30 de janeiro de 2012

Tristeza regada a entulho

09:02 | , ,

Foto: Bernardo Tabak (G1)
Uma noite de quarta-feira como outra qualquer na zona comercial do Rio de Janeiro. Tudo tranqüilo, com poucas pessoas na rua e... Três edifícios desabam simultaneamente, matando cerca de 20 pessoas.

Antes de qualquer crítica ou outra coisa que queira se falar, temos de lamentar bastante o acidente. Nunca poderíamos imaginar que algo desse tipo aconteceria em qualquer lugar. Mesmo sendo no Rio de Janeiro, talvez um acidente semelhante aqui em Natal teria a mesma repercussão.

Porém, o grande destaque desse triste fato é a engenharia. De acordo com portais de notícias, obras não autorizadas mexeram na estrutura de um dos prédios, sobrecarregando as velhas paredes e colunas (O prédio mais antigo é da década de 1940). Grande irresponsabilidade.

Tão absurdo quanto foi o flagra veiculado na TV de agentes da prefeitura vasculhando entulho para poder ficar com alguma coisa dos escritórios comerciais atingidos. Não respeitam nem a dor dos que perderam seu instrumento de trabalho, nem daqueles que perderam a vida.

Agora, nesse momento de dor, temos de prestar toda a solidariedade possível para aqueles que perderam algo nessa tragédia. E que esse acidente sirva de lição para que aqueles que vão trabalhar com engenharia não tenham problemas como esse.

'Vi o prédio tombando para a direita, para cima dos outros dois', diz vizinha

09:01 | , ,

Créditos: G1

Foto: Bernardo Tabak (G1)
A radialista aposentada Julieta Duarte Loureiro mora há 38 anos no Edifício Itu, no nº 47 da Avenida Treze de Maio. Da varanda do apartamento conjugado dela, de decoração simples, no 18º andar, tem uma visão privilegiada do Centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, e do local onde o Edifício Liberdade, de nº 44, e outros dois prédios desabaram na noite de quarta-feira (25). Até o domingo (29), 17 corpos haviam sido encontrados. Outras cinco pessoas estão desaparecidas, segundo a Defesa Civil estadual.

No sábado (28), quando completou 69 anos de vida, com bom humor, apesar do ocorrido, ela contou ao G1 o que viu e ouviu no momento da tragédia.

“Na noite do desabamento, desci para a portaria porque estava muito calor. Fiquei na entrada do prédio, sentada, conversando com uma amiga chamada Lorena. Fiquei de papo, trocando ideia”, recorda. “Desci por volta das 19h15 e o prédio desabou tipo 20h40. Primeiro caiu um pedregulho bem grande, que só escutei bater no chão. Logo em seguida caiu um menor. Quando caiu a pedra pequena, olhei para cima e vi o prédio tombando para a direita, para cima dos outros dois”, complementa.

Julieta conta que, no mesmo instante, saiu correndo com Lorena e outras duas amigas para uma rua mais afastada do local do desmoronamento. “Peguei minha bolsa e gritei: ‘O prédio está caindo!’ Sem enxergar nada, fui correndo para a Rua Senador Dantas”, lembra a aposentada. “Tinha gente andando na rua, umas 50 pessoas, mas logo que caiu o primeiro pedregulho, o pessoal correu. Se fosse sexta-feira seria muito pior, porque as pessoas descem para tomar cerveja e bater papo”, acrescenta.

Sem explosão, nem cheiro de gás: A aposentada afirma não ter escutado qualquer explosão. “O barulho não foi grande. Só fez um ‘trec’, como se estivesse quebrando uma tábua no joelho, e veio caindo. Não teve nada de explosão como foi na Praça Tiradentes. Foi só barulho de cimento se partindo”, conta ela, relembrando o acidente ocorrido em outubro de 2011, quando um vazamento de gás gerou a explosão de um restaurante no Centro do Rio. “Também não tinha nenhum cheiro de gás. Quando caiu, teve aquele corre-corre danado, pessoas chorando”, recorda.

A aposentada conta que, logo após o desabamento, não conseguiu ver como ficou o local onde estavam os prédios, porque bombeiros cercaram e isolaram logo a área.

'Separação dos prédios há 30 anos': A radialista não se lembra de ouvir recentemente reclamações sobre a conservação do Edifício Liberdade ou comentários sobre problemas na estrutura. Entretanto, Julieta recorda de um episódio ocorrido há três décadas. “Quando estavam fazendo obras do metrô, na Estação Carioca, há uns 30 anos, houve uma separação dos prédios. O Edifício Liberdade chegou um pouco para o lado e ficou um pequeno vão para a parede do Edifício Capital, que fica na esquina das avenidas Treze de Maio com Almirante Barros”, conta ela.

“Colocaram um cimento para juntar os prédios de novo. Na época, veio Defesa Civil, televisão, rádio”, lembra.

Julieta conta ainda que, na noite do desabamento dos prédios, só por volta das 3h15 da madrugada voltou para casa, com autorização da Defesa Civil e do síndico do prédio.

"E só de manhã fui ver o que tinha acontecido, da minha janela. Foi uma tristeza total ao saber que debaixo dos entulhos tinha tantas pessoas”, conta ela, com o semblante fechado. “Tinha o catador Moisés, de 50 anos. Ele pegava papelão nas lojas e juntava em frente a uma agência bancária que tinha no térreo do edifício. Ele e o banco ficaram debaixo dos escombros”, explica Julieta.

Dois prédios e um sobrado caem no Centro do Rio

09:00 | , ,

Créditos: G1

Foto: Pablo Jacob (Agência O Globo / G1)
Dois prédios e um sobrado desabaram por volta de 20h30 da quarta-feira (25) na região da Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro, bem atrás do Theatro Municipal, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura. Cinco feridos foram levados ao Hospital Souza Aguiar até 0h desta quinta-feira (26), também no Centro da cidade. Quatro permaneciam internados nesta manhã.

No início da madrugada, parentes reunidos na porta do hospital procuravam desaparecidos que estariam nos prédios. Mais tarde, representantes de quinze famílias foram levados a uma sala de apoio na Câmara de Vereadores do Rio, onde aguardavam notícias dos trabalhos de resgate. Ao menos 19 pessoas eram procuradas, de acordo com a prefeitura.

Em entrevista no fim da noite de quarta, o prefeito Eduardo Paes confirmou que, além de um prédio de dez andares e outro de 20 andares, um sobrado, que ficava entre as duas construções, acabou atingido pelos destroços.

Mais cedo, numa entrevista anterior, o prefeito havia comentado sobre as possíveis causas do desmoronamento. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural no prédio. Acredito que não tenha sido vazamento de gás", disse o prefeito, que anunciou também a abertura de um posto de informações em frente à agencia da Caixa Econômica Federal, na esquina das avenidas Chile e Rio Branco.

De acordo com a empresária Zilene Bernardino, que trabalha no local, o prédio de dez andares fica na Rua Manuel de Carvalho, esquina com a Avenida Treze de Maio, e o outro na própria Treze de Maio.

Menos de uma hora depois dos desabamentos, a Defesa Civil Estadual informou que a tragédia deixou 11 vítimas, sem detalhar mortos e feridos.

Cinco dos feridos receberam atendimento no Hospital Souza Aguiar: quatro homens (dois de 37 anos, um de 31 e um de 50 anos) e uma mulher de 28 anos. O quadro mais grave é o da mulher, que teve lesão no couro cabeludo e passou por cirurgia.

Um zelador e um operário, que estava dentro de um elevador, estão entre os feridos retirados com vida dos escombros. As informações são do coronel Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil. Ainda de acordo com o coronel, as buscas se concentram em dois pontos sinalizados com a ajuda de cães farejadores.

Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios passavam por reforma. "De repente, ouvimos um grande barulho e começou a voar tudo", contou a argentina Devora Galavardo, que mora há seis meses em frente ao prédio que desabou.

Amigos e parentes cercam o local em busca de informações sobre pessoas que trabalham na região, enquanto a Guarda Municipal impede a aproximação, pelo temor de dano estrutural às construções vizinhas.

De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, há 60 homens da corporação no local do desabamento atuando no trabalho de socorro. Há bombeiros dos quartéis da Barra da Tijuca, de São Cristóvão e do Centro. Há 14 viaturas entre ambulâncias, caminhões de água e de escada magirus. O prefeito Eduardo Paes está no local.

Devido ao desabamento, segue interditado nesta quinta-feira (26) o perímetro que inclui a Rua Evaristo da Veiga; a Almirante Barroso, entre Rio Branco e Senador Dantas; o acesso à Avenida Rio Branco pela Avenida Presidente Vargas e ainda a Avenida República do Chile.

A Light desligou a luz nos arredores para evitar incêndios. Vinte viaturas da polícia foram acionadas para isolar a área.

Em nota oficial, o Theatro Municipal informou que o desabamento do edifício da Avenida Treze de Maio não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais. A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo. Nenhum funcionário foi atingido.

27 de janeiro de 2012

Sentença impactante

09:01 | , , ,

Muito bem, caro leitor... Começamos a semana com uma notícia que enche de esperança aqueles que ainda querem uma sociedade moralizada no Brasil: a condenação da maioria dos réus da “Operação Impacto”. Por isso, trazemos mais uma vez o renomado jornalista Diógenes Dantas, do portal Nominuto.com, para falarmos um pouco sobre um dos fatos impactantes (apesar do trocadilho) desta semana. Boa leitura!



Foto: Aldair Dantas (Tribuna do Norte)
A semana começou impactante nos meios político e jurídico. A sentença do juiz criminal Raimundo Carlyle sobre a Operação Impacto, que investigou denúncia de pagamento de propina a vereadores na votação do Plano Diretor em Natal, foi dura e considerada exemplar por entidades de defesa dos direitos humanos e de combate à corrupção.

O Ministério Público Estadual, responsável pela acusação, falou em decisão histórica. E uma boa parcela da população, considerando a repercussão nas redes sociais, saudou a deliberação do magistrado potiguar.

Sem dúvida, o juiz Raimundo Carlyle causou impacto. Ele condenou 16 dos 21 réus denunciados, entre os quais, vereadores no exercício do mandato [5], ex-parlamentares [6], um empresário de renome e antigos servidores da Câmara Municipal de Natal. Todos eles têm direito a recurso e deverão fazê-lo nos prazos definidos em lei. Mas amargam neste momento a condenação em primeira instância.

Dois políticos foram inocentados e respiram aliviados: Edivan Martins, atual presidente da Câmara, e o ex-vereador Sid Fonseca. O primeiro por falta de provas e o segundo por ter sido considerado responsável pelas denúncias, o delator, segundo seus pares.

Antes da sentença do juiz Raimundo Carlyle, a população de Natal já havia se manifestado sobre a carreira de muitos dos envolvidos. Foram os casos de Renato Dantas [ex-presidente da CMN], Carlos Santos, Salatiel de Souza, Geraldo Neto, Edson Siqueira e Aluísio Machado que não conseguiram se reeleger por causa da repercussão negativa do escândalo, ocorrido em meados de 2007.

E a decisão propalada ontem (23) deverá criar problemas para aqueles que estão planejando candidaturas este ano, como Geraldo Neto e Salatiel de Souza.

Considerando a complexidade da denúncia, os nomes envolvidos e o número de implicados no processo e testemunhas arroladas, a sentença do juiz Raimundo Carlyle encerra este caso rumoroso em prazo razoável para os padrões de morosidade da Justiça brasileira [o mensalão da época do governo Lula ainda se arrasta no STF].

E põe pressão sobre outros casos também rumorosos que estão sob análise da Justiça como são os escândalos do Foliaduto, Operação Hígia, Pecado Capital e a farra no Detran denominada Sinal Fechado. A mão dura do juiz Carlyle poderá servir de exemplo na hora de condenar outros agentes públicos pegos com a mão na botija.

Neste episódio da Operação Impacto, me parece que a sociedade sente-se saciada na sua sede por justiça.

Operação Impacto: 16 réus são condenados por corrupção

09:00 | , , ,

Créditos: Tribuna do Norte

Foto: Ana Silva (Tribuna do Norte)
O juiz da 4ª Vara Criminal de Natal, Raimundo Carlyle de Oliveira, condenou 16 dos réus da Operação Impacto por corrupção ativa e passiva durante a votação do Plano Diretor de Natal (PDN), em 2007. Dos 21 denunciados pelo Ministério Público Estadual foram integralmente absolvidos o presidente da Câmara Municipal de Natal (CMN), Edivan Martins, e o ex-vereador Sid Fonseca. Todos os condenados poderão recorrer em liberdade.

Os (parlamentares e ex-parlamentares) Emilson Medeiros e Dickson Nasser, Geraldo Neto, Renato Dantas, Adenúbio Melo, Edson Siqueira, Aluísio Machado, Júlio Protásio, Aquino Neto, Salatiel de Souza e Carlos Santos foram condenados por corrupção passiva nas penas do art. 317, caput, e § 1º do Código Penal (solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem). Adão Eridan também foi condenado, no entanto, apenas pelo caput do art. 317 do CP.

No caso de Dickson e Emilson a punição é agravada porque ambos respondem também pelo art. 62 do mesmo código, que dispõe que a pena será agravada em razão de agente que promove ou organiza a cooperação no crime.

O empresário Ricardo Abreu, além de José Pereira Cabral, João Francisco Hernandes e Joseilton Fonseca foram absolvidos das imputações previstas no art. 1º , inciso V, da lei 9.613/98 (lei que trata dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores). No entanto, Abreu foi condenado pelas penas do crime de corrupção ativa (art. 333).

Os ex-funcionários da CMN Klaus Charlie, Francisco de Assis Jorge e Hermes da Fonseca foram culpados nas penas do art. 317, caput, e § 1º, c/c os artigos 29 e 327, § 2º, todos do Código Penal (corrupção passiva).

Perda de Mandato: Emilson Medeiros, Dickson Nasser, Geraldo Neto, Renato Dantas, Adenúbio Melo, Edson Siqueira, Aluísio Machado, Júlio Protásio, Aquino Neto, Salatiel de Souza, Carlos Santos, Adão Eridan, Klaus Charlie, Francisco de Assis Jorge e Hermes da Fonseca foram condenados a perda do cargo, função pública ou mandato eletivo.

"Verificado que, pela extensão da gravidade dos crimes praticados, é absolutamente incompatível a permanência dos aludidos réus em atividades ligadas à administração pública", destacou o magistrado.

Ele determinou ainda, após transitada em julgado a sentença, que seja oficiado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para fim de suspender os direitos políticos dos condenados. Além disso, deverá ser expedido pela Secretaria Judiciária os competentes mandados de prisão dos condenados e, efetuadas as prisões, as respectivas guias de execução penal à Vara das Execuções para que instaure o devido processo executório das penas.

Devolução de recursos públicos: O Ministério Público requereu a perda em favor do Estado, do dinheiro apreendido em poder dos réus Geraldo Neto (R$.77.312,00), Emilson Medeiros (R$.12.400,00) e Edson Siqueira (R$.6.119,00), depositado judicialmente (fls. 17, 18 e 19 - vol. 11), como valores auferidos pelos agentes com a prática de fatos criminosos, totalizando R$.95.831,00.

"Sendo efeito da condenação a perda em favor da União do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso, decreto a referida perda, apreendida nos autos, conforme dispõe o artigo 91, inciso II, alínea "b", do Código Penal".

Além disso, o magistrado entendeu ser necessária a fixação de indenização, em virtude dos danos à Administração Pública, aferidos como a descrença do povo eleitor em seus representantes municipais e, no próprio sistema democrático, no caso representado pelo funcionamento do legislativo municipal, "não pode ser eficazmente mensurável em quantia financeira, porém deve ser fixado um mínimo que seja à título de indenização", disse ele.

O montante deverá ser revertido ao Fundo Único do Meio Ambiente do Município de Natal, criado pela Lei nº 4.100, de 19.6.1992, regulamentado pelo Decreto nº 7.560, de 11.1.2005.

Das penas: O empresário Ricardo Abreu foi condenado a pena de seis anos e oito meses de reclusão em regime semi-aberto e ao pagamento da multa de 750 salários mínimos; Emilson Medeiros e Dickson Nasser devem cumprir o período de sete anos e nove meses em regime semi-aberto e ao pagamento de 150 salários minimos; os demais vereadores e ex-vereadores foram condenados à pena definitiva de seis anos e oito meses e ao pagamento 150 salários-mínimos.

Já o vereador Adão Eridan foi condenado à pena definitiva de cinco anos de reclusão e ao pagamento de 150 salários mínimos; os ex-funcionários da CMN, por sua vez, cumprirão pena de seis anos de reclusão.

Entenda o caso: "Como ficou provado que os condenados pagaram (Ricardo Cabral Abreu), solicitaram (Adão Eridan de Andrade), facilitaram (Klaus Charlie Nogueira Serafim de Melo, Francisco de Assis Jorge de Souza e Hermes Soares da Fonseca) e auferiram (os demais condenados), indevidamente, importância financeira (ou em bens) não quantificada completamente até o momento, fixo tal valor mínimo da indenização à Administração Pública em R$ 200 mil", definiu. A verba deve ser revertida.

O Ministério Público apresentou denúncia alegando que, no curso do processo legislativo de elaboração do novo Plano Diretor do Município de Natal, durante o primeiro semestre e início do segundo semestre do ano de 2007, os denunciados havia aceitado, para si, promessa de vantagem indevida, para que, no exercício dos mandatos de vereador do município de Natal, votassem conforme os interesses de um grupo de empresários do ramo imobiliário e da construção civil, que se formou para corromper, mediante pagamento de dinheiro, as consciências dos representantes do povo natalense.

Os denunciados, vereadores do Município de Natal, estimulados pelo oferecimento e a promessa da vantagem indevida, em valores iguais ou superiores a R$ 30 mil para cada um deles, obedecendo a uma tabela previamente escalonada de valores, formaram um grupo coeso que se articulou entre si durante todo o processo legislativo mencionado sob a promoção, organização e direção do denunciado Emilson Medeiros, em face das suas relações pessoais com empresários dos ramos da construção civil e imobiliário.

O denunciado Dickson Nasser, igualmente, em posição inferior apenas a do denunciado Emilson Medeiros, promoveu e organizou a cooperação no crime e dirigiu a atividade dos demais agentes, valendo-se inclusive da qualidade de presidente da Câmara Municipal de Natal para sustar o pagamento do subsídio do denunciado Sid Fonseca, para obrigá-lo a votar conforme os interesses do grupo de vereadores integrantes do grupo contratado pelos corruptores.

Em razão da aceitação da promessa da vantagem indevida, os então vereadores denunciados votaram, com êxito, conforme acertado com os empresários corruptores, pela rejeição dos vetos do Chefe do Executivo às emendas parlamentares ao Plano Diretor de Natal, na sessão da Câmara Municipal do dia 03.07.2007, assim praticando ato de ofício com infração de dever funcional.

23 de janeiro de 2012

O (des)governo da cidade do Natal

09:01 | , ,

Foto: Frankie Marcone (Tribuna do Norte)
Há três anos, quando a campanha para a eleição municipal começou, defendi em rodas de conversas a eleição de Micarla de Sousa para o Palácio Felipe Camarão. Com seus ideais renovadores, Natal foi seduzida a votar nela para administrar a capital do Rio Grande do Norte.

Porém, depois de 3 anos... Tudo ilusão.

A cidade está um caos. Nada funciona: os postos de saúde, as escolas, os órgãos municipais... Praticamente nada funciona em Natal – a não ser a Secretaria de Tributação, com a cobrança excessiva do IPTU. Fora isso, estamos à mercê dos bandidos, com tamanha falta de segurança.

Enquanto isso, o que se noticia sobre Natal na grande imprensa? Escândalos políticos e administrativos, a insatisfação da sociedade, troca constante de secretários, viagens constantes da Prefeita e muito mais. Se fossemos colocar tudo de ruim que Natal já virou notícia, seguramente uma postagem não seria suficiente.

É preciso dar um basta nessa situação. Uma capital estratégica para o país está jogada as moscas. E a hora está chegando: a eleição municipal de 2012. O erro não pode se repetir!

Porém, enquanto o longínquo mês de outubro não chega, você, caro leitor, que votou na atual prefeita deve refletir na sua escolha. Imediatismo não resolve. Análises e credibilidade resolvem. Pense nisso!

Natalenses reprovam serviços públicos

09:00 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

Foto: Frankie Marcone (Tribuna do Norte)
Uma pesquisa inédita em Natal mediu a satisfação do cidadão natalense quanto à prestação dos serviços de utilidade pública. Saúde, segurança existência e conservação de praças e áreas de lazer e esportes, lideram a lista com índices de reprovação superiores a 60%. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Certus entre os dias 6 e 7 de janeiro nas quatro zonas administrativas da capital. Setecentas pessoas, moradoras de 33 bairros foram consultadas e responderam dando notas entre 1 e 10, a doze  quesitos apontados pelos pesquisadores.

Os entrevistados avaliaram a iluminação pública, a conservação de áreas para esportes e lazer, segurança pública, esgotamento sanitário, as condições da moradia/habitação, pavimentação e conservação das ruas e avenidas, transportes públicos, fornecimento de água e energia elétrica, coleta de lixo e limpeza, organização do trânsito e saúde. Dos doze serviços, oito foram reprovados e quatro obtiveram índices positivos. No todo da lista dos melhores serviços está a Cosern, com aprovação de 81,43% pelo fornecimento de energia elétrica, seguida pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), com avaliação positiva de 63,72% pela distribuição de água.

O diretor do Instituto Certus, Mardone França, explicou a metodologia da pesquisa. "Cada entrevistador abordava o cidadão e pedia para ele atribuir uma nota ao serviço de utilidade pública. Vale salientar, porém, que nem todos os serviços pesquisados são públicos, como o fornecimento de energia e o transporte coletivo", destacou. Os questionários foram aplicados em domicílio e somente um morador tinha o direito de respondê-los. Os bairros da Ribeira (zona Leste), Salinas e Parque das Dunas (na zona Norte) não foram incluídos no raio de abrangência da pesquisa por apresentarem uma população relativamente pequena quando comparados com os demais bairros.

De acordo com Mardone França, que também é professor do Curso de Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os entrevistados tiveram a oportunidade de avaliar a questão da infraestrutura que envolve o cotidiano de cada um deles. "Esta pesquisa é meramente avaliativa. Ela não está ligada a nenhuma avaliação de gestão em específico", garantiu. A expectativa é de uma nova avaliação dos serviços nestes mesmos moldes seja aplicada ao término da Copa do Mundo de 2014.

"Estamos à véspera de sediar o maior evento esportivo do mundo, que exige das cidades-sedes uma estrutura eficiente e moderna de transportes, segurança e saúde para atender a demanda de espectadores dos jogos. Iremos verificar, se ao término da Copa de 2014, as obras de mobilidade urbana e os investimentos em infraestrutura surtiram os efeitos desejados pela população", destacou o diretor da Certus. Para Mardone, a avaliação negativa da maioria dos serviços de utilidade reflete o abandono dos equipamentos públicos atualmente.

O resultado da pesquisa revelou que a qualidade dos serviços de saúde e a sensação de insegurança, preocupam os cidadãos natalenses. "À luz do entendimento da população, está tudo por fazer. Espera-se, contudo, que haja uma guinada com a possibilidade das novas intervenções com vistas à Copa do Mundo. Iremos fazer uma nova pesquisa após o Mundial para traçarmos um paralelo", afirmou Mardone França.

20 de janeiro de 2012

Banalização, crime ou marketing?

12:01 | , , ,

Não me recordo de ter visto tamanha polêmica sobre um programa de TV como a que surgiu no último final de semana. O programa “Big Brother Brasil”, da TV Globo, foi palco de um suposto abuso sexual entre participantes após uma festa promovida pela produção da atração.

Logo após críticas e protestos nas redes sociais informando do possível delito, a polícia entrou no caso e a direção do programa se viu às voltas com um dilema: ou retirava o programa do ar ou eliminava o participante suspeito – a segunda opção foi a adotada pela emissora.

Tal caso expõe o baixo nível que se encontra, atualmente, a programação da televisão brasileira. Muita futilidade, apologias, bebida, sexo... Muita coisa prejudicial ao brasileiro é mostrada hoje na TV – até mesmo por quem poderia pregar o fim dessas coisas na TV.

Mas, temos de levar em conta também que realmente pode ter havido crime naquele edredom. Isso pode agravar mais ainda a situação da Globo, uma vez que mostrou um crime ao vivo pela TV a cabo e não fez nada para impedir. Resultaria em apologia ao crime e a emissora sofreria diversas sanções (até mesmo a suspensão das operações).

Porém, outra hipótese pode ser levantada. De acordo com o IBOPE, esta edição do Reality Show onde aconteceu tal polêmica tem, atualmente, baixos índices de audiência – já chegaram a ser os piores da edição, com 10 anos recém-completados. Será que isso não pode ser uma jogada de marketing para todo mundo (inclusive este blog) estar falando dessa produção?

Não importa o motivo pelo qual está se dando tanta atenção a esse caso. O que importa é que tal polêmica tem de ser logo resolvida para que a programação da TV brasileira tenha uma boa lição para a melhoria do nível da programação. Assistir televisão aberta, no Brasil, atualmente, é uma tortura.

Ministério das Comunicações investigará se Globo infringiu lei ao veicular cena polêmica

11:59 | , , ,

Créditos: Yahoo!

Em nota, o Ministério das Comunicações informou que investigará as imagens veiculadas no domingo, 15, pela Globo durante o programa ao vivo do BBB12. Caso se constate que foi mostrada uma cena de estupro, poderá punir a emissora até com a interrupção da concessão, além de multas e outras sanções. O órgão ainda solicitou à Anatel que investigue o que se veiculou na TV a cabo.

Imagem: TV Globo - Yahoo!
Após a polêmica envolvendo Daniel e Monique, a Globo de início negou que tivesse havido abuso sexual, pois a própria moça afirmara no confessionário que a troca de carícias foi consentida. Com a entrada da polícia no caso, a cúpula da emissora decidiu excluir o participante do programa para que ele pudesse se esclarecer formalmente e por julgar que o comportamento dele fora gravemente inadequado.

A Globo entrou em detalhes na polêmica no Jornal Nacional de terça, 17, e no BBB do mesmo dia, com uma matéria de dois minutos sobre as investigações da polícia e com a leitura de uma nota oficial pelo apresentador Pedro Bial.

Veredicto da direção: Daniel está fora do BBB12

11:57 | , , ,


O apresentador Pedro Bial abre o programa falando sobre o comportamento de Daniel. "Desde domingo de manhã, a direção avalia o comportamento de Daniel, suspeito de ter infringido as regras do programa", explica Bial.

“O Big Brother avaliou o comportamento de Daniel sem precipitação, com o máximo cuidado. Analisamos as imagens que evidenciaram uma infração ao regulamento do programa. Depois de criteriosa avaliação, a direção do programa entendeu que o comportamento do brother na noite da festa foi gravemente inadequado. Consequentemente, Daniel está eliminado do BBB12”, anuncia o apresentador.

Daniel é acusado de abusar sexualmente de Monique, mas os dois acordam em clima de paz

11:55 | , , ,

Créditos: Yahoo!

A primeira festa do 'BBB12' causou muito mais aqui fora do que dentro da casa. Quem acompanhou os brothers durante a madrugada acusou Daniel de ter abusado sexualmente de Monique, mas os dois acordaram em clima de paz. A expulsão do modelo ficou em primeiro lugar na lista dos assuntos mais comentados da rede social.

Imagem: Reprodução - Twitter / Yahoo!
Daniel e Monique beberam demais, como a maioria dos confinados, e terminaram na mesma cama. Pelo movimento do edredon, ficou evidente que os dois transaram. O que levantou a suspeita de que ele teria se aproveitado da moça, alcoolizada no momento, foi que a estudante praticamente não se mexeu. Para agravar a comoção, o próprio plantão do pay-per-view (PPV) noticiou que Monique não se movia durante o ato.

A atriz global Fernanda Paes Leme ficou indignada e postou as imagens em sua página no Twitter. "Daniel abusou da Monique! Olha o vídeo, a menina apagada!", escreveu assustada. Em seguida, a cantora Preta Gil também se manifestou. "Bulinou a menina dormindo. Que feio", opinou.

Já Marcelo Arantes (o Doutor do 'BBB8') antecipou que a polêmica pode prejudicar Daniel no jogo. "Assistimos ao nascimento do maior vilão do BBB?", perguntou.

No dia anterior, Mayara comentou com João e Analice que Daniel passou a mão nela enquanto dormia. "Eu estava dormindo e ele começou a me bulinar! Mas não foi com o bilau... Teve uma hora que eu bati com meu braço nele. Eu acho que ele tava sonhando, sei lá! Eu já falei que eu não durmo mais com ele", relatou a produtora.

Acusações à parte, quando todos acordaram, Monique procurou Daniel pelo quarto com o olhar e ao vê-lo, acordando em outra cama, sorriu e se deitou com ele. Os dois cochicharam e ela o beijou no pescoço.

16 de janeiro de 2012

Novo ano, velha violência

12:06 | , ,

2012. Um ano que gostaria de começar vendo boas notícias. Mas, pelo visto, não vai ter jeito – vai demorar pra postar algo de bom por aqui. Como não é possível, temos de comentar algo que já enche o saco: a escalada da violência no RN.

Apesar de o ano ter começado agora (hoje ainda é 16 de janeiro), já nos alarma o prognóstico de como poderá ser o resto de 2012, em termos violentos. Só nos últimos dias, foram 10 assaltos a ônibus, além de homicídios, assaltos em variados lugares e maneiras, e outros casos que não convém comentarmos aqui (de tão absurdos que são).

O fato é que as autoridades de segurança pública precisam agir. Porém, não é agir apenas em casos esporádicos – como no caso do transporte coletivo, que as ações só aumentaram por conta dos assaltos freqüentes. Ações preventivas e incisivas se fazem necessárias neste momento – incluindo o futuro. Daqui a pouco, a polícia relaxa e os criminosos fazem a festa novamente.

Porém, não bastam só às autoridades fazerem a parte delas. A sociedade também tem de ajudar. Onde já se viu, por exemplo, fazer um culto em um local perigosíssimo, por volta da meia-noite, ao ar livre, sem qualquer segurança? Isso é apenas um exemplo, caro leitor, do que quero dizer. Quer se sentir seguro? Você também tem de fazer sua parte.

No mais, enquanto não se resolve o problema da segurança pública, temos de conviver com o medo e a possibilidade de sofrermos com a violência. Precisamos que esse prognóstico mude logo. Se possível, o quanto antes.

Assaltos a shopping, casas e ônibus

12:05 | , ,

Créditos: Tribuna do Norte

Foto: Júnior Santos (Tribuna do Norte)
Um grupo de evangélicos na zona Sul de Natal, uma família que passava o veraneio em uma praia do litoral Norte e os funcionários de uma loja de um plano privado de saúde, instalado no maior shopping da capital, foram as vítimas de assaltos ocorridos nas últimas 48 horas sem que nenhum dos bandidos fosse preso pela polícia. A essa série de ocorrências, junta-se a onda de assaltos a ônibus. Foram nove, nos 10 primeiros dias do ano, segundo o Seturn. Ontem, a PM deu início às blitzen para tentar coibir a ação dos bandidos.

O primeiro assalto da série das últimas 48 horas ocorreu no final da noite de quarta-feira, nas dunas as margens da avenida da Integração, Candelária. Por volta das 23h de quarta, um grupo de evangélicos que faziam um culto ao ar livre, quando dois homens armados renderam o grupo. Foram levados celulares, dinheiro, documentos e um golf branco pertencente a uma das vítimas.

A PM foi acionada e, de acordo com informações do tenente Vinícius, do 5º Batalhão da Polícia Militar, várias equipes fizeram buscas nas proximidades da área onde ocorreu o assalto. O carro levado pelos bandidos foi localizado em seguida, em uma estrada de acesso ao bairro de Cidade Nova, próximo ao Parque da Cidade. Ao se aproximar, a patrulhada PM foi recebida a bala pelos dois assaltantes. Apesar da reação dos policiais, a dupla conseguiu fugir pelas dunas que cercam o local. O golf tomado no assalto foi abandonado no local.

Quase ao mesmo tempo em que ocorria o assalto na zona Sul da capital, uma família de veranistas na praia de Caraúbas (litoral norte) foi rendida por quatro homens armados que invadiram a casa. O grupo estava encapuzado e, apesar da violência com que agiram, nenhuma das vítimas ficou ferida. Na fuga, os bandidos levaram equipamentos eletrônicos, câmeras fotográficas, celulares e videogames, além de jóias e uma quantia não revelada em dinheiro.

Os quatro bandidos fugiram a pé. Uma das vítimas conseguiu chamar a polícia, na delegacia de Barra de Maxanranguape (sede do município), distante cerca de 8 km da praia de Caraúbas. Uma hora depois, na única viatura que existe para cobrir a região entre Maxaranguape e Pititinga, a polícia chegou à casa assaltada.

Mais espetacular - sem que também ninguém tenha sido preso - foi o assalto no meio da tarde a uma agência de atendimento de uma operadora de planos de saúde que funciona no Midway Mall. Segundo a assessoria do plano de saúde, a agência é responsável por receber pagamentos por partes dos usuários do plano de saúde. Os bandidos levaram os valores que estavam no caixa - quantia não revelada - e pertences dos funcionários. Os bandidos fizeram disparos para criar confusão entre os frequentadores e afastar os seguranças do estacionamento do shopping, facilitando a fuga.

Responsável pela assessoria de imprensa do Midway Mall, a agência Oficina da Notícia informou que a superintendência do shopping estava apurando o caso do assalto à loja da Amil e que ainda não tinha dados suficientes para se posicionar sobre o fato.

Polícia Militar inicia operação para inibir assalto a ônibus: A "Operação Transporte Seguro", deflagrada pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte, a fim de inibir os assaltos a ônibus, que chegou à média de um por dia nos primeiros dez dias de  janeiro, não rendeu muitos frutos nas blitzen feitas, ontem de manhã e à tarde, em Natal.

Até o fim da tarde de ontem, por exemplo, policiais da Rocam e do 4º Batalhão da PM só haviam detido durante blitz realizada na avenida Tomaz Landin, na altura da ponte de Igapó, o motociclista Allan Bruno de Holanda, que estava com a documentação do veículo atrasada. Depois, a Polícia levantou a ficha dele e descobriu que ele responde a um processo por assalto à mão armada.

"Fui condenado a três anos e oito meses e já paguei quase dois anos", disse Allan Bruno, que está em liberdade condicional e anteontem havia se apresentado ao juízo no Fórum Miguel de Seabra Fagundes.

A Polícia estava parando principalmente os motoqueiros. E só por volta das 17h40 é que foi parado um ônibus da empresa Via Sul, que faz a linha 50 - Serrambi/Santa Catarina. Apenas os homens desceram do veículo para serem revistados, como o estudante Carlos Antônio da Silva, que não se sentiu transtornado com a medida: "É melhor para a segurança dos passageiros, do que ser assaltado no meio do caminho".

O motorista da Via Sul, Francisco Rósio de Lima, disse que já foi assaltado uma vez. "Quando isso ocorre a empresa dá três ou cinco dias para a gente se recuperar do susto". Ele também disse trabalhar há 16 anos na empresa e que depois do assalto, quando fazia outra linha, pediu para mudar por medo de ser reconhecido pelos assaltantes.

Além da ponte de Igapó, houve blitz à tarde, na avenida Engenheiro Roberto Freire, em Ponta Negra. Pela manhã, as blitzen ocorreram em sete pontos da cidade, mas não houve detenção de nenhuma pessoal e nem foram encontradas armas.

Delegado diz que número de assaltos cresceu: Para o delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, os últimos casos de assaltos em Natal e cidades vizinhas não significam um surto de insegurança. Fábio Rogério afirma que situações de violência acontecem todos os dias e tendem a aumentar no veraneio.  "As ocorrências acontecem diariamente. Não dá pra tapar o sol com a peneira e dizer que não há. Além do mais, no verão tudo aumenta", aponta.

Fábio Rogério explica que como o fluxo de pessoas aumenta no verão, com a chegada dos turistas, a atenção dos bandidos também se volta para esse "público-alvo". "Isso não acontece somente em Natal, mas em todo o Brasil. O número de ocorrências cresce e também se concentra em áreas específicas", diz.

Já o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo, não identifica algumas das ocorrências com o aumento típico do verão. "A questão do Midway Mall é de segurança privada. Não é de segurança pública. A Polícia não pode fazer nada a não ser que seja chamada", diz. Já no que diz respeito ao assalto no prolongamento da Prudente de Morais, o coronel acredita que as vítimas cometeram um erro. "As pessoas estavam em um local afastado, sem iluminação, e depois das 23h. É um local de risco", aponta o comandante-geral. "Não vejo nexo nenhum de aumento de criminalidade. São situações isoladas", encerra o coronel Araújo.

Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito dos crimes citados havia sido detido ou identificado.