Créditos: G1
Foto: Elza Fiúza (Agência Brasil / G1) |
Reportagem da edição deste fim de semana da revista "Veja" afirma que o ministro do Esporte, Orlando Silva, participou de suposto esquema de desvio de dinheiro da pasta.
Na reportagem, a "Veja" ouviu o policial militar João Dias Ferreira, preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010. Ferreira afirmou que o ministro teria comandando um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes. Conforme a revista, o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 40 milhões da pasta nos últimos oito anos.
Em nota à revista, Silva diz que se trata de denúncia "falsa, descabida e despropositada". Neste sábado (15), o ministro acompanha a comitiva brasileira nos Jogos Pan-americanos, em Guadalajara, no México.
Por meio do Twitter, Silva ele afirmou: "Repudio a farsa publicada hoje em 'Veja'. As calúnias são reações às medidas que determinei para combater irregularidades identificadas." Orlando Silva concede nesta tarde uma entrevista coletiva sobre o assunto.
O autor das denúncias na “Veja”, João Dias Ferreira, foi candidato a deputado distrital em 2006. Preso em abril do ano passado, é suspeito de desviar R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo por meio de entidades esportivas que ele comandava.
De acordo com a revista, a fraude ocorria após o repasse de verbas do programa para organizações não governamentais (ONGs). As entidades, diz a denúncia, só recebiam a verba após o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor do convênio.
O partido do ministro também teria sido beneficiado com o esquema e o dinheiro, diz a revista, chegou a ser usado em campanhas eleitorais. O PC do B, aponta a "Veja", indicava fornecedores e obtia notas fiscais frias para justificar despesas.
O policial militar João Dias Ferreira diz que Orlando Silva chegou a receber dinheiro dentro da garagem do Ministério do Esporte. "Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem."
Dias Ferreira teria dito à revista que, em 2008, após as primeiras denúncias sobre o programa Segundo Tempo, o ministério deixou de lhe dar suporte. Por conta disso teria ameaçado várias vezes de revelar a suposta fraude.
'Faz-tudo': "Veja" também ouviu Célio Soares Pereira, que seria um "faz-tudo" no ministério. Ele afirmou que chegou a entregar dinheiro nas mãos de Orlando Silva. "Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais."
A revista diz que atualmente Célio Pereira trabalha em uma academia de ginástica do policial militar João Dias Ferreira.
Governador do DF: A revista cita ainda o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte. Conforme "Veja", investigações policiais indicam que entidades de Brasília, de pessoas ligadas a Agnelo, recebiam dinheiro da entidade e "que por meio de notas fiscais frias apenas fingiam gastar a verba com crianças carentes".
Em nota, a assessoria de imprensa do Governo do Distrito Federal afirmou que durante sua gestão no Ministério do Esporte, Agnelo Queiroz "jamais participou de processos para transferência de recursos públicos para 'ONGs amigas'." (veja abaixo a íntegra da nota).
O policial militar que fez as acusações à "Veja" diz que o esquema de fraude no programa Segundo Tempo começou durante a gestão de Agnelo no ministério. Na época, Orlando Silva era secretário-executivo da pasta.
Oposição: Por meio de nota divulgada neste sábado, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse que vai protocolar na próxima semana representação na Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando a abertura de investigação sobre a denúncia contra o ministro do Esporte e contra o governador Agnelo Queiroz.
Nota do governo do Distrito Federal sobre reportagem da revista "Veja": "Em relação à reportagem divulgada pela revista Veja na data de hoje, temos a esclarecer:
Durante sua gestão no Ministério do Esporte, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, jamais participou de processos para transferência de recursos públicos para “ONGs amigas”, como supõe, de forma inconsistente, a reportagem.
Na gestão Agnelo, o Ministério do Esporte serviu apenas a interesses públicos, razão pela qual é irresponsável e criminosa a especulação de que o órgão se prestava a práticas ilícitas.
O Ministério do Esporte tomou medidas duras para apurar convênios na época que apresentaram indícios de irregularidades.
Todos os atos da gestão de Agnelo Queiroz no ministério foram realizados com base nos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e economicidade.
A passagem de Agnelo pelo Ministério do Esporte e sua convivência partidária com o PCdoB não oferecem fatos que mereçam censura ética ou legal."
Na reportagem, a "Veja" ouviu o policial militar João Dias Ferreira, preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010. Ferreira afirmou que o ministro teria comandando um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes. Conforme a revista, o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 40 milhões da pasta nos últimos oito anos.
Em nota à revista, Silva diz que se trata de denúncia "falsa, descabida e despropositada". Neste sábado (15), o ministro acompanha a comitiva brasileira nos Jogos Pan-americanos, em Guadalajara, no México.
Por meio do Twitter, Silva ele afirmou: "Repudio a farsa publicada hoje em 'Veja'. As calúnias são reações às medidas que determinei para combater irregularidades identificadas." Orlando Silva concede nesta tarde uma entrevista coletiva sobre o assunto.
O autor das denúncias na “Veja”, João Dias Ferreira, foi candidato a deputado distrital em 2006. Preso em abril do ano passado, é suspeito de desviar R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo por meio de entidades esportivas que ele comandava.
De acordo com a revista, a fraude ocorria após o repasse de verbas do programa para organizações não governamentais (ONGs). As entidades, diz a denúncia, só recebiam a verba após o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor do convênio.
O partido do ministro também teria sido beneficiado com o esquema e o dinheiro, diz a revista, chegou a ser usado em campanhas eleitorais. O PC do B, aponta a "Veja", indicava fornecedores e obtia notas fiscais frias para justificar despesas.
O policial militar João Dias Ferreira diz que Orlando Silva chegou a receber dinheiro dentro da garagem do Ministério do Esporte. "Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem."
Dias Ferreira teria dito à revista que, em 2008, após as primeiras denúncias sobre o programa Segundo Tempo, o ministério deixou de lhe dar suporte. Por conta disso teria ameaçado várias vezes de revelar a suposta fraude.
'Faz-tudo': "Veja" também ouviu Célio Soares Pereira, que seria um "faz-tudo" no ministério. Ele afirmou que chegou a entregar dinheiro nas mãos de Orlando Silva. "Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais."
A revista diz que atualmente Célio Pereira trabalha em uma academia de ginástica do policial militar João Dias Ferreira.
Governador do DF: A revista cita ainda o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte. Conforme "Veja", investigações policiais indicam que entidades de Brasília, de pessoas ligadas a Agnelo, recebiam dinheiro da entidade e "que por meio de notas fiscais frias apenas fingiam gastar a verba com crianças carentes".
Em nota, a assessoria de imprensa do Governo do Distrito Federal afirmou que durante sua gestão no Ministério do Esporte, Agnelo Queiroz "jamais participou de processos para transferência de recursos públicos para 'ONGs amigas'." (veja abaixo a íntegra da nota).
O policial militar que fez as acusações à "Veja" diz que o esquema de fraude no programa Segundo Tempo começou durante a gestão de Agnelo no ministério. Na época, Orlando Silva era secretário-executivo da pasta.
Oposição: Por meio de nota divulgada neste sábado, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse que vai protocolar na próxima semana representação na Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando a abertura de investigação sobre a denúncia contra o ministro do Esporte e contra o governador Agnelo Queiroz.
Nota do governo do Distrito Federal sobre reportagem da revista "Veja": "Em relação à reportagem divulgada pela revista Veja na data de hoje, temos a esclarecer:
Durante sua gestão no Ministério do Esporte, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, jamais participou de processos para transferência de recursos públicos para “ONGs amigas”, como supõe, de forma inconsistente, a reportagem.
Na gestão Agnelo, o Ministério do Esporte serviu apenas a interesses públicos, razão pela qual é irresponsável e criminosa a especulação de que o órgão se prestava a práticas ilícitas.
O Ministério do Esporte tomou medidas duras para apurar convênios na época que apresentaram indícios de irregularidades.
Todos os atos da gestão de Agnelo Queiroz no ministério foram realizados com base nos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e economicidade.
A passagem de Agnelo pelo Ministério do Esporte e sua convivência partidária com o PCdoB não oferecem fatos que mereçam censura ética ou legal."
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