tudo que é bom tem seu defeitinho, aqui também encontramos um e, possivelmente, é o motivo dos ataques: Como as unidades estão sendo implantadas, o crime vem perdendo território e os bandidos, como as pessoas de bem, querem retomar o que perderam. Por isso, tentam intimidar a população e a polícia, orquestrando esses ataques a pessoas inocentes, que não tem nada a ver com a richa com os "polícia".

O que as autoridades precisam entender é que não bastam apenas UPP's. É preciso, antes de mais nada, prender todos esses que "mandavam" nas comunidades. Após isso, fazer um amplo trabalho social nesses locais, para que as crianças e os jovens não queiram entrar nesse cruel mundo das drogas, que é o que financia toda essa bandidagem.

E falando em drogas, esse é o principal entrave para que a violência não diminua: Enquanto pessoas pobres e inocentes estão morrendo nas favelas, há filhinhos de papai fumando seu "baseado" em mansões chiques ou em apartamentos de luxo na área nobre. O maior trabalho a se fazer é a conscientização dessas pessoas, mostrando a elas que o seu prazer momentâneo custa, sobretudo, vidas! Isso é muito sério: Riquinhos fumando maconha e causando enormes problemas sociais nas favelas e bairros pobres, de onde sai o seu lazer. Conscientizar é preciso, mas o trabalho social que mencionei acima também é necessário.

Fico na torcida para que essa situação vexatória acabe logo. Os amigos cariocas não merecem sofrer nas mãos de criminosos que só mancham o nome da capital fluminense. Espero poder, um dia, noticiar aqui que o Rio voltou a ser a "Cidade Maravilhosa".

Entenda a onda de ataques no Rio de Janeiro

21:36 | , ,

Créditos: Folha Online
Foto: Sérgio Moraes (Reuters / Folha Online)
Desde o dia 21 de novembro, ataques e incêndios em veículos assustam motoristas e moradores do Rio. Para as autoridades de segurança, as ações são uma retaliação dos traficantes contra a instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nos morros e favelas.

Criadas há dois anos, as UPPs são centros de ocupação permanente da Polícia Militar instalados em favelas antes controladas por traficantes de drogas ou integrantes de milícias.

Um dia após o início dos ataques, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ligaram a série de ataques à política de ocupação de favelas e à transferência de detentos para presídios federais. Beltrame já não descartava mais ataques de "traficantes emburrados" e afirmou que o Rio não mudaria sua política de segurança pública.

Na ocasião, o comandante-geral da PM atribuiu a onda de violência a uma ação orquestrada por uma única facção criminosa. Os serviços de inteligência da polícia, porém, interceptaram conversas entre traficantes do Comando Vermelho e da ADA (Amigo dos Amigos) que indicavam uma união entre as facções rivais para uma mega-ação de confronto no dia 27.

O policiamento nas ruas foi reforçado, com os policiais colocados em estado de alerta - Férias e folgas foram suspensas.

Na quarta-feira (24), um grupo de criminosos que ateou fogo a um ônibus em Vicente de Carvalho (zona norte do Rio) deixou um recado em um bilhete para a polícia: "se continuar as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) não vai ter Copa e nem Olimpíadas". A polícia disse que o aviso foi deixado no veículo e que seria uma forma de "intimidar" as autoridades.

As primeiras operações deflagradas para impedir o confronto e coibir os ataques a veículos provocaram mortes de civis e suspeitos. Uma das vítimas foi a estudante Rosângela Barbosa Alves, 14, baleada durante confronto entre PM e traficantes na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio. Atingida nas costas, a menina chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu.

Ainda na quarta-feira, o governador do Rio pediu ajuda à Marinha brasileira. No dia seguinte, carros blindados participaram das operações, concentradas na zona norte.

Na quinta-feira (25), 5º dia de ataques, policiais civis e militares, usando veículos da Marinha e também o Caveirão, ocuparam a Vila Cruzeiro, provocando a fuga de criminosos para o conjunto de favelas vizinho, o Complexo do Alemão.

Após a operação, o subchefe operacional da Polícia Civil do Rio, Rodrigo de Oliveira, disse que a favela voltava ao controle do Estado.

O secretário Beltrame disse que a polícia permaneceria no local. "Não vamos sair da Vila Cruzeiro. É importante prender essas pessoas, mas é mais importante tirar território. Ações de repressão como as de hoje são importantes como parte de um projeto maior que é a retomada de território pelo Estado", disse.

À noite, foram anunciados mais reforços para as operações: 300 agentes da Polícia Federal e 800 homens do Exército. O Ministério da Defesa também autorizou o envio de dois helicópteros, dez veículos blindados de transporte, equipamentos de comunicação e óculos para visão noturna.

Na manhã de sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu toda a ajuda possível às autoridades do Rio nas operações. "Eu disse ao Sérgio Cabral que o governo federal ajudará no que precisar para que as pessoas de bem vivam em paz no país", disse à imprensa em Georgetown, capital da Guiana.

A cúpula da Segurança Pública do Rio informou que a retomada do Complexo do Alemão foi planejada em duas operações diferentes. Uma, sob o comando do governo do Estado, consiste nas incursões das polícias Militar e Civil, com o apoio logístico das Forças Armadas --ou seja, uso de blindados do Exército e da Marinha e helicópteros da Aeronáutica.

A segunda se resumiria em operações de patrulhamento nos cerca de 40 acessos aos morros, sendo chefiada pelo Comando Militar do Leste. Questionado sobre a possibilidade de confronto entre militares e criminosos, o general Adriano Pereira Júnior, comandante Militar do Leste, afirmou que, caso houvesse troca de tiros, "infelizmente vamos ter que partir pra isso".

O confronto não demorou, e os militares foram recebidos a tiros na avenida Itararé, um dos principais acessos ao Complexo do Alemão. Militares, suspeitos e civis ficaram feridos - entre eles um fotógrafo da agência de notícias Reuters.

Mortos em operações chegam a 45 no Rio; 100 veículos são queimados desde domingo

21:30 | , ,

Créditos: Folha Online
Foto: Evaristo Sá (AFP / Folha Online)
Desde o começo da onda de ações criminosas no Rio, no domingo (21), cerca de 100 veículos foram incendiados em diferentes pontos do Estado. No total, 45 pessoas morreram em confrontos com militares, que realizam operações em favelas para tentar conter a série de ataques.

Do total de mortos, 34 são suspeitos registrados pela PM, 7 são suspeitos registrados pela Polícia Civil e quatro são moradores, conforme hospitais públicos.

Entre os feridos, está uma menina dois anos que levou um tiro de raspão no braço em casa, na favela Nova Brasília, no complexo do Alemão. A menina deixou o hospital às 19h30 com a avó, Emília Penha. "Até chegar aqui foi um susto muito grande, porque tinha muito sangue", disse a avó.

Uma aposentada de 62 anos também foi baleada na panturrilha na favela Vila Cruzeiro. Na rua Paranhos, uma das ruas de acesso ao complexo do Alemão, um vigilante também ficou gravemente ferido.

Somente nesta sexta foram registrados, até as 17h, nove veículos queimados --sendo três ônibus, um caminhão e cinco carros-- em diferentes regiões.

Conforme o balanço, no total, 192 pessoas foram presas pela PM no Estado durante as operações desta semana.

Apreensões
: As ações nos morros e favelas resultaram na apreensão de cerca de 2 toneladas de drogas na favela da Vila Cruzeiro, pela Polícia Militar, mais 800 kg de maconha e drogas de uma destilaria de cocaína, pela Polícia Civil.

Foram apreendidas 44 armas --incluindo 8 granadas e grande quantidade de produtos inflamáveis. Durante os trabalhos, também foram apreendidos medicamentos de uma enfermaria improvisada do tráfico, cerca de 200 motos roubadas e munição.

Tiroteio: Militares das Forças Armadas auxiliam a polícia no Rio nas operações.

Nesta sexta, a situação é tensa no complexo do Alemão. À tarde, uma intensa troca de tiros entre criminosos e militares do Exército ocorreu no conjunto de favelas, na Penha, zona norte do Rio.

A retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão se desdobrará em duas operações diferentes. Uma, sob o comando do governo do Estado, consistirá nas incursões das polícias Militar e Civil, com o apoio logístico das Forças Armadas --ou seja, uso de blindados do Exército e da Marinha e helicópteros da Aeronáutica.

A segunda, que se resumirá às operações de patrulhamento nos cerca de 40 acessos aos dois morros, será chefiada pelo Comando Militar do Leste. É nessa segunda operação que atuam os 800 militares.

Também hoje, o general Adriano Pereira Júnior, comandante Militar do Leste, afirmou que cerca de 60% dos 800 homens enviados ao Rio de Janeiro têm experiência no tipo de operação que acompanha na cidade. Questionado sobre a possibilidade de um confronto direto entre criminosos, ele respondeu: "Se tiver confronto, infelizmente vamos ter que partir pra isso".

22 de novembro de 2010

Uma agressão covarde e lamentável

20:54 | , ,

O preconceito é algo ruim. Ser preconceituoso é horrível. Mas, infelizmente, sempre vemos pessoas sem qualquer compromisso com sua vida, seu mundo e completamente intolerantes fazendo barbáries como a que vimos semana passada e que trago no post desta segunda-feira: Um ataque covarde a três supostos homossexuais que saíam de uma festa na principal avenida de São Paulo, a Paulista.
Créditos: Globo.com
Realmente, foi chocante o que a imprensa noticiou sobre esse caso. Pior: quase todos os agressores são menores de idade, são de classe média/alta, estudam em colégio caro da região e, ao que parecem, são mimados pelos pais.

Isso mostra o quanto nosso país é preconceituoso: não só com os gays, mas com meus conterrâneos nordestinos, com os negros, com os imigrantes, com as mulheres... Várias classes sociais estão na mira de imbecis que vivem sob a ótica neo-nasista de dominação e querem, a todo custo, "resolver nossos problemas". Se for pra resolver assim, é melhor se mudar para outro país.

Ah, e ainda voltando para os garotinhos: O que chamou a atenção, também, foi a reação dos pais ao verem os filhos presos. Agora querem retirar os filhinhos da cadeia, se fingindo de inocentes. Tenham paciência: Isso é o resultado de uma péssima convivência, onde os pais não são presentes no desenvolvimento e na educação dos jovens. E isso resulta em delinquência. A sorte foi que tinham condições e contrataram bons advogados - Caso contrário, ainda estariam presos.

Espero demorar bastante para comentar algum fato relacionado a casos como esse. É vergonhoso ver que o nosso país é notícia lá fora por causa de intolerância. Espero que esses delinquentes sejam presos e que a sociedade reflita que o espaço em que vivemos é para todos, não para uma minoria.

Grupo skinhead ataca 3 gays na avenida Paulista, diz polícia

20:41 | , ,

Créditos: Terra
Foto: Werther Santana (Agência Estado - Terra)
Três homossexuais foram agredidos na manhã do domingo por um grupo de skinheads na avenida Paulista, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Um dos homens foi encontrado desmaiado na altura do número 459 da Paulista, após a agressão, por volta das 6h30.

A PM recebeu uma chamada e, ao chegar ao local, testemunhas informaram que um grupo de jovens havia corrido em direção à estação Brigadeiro do Metrô. A polícia conseguiu alcançar o grupo e deteve os cinco suspeitos de agressão. Segundo a Polícia Civil, quatro deles são menores.

Eles foram levados para o 5º DP (Aclimação). Duas das vítima da agressão foram levadas ao pronto-socorro Vergueiro e um delas foi logo liberada. A outra, menos ferida, foi à delegacia prestar depoimento.