Uma morte cercada de incertezas

Pouco mais de meia-noite de domingo para segunda. O Plantão da TV Globo para o filme do "Domingo Maior" para dar uma notícia surpreendente e que parecia mentira: Osama Bin Laden foi morto por tropas americanas.

Foto: Reuters / G1

Pela manhã, minha sobrinha me acorda dizendo esta notícia e a classificando como um presente de aniversário (já que na última segunda este que vos escreve completou 21 anos).

Desde então, custo a acreditar na veracidade da informação. Essa crença aumenta mais ainda por ter sido inesperado, uma vez que há 10 anos éramos bombardeados por informações sobre o terrorista de maior expressão no mundo.

Se, realmente, for verdade, é uma grande vitória para os Estados Unidos o abatimento do líder da Al-Qaeda. Este homem causou traumas enormes em vários países do mundo e assombrou a todos em 11 de Setembro de 2001 ao jogar aviões contra o maior símbolo da economia norte-americana (World Trade Center) e na sede militar dos EUA (Pentágono), causando, só nesse dia, cerca de 3 mil mortes.

Graças a Osama Bin Laden, os muçulmanos foram taxados de radicais, anti-desenvolvimentistas. A relação parecia de novela, com o mocinho falando mal dos vilões. Deveríamos lembrar que não são todos que tem ódio radical dos americanos.

Mas, até o momento, não há provas concretas do êxito da operação. E se tudo for falácia? E se o Osama não tiver morrido? Vai pegar mal para o presidente-candidato Obama essa mentira. O mundo inteiro está aflito por uma prova definitva da morte do terrorista, o que até o momento não ocorreu.

Se for verdade ou não, a operação é um marco no combate ao terrorismo. Mas, há de se salientar um detalhe: o líder pode ter morrido, mas os subalternos estão vivos e podem se vingar. Há de se ter mais cuidado agora com a morte anunciada. Não há um alvo específico. Qualquer lugar é vulnerável a um atentado terrorista.

O que nos resta é aguardar os próximos acontecimentos para ficarmos definitivamente livres (ou não) deste sanguinário terrorista. Mas, ainda assim, fica uma pergunta no ar: quando teremos paz?