18 de novembro de 2011

Chega de desrespeito

21:40 | , ,

Imagem: Blog "Oito Passos"
Nunca fui cliente da TIM. Nem pretendo ser - já que sou cliente de outra operadora, com o mesmo número, há sete anos. Mas, conheço quem usufrui de seus serviços. E, pelo o que ouço, não são dos melhores há tempos.

E tal qualidade dos serviços prestados se mostra inversamente proporcional as vantagens hipnóticas que são oferecidas nas peças publictárias - parecem vantajosas, por sinal. Tentador, hein?

Mas, só basta o cliente adquirir mais uma linha de celular que os problemas começam. Sinal ruim, mau atendimento na sua central telefônica (e na pessoal), falhas técnicas, subtração sumária de valores que o cliente possui de créditos em sua linha... E ainda quer que o cliente fique com esse número?

Totalmente absurda a forma como a TIM trata seus clientes. Quando é pra vender, são inúmeras facilidades. Mas, quando surge um problema, as dificuldades superam - e muito - as vantagens.

Excelente iniciativa a punição do PROCON local contra a operadora italiana. Ainda acho que o valor da multa é baixo, perto do que ela realmente merece pagar pelos transtornos causados.

Mas, a principal lição dessa atitude dos órgãos de defesa do consumidor deve ser tirada pelas concorrentes. Um serviço de baixa qualidade, além de afastar seus clientes, ainda pode causar um prejuízo desnecessário. Com a enxurrada de celulares novos no país, é plausível que as operadoras devam melhorar seus serviços em todos os aspectos.

E espero que com essa multa, a TIM abra o olho para evitar aborrecimentos dos clientes. Eles é que devem estar em primeiro lugar na melhoria dos serviços - não seus... Tu, tu, tu, tu... Caiu!

Procon aplica multa de quase R$ 17 milhões a operadora de celular

21:40 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

A operadora de telefonia celular TIM será multada em R$ 16.017.768,00 pelo Procon do Rio Grande do Norte. A multa foi assinada nesta quinta-feira (17) pelo coordenador do órgão, Araken Farias. As irregularidades encontradas são referentes a descumprimento de oferta, infração prevista no Art. 35 do Código de Defesa do Consumidor. A multa corresponde a 26 processos, de R$ 616.068,00 cada.

Segundo o coordenador do Procon, os processos representam apenas 15% do total de ações contra a operadora no Rio Grande do Norte. Dos 26 processos, dois eram de 2006, seis de 2007 e 18 de 2008. Na maioria dos casos, os consumidores reclamaram de uma cobrança nas contas telefônicas de valores que excediam o contratado através de promoções. Nas ações no Procon, os clientes pediam que houvesse a revisão dos valores cobrados, mas, em audiências com os clientes, a operadora teria rejeitado o acordo.

"Hoje a multa foi assinada e até a terça-feira da semana que vem eles (TIM) deverão ser notificados. A partir daí, terão 10 dias para pagar a multa ou para recorrer na Justiça, mas perdendo o desconto a que teriam direito caso o valor fosse pago", explicou Araken Farias.

Caso a operadora opte por pagar a multa antes de acionar a Justiça, o valor referente às multas será encaminhado para o Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. Na hipótese de não pagarem, o débito será inscrito na dívida ativa. "Até o fim do ano, o total de multas da TIM deve chegar a R$ 100 milhões", adiantou Araken Farias.

Já os consumidores que se sentiram lesados e não conseguiram acordo no Procon deverão acionar os juizados especiais para que tenham os prejuízos e danos ressarcidos.

De acordo com o atual coordenador do Procon, o objetivo do órgão é fazer com que os processos transcorrem com mais celeridade para evitar a sensação de impunidade na população. "Estamos fazendo a aplicação das multas no mesmo ano em que ocorrrem as fiscalizações e queremos chegar a fazer no mesmo mês. É o atual objetivo", disse.

A TIM Nordeste informou que só poderá se posicionar sobre a multa aplicada após a notificação por parte do Procon, que deverá ocorrer na terça-feira da semana que vem.

14 de novembro de 2011

Será o início de uma nova era?

14:27 | , ,

Foto: Tony Gentile (Reuters / Folha Online)
O fim de semana reservou o fim de uma longa era da política mundial. O italiano Silvio Berlusconi, que fez parte do comando do país europeu por muitos anos, deixou o cargo de primeiro-ministro neste fim de semana em meio a uma grave crise econômica.

Aliás, o tempo dele já tinha dado há algum tempo né? Escândalos econômicos, políticos e sexuais vinham atormentando a vida do político de 75 anos. Sua imagem já estava arranhada há algum tempo e sua permanência era insustentável.

Há de se esperar um novo tempo para os italianos. Uma renovação sempre é necessária - logo mais num período tão difícil como o que o país passa. Sua economia precisa se reerguer o quanto antes, pois é um país fundamental para o mundo atualmente.

De toda forma, agora é desejar sorte para a Itália se reerguer economicamente o mais rápido possível. Seu novo primeiro-ministro precisa fazer um excelente trabalho para colocar esse tradicional país de volta ao seu lugar de destaque no mundo. Boa sorte pra ele!

Acuado, Berlusconi renuncia e abre caminho para conter crise na Itália

14:27 | , ,


Foto: Alessandro Bianchi (Reuters / Folha Online)
Cedendo às pressões que aumentaram seu isolamento nas últimas semanas, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, 75, apresentou neste sábado sua renúncia ao presidente italiano, Giorgio Napolitano, dando fim a um período de 17 anos na liderança política do país e abrindo caminho para a contenção da crise econômica italiana.

A assinatura do pedido de renúncia, confirmada pela Presidência, chegou horas após a Câmara ter aprovado as medidas anticrise exigidas pela União Europeia (UE).

Sem um pronunciamento ao público, Berlusconi deixou a sede do governo italiano por uma saída lateral, evitando a multidão que comemorava em frente ao Palácio Quirinale.

Diante da crescente perda de popularidade e da ausência de apoio até mesmo de sua base governista, Berlusconi não teve outra alternativa senão anunciar, na terça-feira (8), que renunciaria ao cargo uma vez que a Lei de Estabilidade fosse aprovada pelo Congresso.

A lei contém as medidas exigidas para garantir a estabilidade financeira e reduzir a enorme dívida pública do país, que atualmente corresponde a 120% do PIB (€ 1,9 trilhão), através de uma economia de até € 59,8 bilhões até 2014.

Diante do anúncio, senadores e deputados decidiram agilizar a tramitação da medida durante a semana para garantir que o mandatário estivesse fora do comando do país antes de segunda-feira.

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, elogiou a aprovação da lei no Senado e disse que a indicação de um novo premiê é "um sinal de clareza e credibilidade da situação política" na Itália. Ainda na sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que "o país precisa de reformas, não eleições".

Os gritos de "fora", "mafioso", "palhaço", "ladrão" e xingamentos variados emitidos pela multidão reunida em frente à sede do Parlamento e do Palácio Quirinale, sede do governo onde Berlusconi selou sua renúncia, dão o tom com o qual ele encerra um ciclo de mais de 17 anos na liderança da cena política italiana. Um coral chegou a cantar "Aleluia", de Handel.

Pouco antes de dirigir-se ao Quirinale, o agora ex-premiê disse à imprensa sentir-se "profundamente doído" pelos protestos e ofensas.

Sucessão: A opção que aparece com mais força para a era pós-Berlusconi é a formação de um governo técnico capaz de se entender com todas as forças políticas para tirar a Itália da difícil situação na qual se encontra.

Para liderar o governo, o nome mais forte é o do economista e ex-comissário europeu Mario Monti, 68, que conta com um grande apoio entre as forças parlamentares e foi nomeado senador vitalício pelo presidente.

Monti é formado pela renomada Universidade Bocconi e depois estudou em Yale, nos Estados Unidos. Chegou a lecionar na Universidade de Turim, tornou-se professor de economia política na Bocconi e foi nomeado para o cargo em Bruxelas por Berlusconi em 1994.

Serviu como chefe de competição da UE, supervisionando os inquéritos antitruste da Microsoft feita no início dos anos 2000, quando ganhou notoriedade e renome em Bruxelas.

Há dois anos foi encarregado da compilação de um relatório sobre o mercado único da EU, que pediu mais desregulamentação para estimular a competição e o crescimento econômico.

Corrupção: Hábil para apresentar-se como "vítima", sempre investigado pela Justiça por denúncias de corrupção, Berlusconi foi construindo com paciência a imagem de um "presidente trabalhador", com a qual ganhou as eleições de 2001, apoiado pela mesma coalizão que, em 1994, levou-o ao poder e que rebatizou como "A Casa das Liberdades".

Apesar das críticas e controvérsias despertadas por seu mandato entre 2001 e 2006 e das divisões internas dentro da própria coalizão, que quase se desintegrou, Berlusconi tornou-se o 'líder máximo' da direita italiana.

Com um golpe estratégico, reunificou suas hostes sob uma só bandeira e um partido único, o "Povo da Liberdade", fruto da fusão entre a direita Aliança Nacional (AN) e sua própria chapa, "Forza Italia (FI)" - uma jogada surpreendente que permitiu a ele, em 2008, chegar novamente ao poder.

A ruptura ano passado com seu aliado Fini, atual presidente da Câmara de Deputados, ocorreu em um momento particularmente delicado, em meio a picantes revelações sobre suas proezas sexuais e desprestígio moral.

Escândalos: Os excessos e abusos do magnata das comunicações no exercício do poder motivaram críticas e protestos nos meios de comunicação, entre os industriais e inclusive na igreja italiana.

Sua vida dissipada e a atração por mulheres jovens levaram, em 2009, a um pedido público de divórcio por parte de sua segunda esposa.

Julgado pelos tribunais de Milão (norte) por prostituição de menores e abuso, como no caso da jovem marroquina chamada Ruby - uma das protagonistas de suas célebres festas privadas ao ritmo do "bunga-bunga" - Berlusconi deve responder à Justiça também por suborno e fraude fiscal.

Sempre bronzeado e com vários "liftings" e implantes capilares, Berlusconi foi casado duas vezes, é pai de cinco filhos e tem muitos netos.

11 de novembro de 2011

Perdeu, playboy!

12:24 | , ,

Foto: Ângelo Antônio Duarte (Jornal "O Globo")
Uma vitória para a polícia do Rio de Janeiro foi registrada nesta semana. Um dos traficantes mais procurados do país (Antônio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem") foi preso tentando fugir de seu reduto (a favela da Rocinha).

Ele era um homem violento. Durante 10 anos, comandou com mão de ferro o tráfico de drogas, outras empreitadas (lícitas ou não) e a vida dos moradores de uma das maiores favelas do país.

Apesar dessa prisão (que foi um passo importante para a pacificação do Rio de Janeiro), sabemos que traficantes do porte do "Nem" são apenas a ponta do iceberg. Eles podem ser grandes traficantes, mas há gente maior por trás, sem sombra de dúvidas. Algo precisa ser feito com maior abrangência para acabar com esse mal que é o tráfico de drogas.

Mas, só isso não basta. O principal norteador dessa situação precisa ser atacado desde cedo: o usuário. Se não fosse por ele, nada disso estaria acontecendo. É preciso que se faça uma grande campanha de conscientização para que esse comércio que não traz benefício algum seja extinto de uma vez por todas. E não é só gastar dinheiro com comercial de TV não: palestras, ações policiais, endurecimento das leis... São inúmeras ações que precisam ser tomadas.

Mas, enquanto os governantes não resolvem nada desse tema, há de se agradecer a polícia do Rio de Janeiro por tirar mais um bandido de alta periculosidade de circulação. A sociedade brasileira - e quem combate o tráfico de drogas - agradece.