11 de novembro de 2011

Traficante Nem, chefe do tráfico de drogas da Favela da Rocinha, é preso na Lagoa

12:23 | , ,

Créditos: Yahoo!

Imagem: TV Globo / Yahoo!
O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas da Favela da Rocinha, foi preso no fim da noite desta quarta-feira por policiais do Batalhão de Choque da PM, na Lagoa, em frente à sede do Clube Piraquê. Segundo a polícia, ele estava num Corolla preto quando foi abordado pelos agentes.

No início da noite, dez pessoas, entre policiais e traficantes, foram presas durante operação da Polícia Federal, quando cinco agentes civis e militares escoltavam cinco traficantes que esteriam fugido da Favela da Rocinha. A comunidade deve receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no próximo domingo. De acordo as primeiras informações, o grupo estaria dividido em quatro carros que foram interceptados por agentes da PF em frente ao Shopping da Gávea e ao Jóquei, na Zona Sul do Rio. Um dos bandidos presos é o traficante Anderson Rosa Mendonça, conhecido como Coelho, braço-direito do traficante Nem e chefe do tráfico no Morro de São Carlos. Nos carros foram apreendidas armas, granadas e drogas. Todos foram levados para a sede da PF, na Praça da Bandeira. Os bandidos teriam negociado, segundo uma alta fonte da Polícia Civil, o pagamento de cerca de R$ 2 milhões pela escolta feita pelos agentes do estado. Com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, agentes federais estavam monitorando os traficantes e flagraram os policiais em conversas com os bandidos.

Entre os presos, segundo a PF, estão três policiais civis, sendo deles da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) - Carlos Renato Rodrigues Tenório e Wagner de Souza Neves - e um da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) - Carlos Daniel Ferreira Dias. O grupo também conta com dois ex-PMs, José Faustino Silva e Flávio Melo dos Santos, de acordo com nota enviada pela PF na noite desta quarta-feira.

Os outros cinco são traficantes. Além de Coelho, outro dos principais chefes do tráfico no Morro de São Carlos, no Estácio, também estaria entre os presos na noite desta quarta-feira. Sandro Luiz de Paula Amorim, o Lindinho ou Peixe, foi procurar abrigo na Rocinha logo após seu reduto ser ocupado por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Ele foi encarregado de assumir também o comandos das favelas de Macaé, após a morte do traficante Roupinol, ocorrida em 2010. Os outros três bandidos são Paulo Roberto Lima da Luz, conhecido como Paulinho; Varquia Garcia dos Santos, conhecido como "Carré"; e Sandro Oliveiro.

Três fuzis, dez pistolas, cinco granadas e 20 carregadores, além de reais e euros em quantidade ainda não revelada, foram apreendidos. Também foram apreendidas joias em ouro.

Segundo o Tribunal de Justiça, a PF pediu auxilio à Vara de Execuções Penais para monitorar um dos integrantes do grupo que foi preso. A PF sabia que ele, por ser foragido do sistema penal, estava usando uma tornozeleira eletrônica. Através desse monitoramento, foi possível localizar o grupo.

A correria dos policiais para capturar os bandidos transformou a rotina da Rua Arthur Araripe, uma via curta, predominantemente residencial, em frente ao shopping da Gávea, que liga a Marquês de São Vicente à Autoestrada Lagoa-Barra. Os policiais fecharam o trânsito em dois pontos durante a operação, que mobilizou cerca de 40 agentes. Algemados, os bandidos presos eram colocados deitados no asfalto.

A colunista Lu Lacerda estava na Gávea e presenciou a cena. Conforme descrito em seu blog, a "Santos Dumont, de pracinha bucólica que é, transformou-se numa zona de guerra". Segundo ela, quatro carros com policiais à paisana tentavam interceptar um Honda Civic de placa de final 5036, em frente ao Jockey Club. Um policial recebeu a denúncia, que foi confirmada quando dois carros da Polícia Civil conseguiram interceptá-los, e com eles encontraram pistola, fuzil, maconha, carregador de arma e granada. Os bandidos, inclusive o policial, foram jogados no asfalto, algemados e presos ali, diante de pedestres chocados, de acordo com a colunista: "Sirenes soavam, o trânsito parou, algumas pessoas corriam, outras berravam, com muito, muito medo." Uma estudante da Pontifícia Universidade Católica, na Gávea, também contou os momentos de tensão que viveu durante a operação. Em vídeo postado no Twitter, ela revela que agentes do Bope entraram na universidade.

Segundo o corregedor da Polícia Civil, delegado Gilson Emiliano, a informação de que Nem sairia escoltado foi passada pelo Disque-Denúncia (2253-1177) na manhã desta quarta-feira, e dá conta de que o traficante sairia da favela num carro preto com soldados do tráfico fortemente armados e escoltados por viaturas. A denúncia não mencionou se a escolta seria feita por policiais civis ou militares. Por precaução, Gilson Emiliano montou uma operação para evitar a fuga e prender os policiais.

Na terça-feira, o delegado titular da 15ª DP (Gávea), Carlos Augusto Nogueira Pinto, afirmou que instaurou um procedimento para investigar a denúncia de que Nem estaria intervindo nas associações de moradores na região. Há informações de que o traficante teria determinado a antecipação da eleição para a escolha dos presidentes das entidades.

PF prende policiais que escoltavam traficantes da Rocinha, no Rio

12:23 | , ,

Créditos: G1

Agentes da Polícia Federal prenderam, no início da noite desta quarta-feira (9), policiais que escoltavam traficantes que fugiam da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Ao todo foram 10 presos na Gávea, próximo à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Inicialmente, a informação era de que 15 pessoas haviam sido presas, mas a informação foi corrigida pela polícia durante a noite. A Polícia Federal informou que entre os presos, quatro são policiais e um é ex-policial.

Um dos traficantes é conhecido pelo apelido de “Peixe” e o outro é o traficante “Coelho”, um dos principais comparsas de Antônio Bonfim Lopes, conhecido como "Nem", chefe da quadrilha que comanda a venda de drogas na favela. "Coelho" era o chefe do tráfico no Morro de São Carlos, onde "Peixe" também atuava. Perto ao local da prisão desta quarta, em frente ao Jóquei, uma outra equipe da PF abordou um carro que transportava fuzis e granadas.

Desde a madrugada desta quarta-feira (9), policiais militares vigiam os principais acessos à comunidade. A Rocinha e o Morro do Vidigal devem ser ocupados pela polícia nos próximos dias.

A PF informou que as prisões são fruto do trabalho de Inteligência, que desde a semana passada contou com equipes que se revezaram 24h por dia no acompanhamento da movimentação da quadrilha de traficantes que age no morro da Rocinha.

"Ao longo do dia de hoje, uma equipe formada por cerca de 40 policiais federais, com o apoio da SESEG (Secretaria de Segurança do Rio), foi distribuída em vários pontos da cidade, com o objetivo de investigar a possível fuga de traficantes", diz a nota enviada pela PF.

De acordo com a polícia, as informações sugeriam um possível envolvimento de policiais civis e militares num plano de fuga dos criminosos.

Durante toda o dia, os policiais fizeram blitz nos acessos à Rocinha e revistaram moradores. Cerca de 50 homens do Batalhão de Choque ficaram em pontos estratégicos da estrada da Gávea, na Zona Sul. A Polícia Militar informou que vai manter o patrulhamento reforçado, por tempo indeterminado, para evitar a fuga de traficantes.

UPP: A comunidade deve ser a próxima a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A notícia deixou alguns moradores com medo de um confronto com traficantes. Eles dizem que fazem planos para sair de casa. No entanto, todos afirmam que gostam muito do lugar onde vivem.

O barbeiro Marcos Ferreira e a dona de casa Teresinha Bezerra de Araújo fazem parte de um grande grupo de nordestinos que se estabeleceu na Rocinha: “A gente gosta muito daqui. Eu vim da minha terra, já tem 36 anos que estou morando aqui e nem sinto vontade de voltar para lá”, disse ela.

“Eu tenho medo de não poder sair de casa, vamos comprar farinha de trigo, fubá, se não puder sair pra comprar pão a gente se vira”, disse a dona de casa.

7 de novembro de 2011

Imprensa cercada de insegurança

12:01 | , ,

Créditos: TV Bandeirantes

Um domingo que deveria ser de paz e sossego se transforma em um dia de mais uma tragédia anunciada no sistema de comunicação brasileiro. De forma lamentável, um cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido por uma bala perdida em uma operação policial no Rio de Janeiro.

Com essa morte, mais uma vez é exposta a situação de insegurança que são submetidos alguns dos meus futuros colegas. Tiroteio, locais insalubres, equipamentos de péssima qualidade para trabalhar... Enfim, são inúmeros fatores que colocam a profissão de quem leva a notícia a sua casa em risco.

Um desses fatores chamou a atenção: o equipamento cedido ao cinegrafista - nesse caso, o colete a prova de balas, que foi insuficiente para protegê-lo. Tal situação expôs a deficiência das emissoras na proteção de seus profissionais.

Todos que mexem com comunicação esperam que esse triste episódio faça com que as autoridades acordem para a calamidade que se encontra a segurança pública. Espero, também, que as emissoras, com essa fatalidade, abram mais os olhos (e o bolso) para protegerem seus profissionais. Afinal de contas, o público quer saber é da informação, custe o que custar.

Cinegrafista morre em operação do Bope em favela do Rio

12:00 | , ,

Créditos: G1

Um cinegrafista da TV Bandeirantes morreu baleado na manhã deste domingo (6) durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela assessoria da Polícia Militar.

Imagem: TV Globo / G1
De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, "Gelson Domingos da Silva chegou à UPA de Santa Cruz às 7h40 desta manhã de domingo, 6 de novembro, já morto, por perfuração de bala na região do tórax".  Ainda segundo a nota, "ainda assim foram feitas tentativas de reanimação, sem sucesso". O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, foi à unidade de saúde para prestar todo apoio à família da vítima.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou que quatro criminosos morreram e outros oito foram presos durante a operação, que conta com cerca de 100 policiais do Bope e do Batalhão de Choque, sob o comando do 1º tenente Leonardo Novo Oliveira Araújo, com apoio do Batalhão de Ações com Cães.

Em nota, a PM afirma que o gerente do tráfico da comunidade e seu braço-direito estão entre os presos na ação.

Foram apreendidos um fuzil, três pistolas, sete carregadores, cinco radiotransmissores, um quilo e 574 trouxinhas de maconha, 522 pedras de crack, cem papelotes de cocaína e 13 frascos de cheirinho da loló, além de nove motos.

O Grupo Bandeirantes divulgou nota lamentando a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. "O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio", informou a nota.

Abert lamenta: Em nota divulgada na tarde deste domingo (6), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lamentou a morte profissional. Esta é a íntegra da nota, assinada pelo presidente da Abert, Emanuel Soares Carneiro:

”A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão lamenta profundamente a morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro. O profissional foi baleado no tórax quando participava da cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, na zona oeste da capital. A entidade manifesta solidariedade aos familiares, colegas e amigos”.

Operação da PM em favela do Rio termina com nove presos

12:00 | , ,

Créditos: G1

Terminou por volta das 20h deste domingo (6) a operação da Polícia Militar na Favela de Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, iniciada na manhã com policiais do Bope e do Batalhão de Choque.

O cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, que cobria a operação, morreu atingido no tórax por um tiro. Ele usava colete a prova de balas.

Segundo a assessoria da Polícia Militar, baseada em informações do comando da operação, nove suspeitos foram presos, dentre eles o homem que será gerente do tráfico no local, e seu suposto braço-direito. No confronto com policiais militares, quatro suspeitos ainda não identificados foram mortos, informou a polícia.

Foram apreendidos um fuzil AR 15, três pistolas, quatro carregadores de fuzil, três carregadores de pistola, cinco radiotransmissores, dez motocicletas, além de drogas.

Segundo a polícia, o objetivo da ação era checar informações da área de Inteligência do Bope e do Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local.

Segundo a assessoria, “a Polícia Militar lamenta profundamente a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes, Gelson Domingos da Silva, manifestando a mais sincera solidariedade à família e a todos os profissionais da mídia".