31 de dezembro de 2010

Mensagem de Ano Novo

10:22 |

É, caro leitor... O ano passou rapidinho. O reveillon de 2010 parece que foi ontem. Mas, fazer o quê, né?! O ano termina hoje, mas nossos sonhos e desejos não.

Por isso, o "Fatos e Opiniões" deixa para você essa linda mensagem abaixo para que você possa se inspirar e planejar o melhor para sua vida em 2011.

Créditos: Mensagens Angels
Sonhos de fim de ano

Mais um ano está chegando ao fim, e na beleza das noites iluminadas, os sonhos de muitos corações se preparam para a viagem à procura de suas realizações, que ocorrerá durante todo o ano vindouro.

A mesma ocorreu no ano que por hora se finda.

Sonhos saíram, alguns já voltaram sorrindo e outros, de mãos vazias, aguardam a chegada do novo ano, para seguir numa nova busca.

A realização para os sonhos de alguns, quase sempre, se perde na metade do caminho, mas, se Deus quiser, ainda terão muitos outros anos para encontrá-la.

Sabemos disso porque enquanto o ser humano tiver Ele do lado, fôlego de vida, família e amigos, estará no caminho certo e seus sonhos jamais deixarão de existir.

Desejo do fundo do meu coração que, cada vez que seus sonhos seguirem viagem, eles sempre voltem para sua vida transbordando de realizações.

Que o natal seja um passaporte para que seus sonhos embarquem na “Viagem das Realizações” do ano novo e que não voltem sem a conquista dos objetivos que motivaram a mesma.

E quando a meia-noite trouxer o Novo Ano para o mundo e os fogos de artifício anunciarem a sua chegada, nossos sonhos sairão por aí...

Que Deus tome a frente e que nas noites sem luar, as estrelas brilhem mais forte, iluminando o longo caminho.

Que no próximo ano possamos ainda ser amigos e esperarmos juntos a chegada dos nossos sonhos que partiram, comemorando com imensas taças de amizade verdadeira a vinda e a realização de cada um.

Feliz 2011!!!

Andreivny Ferreira
Moderador do "Fatos e Opiniões"

27 de dezembro de 2010

O que é bom dura... Bastante!

16:26 | , ,

27 de dezembro de 2010. Depois dessa data, serão apenas quatro dias para o Palácio do Planalto trocar de morador. Sai o presidente mais popular da história do Brasil e entra a primeira mulher a nos governar. Um marco na nossa história!

Mas, o Lula sai de cabeça erguida do seu cargo. Trabalhou demais pelo nosso país. Iniciou muitas obras, trouxe uma Copa e as Olimpíadas pra nós, deu emprego para 15 milhões de pessoas, melhorou a renda e as condições de vida da nossa população, dentre as milhares de iniciativas benéficas (ou não) que ajudaram o Brasil a se desenvolver como nunca. Não é a toa que hoje somos uma nação respeitada em todos os aspectos.

O povo tem de agradecer a este meu conterrâneo pernambucano, que saiu de Caetés para ser torneiro mecânico, sindicalista e, futuramente, Presidente da República. Se não fosse por ele, nosso país ainda, quem sabe, poderia ainda estar estagnado no tempo, cheio de dívidas para pagar e tendo um povo aborrecido, ignorante, sem estudo e se matando por uma merreca de salário.

O Brasil só tem a lhe aradecer, Lula. O melhor governante de todos os tempos, com cerca de 80% de popularidade no fim do mandato, tem de descansar mesmo. Trabalhou muito por nós. E trabalhou bem...

Obrigado, Lula. Por sua causa, o Brasil finalmente alavancou seu desenvolvimento! E esperamos que a sua sucessora, Dilma Rousseff, siga seu caminho, tendo, quem sabe, tamanho desempenho.

Lula diz que ‘foi gostoso demais’ governar o Brasil

16:19 | , ,

Créditos: G1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na manhã desta segunda-feira (27), ao longo do último programa “Café com o presidente” de sua gestão que “foi gostoso” governar o país e que não achou nada complicado essa tarefa. Ele afirmou que vai trabalhar até dia 30 de dezembro e também pediu ao povo para apoiar a presidente eleita, Dilma Rousseff, que tomará posse dia 1º de janeiro.

O presidente iniciou o programa dizendo que só vai parar de trabalhar dia 30 de dezembro. Depois, descansa no último dia do ano e entrega o país no dia seguinte.

“Trabalhar até o último dia é um compromisso que assumimos com o povo brasileiro quando tomamos posse no dia 1º de janeiro de 2003 e, depois, tomamos posse, outra vez, dia 1º de janeiro de 2007. Para que o Brasil possa fazer aquilo que é necessário é preciso que a gente trabalhe do primeiro ao último dia. Não há nenhuma razão para a gente fraquejar, amolecer. Tenho compromissos com a administração. Até o dia 30 eu vou trabalhar. Ainda tenho que viajar para Pernambuco, Ceará, Bahia. E tem coisa para fazer em Brasília. Então, até o dia 30 eu trabalho. Dia 31 eu paro para descansar, desligo o motor, deixo o motor esfriar para poder entregar o motor para a Dilma, com manutenção feita, tudo direitinho para que ela possa começar dia 2 de janeiro, a 100 por hora”.

‘Café com o presidente’: Lula também falou sobre o programa “Café com o presidente”, e sugeriu que a presidente eleita, Dilma Rousseff, siga usando o programa como um de seus canais de comunicação.

“É importante lembrar que no dia 17 de novembro de 2003 colocamos no ar o primeiro programa ‘Café com o presidente’. Foram 279 programas. Paramos nas eleições de 2006 e um pouco nas eleições de 2010. Penso que é justo que a nova presidente continue esse programa. Muitas das coisas que nós falamos aqui repercutem na televisão. As pessoas ficam sabendo pela televisão. Acho que a nossa presidente tem que utilizar o máximo possível esse espaço”.

Mensagem: No último programa da série Lula pediu apoio do povo ao trabalho de Dilma. “A mensagem que eu poderia dar para o povo brasileiro é a de pedir apoio para a presidente eleita, e apoio muito forte. O Brasil vai precisar de muita energia positiva. O Brasil está vivendo uma fase importante, de crescimento, consolidação, de um processo de crescimento econômico que pode nos levar a ser, dentro de cinco ou seis anos, a quinta economia mundial. Serão quatro anos de intensivo trabalho. Dilma vai precisar de todo o apoio. E é isso que eu queria pedir para vocês”.

‘Foi gostoso’: Por último, Lula agradeceu ao povo brasileiro, a Deus, e disse que não foi difícil governar o Brasil. Afirmou que “foi até gostoso demais”.

“Agradecer o carinho imenso que vocês tiveram comigo nesses oito anos, dizer que eu quebrei um tabu, porque todo mundo dizia que era muito difícil governar o Brasil, que era difícil, complicado. Eu não achei nada complicado, achei até gostoso demais. Provar que é possível fazer as coisas, fazer acontecer, permitir que o povo participe. Então, no fundo do coração, muito obrigado ao povo brasileiro, aos nossos ouvintes, a cada mulher, homem, criança que, nesses oito anos, me ajudaram a fazer do Brasil o que estamos colhendo agora. Sou muito grato. Sou um homem agradecido. Agradecido a vocês. Agradecido a Deus, que foi muito generoso comigo, me deu o que eu jamais imaginei ter, ou seja, a sorte de ser presidente desse país e de poder governar o Brasil com a dimensão que o povo brasileiro queria que governasse”.

‘Saio do governo para viver a vida das ruas’, diz Lula em despedida na TV

16:14 | , ,

Créditos: G1
Foto: Ricardo Stuckert (Divulgação / G1)
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quinta-feira (23) seu último pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. Ele fez um balanço destacando o que considera conquistas de seu governo e pediu apoio a sua sucessora, Dilma Rousseff, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2011. Sobre seu futuro, Lula disse que vai para as “ruas”.

“Saio do governo para viver a vida das ruas. Homem do povo, que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta. Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil, e acreditem nele”, disse o presidente.

Lula destacou logo no início de seu pronunciamento o simbolismo de sua sucessão por Dilma. “É profundamente simbólico que a faixa presidencial passe das mãos do primeiro operário presidente para as mãos da primeira mulher presidenta. Será um marco no belo caminho que nosso povo vem construindo para fazer o Brasil, se Deus quiser, um dos países mais igualitários do mundo”.

Para o presidente, os brasileiros hoje acreditam mais no país. Ele afirma ter semeado “esperança” e que em seu governo foi afugentada “a onda de fracasso que pairava sobre o país”. Lula destaca atributos que o podem ter levado a fazer uma boa administração.

“Se governei bem, foi porque, antes de me sentir presidente, me senti sempre um brasileiro comum que tinha que superar as suas dores, vencer os preconceitos e não fracassar. Se governei bem, foi porque, antes de me sentir um chefe de estado, me senti sempre um chefe de família que sabia das dificuldades dos seus irmãos para colocar comida na mesa, para dar escola para seus filhos, para chegar em casa todas as noites a salvo dos perigos e da violência. Se governamos bem, foi, principalmente, porque conseguimos nos livrar da maldição elitista que fazia com que os dirigentes políticos deste grande país governassem apenas para um terço da população e se esquecessem da maioria do seu povo”, afirmou.

Lula afirma que na sua gestão o Brasil venceu o desafio de crescer econômica e socialmente e diz ter provado ser o combate à pobreza a melhor política de desenvolvimento. Ele diz que governo e sociedade trabalharam juntos com “união, equilíbrio, participação e espírito democrático”.

O presidente destaca grandes obras em andamento, como as hidrelétricas do Rio Madeira e a Usina de Belo Monte, refinarias, ferrovias e até o trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, que ainda não foi licitado. Lula valoriza também os investimentos na área de petróleo, com destaque para o pré-sal. Outro projeto mencionado é a transposição do Rio São Francisco, que também está em andamento.

Ele enfatiza ainda ações na área social. Lula menciona o programa Bolsa Família, os aumentos acima da inflação concedidos ao salário mínimo, a ampliação do crédito e os programas Luz para Todos e Minha Casa, Minha Vida. A educação também mereceu lembrança, com o presidente destacando a inauguração de 214 escolas técnicas federais, a implantação de 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias, e as 750 mil bolsas concedidas pelo Prouni.

Lula valoriza também dados econômicos, como a ampliação das reservas internacionais para US$ 300 bilhões, o crescimento econômico, que ele estima chegar a quase 8% neste ano, a geração de 15 milhões de empregos e a mobilidade social, com a retirada de 28 milhões de pessoas da linha de pobreza e a chegada à classe média de 36 milhões de brasileiros.

O presidente afirma que com Dilma o Brasil vai “ampliar todas estas conquistas” e pede apoio popular para a sucessora. “Peço a todos que apóiem à nova presidenta, assim como me apoiaram em todos os momentos. Isso também significa cobrar, na hora certa, como vocês souberam me cobrar. A cobrança foi um estímulo para que a gente quisesse fazer sempre mais”.

Lula conclui o pronunciamento desejando um feliz Natal e um próspero Ano Novo e dizendo que sua felicidade está ligada à do povo. “Minha felicidade estará sempre ligada à felicidade do meu povo. Onde houver um brasileiro sofrendo, quero estar espiritualmente ao seu lado. Onde houver uma mãe e um pai com desesperança quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto. Onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível. Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias. Mais que nunca, sou um homem de uma só causa, e esta causa se chama Brasil.”

24 de dezembro de 2010

Nossa mensagem de Feliz Natal

11:36 |

É... O ano passou rapidinho. Rápido até demais para alguns... Mas, isso é o que menos importa nessa época do ano. É Natal.

É o tempo de reunir a família, os amigos, fazer aquela ceia maravilhosa... Mas, é tempo também de refletir o que fizemos durante o ano, coisas boas, coisas ruins, até mesmo algo irrelevante. Mas, não importa: os últimos dias do ano sempre são reservados para isso.

E quer melhor época para lavar a alma e entrar o ano novo de corpo renovado do que o Natal? Meu caro leitor, essa é sua chance de refletir sobre o que fez e o que ainda vai fazer.

É Natal. Tempo de reflexão, tempo de celebrar o aniversário de Jesus Cristo. 2010 anos de uma pessoa que nos deu a vida para salvar a humanidade. Pessoas dignas e honradas assim não aparecem todos os dias...

E nesse tempo de felicidade, o "Fatos e Opiniões" não poderia passar em branco. Desejamos a você, leitor, um excelente Natal. Esperamos que a noite que se aproxima seja repleta de felicidades e de reflexões pra você. O aniversariante de amanhã que lhe abençoe!

São os votos do "Fatos e Opiniões". Sempre ao seu lado, em qualquer ocasião!

Andreivny Ferreira
Moderador do "Fatos e Opiniões"

23 de dezembro de 2010

Atualização extra: Programa Vozes do Brasil - Especial fim de Ano

18:04 |

O Vozes do Brasil dá adeus a 2010 com um especial aos Festivais da Música Popular Brasileira, a nossa MPB.

Os "festivais" foi um gênero de programa televisivo, competitivo e musical, apresentado por várias emissoras de televisão brasileiras durante, aproximadamente duas décadas.

O primeiro deles foi promovido pela TV Excelcior em 1965, que abriu portas para que outros tantos fossem realizados, de maneira que sacudiram a história da música brasileira. criaram modas, novos estilos, melodias e a mpb como conhecemos hoje.

Os festivais da música popular brasileira revelaram os grandes clássicos e os maiores músicos da nossa música. Nomes como Chico Buarque, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e tantos outros, esbanjavam talento em tempos de Ditadura.

Para ouvir as músicas que já naquela época estavam na boca de todos, sintonize na Universitária FM e ouça o programa Vozes do Brasil deste final de semana, em homenagem aos festivais da MPB.

SERVIÇO:

O QUÊ: Programa Vozes do Brasil – FESTIVAIS DA MPB
ONDE: Universitária FM | 88,9 MHz
QUANDO: Sábado (25/12) e Domingo (26/12) às 19h.
CONTATO: vozes@fmu.ufrn.br
OUÇA PELA WEB: http://www.fmu.ufrn.br/

20 de dezembro de 2010

Essa copa tá dura de sair...

11:56 | , , ,

Apesar de eu ter apenas 20 anos, eu já tenho alguns problemas capilares. Meu cabelo está caindo e precisei mudar meu corte de cabelo para poder sanar um pouco esse problema. Já estou ficando careca, por incrível que pareça.

Mas, afinal, o que isso tem a ver com o assunto do post de hoje?

O pessoal é muito sacana, sabe?! No meu trabalho, já fazem piadinhas me comparando a Copa do Mundo e o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que está em situação semelhante ao estádio potiguar da competição, estando com suas obras empacadas. Há pessoas que acham que meu cabelo cairá totalmente antes de o aeroporto e a Arena das Dunas estiverem prontas (ou até se saírem do papel), pois a situação, sobretudo do campo de jogo, está muito difícil.

Eu estou com muita descrença de que nossa cidade ainda seja sede da Copa 2014, aqui no Brasil. É um desleixo enorme por parte dos nossos governantes para pôr em prática esse grandioso projeto. Ele irá ser de fundamental importância para o desenvolvimento da capital potiguar, pois fará com que nossa cidade tenha obras estruturais, sobretudo no trânsito (já caótico) e nos transportes, além de melhorar nossa vida. Tudo ao custo de, no máximo, de três jogos de seleções sem apelo mundial.

Mas, nem com isso, querem que esse evento não venha pra cá. É brincadeira. Tudo aqui no Brasil é levado com a barriga e o jeitinho. Quantas vezes já vimos na imprensa que a FIFA vai excluir a cidade do quadro de sedes por conta desse desleixo. É impressionante como o povo aqui é acomodado. A África do Sul, que tinha condição pior do que a nossa antes da Copa, conseguiu cumprir a maioria dos prazos e organizou um mundial perfeito, digno de países desenvolvidos. Realmente, acho que a Copa, pra Natal, não vem.

Agora espero o prazo de 31 de dezembro pra ver se essa obra enfim sai. São menos de dois anos para tudo estar pronto. Mas, o que quero ver mesmo é se a cidade vai melhorar com esse evento gigantesco acontecendo por aqui. Porém, mesmo assim, acho que meu cabelo cai totalmente até o fim desse prazo e nada acontece...

COL dá ultimato a Natal e quer licitação até 31 de dezembro

11:29 | , , ,

Créditos: Nominuto.com
Imagem: Divulgação / Nominuto.com
O Comitê Organizador Local da Copa (COL/2014) foi taxativo: Natal tem até o próximo dia 31 para lançar um novo edital de Parceria Público-Privada (PPP) para a construção do Estádio das Dunas e as obras devem começar até abril de 2011. Se o novo cronograma não for cumprido, a capital potiguar deixará de ser uma das sedes em 2014.

O ultimato foi dado em reunião realizada nesta quarta-feira (15), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O gestor da Copa no RN, Fernando Fernandes, diz que o governo pretende lançar o novo edital no dia 27. Confirmou ainda duas reuniões para os dias 23 e 27.

Nos encontros, o projeto do estádio será readequado. O objetivo é reduzir o custo da obra em até R$ 30 milhões. Neste caso, a arena não passaria de R$ 400 milhões.

O Fundo Garantidor do contrato da Parceria Público-Privada (PPP) para o estádio também deve sofrer ajuste para atrair os investidores. Em novembro, nenhuma empresa compareceu à licitação.

Além dos terrenos do governo, avaliados em R$ 320 milhões, um “colchão” financeiro da ordem de R$ 70 milhões será inserido no fundo para atrair as empresas.

Atraso: Natal é uma das sedes mais atrasadas da Copa. Mesmo assim, o presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira, garantiu a permanência da cidade como sede do Mundial. Segundo o dirigente, os atrasos não comprometem a inauguração do estádio em tempo para o campeonato, já que ele é um dos menores da Copa, com 40 mil assentos.

De acordo com especialistas, o tempo médio para construção de um estádio como o de Natal é de 30 meses. Com o novo prazo do COL, a escolha das construtoras do Estádio das Dunas ocorreria, no mínimo, em fevereiro, o que levaria o início das obras para março.

Sedes da Copa ainda enfrentam obstáculos para tocar obra dos estádios

11:23 | , , ,

Créditos: Portal Copa 2014
Imagem: Divulgação / Portal 2014
Agora em dezembro, completa um ano e sete meses desde o anúncio das cidades-sede da Copa de 2014. E apesar do tempo que tiveram para se organizar, parte delas ainda enfrenta obstáculos para levar adiante as obras dos estádios do Mundial.

Seja por falta de planejamento, seja por paralisações judiciais, a realidade é que o otimismo que marcou a indicação para a Copa recebeu um verdadeiro balde de água fria. A recente declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que o maior problema são os aeroportos e a capacidade hoteleira não condiz com os desafios da preparação brasileira.

Até o momento, oito sedes tocam os projetos das arenas sem entraves: Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Brasília e Manaus também já começaram as obras. No entanto, os governos do Distrito Federal e do Amazonas ainda lutam com o Ministério Público para liberar a verba dos estádios.

No caso da Arena Amazônia, há indício de sobrepreço em mais de 80 itens do edital. Após ter concedido o empréstimo, o próprio BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) suspendeu os pagamentos a pedido da Controladoria Geral da União, que exige uma correção de rota do governo amazonense.

O banco, aliás, aprovou financiamento para apenas um terço das arenas. Os governos de Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Ceará foram os únicos a assinar o contrato. O que não significa, necessariamente, agilidade.

A reforma do Castelão, em Fortaleza, foi a penúltima a ser licitada e deve começar apenas em março. Curitiba prevê obras em junho. E só nesta semana Recife recebeu a última licença para erguer a Arena Pernambuco.

A demora só não é maior que a de Natal. A concorrência aberta em novembro para a construção do Estádio das Dunas terminou sem interessados. Com isso, o COL/2014 (Comitê Organizador Local) teve que estender o prazo dos natalenses, que tentarão fechar o contrato em março.

Tranquilo: O COL e a própria Fifa parecem fazer vistas grossas ao atraso dos estádios brasileiros. Neste ano, as cidades-sede estouraram nada menos que três “prazos-limites” da entidade, o primeiro deles em janeiro.

Mesmo assim, a preocupação do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, parece ter um único foco: aeroportos. Citando a Copa de 2010, o francês disse estar tranquilo. "Um estádio demora 24 meses para ser construído. Estamos acostumados com a África do Sul".

Nenhum dos 10 estádios do Mundial sul-africano, porém, foi inaugurado em menos de 33 meses. E como faltam dois anos e meio para a Copa das Confederações, evento que testa a infraestrutura do Mundial, boa parte das capitais pode dar adeus às pretensões de receber alguma partida da competição.

Abertura: Além dos impasses para o início das obras dos estádios, a definição da sede de abertura foi outra novela que marcou o ano de 2010. Em outubro, o presidente do COL, Ricardo Teixeira, parecia ter finalmente batido o martelo por São Paulo e o estádio do Corinthians. Mas, no mês seguinte, Blatter o desautorizou.

Além disso, muitos criticam o zelo com que o COL analisou os cinco projetos do Morumbi, finalmente vetado, comparando-o com a rapidez com que aprovou a arena corintiana. No segundo caso, não há projeto concluído nem garantia financeira para um terço da obra. Dutos da Petrobras e questionamentos judiciais acerca do terreno também ameaçam dificultar a construção.

Belo Horizonte: As obras do Mineirão começaram em janeiro e a segunda etapa deve terminar neste mês. No próximo ano começam as intervenções complexas, como construção da esplanada no entorno e das novas arquibancadas.

Brasília: A demolição do antigo Mané Garrincha já terminou e a obra passa para o estágio de fundações. O governo distrital aguarda a Fifa anunciar oficialmente a sede de abertura para definir se o novo estádio terá 40 mil ou 72 mil lugares. Além disso, o Ministério Público distrital recomendou a suspensão de repasses e a rescisão do contrato com o consórcio.

Cuiabá: A construção da Arena Pantanal começou em abril e está na fase de fundações.

Curitiba: Após meses de impasse, a prefeitura conseguiu aprovar uma lei que garante repasse de R$ 90 milhões ao Atlético-PR por meio de títulos de potencial construtivo. O dinheiro será usado para adequar a Arena da Baixada. O projeto executivo deve estar pronto em janeiro, mas o clube não definiu a construtora nem o cronograma de obras.

Fortaleza: O governo cearense assinou nesta segunda a ordem de serviço para o início da obra, colocando fim a paralisação de 10 meses. O Castelão, no entanto, só fecha em março de 2011. Com isso, o tempo para a reforma fica mais curto, já que a Fifa quer os estádios prontos em dezembro de 2012.

Manaus: Construção começou em março. Em outubro começaram as obras de fundações. O BNDES suspendeu os repasses para a obra a pedido do Ministério Público, que apontou indícios de sobrepreço.

Natal: Permanece como a sede mais atrasada da Copa. Não houve interessados na concorrência de parceria público-privada aberta em novembro para a construção do Estádio das Dunas. Depois de negociar extensão de prazo com o COL, o governo do Rio Grande do Norte recebeu ultimato e terá que lançar nova concorrência até o dia 31.

Porto Alegre: A instalação de estacas para sustentar a cobertura do Beira-Rio começou em agosto. Nesta semana, teve início a demolição da arquibancada inferior, que será feita em quatro etapas. O Internacional convenceu a Fifa de que é desnecessário rebaixar o campo, intervenção que aumentaria o custo da obra, atualmente em R$ 155 milhões.

Recife: A terraplanagem do terreno da Arena Pernambuco começou apenas em novembro, seis meses depois da assinatura do contrato. A licença de instalação que autoriza a construção do estádio foi liberada nesta semana.

Rio de Janeiro: As obras no Maracanã começaram em março com sondagens. A demolição do anel inferior terminou, e o consórcio segue agora para o desmonte do anel superior e a construção de lajes que darão suporte à estrutura interna.

Salvador: A antiga Fonte Nova foi implodida em agosto. Neste momento, os operários trabalham na remoção de entulhos e terraplanagem do terreno, que deve terminar em fevereiro.

São Paulo: O estádio do Corinthians ganhou a indicação do COL para receber a abertura da Copa, mas não recebeu apoio oficial da Fifa. O início das obras está previsto apenas para março. No entanto, ainda falta resolver ao menos duas pendências. A principal delas é quanto ao financiamento. O clube precisa captar R$ 200 milhões para ampliar a arena para 65 mil pessoas (capacidade mínima para a abertura). Por enquanto, há garantia de apenas R$ 350 milhões da Odebrecht. Outro entrave é quem bancará a remoção ou desvio dos tubos da Petrobras que passam pelo terreno do estádio.

17 de dezembro de 2010

O futebol está mudando...

08:32 | , , ,

Estava trabalhando e não via a hora de chegar em casa para assistir ao jogo do Inter de Porto Alegre no Mundial de Clubes (mesmo sendo flamenguista, nessas ocasiões deixo o time de lado e viro brasileiro). Era evidente, pois era a chance de um clube ser bi no torneio organizado pela FIFA, uma vez que o São Paulo, maior campeão mundial do nosso país, só conquistou um de seus três títulos nessa forma de competição. Mas, assim que chego, fico estarrecido.

Ao ligar a televisão, por volta dos 25 minutos do segundo tempo, o desconhecido Mazembe, do Congo, estava vencendo o jogo por um a zero, que se transformaria em um 2 X 0 ao fim do jogo. Fiquei impressionado, pois um time até então desconhecido apronta uma dessas com o campeão da América do Sul, que era dado como certo na final do torneio. Aí pensei que havia sido apenas falta de sorte e que o adversário havia tido poucas chances e as aproveitou. Bem, mudei meu pensamento sobre esse jogo ao vê-lo novamente pela internet.

Me impressionei com o ritmo lento em campo. Algo inimaginável se tratando de uma semi-final de um campeonato mundial que alguns talvez nunca mais disputarão. Pareciam sem comprometimento, dando descrédito ao adversário. Ora, é para se respeitar sim, mas nunca com um desleixo atrelado a forma com que se trata seu oponente. O Internacional não estava nem aí para o Mazembe, achando que a vitória era questão de tempo. E aí veio a surpresa: Mazembe 2, Internacional 0. O colorado gaúcho estava fora da final de maneira vexatória perante a 190 milhões de brasileiros (talvez menos, pois só os gremistas, rivais do Inter, o secavam).

Isso mostra o quanto o futebol está ficando num nível mais igualitário e elevado. Onde já se pensou que um time do Congo, sem qualquer tradição no futebol mundial, ganharia de um time brasileiro e tendo a chance de enfrentar uma das maiores equipes do mundo (Internazionale de Milão) a ponto de ser temido? É amigo, o futebol está mudando, e para melhor.

Acho isso um barato. Chego até a dizer que esse é o reflexo que a globalização fez em todos nós. No futebol tem sua parcela - e foi comprovada na última terça-feira. O desenvolvimento do esporte mais popular do planeta é algo saudável e preciso. Chega de os países ganhadores freqüentes de títulos sempre abocanharem mais um caneco. Todos têm sua chance e algum há de ganhar um dia. Dessa vez, foi um desses sem tradição que ganhou.

E que essa derrota fique de lição para o futebol mundial. O desenvolvimento está chegando a todos, e isso é preciso. Nossos jogadores tem de se comprometer mais, se capacitar mais e, principalmente, querer jogar bem e alegrar seu fã e o torcedor. A alegria é o principal item do futebol. Pelo menos o Mazembe demonstrou essa alegria que o futebol precisa...

Mil e um pesadelos: Internacional é eliminado do Mundial de Clubes

08:28 | , , ,

Créditos: Globoesporte.com
Foto: Jefferson Bernardes (VIPCOMM - Globoesporte.com)
Nem mil e um pesadelos, na terra das mil e uma noites, poderiam prever uma tragédia assim. Acabou. Triste assim, frio assim, duro assim: acabou. Acabou cedo, na precocidade do primeiro jogo, no fiasco da estreia. Acabou quando deveria ter começado. O time gaúcho sangra o vermelho de sua camisa diante de uma eliminação histórica, diante da certeza que nenhuma lenda árabe poderá recriar. O Inter não será bicampeão do mundo em 2010. O Mazembe, com vitória de 2 a 0 nesta quarta-feira, no estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi, garantiu classificação para a final do Mundial de Clubes da Fifa.

A tragédia está mais na arquibancada do que no campo. Milhares de colorados cruzaram o mundo para ver o Inter campeão nos Emirados Árabes. Acabaram agredidos por um dos maiores desastres dos mais de cem anos de vida do clube gaúcho. No dia em que a torcida fez história, o time pagou mico. Nem mil e um pesadelos poderiam prever:
- Quando tivemos oportunidade de fazer o gol, infelizmente não conseguimos. E eles marcaram em um belo chute na primeira chance. Ficamos muito chateados. Sabemos que decepcionamos muitas pessoas - resumiu Bolívar.

Os dois gols do Mazembe saíram no segundo tempo, com Kabangu e Kaluyituka. Talvez não tenha sido exatamente justo, mas o Inter pouco fez para merecer sorte melhor - o Inter do campo, claro, porque o Inter da arquibancada fez seu papel. Com a vitória, o surpreendente time da República Democrática do Congo duelará com o Inter de Milão ou o Seongnam Ilhwa, da Coreia do Sul, na decisão.

Melhor, mas não o bastante: Faltou D’Alessandro atordoar os adversários com dribles e lançamentos. Faltou Kleber ter aquela precisão de sempre. Faltou Bolívar encontrar o posicionamento que ameniza a lentidão. Faltou muita coisa para o Inter no primeiro tempo do empate por 0 a 0 com o Mazembe. Um tanto pelo nervosismo decorrente da estreia, outro tanto pela dificuldade imposta por um adversário longe de ser bobo, o time colorado não conseguiu ter encaixe nos 45 minutos iniciais. Os primeiros passos vermelhos no Mundial de Clubes foram titubeantes.

O Inter começou melhor. Deu pinta de que iria fazer um gol logo, logo. Rafael Sobis, com um minuto de jogo, já mandou chute por cima. Wilson Matias cabeceou com perigo pouco depois. D’Alessandro arriscou para fora. Rafael Sobis insistiu em cobrança de falta, também para fora. E ele mesmo teve a melhor chance, em tabelamento com Alecsandro, mas Kidiaba defendeu.

Os primeiros dez minutos foram promissores. O problema é que o rendimento vermelho, a partir daí, foi caindo gradativamente. Cabeceio de Índio na segunda trave quase virou gol. Testada de Tinga também foi ameaçada. Mas o Mazembe, conforme o tempo passava, mais confiança ganhava. Jamais houve pressão, até porque os africanos fogem daquela imagem de um time meramente veloz e forte. Houve organização.

Os adversários colorados ameaçaram duas vezes. Em ambas, entraram em velocidade pela ponta esquerda, sem acompanhamento de Bolívar. Renan precisou intervir.

Roth armou o Inter no esquema 4-5-1, com Rafael Sobis no meio. É um esquema que dá solidez defensiva, mas empobrece o ataque. Os colorados, é bem verdade, mais atacaram do que foram atacados no primeiro tempo. Mas é pouco.

Segundo tempo: um golpe no início, outro no fim: O mundo parou aos sete minutos do segundo tempo para cada colorado - para os 11 em campo, para os milhares nas arquibancadas, para os milhões espalhados pelo mundo. Cada camisa vermelha, estivesse onde estivesse, ficou congelada quando Kabangu recebeu aquela bola, olhou para o gol de Renan, viu um espaço aberto à direita, mandou a bola lá, encontrou a lateral da rede, soltou o grito de gol. Não podia ser verdade. Enquanto o goleiro Kidiaba pulava no chão em sua comemoração, batia um sentimento coletivo de que simplesmente não podia ser verdade.

Roth percebeu que tinha que agir. Tirou Tinga e Alecsandro, colocou Giuliano e Leandro Damião. Surgiram chances. Sobis mandou uma pancada, e Kidiaba pegou; Giuliano entrou na área, cara a cara com o goleiro, e Kidiaba salvou mais uma. Incrível.

Os ponteiros do relógio martelavam desespero na alma colorada. Onde estava D’Alessandro? Onde Kleber tinha ido parar? Onde tinha se escondido a explosão de um time que trabalhou quatro meses seguidos só pensando no Mundial? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Faltavam as respostas. Faltava o gol para uma torcida que, em estado de choque, até tentava continuar cantando.

Mas viria o silêncio. Viria o golpe final. Viria o gol de Kaluyituka aos 40 minutos. Nem mil e um pesadelos poderiam prever que o Inter seria eliminado do Mundial de Clubes já na estreia.

Mazembe: carrasco colorado é a base de seleção campeã da África

08:25 | , , ,

Créditos: Globoesporte.com
Foto: Agência EFE / Globoesporte.com
O TP Mazembe surpreendeu a torcida colorada nesta terça-feira e acabou com o sonho do bi mundial do Internacional. Primeiro africano a disputar a final do torneio da Fifa, o clube da República Democrática do Congo tem feito valer no continente a alcunha de "Todo Poderoso": venceu a Liga dos Campeões local em 2009 e 2010 e é a base da seleção nacional, que em 2009 conquistou a Copa Africana sem jogadores que atuam no exterior. Detalhe: em Abu Dhabi, a equipe está sem seu capitão Trésor Mputu Mabi, considerado um dos melhores atletas da África no ano passado e que está suspenso por um ano por indisciplina.

O 2 a 0 sobre o Inter nos Emirados foi celebrado da mesma forma com que o goleiro Kidiaba comemorou o título africano com a seleção da República Democrática do Congo em 2009: após 2 a 0 sobre Gana, o goleiro e seus companheiros "quicaram" no gramado. Alguns trocaram até a camisa da seleção pela do Mazembe. Diko Kaluyituka, que balançou a rede contra o Colorado, e Mbenza Bedi, que marcou na estreia contra o Pachuca (1 a 0), fizeram os gols do título africano.
- Seis jogadores do Mazembe já jogaram na Europa e voltaram. Passaram por Bélgica, França, Suíça, Holanda... É um time que atua junto há pelo menos três anos, uma base forte, que conseguiu tirar a hegemonia do Al Ahly, do Egito, na África - disse o técnico Márcio Máximo, que passou pela seleção da Tanzânia e em 2009 recusou uma proposta para comandar o Mazembe.

O clube, que tem quatro títulos continentais (1967, 1968, 2009 e 2010), foi fundado em 1939 por monges beneditinos. Mas atualmente vive do dinheiro da mineração no país: segundo Márcio, empresários ricos da República Democrática do Congo investem pesado para transformar o time em potência.
- Hoje, quem mantém o time é um grupo de milionários ligados à mineração. Eles têm um bom centro de treinamento. Não se compara à estrutura de clubes europeus, mas deixaria qualquer time do Rio de Janeiro com inveja. O futebol africano tem evoluído muito por causa do intercâmbio de jogadores, muitos vão para o exterior e voltam. E a Fifa tem se preocupado também em estruturar os clubes africanos, há muitos cursos técnicos e administrativos por lá agora - contou o ex-treinador da Tanzânia.

Na última Liga dos Campeões, o Mazembe venceu o Espérance, da Tunísia, na final. No primeiro jogo, goleou por 5 a 0 em casa. Depois, segurou um empate de 1 a 1 e garantiu o bi. No Mundial de Clubes do ano passado, a equipe africana não teve vitórias: 2 a 1 para o Pohang Steelers, na estreia, e 3 a 2 para o Auckland, na disputa pelo quinto lugar.
- Vi o Mazembe jogar ao vivo na África. O Espérance tem mais estrutura, mais dinheiro, mas o Mazembe tinha mais ginga e acabou goleando. A seleção do Congo está acompanhando essa base do clube. No torneio só com jogadores que atuam dentro da África eles foram os melhores, mas quando todas as estrelas dos outros países podem jogar eles não se destacam muito - analisou o preparador físico Guilherme Junior, que trabalhou em Burkina Faso entre 2009 e 2010.

Da seleção da República Democrática do Congo campeã africana em 2009, oito jogadores estão com o Mazembe no Mundial deste ano: Muteba Kidiaba, Bawaka Mabele, Joel Kimuaki, Kazembe Mihayo, Ngandu Kasongu, Mbenza Bedi, Dioko Kaluyituka e Luyeye Mvete.

A lista do torneio da Fifa teria mais um atleta: Trésor Mputu Mabi. Capitão e maior estrela do Mazembe, o atacante foi eleito o melhor jogador da Copa Africana e chegou a concorrer ao prêmio de craque do continente. Mas Mabi ficou fora do Mundial porque em agosto se envolveu em uma confusão contra Ruanda: liderou as agressões ao árbitro após um gol anulado e acabou  suspenso pela Fifa por 12 meses.

Atualmente, a seleção da República Democrática do Congo é a 129ª colocada no ranking da Fifa. Vale lembrar: o país é o antigo Zaire, vizinho da República do Congo. República Democrática do Congo é uma das maiores nações da África, com 2 344 858 km²  e quase 70 milhões de habitantes. O Mazembe fica em Lubumbashi, a segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Zâmbia.

11 de dezembro de 2010

Ah, como o tempo passa rápido...

20:02 | ,

É... Um ano se passa muito rápido, apesar de não parecer. Você passa por muitas dificuldades, realiza sonhos, perde algumas coisas, luta para conseguir algo... Ufa! É muita coisa que pode ser feita em um ano.

E é essa a filosofia do "Fatos e Opiniões": Sempre, apesar das dificuldades, este espaço independente na internet quer trazer outras visões sobre o que acontece por aí.

Estamos cansados de vermos os jornalistas e radialistas por aí dando alguma opinião se posicionando de maneira tendenciosa e parcial, denegrindo, de vez em quando, alguma das partes integrantes do que aconteceu. É chato ler páginas de blogueiros que só fazem comentários buscando interesses. Não é interessante acessar um blog onde o que se posta só tem fins comerciais. Não quero isso para o "Fatos e Opiniões".

E por isso, faço questão de manter o blog no ar. Sempre trazendo opiniões independentes, destacando os dois (ou mais) lados do fato, mostrando a realidade do que acontece em Natal, no Rio Grande do Norte, no Brasil ou no mundo, nos mais variados lugares.

Por isso, e graças a vontade de querer ter vez, voz e espaço para uma crítica construtiva, consegui levar o "Fatos e Opiniões" para seu 101º post, hoje, e ao seu primeiro aniversário ontem, dia 10 de dezembro. Com muito prazer e satisfação, leitor, faço este blog com muito carinho e muita dedicação, apesar das dificuldades.

Aproveito a oportunidade para agradecer a algumas pessoas que ajudaram nessa caminhada do "Fatos e Opiniões".

Primeiro, agradeço a professora Tarciana Burgos, da UFRN. Ela me deu a idéia de criar este espaço, nas suas aulas de Mídia Digital - onde os alunos mexem diretamente com tecnologias, como a internet.

Agradeço também a minha amiga Gabriela Fernandes, que também ajudou a conceber esta idéia, quando fazíamos o trabalho final da disciplina acima.

Também faço menção a meu parceiro, o meu colega de trabalho e chargista Ivan Cabral (www.ivancabral.com) que fez o projeto gráfico da logomarca do blog. Brigadão, meu caro!

Agradeço também a pessoas como Juliana Albano, Tasmania Teixeira (Universitária FM), Heitor Bezerra (CN Bus), Michael Pontes (Receita Federal), e aos outros que não pude colocar neste espaço.

Lembro também de agradecer a minha família. Se não fosse pelo incentivo dessas pessoas maravilhosas na minha vida, com certeza o blog não teria ido para frente.

Mas, sobretudo, agradeço aos 4112 visitantes que entraram neste espaço até o momento desta postagem. Sei que é pouco perto de outros blogs mais conhecidos. Mas, com certeza, sei que esses poucos acessos são de pessoas privilegiadas, como você, que querem ver uma opinião idependente, não vinculada aos meios de comunicação por aí. Muito obrigado por ler e acompanhar o "Fatos e Opiniões". Você é um leitor privilegiado.

Minha próxima postagem será na sexta que vem, dia 17. Até lá, o texto comemorativo de um ano do blog estará no ar. Mas, tenha certeza: Nas segundas e nas sextas, sempre uma boa opinião estará disponível para você na internet. E tudo preparado com carinho para você.

FATOS E OPINIÕES, 1 ANO: VISÃO INDEPENDENTE E COM CREDIBILIDADE!


Andreivny Ferreira
Moderador do "Fatos e Opiniões

7 de dezembro de 2010

Um título merecido

10:52 | , ,

Peço desculpas pela demora no post. Novamente, meu provedor de internet me deixou na mão. Mas, na sexta, o blog será atualizado normalmente. Aguarde!
A galera do pó-de-arroz enfim pôde comemorar. Aqueles que nunca haviam visto seu time campeão brasileiro também. Estes, e outros sentimentos, eram vistos facilmente entre os milhões de torcedores do Fluminense desde ontem por aí. Afinal, o time é simplesmente o atual campeão brasileiro de futebol. Título muito merecido, por sinal.

Os tricolores foram infinitamente superiores durante todo o campeonato. Foi uma conquista incontestável. Jogando com coerência, sempre com o esquema tático correto para a ocasião e com jogadores que queriam dar alegria a torcida do Fluminense.

Dario Conca jogou demais. Não foi à toa que conquistou o título de melhor jogador do futebol brasileiro de 2010 (e olhe que é argentino). Esteve presente nos 38 jogos do time na competição. Foi sempre constante e, nos momentos decisivos, participou ativamente, com jogadas, passes e/ou gols. Foi perfeito em todo o campeonato.

Outro que devo destacar é Muricy Ramalho. Realmente, o cara é mestre em pontos corridos. Em cinco anos, é o seu quarto título brasileiro (os outros três foram pelo São Paulo). Fez um trabalho brilhante, mesclando as estrelas do clube com jogadores até então desconhecidos e com pratas da casa. Mas, seu maior maior gesto de profissionalismo foi após a copa, enquanto o campeonato estava parado, quando recusou o convite da CBF para ser treinador da Seleção Brasileira. Foi um gesto humano e corajoso de quem queria continuar um trabalho que dava certo até então, valorizando o que tinha na mão. Parabéns ao Muricy pela sua coragem e pelo profissionalismo.

Não podemos deixar de destacar também outros jogadores, como Fred, Washington (mesmo com seu longo jejum de gols), Deco (maior contratação, mas que pouco atuou), Gum, Ricardo Berna... São muitos jogadores que deveria destacar, mas o espaço para o post não permite.

Enfim, parabéns ao novo campeão brasileiro. Que esse título faça com que o Fluminense se reerga no cenário nacional, pois o clube é grande e não poderia ficar mais tempo fora do hall dos campeões. Valeu, Fluminense. O título é seu!

Fluminense vence e solta o grito de campeão brasileiro após 26 anos

10:41 | , ,

Créditos: Globoesporte.com
Foto: André Durão (Globoesporte.com)
Vinte e seis anos, seis meses e oito dias. Esse foi o tempo em que o grito eufórico e emocionado do título brasileiro ficou engasgado na garganta de cada um dos milhões de tricolores espalhados por todo o Brasil. Mas neste domingo, 5 de dezembro de 2010, Conca, Mariano, Fred, Washington  & Cia., comandados por Muricy Ramalho e sob a estrela do mais novo herói, Emerson, o Sheik, autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Guarani, decretaram, num Engenhão espremido por mais de 40 mil torcedores, que as cores que agora mandam no futebol brasileiro são o verde, o grená e branco.

A festa do pó de arroz está de volta. A torcida grita, com toda força, que o Fluminense é tricampeão brasileiro, lembrando a Taça de Prata conquistada em 1970. Para a CBF, ao menos por enquanto, é bicampeão. Mais importante, no entanto, é que ficou com o troféu quem mais a mereceu.

A história do "time de guerreiros", como chama sempre a torcida em coro, é digna de uma crônica do saudoso jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, um dos mais tradicionais tricolores. Um ano depois da arrancada espetacular que livrou o clube do rebaixamento, a equipe de Muricy ficou 23 rodadas na liderança. Ninguém esteve mais na frente no Brasileirão 2010. Junto com o Cruzeiro - que bateu o Palmeiras  por 2 a 1 -, foi a equipe com mais vitórias (19). A última, neste domingo, começou com passe de cabeça de Washington - que entrou no segundo tempo e está há 15 partidas sem marcar - para o Sheik Emerson tocar de canhota por baixo das pernas do zagueiro Ailson e do goleiro xará, aos 16 minutos, entrar para a história do clube e fazer o hino de Lamartine Babo tocar sem parar.

Melhor ainda do que tudo isso, o Fluminense mostrou, aliado ao conjunto, um dos melhores jogadores da competição. O baixinho argentino Conca escreve seu nome na história tricolor ao lado de ídolos como o paraguaio Romerito - autor do gol do último Brasileiro conquistado pelo clube -, além de Rivelino, Assis, Branco, Valdo, Tim e tantas outras feras.

Camisa 11 com pinta de 10, comandou a equipe com o toque de classe dos grandes craques, além da onipresença incomparável - sim, ele atuou em todas as 38 partidas. Fora de campo, os méritos vão todos para o competente técnico Muricy Ramalho. Tricampeão brasileiro pelo São Paulo, ele conquista agora o tetra pelo Fluminense e se aproxima do maior vencedor da competição, Vanderlei Luxemburgo, hoje no Flamengo.

Nervosismo: O roteiro da partida era óbvio: o Guarani retrancado, tentando surpreender no contra-ataque, e o Fluminense na frente, para definir logo a partida e o título. Só que a tensão das duas equipes e o péssimo gramado do Engenhão deixavam a bola mais "viva" do que nunca. O zero a zero do primeiro tempo foi a mais perfeita tradução do pouco futebol apresentado pelas duas equipes.

Logo no início, dois lances mostraram que a tensão estava ali para atrapalhar o Tricolor nas finalizações. Logo aos cinco minutos, Júlio César, no lugar de Deco, rolou para Emerson livre no meio da área, mas a bola escapou do atacante. Pouco depois, em falta cobrada pela direita, Conca mandou de canhota, à la Gérson, na medida para Gum. O zagueiro matou no peito para bater, mas, lento, acabou travado na hora do chute.

Passes errados, pouca velocidade para passar do meio de campo para o ataque... Fred bem que se deslocava, mas a bola não chegava. O time tricolor parecia travado. Muricy bem que gritava, da beira do campo. A primeira vibração da torcida, curiosamente, foi com o gol marcado pelo Goiás no Serra Dourada. O 1 a 0 sobre o Corinthians assegurava o título para o Flu sem precisar vencer o Guarani. Mas o Timão empatou...

A tensão não era só do Flu. Após uma cabeçada torta de Fred, a defesa do Bugre discutiu. Ailson deu bronca em Maycon, que respondeu com uma cabeçada no companheiro de time. O árbitro Carlos Eugenio Simon, que fazia sua despedida dos gramados, deu cartão amarelo para os dois jogadores.

Com Diguinho e Valencia lentos na saída de jogo, Carlinhos preso pela esquerda e Júlio César apagado, as jogadas aéreas pela direita eram a melhor opção. Foi por ali que saiu a primeira jogada que fez o goleiro Emerson, do Guarani, trabalhar bem. Fred cabeceou firme, mas o arqueiro fez a defesa, sem rebote. Em outra jogada de Mariano, o melhor do time na primeira etapa, Emerson tocou de cabeça para Fred disparar, mas o atacante foi travado por uma zaga que, se até ali evitava o gol do adversário, mostrava-se confusa na saída de bola e na colocação em campo. Bicos para o alto e pela lateral eram a saída...

Ao Guarani, restava puxar os contra-ataques pela direita, com um veloz Apodi. Numa delas, Valencia apareceu na hora para isolar para escanteio. Mas a chance que fez cada tricolor no Engenhão roer as unhas foi aos 39. Em cobrança de escanteio de Márcio Careca, a bola sobrou limpa para Reinaldo, que ao matá-la a deixou escapar.

Gol do título: O último lance tricolor, aos 45, quando Conca, àquela altura mais efetivo nas jogadas para servir o ataque, tocou para Emerson bater fraco, mostrou que no vestiário seria necessária uma injeção de Muricy para tirar o time da inércia. Mas logo no início da segunda etapa, Carlinhos deu um tapa em Paulinho, já caído, e só não foi expulso porque Carlos Eugenio Simon não viu.

Quieta na maior parte da primeira etapa, a torcida tricolor percebeu que precisava empurrar o time. Os gritos aumentaram principalmente após o gol do Palmeiras sobre o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Outro resultado ótimo. E após o jogo paralisado aos 10 minutos com as câimbras de Júlio César, Muricy chamou Washington, há 14 partidas sem marcar, para aquecer.

A torcida vibrou com a entrada do atacante no lugar de Júlio César. Parecia um script de Nelson Rodrigues. Na primeira boa ida de Carlinhos à linha de fundo aos 16, o centro foi para o Coração Valente. Ele tocou de cabeça para a área, a bola resvalou em Guilherme e caiu à feição de Emerson. De chuteira com a inscrição "Paz no Rio" gravada, o Sheik tocou de canhota por baixo das pernas de Ailson e do goleiro xará: 1 a 0 para o Fluminense, loucura no Engenhão.

Muricy trocou Fred por Fernando Bob. Depois, Emerson, ovacionado, por Rodriguinho. Mancini desarmou o 3-6-1 do Bugre, trocando o lateral Guilherme por Pablo. Tentou dar mais agressividade ao tirar Márcio Careca e botar Geovane. E tentou melhorar o ataque com Douglas no lugar de Reinaldo. Mas quem chegou mais perto do gol foi o Flu. Washington quase pôs fim ao jejum, mas bateu fraco, para defesa de Emerson.

O gol da virada do Cruzeiro no fim devolveu a tensão - menos mal que o Corinthians ficou mesmo no empate com o Goiás. Àquela altura, o Flu era obrigado a sair do Engenhão com a vitória. Fred e Emerson, desesperados no banco, pediam o apito final. A torcida gritava, eufórica. Após o apito final de Simon, a festa tricolor começou, sem data para terminar.

FLUMINENSE 1 X 0 GUARANI
Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Diguinho, Valencia, Julio Cesar (Washington) e Conca; Emerson (Rodriguinho) e Fred (Fernando Bob).
 
Emerson, Guilherme (Pablo), Aislan, Ailson e Fabiano; Ronaldo, Maycon, Apodi, Paulinho e Márcio Careca (Geovane); Reinaldo (Douglas).
Técnico: Muricy RamalhoTécnico: Vágner Mancini
Gols: no segundo tempo, Emerson, aos 16 minutos.
Cartões amarelos: Mariano, Emerson e Gum (Flu); Paulinho, Ailson, Maycon e Fabiano (Guarani)
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro. Árbitro: Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Altemir Hausman (Fifa/RS) e Roberto Braatz (Fifa/PR). Público: 40.905

3 de dezembro de 2010

Porque ainda existe o Carnatal?

17:38 | , ,

Natal está um caos. Uma festa privada parou a cidade. Isso é o que se ouve por aí com o início da dita "maior micareta do Brasil", o Carnatal. Essa peleija começou ontem e vai até domingo, dia 05.

Não entendo como pessoas gastam até R$ 500 só para dar duas voltas no Machadão em um espaço de três horas. Chega a ser mais caro que o show do Paul McCartney (Que foi bem melhor) em São Paulo e se equipara ao preço de uma senha para a apresentação do Roberto Carlos, no dia 10. Um absurdo! Sem contar com os enormes transtornos que a capital potiguar enfrenta, sobretudo no trânsito.

Por conta disso, não tenho palavras para descrever minha veemente crítica a esse evento privado que é um malefício para a nossa cidade e, principalmente, para os moradores da região. Por isso, no post opinativo de hoje, trago um texto genial que meu ex-professor e publicitário Ricardo Rosado escreveu em seu blog. Apenas leia e comente...

Créditos: Fator RRH
DECRETO Nº. 10.000 DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010.

Dispõe sobre a realização do Carnatal e dá outras providências.

A PREFEITA CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE NATAL, CAPITAL DO ESTADO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município de Natal, artigo 55, VI,

CONSIDERANDO que o legislador municipal não tem a necessária isenção para tratar de tema tão importante para... (ah! deixa pra lá);

CONSIDERANDO que o Tesouro Municipal há 20 (vinte) anos reserva, sem contestação, os recursos suficientes para a realização da folia;

CONSIDERANDO, por fim, que está todo mundo ocupado com assuntos menores, como a guerra urbana carioca e as operações Higia e Apia;

DECRETA:

Art. 1º Os órgãos e entidades da Administração Pública municipal deverão ficar à disposição do Carnatal pelo período requerido por seus organizadores.

Parágrafo Único — Os servidores envolvidos diretamente com o evento Carnatal em Natal não farão jus a horas extras;

Art. 2º - As unidades municipais de saúde adaptarão as escalas de plantão de acordo com a demanda estimada pelos organizadores do evento.

Art. 3º A Guarda Municipal manterá de prontidão os pelotões requisitados pelos organizadores do Carnatal, auxiliando, inclusive, na organização das filas para entrega de abadás.

Art. 4º A limpeza urbana concentrará suas tarefas diárias no entorno da realização do evento.

Art. 5º -Todas as viaturas do SAMU Municipal serão deslocadas para o evento a partir das 16h de cada dia da festa, lá permanecendo até o dia amanhecer.

Art. 6º- Fica temporariamente flexibilizado o direito de ir e vir do natalense no raio de até 2 km do local do evento, absolutamente a critério do organizadores da folia. Se alguém reagir para entrar em sua própria casa, a Polícia Militar deve prender o meliante;

Art. 7º A Câmara Municipal de Natal também se autodissolve neste período, por acordo das lideranças, dando folga aos ilustres vereadores e seus abadás;

Art. 8º- Ministério Público, Receita Federal, Polícia Militar, Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Justiça Federal e todos os flanelinhas, também suspendem suas atividades neste período, para não atrapalhar a folia e prejudicar o lucro dos organizadores do evento, e que eles possam também cair na farra, que ninguém é de ferro;

Art. 9º Está suspensa a cobertura da imprensa que possa prejudicar o evento, proibidas as críticas e espaços para as reações dos moradores de Natal. A partir desta data está liberada a babação e o puxa-saquismo na comunicação;

Art. 10º Cumpra-se.

Art. 11- Publique-se na madrugada do segundo dia do Carnatal.

“Estamos numa Democracia, e ai de quem duvidar”! já dizia o democrata João Batista de Figueredo.

Gama e Silva Falcão, Ministro provisório da republiqueta de bananas na qual se transforma Natal todo ano.

Carnatal altera dinâmica da cidade

17:22 | , ,

Créditos: Nominuto.com
Foto: Elpídio Junior (Nominuto.com)
Quem se aventura a andar por Natal, desde ontem (2) à tarde, deve ter percebido a dificuldade em trafegar pela cidade. O motivo, é claro, o Carnatal. Por causa da festa, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) interdita os acessos das avenidas Prudente de Morais, Salgado Filho e as ruas São José, Nascimento de Castro e Mor Gouveia – algumas das vias mais movimentadas de Natal.

Além dos congestionamentos recorrentes, as linhas de ônibus sofrem alteração em seu itinerário em virtude da micareta. Segundo divulgado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Seturn), também haverá incremento da frota para atender as necessidades dos foliões.

Nas linhas que fazem o trajeto nas imediações do Machadão, estão previstas viagens de reforço. Isto significa que, além do último horário de saída normal, os motoristas devem realizar outra viagem. O Seturn aumentou ainda a capacidade dos veículos: retiraram os micro-ônibus de circulação e colocaram carros de maior porte.

As repartições públicas estaduais, por sua vez, funcionam apenas até as 13h. A determinação foi do governador Iberê Ferreira de Souza e foi publicada no Diário Oficial da última quarta-feira (1º). As escolas públicas também fecham as portas. Na noite de quinta-feira, nem mesmo a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) funcionou normalmente. Alguns poucos professores se dispuseram a dar aula no horário do Carnatal.

Enquanto isso, o noticiário está cheio de matérias referentes ao evento. Todos querem saber sobre os horários dos blocos, o esquema de segurança, o que acontece na festa. Durante o dia, as pautas diferenciadas são raras nem por culpa dos editores dos jornais, mas do próprio momento vivido pela cidade. A cobertura ao vivo, então, se torna quase indispensável dentro de um veículo de comunicação.

A micareta afeta tanto a dinâmica da cidade que os moradores chegam a deixar suas casas e viajar para outros destinos. O fluxo nas estradas federais, conforme divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), aumenta em 15%, sem falar no movimento na rodoviária. Alguns chegam a se hospedar em hotéis para escapar dos transtornos do corredor da folia.

Em 2008, um morador entrou na Justiça pedindo que a Destaque Promoções, organizadora da festa, arcasse com as despesas de hospedagem. Ele argumentou que residia nos arredores de onde se realiza o Carnatal e, em razão do evento, tinha sua vida cotidiana prejudicada, além do que possuía um filho de apenas três anos de idade. O pedido, à época, foi negado.

Mas se há pessoas também saindo, há quem venha para a Natal unicamente para participar da micareta. De acordo com o empresário do turismo, Murilo Felinto, a ocupação hoteleira passa dos 90%. O incremento, segundo informou, é visível sobretudo no turismo local, visto que a maioria dos visitantes vem de outros estados do Nordeste.

Com o maior número de pessoas na cidade, aumenta também o consumo. Pensando nisso, várias marcas firmam parceria com a Destaque, como é o caso da Skol, Smirnoff, Oi, Siemens, Tam e Pepsi. Nas imediações do Carnatal, apenas estes produtos podem ser comercializados. Mesmo os vendedores ambulantes cadastrados na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) para trabalhar na festa precisam obedecer às regras.

Lucram, por fim, as grandes empresas relacionadas ao evento, e alguns poucos informais – que “tiram uma grana” com a comercialização de produtos, venda e reforma de abadás ou recolhendo as latas de cerveja e refrigerante deixadas pelos foliões nas avenidas.

Além das latas, no entanto, muitos outros objetos são deixados no corredor da folia. Para garantir a limpeza do espaço público, a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) preparou um plano de trabalho especial. Para tanto, foram escalados mais de 120 garis da companhia, além de 70 catadores das Cooperativas de Materiais Recicláveis, que serão responsáveis pela coleta de resíduos e limpeza do local.

Quanto à segurança, efetivo escalado para atuar durante a micareta conta com 1.500 homens divididos em todos os espaços do evento, além de 50 câmeras de monitoramento espalhadas pelo percurso, serviço reservado que vai estar a postos, e dez torres de observação.

O atendimento fica ao encargo do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que conta com um pequeno posto avançado, localizado no corredor da folia. A estrutura reduzida serve para os atendimentos mais urgentes, e é dotada de sala de estabilização e acolhimento com 4 leitos. Cerca de 125 pessoas compõem a equipe do Samu para o Carnatal. Ao todo 12 médicos, 12 enfermeiros, 52 técnicos de enfermagem, além do pessoal de apoio estarão trabalhando durante os 4 dias do evento.

A festa tem dimensão tão grande que já serviu até de "meio de divulgação" da cidade. No ano passado, a prefeita Micarla de Sousa recebeu convidados no camarote da administração municipal e aproveitou a oportunidade para vender a cidade como destino turístico para imprensa televisiva local e de todo o Brasil.

Este ano, tendo atingido o limite prudencial, o camarote não foi viável. Em entrevista anterior ao portal Nominuto.com, o secretário do Gabinete Civil da Prefeita, Kalazans Bezerra, disse que o camarote "pode ser um local importante para a visita de possíveis investidores na capital potiguar e, caso não representasse um valor alto para a prefeitura manter o espaço na festa, a despesa acabaria sendo válida e se transformando em lucro para a cidade".

“Vamos ver a relação custo benefício. Só terá camarote se o beneficio para a cidade for muito grande com investimento pequeno”, declarou. Pelo visto os benefícios não foram suficientes ou os custos elevados demais.

E se o Carnatal serve para divulgação de alguma coisa, nesta edição os jornalistas aproveitaram para reclamar sobre os baixos salários pagos à categoria. Com o slogan "Salário de jornalista no RN: uma vergonha!" impresso em uma faixa no bloco Burro Elétrico, a imprensa potiguar reclamou uma remuneração mais digna e condizente com o serviço prestado pela categoria.

Mas o Carnatal não rende apenas para quem gosta de micareta. Em resposta à festa, outros movimentos se organizaram para proporcionar uma alternativa a quem não gosta do estilo musical. Alguns exemplos – os mais conhecidos – foram o Caosnatal (para o rock) e o Carnatronic (para a música eletrônica). Este ano, completando a programação alternativa, o Castelo Pub organizou o "Todo Carnatal tem seu fim". E enquanto o fim não chega, o evento vai continuar "parando" Natal nos quatro dias de sua realização.

29 de novembro de 2010

Não adianta denominar culpados...

19:24 | , ,

Este fim de semana foi melancólico para os torcedores do América. Infelizmente, o time alvi-rubro da Av. Rodrigues Alves foi rebaixado pela terceira vez em quatro anos, indo disputar a terceira divisão do Campeonato Brasileiro em 2011.

Realmente, foi uma vergonha para o futebol do Rio Grande do Norte. Há uma semana atrás, víamos o ABC se sagrando campeão nacional (mesmo sendo o título da Série C, é um título de expressão nacional), com uma belíssima festa nas ruas da capital potiguar. Mas, bastou apenas uma semana para o quadro se inverter e vermos o outro grande clube da capital ser rebaixado como lanterna e ainda perdendo em casa para outro time que caira após o fim da rodada (o Brasiliense).

Reproduzo aqui o comentário do cronista esportivo Pedro Neto dado hoje na segunda edição do  programa Globo Esportivo, terminado agora há pouco na Rádio Globo Natal, onde ele, em palavras próximas as que estão abaixo, descreveu um dos motivos para a queda do América: "Não há um só culpado pelo descenso. Há vários. Não culparia o atual presidente, nem o treinador Dado Cavalcanti por pegarem o bonde andando. Não culparia a maioria dos jogadores, pois alguns mostraram bom futebol. Culparia sim a diretoria, que não administrou bem e fez algumas contratações erradas e culparia o Lula Pereira (ex-treinador do clube) por ter afundado mais o time alvi-rubro".

Em partes, concordo com o cronista e aqui faço o meu comentário: A maior mancada americana foi ter contratado o Lula Pereira. Ora, ele não dirigia um clube há dois anos. Precisava de uma reciclagem. E, para piorar, induziu a diretoria a trazer péssimos jogadores. Já a diretoria culpo por dois fatos: desde 2007 não faz bons planejamentos para o futebol, culminando nessas quedas, e por não conseguir perceber que a coisa está errada e não consertar a tempo (que foi o caso do treinador cearense). Era uma lástima passar em algum lugar e ver um torcedor americano quase chorando de raiva ou triste mesmo vendo seu time se afundar cada vez mais. Chegava a ter pena de alguns.

Só que aí chego a um ponto que não concordo: não culpar o atual presidente. Ele fez parte dessa diretoria que afundou o América. Participou ativamente de algumas das decisões que ajudaram no rebaixamento. Contribuiu para contratações erradas. E, espero estar enganado, encobriu pessoas da diretoria que colocaram seus interesses pessoais, financeiros e até políticos a frente do clube que administravam. Realmente, é uma vergonha.

E agora é fazer um novo planejamento para disputar a terceirona em 2011. Espero, sendo um torcedor neutro aqui no RN (já que sou flamenguista aliviado por não ser rebaixado e orgulhoso do meu time), que o América possa se reerguer e voltar a Série B ou quem sabe ir à primeira divisão, junto com o ABC.

América perde para Brasiliense e os dois são rebaixados para a Série C

19:02 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Foto: Adriano Abreu (Tribuna do Norte)
Apesar de mais de 25 mil pessoas no estádio Machadão, de sair na frente no placar e ainda ficar com um jogador a mais durante boa parte do segundo tempo, não deu para o América. Enfrentando o Brasiliense na última rodada da Série B do Brasileirão, o alvirrubro de Natal perdeu por 2 a 1 e foi rebaixado, como lanterna, para a Série C de 2011.

O Brasiliense, com as vitórias do Vila Nova e do Guaratinguetá, também não permanece na Segundona em 2011. Os gols do jogo foram marcados por Marcelo Brás, para o América, e Acosta e Djavan para o "Jacaré". O América terminou como 20º devido a vitória do Ipatinga. Santo André foi o outro a ser rebaixado para a Série C.

No primeiro tempo, o América abriu o placar com Marcelo Brás. O atacante aproveitou o bate-rebate da defesa do Brasiliense e, mesmo no chão, mandou para as redes. No início do segundo tempo, o meio-campo Ferrugem leva o segundo amarelo e é expulso, deixando o América com um a mais.

"Naquele momento, deveríamos ter colocado um atacante. Mas não. O técnico tirou um atacante e colocou um zagueiro. Deveríamos ter ido para cima, com um a mais", lamentou, ao final do jogo, o atacante Vavá, que só entrou em campo depois da virada do Brasiliense. Virada essa que começou a ser construída em duas cobranças de escanteio. A primeira, Acosta completou para as redes. A segunda, Djavan aproveitou a falha da defesa alvirrubra.

"Não conseguimos repetir a mesma atuação de outras partidas", afirmou o técnico Dado Cavalcanti, também depois do apito final. Antes de encerrar o jogo, inclusive, o árbitro da partida ainda expulsou Bebeto, do Brasiliense, e, por fim, Everton, do América.
Ficha técnica:

América (1): Tutti; Wanderson Cafu, Cléber, Robson e Airton; Eliélton (Saulo), Éverton, Vélber (Adalberto) e Rone Dias; Washington (Vavá) e Marcelo Brás. Técnico: Dado Cavalcanti.
Brasiliense (2): Eduardo; Cicinho, Santiago, Fábio Braz e Dieguinho (Bebeto); Luciano Totó (Adrianinho), Ferrugem, Thiaguinho e Adriano Felício (Acosta); Aloísio Chulapa e Djavan. Técnico: Andrade.
Estádio: João Claudio de Vasconcelos Machado (Machadão), Natal
Árbitro: Paulo César Oliveira-SP
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho-SP e Alessandro Alvaro Rocha de Matos-BA
Cartões amarelos: Éverton (América); Ferrugem, Bebeto e Thiaguinho (Brasiliense)
Cartões vermelhos: Éverton (América); Ferrugem e Bebeto (Brasiliense)
Gols: Marcelo Brás aos 17'/1T (América); Acosta aos 24'/2T e Djavan aos 37'/2T (Brasiliense)