11 de fevereiro de 2011

RN: Ganhando problemas em vez de soluções

11:35 | , ,

Rio Grande do Norte. Pense num Estado cheio de belezas naturais, gente hospitaleira, muita riqueza, prosperidade... Ops, acho que viajei demais! Riqueza e prosperidade por aqui? Só se for a dos ricos e políticos. Aqui, temos muito mais problemas do que soluções. E, para piorar, ganhamos mais uma nesta semana. Simplesmente, a mais perigosa do país.

Eu explico: fizeram a bondade de construir em Mossoró uma das quatro penitenciárias federais de segurança máxima existentes hoje no país. Como se não bastasse a insegurança que isso trouxe para os mossoroenses (e, por tabela, o RN inteiro), transferiram de surpresa para lá ninguém menos do que Luiz Fernando da Costa, ou simplesmente Fernandinho Beira-Mar. É dose ter o preso de maior periculosidade do nosso país por aqui.

É óbvio que ninguém o quer. Mesmo entendendo que é uma questão de segurança deixá-lo fora do Rio de Janeiro, seu principal reduto criminoso, é entendível que nenhum governador, nem prefeito, quer o preso mais perigoso do país em seu território. Só vai trazer mais insegurança nas ruas e na população, uma vez que os comparsas se instalarão no local para fazer inferno ao povo e conseguir libertar seu chefe.

Isso é mesmo uma pouca vergonha. Os últimos governantes não conseguiram trazer nada de benefícios para o Rio Grande do Norte. Perdemos uma refinaria para um Estado pouco produtor, perdemos nosso trecho da ferrovia Trans-Nordestina, estamos passíveis de perder as obras da Copa de 2014 e da Transposição do Rio São Francisco, dentre outras iniciativas que poderiam ajudar o RN a crescer no cenário nacional. Porém, em vez de benefícios, o que conseguiram? Um presídio federal com o preso mais perigoso do Brasil. Isso é desenvolvimento?

Francamente, com essa, definitivamente acho que o RN não vai pra frente. Pior agora que temos uma Governadora oposicionista a Presidente Dilma. Acho que, agora sim, vamos para o fundo do poço.

Só nos resta esperar que a justiça faça seu papel e tire Beira-Mar daqui o mais rápido possível. Não queremos ter mais insegurança do que já temos atualmente...

Juiz definirá tempo de permanência

11:35 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte
O tempo de permanência do traficante mais temido do Brasil no Rio Grande do Norte será uma decisão do juiz federal Mário Jambo, que volta ao trabalho amanhã (09). O pedido para Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar ser transferido para o presídio federal de Mossoró foi do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça Federal, o pedido foi aceito pelo juiz Vinícius Vidor, que ocupa interinamente o cargo de Mário Jambo, de férias. Ainda segundo a assessoria, o pedido do DEPEN foi aceito, por Vinícius Vidor, em caráter estritamente provisório. A decisão foi tomada devido à gravidade do que vinha ocorrendo na Penitenciária Federal de Catanduvas.

O juiz federal Mário Jambo já havia negado, em 2010, vários pedidos de transferências de presos considerados de alta risco para a Penitenciária  Federal de Mossoró, por considerar precárias as condições de segurança da unidade. Havia, por exemplo, o problema da água. A informação era de que não havia autonomia hidráulica e que a solução era receber água do Presídio Estadual Mário Negócio.

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério de Justiça, em Brasília (DF). De acordo com informações repassadas pelos funcionários do órgão, as transferências de presos entre as quatro penitenciárias federais do país são periódicas. Catanduvas (PR), Campo Grande (MT), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN).

O serviço de inteligência do DEPEN evita encaminhar presidiários que pertençam à uma mesma facção para uma única unidade prisional, o que provocaria uma facilitação ainda maior para os criminosos comandarem o crime organizado de dentro das  penitenciária.  Beira-Mar já esteve no presídio federal de Campo Grande, mas não podia ser transferido para Porto Velho porque, segundo informações da direção daquela unidade, lá já estão “presos da facção do Comando Vermelho liderada por Luiz Fernando da Costa”.

A TN tentou e não conseguiu conversar com a direção da Penitenciária Federal de Catanduvas. Agentes que atenderam as ligações disseram apenas que não podiam dar detalhes sobre Beira-Mar. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça enfocou que durante o tempo que Fernandinho Beira-Mar permaneceu em Catanduvas, “era um homem reservado, com a noção de que poderia ser punido caso descumpri-se as normas da instituição”.   Na Penitenciária Federal de Campo Grande (MT), questionado sobre o comportamento de Fernandinho, o diretor da instituição, Washington Clark dos Santos, disse apenas a seguinte frase: “Era normal”.

Sobre o banho de Sol, Clark que está à frente da unidade há um ano e dois meses afirmou: “Era coletivo” (o que significa que Fernandinho não estava inserido no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde o banho, se toma o banho de sol sozinho para evitar contato com outros apenados”.

Beira-Mar chegou em Catanduvas em 19 de julho de 2006, lá permaneceu até 25 de julho do ano seguinte até ser transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MT). Fernandinho ficou apenado naquela unidade até 18 de dezembro de 2010, data em que voltou para Catanduvas e só saiu no sábado (5) quando foi transferido para o Rio Grande do Norte.

Em agosto de 2010, o Tribunal Regional Federal (TRF) negou o pedido de transferência de Beira-mar para um sistema penitenciário estadual no Rio de Janeiro. O presidiário reclamava do rigor do sistema penitenciário federal de Mato Grosso do Sul e da dificuldade de receber parentes.

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com o Jornal do Estado (PR) e com a Gazeta do Paraná para obter informações (reportagens) sobre possíveis problemas gerados pelo traficante número 01 do sistema penal federal. Uma das editoras do Gazeta do Paraná informou que  na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas disse que durante todo o dia de ontem tentou contato com a unidade prisional, mas que foi orientada a falar com o Depen para obter algum tipo de informação (que também não foi repassada pelo órgão).

Transferidos são a elite do crime: O presídio federal de Mossoró, aos poucos, tornou-se a unidade prisional do Brasil com o maior risco de segurança e, consequentemente, a mais badalada. O último interno, Luís Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, é um dos responsáveis pela preocupação neste aspecto. Ele se junta a outros presos também perigosos, como o colombiano Nestor Ramon Caro Chaparro, o “El Duro”, considerado o número 4 no narcotráfico colombiano, além de outros 11 criminosos cariocas que estão em Mossoró há vários meses.

Chaparro foi transferido para Mossoró no dia 17 de abril do ano passado, sob forte aparato de segurança montado pelos agentes penitenciários federais e a polícia federal local. El Duro era procurado pelos Estados Unidos e foi preso pela polícia federal brasileira no Rio de Janeiro, em 13 de março de 2010. O colombiano estava hospedado em um hotel de luxo e não ofereceu resistência.

El Duro era procurado pela polícia norte-americana pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de entorpecentes. A polícia americana oferecia R$ 5 milhões por uma informação que levasse à prisão de Ramon.

De acordo com a Polícia Federal, Chaparro teria enviado cerca de cinco toneladas de cocaína da Colômbia para o território americano, via Brasil. A PF informou na época da sua prisão aos jornais cariocas que o traficante usava o Brasil, como entreposto para enviar drogas para os Estados Unidos e também para a Inglaterra, segundo maior receptor da droga de Chaparro. 

Na época da sua prisão no Rio de Janeiro, a PF comparou a influência de El Duro no tráfico de drogas internacional com a do também narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, preso em São Paulo desde 2007 e extraditado para os Estados Unidos da América em 2008.

Fernandinho Beira-Mar é transferido para Mossoró

11:35 | , ,

O narcotraficante Luís Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, desembarcou por volta das 18h deste sábado (5) no aeroporto de Mossoró. Ele estava no presídio federal de Catanduvas e foi transferido para o presídio federal. Além dele, outros cinco bandidos cariocas também vieram.

A transferência do traficante foi feita sob forte aparato policial. Ele foi trazido em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e desembarcou na cidade às 18h15. A escolta, por ar, foi feita por 20 agentes penitenciários federais, todos fortemente armados.

Ao desembarcar outros 30 agentes de Mossoró, além dos policiais federais e rodoviários federais reforçaram a segurança e o traficante foi imediatamente levado ao presídio federal. A transferência foi concluída há poucos minutos, segundo uma fonte do portal Girando.

A vinda de Beira Mar, considerado o mais perigoso criminoso do Brasil, vinha sendo especulada desde o ano passado. A operação de transferência foi feita sob total sigilo. As forças policiais de Mossoró foram informadas da missão em cima da hora para evitar falhas.

“A gente não estava nem sabendo dessa transferência. Fomos pegos de surpresa. Quando soubemos, ele já estava desembarcando de Mossoró”, conta um agente penitenciário federal, que trabalha no setor de Inteligência do presídio federal de Mossoró e pediu anonimato.

Além de Beira Mar, outros cinco bandidos, todos do Rio de Janeiro, desembarcaram há pouco em Mossoró. O nome dos outros presos ainda não havia sido confirmado pela direção da unidade prisional, que, nesse momento, ainda fazia o processo de triagem para levá-los à cela.

7 de fevereiro de 2011

Não precisava disso...

17:14 | , ,

Copa Libertadores da América. Uma obssessão para qualquer clube brasileiro. Imagino então para os corinthianos, que são motivo de chacota pelos rivais por não ter nenhum título da competição continental. Tudo bem, chacota, provocação e rivalidade sadia são excelentes para o futebol. Mas, a selvageria que vimos ao vivo na TV Record no último sábado foi lamentável.

Chega a ser vergonhoso para o futebol brasileiro tal protesto. Palavras de ordem, pedras, socos e ponta-pés no novo ônibus do clube. Pra piorar, queriam bater na polícia e nos jornalistas. Foi surpreendente o que aconteceu no CT do Corinthians.

Isso só mostra o quanto alguns fanáticos por futebol, que se dizem torcedores, querem apenas prejudicar o time pelo qual "torcem". Só há vândalos nessas manifestações. Se aproveitam de tal situação apenas para causar baderna e não serem pegos. E ainda vão no jogo de futebol tranquilamente. Uma vergonha.

O que deveria ser feito era uma enorme ação nos estádios para combater tais atos. Os verdadeiros torcedores não fazem o que vimos na TV e na Internet. A polícia tem de prender e dar um jeito de essas pessoas nunca mais irem a um estádio.

E deixo uma mensagem aos corinthianos. Libertadores tem todo ano. É só o time se esforçar que o sonho da galera pode se realizar. Mais vontade para os jogadores e mais paz na torcida.

Torcida protesta e apedreja ônibus dos jogadores do Corinthians

17:05 | , ,

Foto: Marcos Ribolli (Globoesporte.com)
A torcida do Corinthians aproveitou a manhã deste sábado para continuar a onda de protestos contra a diretoria e alguns jogadores depois da eliminação logo na fase prévia da Taça Libertadores. Mais de 300 torcedores compareceram ao CT Joaquim Grava com faixas e cânticos e, no momento mais tenso, apedrejaram o ônibus do Corinthians. O maior alvo foi o atacante Ronaldo. O ônibus da equipe foi apedrejado. Faixas de protesto foram colocadas no painel em frente ao CT.

Membros de duas torcidas organizadas ligadas ao Timão lotaram dois ônibus com direção ao Parque Ecológico do Tietê, Zona Leste de São Paulo. Outros muitos foram até o local em seus próprios carros e motos. Na sexta-feira, um pequeno grupo já havia comparecido para criticar o comportamento do time. No painel "República Popular do Corinthians", que fica em frente ao CT, foram colocadas dezenas de faixas e cartazes de protesto. As inscrições variavam entre críticas à política do clube, como "salário caro, futebol incoerente" e "ingresso: R$ 50,00, futebol: R$ 0,99", ou diretamente às estrelas do time, como "Ronaldo aposentado, o Timão não é INSS" e "elenco safado e baladeiro. O presidente Andrés Sanches também foi alvo em outra faixa: "com Sanches, sem chances".

O momento mais tenso aconteceu na chegada do ônibus ao CT. Os torcedores, concentrados no portão principal, atiraram pedras e outros objetos contra os vidros. O veículo era protegido por três carros da polícia, mas eles não foram suficientes. Em seguida, os policiais atiraram bombas de efeito moral para dispensar os manifestantes. Para evitar uma confusão maior, nenhum jogador foi de carro para o treinamento deste sábado. Eles se encontraram em um ponto não divulgado pela diretoria. Intimidados, os membros da comissão técnica decidiram cancelar o treino tático. Os jogadores realizaram apenas uma atividade na academia e uma leve corrida no gramado. Por volta do meio-dia, já com o batalhão de choque fazendo a proteção no portão, o ônibus com a delegação deixou o CT e foi para a concentração. Poucos torcedores seguiam no local para protestar.

Ronaldo, principal estrela alvinegra nos últimos anos, foi quem mais teve o nome gritado pelos alvinegros. O jogador está em má fase e é considerado um dos responsáveis pela eliminação do Timão na competição sul-americana. Os torcedores que foram ao CT querem que o Fenômeno deixe o clube.

- Ronaldo, c..., fora do Timão! – gritaram.

O presidente Andrés Sanches também está na mira dos torcedores, que exigem uma vitória contra o arquirrival Palmeiras, neste domingo, às 17h, no Pacaembu, pelo Paulistão. Um grupo distribuiu um manifesto contra a atual gestão, principalmente pelo aumento no valor dos ingressos e pelo mau desempenho do time nas últimas competições. Alguns dos gritos entoados pelos torcedores:

- Se o Corinthians não ganhar, o pau vai quebrar!
- Andrés, c..., fora do Timão!
- Acabou a paz! A sua vida vai virar um inferno!
- Ou joga por amor ou joga por terror!

Apenas o goleiro Julio Cesar, o lateral-direito Alessandro e o atacante Jorge Henrique foram poupados das vaias e tiveram os nomes gritados positivamente.