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Créditos: Nominuto.com
O delegado Renato Batista, da Divisão de Polícia Civil do Oeste (DIVIPOE), observa que a onda de homicídios em Mossoró começou em 2006 exatamente quando os traficantes de crack se fixaram na cidade, com grande número de viciados.
Foto: Blog do Canindé Soares |
Para justificar sua teoria, Renato Batista mostra a estatística de homicídios ocorridos na região leste de Mossoró. Os números apontam que de 2000 a 2005, a média de homicídio era fixa, em no máximo 15 por ano. A partir de 2006 passou a ser crescente. Neste ano foi a 24 execuções, depois para 36 e em 2008 já estava em 53. Em 2008, o número de execuções em toda Mossoró chegou a 118 e em 2010 já estava perto de 160.
No período de 20 a 23 deste mês, aconteceram 5 execuções e outros 15 saíram feridos a bala em Mossoró, crimes estes ocorridos nas quatro regiões da cidade. Portanto, o Estado não pode alegar casos isolados.
Considerando que estamos em um terço de 2011 e já foram registradas 61 execuções, estima-se que até o dia 31 de dezembro mais de 190 tenham sido executados, isto se não for feito nada por parte do governo.
Renato Batista concorda que faltam delegados, escrivãs e agentes para trabalhar, assim como falta estrutura de inteligência para identificar e localizar os bandidos e também apoio de perícia forense nas investigações.
O secretário Aldair Rocha, em visita a Mossoró semana passada, reconheceu que o ITEP, a quem compete fazer as perícias forenses, está com a estrutura deficitária, assim como também falta homens e estrutura nas delegacias.
Mas disse que convocar os policiais civis concursados vai depender de uma decisão de governo, e, segundo ele, não existe limite prudencial, ou seja, o Estado já tem muitos servidores e, portanto terá dificuldade legal para convocar os concursados.
Diante do quadro, o delegado Renato Batista acredita que para barrar a onda de homicídios em Mossoró, é preciso homens e estrutura para prender quem está matando é combater o tráfico de drogas em sua raiz.
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