6 de agosto de 2010

Irã sinaliza que recusará oferta de Lula para receber condenada

09:13 | , ,

Créditos: G1
O Irã sinalizou nesta terça-feira (3) que deve rejeitar a proposta do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para abrigar a iraniana condenada a morrer apedrejada  por adultério. O caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, levantou uma polêmica internacional e fez com que o governo adiasse a sentença dela, que pode ser mudada para a forca.

"Que eu saiba, [o presidente Luiz Inácio Lula] da Silva tem uma personalidade muito humana e emotiva e provavelmente não recebeu informações suficientes sobre o caso", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast.

Segundo ele, mais informações seriam repassadas a Lula para esclarecer a condição de uma pessoa "condenada por cometer um crime". Segundo autoridades iranianas, ela também é condenada por assassinato.

No sábado, Lula propôs que seu país recebesse Sakineh Mohamadi Ashtiani, mãe de dois filhos, condenada em 2006 por ter mantido "uma relação ilegal" com dois homens depois da morte de seu marido, e também por assassinato e outros crimes, segundo a agência Irna. "Quero fazer um apelo a meu amigo [o presidente iraniano Mahmud] Ahmadinejad, ao líder supremo do Irã [Ali Khamenei], e ao governo do Irã para permitir que o Brasi possa receber a mulher", disse Lula durante uma visita a Curitiba.

Os Estados Unidos apoiaram a proposta brasileira. "Se o Brasil está disposto a aceitá-la, esperamos que o Irã considere isso como um gesto humanitário. O fato de o Brasil demonstrar atitude indica vontade de resolver e esperamos que o Irã escute", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano Philip Crowley.

Lula propõe a Irã receber no Brasil condenada a apedrejamento

09:07 | , ,

Créditos: G1
Foto: AFP / G1
O presidente Luiz Inácio da Silva fez um apelo ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pela vida de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos, condenada à morte por apedrejamento por supostamente cometer adultério com dois homens.

Lula fez a ressalva de que é preciso respeitar a soberania e as leis do país, mas disse que "nada justifica um Estado tirar a vida de alguém". O presidente brasileiro, que recentemente participou de negociações sobre um acordo nuclear com Ahmadinejad, citou a “amizade” entre os dois líderes. “Se essa mulher está causando incômodo, nós a receberíamos no Brasil de bom grado”, propôs o presidente.

"A traição lá tem um tipo de pena é enterrar a mulher viva e deixar a cabeça para fora para o povo jogar pedra", relatou Lula.

As declarações foram dadas durante comício em Curitiba ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Lula começou a falar sobre o assunto valendo-se do fato de o partido  ter uma candidata. Depois, disse que, se Dilma for eleita, ela poderia telefonar para Ahmadinejad pedindo a libertação da iraniana. “Tenho certeza de que ela vai ter sucesso”, disse.

Presa desde 2006, Sakineh foi condenada a 99 chibatadas por adultério. Tempos depois, a reabertura do processo decidiu por sua execução. De acordo com a lei islâmica, a sharia, crimes como assassinato, estupro, tráfico de drogas, assalto à mão armada e adultério são passíveis de serem punidos com o apedrejamento.

O caso provocou uma repercussão internacional e o governo iraniano anunciou uma revisão da pena, sem deixar claro se o apedrejamento estaria suspenso.

Na quarta-feira, Lula disse que não intercederia pela iraniana e justificou que as leis dos países precisam ser respeitadas para não virar “avacalhação”. Na semana passada, o ministro das Relações Exterioes, Celso Amorim, telefonou para o colega iraniano, Manouchehr Mottaki, para pedir o cancelamento da pena de Sakineh.

2 de agosto de 2010

Temos de discutir sobre isso

21:15 | , , ,

Na última sexta-feira, só ouvia uma piada dentro da CIENTEC, onde fazia parte da Rádio Sonora Experimental: "Olha, são cinco da tarde e a praça tá fedendo a baseado"; "Pense num fumaceiro"... E por aí vai. Isso era o sinal de que havia começado a marcha da maconha.

A sua liberação ganha cada vez mais adeptos pelo Brasil a ponto de várias cidades terem eventos semelhantes. A organização da marcha natalense foi muito esperta em adiar sua execução em quase dois meses para atrair mais gente, uma vez que era o final da Reunião Anual da SBPC, onde 20 mil pessoas transitavam pela UFRN. Sacada interessante essa.

Na minha opinião, acho que eventos como esse poderiam ser evitados. Tanto por causa da má avaliação de grande parte da sociedade, quanto pelo possível caos que se poderia causar. No meu ponto de vista, fui contrário a realização do movimento. Ora, pra quê legalizar uma planta "medicinal" que é a porta de entrada para o mundo das drogas? Graças a ela, muitos jovens de todas as classes sociais entram num caminho sem volta.
Mas, acredito que o tema deva ser discutido amplamente. Não é porque o cigarro e o álcool são liberados que a maconha deveria ser também. Mesmo se tratando de indústrias de grande poder, o argumento de que a maconha deveria ser liberada só por causa da liberação do fumo e da bebida é fraco. Os defensores da medida devem ter melhores argumentos, uma vez que várias percelas da sociedade fazem uso da maconha.

E vamos seguindo com o debate. Que seja uma troca de idéias saudável, sem ofensas, nem acusações. Mas, desde já alerto a você, leitor, que convive com crianças e adolescentes: Deixe-os sempre longe de qualquer tipo de droga. Isso pode acabar com a vida deles. Isso pode acabar também com sua vida!

Marcha reúne potiguares que apoiam liberação da maconha

20:58 | , , ,

Créditos: Nominuto.com
Foto: Ricardo Júnior (Nominuto.com)
A primeira marcha pela liberação da maconha no Rio Grande do Norte foi realizada na tarde desta sexta-feira (30). Centenas de pessoas de todas as idades se reuniram no Campus da UFRN portando cartazes e gritando frases em prol da cannabis, como: “Arroz, Feijão, Maconha e Educação”.

A organização do evento, o Coletivo Cannabis Ativa, destaca que a marcha é uma das formas de gritar por todos que defendem a liberação da maconha. Além disso, os organizadores do evento insistiam em propagar a ideia de que a proibição da droga “fortalece a criminalidade” e que a cannabis pode ter uma série de benefícios, principalmente, medicinal.

Para a estudante universitária Leilane Assunção, estudos científicos comprovam que ao contrário do que os críticos falam, a maconha não causa danos mentais. “Vários cientistas estudam isso e alguns chegaram à conclusão que é possível potencializar a intelectualidade, através da cannabis”.

Leilane Assunção ressaltou que o objetivo da marcha é informar a sociedade e tentar quebrar o preconceito que gira em torno do consumo da droga. “Hoje, as rodas de fumo reúnem policiais, médicos, jornalistas, artistas e até mesmo donas de casa. Então, porque proibir?”, questiona.

A estudante afirma também que é viciada em maconha, mas, destaca: “comecei a usar depois de adulta. É importante dizer que nós estamos aqui pedindo a liberação, mas temos a consciência da existência de grupos de riscos, que são crianças e adolescentes”.

De acordo com Leilane, nessa fase da vida o uso de cannabis pode afetar o desenvolvimento dos órgãos. “No entanto, na fase adulta, cada um é responsável pelos seus atos e pelo seu corpo”, frisa.

Apesar da grande maioria dos que foram à marcha defender a liberação da maconha, o evento também teve a presença daqueles que não concordam com a causa. Para Maria Aparecida, de 61 anos, que se disse uma pessoa moderna, a droga só traz problemas para a população.

“Sou totalmente contra. Essa marcha é para ver se melhora a situação, mas, com certeza vai piorar. O mundo já está destrambelhado se a maconha for liberada ai vai ser complicado”, comentou.

Maria Aparecida disse que tem dois filhos e sempre os orientou a não ingressar no vicio. “Se eu descobrisse que algum deles usa maconha iria bater o mundo todo em busca de um local que pudéssemos libertá-los desse mal”.

A organização da Marcha da Maconha esperava reunir aproximadamente 500 pessoas na caminhada que saiu da Praça Cívica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e foi até a Reitoria da instituição.

Durante todo o percurso, os “soldados da maconha” foram acompanhados por policiais militares que fizeram a segurança e coibiam qualquer tipo de utilização da maconha. A determinação a Polícia Militar é que os manifestantes não podiam consumir, portar ou fazer apologia ao uso da droga.

Marcha da Maconha será acompanhada pela PM

20:52 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte
Integrantes do Coletivo Cannabis Ativa se reuniram na manhã de ontem com a promotora de Justiça Isabela Lima da Silva e representantes da Polícia Militar para discutir a realização da “Marcha da Maconha”, prevista para amanhã, às 16h, na Praça Cívica do Campus da UFRN. Na audiência realizada na Promotoria de Investigação Criminal, na Cidade da Esperança, os participantes da organização do movimento foram orientados a não fazerem apologia ao uso da droga.

“O que queremos é trazer à tona o debate de forma mais aprofundada e politizar os cidadãos, conscientizando-os sobre o assunto, não formar mais usuários”, destacou o estudante Álvaro Andrade. Ele e os demais representantes do Coletivo Cannabis Ativa vêm divulgando um panfleto da Marcha da Maconha na qual levantam a bandeira da legalização e avisam “Não use, não porte, não fume na marcha.” A expectativa inicial de 300 participantes vem crescendo e os organizadores acreditam que esse número possa até triplicar.

Para o grupo, o fato de ainda se tratar de uma droga ilícita é a principal causa dos problemas atribuídos à maconha. Eles entendem que a erva só serve de porta de entrada aos demais vícios porque atualmente, por seu uso ser ilegal, “a maconha é vendida pelo mesmo indivíduo que comercializa cocaína, crack e outros entorpecentes.” A legalização, no entender do coletivo, combateria inclusive o “ciclo de delinquência” que hoje é atribuído à canabbis sativa, bem como o preconceito em relação aos usuários.

O comandante de Policiamento Metropolitano, coronel Alarico Azevedo, enfatizou que a manifestação não poderia ser impedida, sem que houvesse uma decisão judicial contrária à passeata. “A Polícia Militar estará no local para garantir a ordem pública”, garantiu o oficial. A quantidade de PMs vai depender de um planejamento e parte do efetivo que vem promovendo a segurança da reunião da SBPC, realizada no Campus, deverá ser aproveitado.

Os organizadores da mobilização foram orientados a oficializarem um documento assegurando o objetivo de não promover a apologia. Eles também devem entrar em contato com a Polícia Rodoviária Federal, caso a Marcha da Maconha se estenda até a BR-101, conforme o previsto, na área vizinha à Praça Cívica do campus. Na rodovia, os manifestantes pretendem realizar uma “pequena paralisação”, chamando a atenção da população para o debate sobre o assunto.