1 de novembro de 2010

Conheça a trajetória da primeira mulher presidente do Brasil

18:13 | , ,

Créditos: G1
Foto: Roberto Stuckert Filho (G1)
A primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma Vana Rousseff, é uma mineira radicada no Rio Grande do Sul, filha de uma professora e de um imigrante búlgaro. Neste domingo (31), a economista – e avó – de 62 anos conquistou o direito de exercer seu primeiro cargo eletivo. À trajetória dela se misturam alguns dos episódios marcantes da história recente do Brasil, como a resistência à ditadura, a redemocratização do país e a consolidação de uma ordem política equilibrada entre dois blocos pelo PT e pelo PSDB.

Dilma nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte. Entrou na política ainda no antigo colegial, na oposição ao regime de exceção instaurado em 1964. Começou na Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), movimento que, na sua origem, era uma espécie de coalizão de dissidentes, com quadros do PCB, do PSB e do trabalhismo, além de trotskistas e outros marxistas. Na Polop, ela conheceu o primeiro marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. Ao lado dele, mais tarde, optou pela luta armada e se juntou ao Comando de Libertação Nacional (Colina).

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel conheceu Dilma nessa época e é amigo pessoal da nova presidente até hoje. “A Dilma é, e sempre foi, uma pessoa muito inteligente, acima da média. Ela tem uma bagagem cultural muito grande, lia muito desde menina, talvez por influência do pai”, conta. O pai, Pedro Rousseff (Pétar Russev, na língua materna), era um imigrante búlgaro que criou os três filhos com rigidez europeia em Minas Gerais. A mãe, Dilma Jane Silva, era professora.

Em 1970, quando já fazia parte da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), Dilma Rousseff foi presa pela Operação Bandeirante e detida no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde foi torturada. Condenada pela ditadura, foi levada ao Presídio Tiradentes. Foi libertada no fim de 1972 e se mudou para Porto Alegre, terra de seu segundo marido Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve sua filha, Paula.

“Dilma teve uma experiência muito dura na prisão”, conta Pimentel. “Por isso, é uma pessoa que conhece muito bem onde estão os seus limites. Isso faz dela uma mulher muito forte”, diz o ex-prefeito.

Na capital gaúcha, ela cursou ciências contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do Sul de 1974 a 1977. Com a volta de Leonel Brizola ao país após a Anistia, Dilma se filiou em 1980 ao recém-fundado Partido Democrático Trabalhista (PDT). Até 1985, ela trabalhou como assessora de deputados do partido na Assembleia Legislativa do estado.

“Dilma tem uma biografia política relativamente recente”, afirma o cientista político Marcelo Coutinho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Ela começa com um papel em um momento histórico muito importante para o país. Depois, se retira, passa a se dedicar mais à família e reaparece no Rio Grande do Sul, para atuar junto ao PDT”, explica.

O ex-governador do RS Alceu Collares conta sobre a atuação de Dilma nos primórdios do PDT. “Dilma estava junto com a gente desde o começo das conversas sobre o que a gente queria que fosse o movimento dos trabalhistas”, conta. “Fizemos reuniões para montar nosso plano de governo para Porto Alegre. Grande parte desses programas foi feita na casa dela”, diz ele.

Em 1987, Dilma foi secretária das Finanças da prefeitura da capital gaúcha, sob a gestão de Collares. Em 1989, virou diretora-geral da Câmara dos Vereadores. Quando Collares foi eleito governador do estado, Dilma passou ao cargo de presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do RS, onde ficou de 1991 a 1993, quando virou secretária de Energia, Minas e Comunicações.

“Escolhi a Dilma para as duas secretarias porque ela sempre demonstrou muita experiência. Ela é uma mulher determinada”, afirma Collares. “Dizem que ela é brava. Não é. É determinada”, afirma.

Com o fim do mandato de Collares, a nova presidente do Brasil voltou para a FEE, até 1997. Em 1998, Olívio Dutra, do PT, foi eleito governador com o apoio do PDT de Dilma e ela voltou à Secretaria de Energia, Minas e Comunicações. Mas quando Brizola e o PDT romperam com os petistas, Dilma e outras lideranças do partido no Rio Grande do Sul optaram por deixar o PDT e se unir ao PT de Dutra.

“Ela vinha de uma linha brizolista, mas sempre teve uma ligação muito forte com o PT, então não foi uma grande surpresa”, diz Coutinho.

Dilma ficou no cargo até o fim do governo Dutra, em 2003, e participou das negociações do governo do Rio Grande do Sul com o governo federal para gestão da crise energética de 2001.
Foto: EFE / MSN
Governo Federal: Quando Lula assumiu o governo, Dilma foi chamada para assumir o Ministério das Minas e Energia e evitar um novo apagão. “É aí que ela passa a ter um papel de fato importante”, avalia o professor da UFRJ. “Dilma teve ampla liberdade para montar sua equipe e fez um trabalho positivo”, afirma Coutinho. “No mais, é uma passagem que se destaca por uma forte lealdade ao presidente Lula, que garante que ela abra espaço no governo”.

No ministério, Dilma apresentou um modelo para mudar a regulamentação do setor elétrico, mantendo a presença privada, mas aumentando as funções de regulamentação e controle do Estado. E lançou o projeto “Luz para Todos”, para levar energia elétrica às áreas rurais ainda não atendidas pelas redes principais do país.

Após o escândalo do mensalão, que derrubou o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Dilma foi convidada por Lula para a função, em 2005. “Na Casa Civil, Dilma coordenou todas as ações do governo, as bem e as mal sucedidas”, diz Marcelo Coutinho.

Ali, ela trabalhou na formulação do principal projeto do segundo mandato de Lula, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), um conjunto de iniciativas de infraestrutura, habitação, transportes e geração de energia. Repetidas vezes, durante o lançamento do projeto e a campanha presidencial de 2010, Lula a chamou de “mãe do PAC”.

Para Alceu Collares, a popularidade de Lula na presidência se deve diretamente ao trabalho de Dilma. “Quando o Dirceu estava lá, a Casa Civil fazia encaminhamentos de projetos. Com a Dilma, passou a cuidar da execução de projetos”, diz ele. “A minha observação é que quando a Casa Civil passou a ter alguém que estava fazendo um bom trabalho, começou o aumento na popularidade do presidente”, avalia.

Em abril de 2009, Dilma convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que estava se submetendo a um tratamento contra um câncer em seu sistema linfático. Após sessões regulares de quimioterapia em São Paulo, seus médicos anunciaram que ela estava curada em setembro do mesmo ano.

Em março de 2010, Dilma deixou o cargo no governo para se lançar à Presidência da República, apoiada por Lula. Para seu lugar, ela indicou Erenice Guerra, que, em setembro, se demitiu após ter seu nome envolvido em suspeitas de tráfico de influência na pasta.

Para Coutinho, a indicação de Dilma Rousseff à Presidência era um movimento esperado desde 2008. “Em 2008, Lula já tinha claro quem ele queria lançar para sua sucessão e essa pessoa era a Dilma”, afirma. “Apesar da pouca tradição e de um perfil mais burocrata, ela foi aprendendo nos últimos meses a ser política”, avalia.

Conhecida pela personalidade forte, Dilma é “afável no trato pessoal”, segundo Fernando Pimentel. “É uma pessoa muito divertida entre amigos e familiares. No trabalho ela é muito exigente, consigo mesma e, logo, com os outros”, afirma.

“Dilma caminha na vida política brasileira com consciência”, diz Alceu Collares. “Ela não se deixa levar por oba-oba e toma decisões de acordo com sua consciência”, afirma.

Para Marcelo Coutinho, o brasileiro pode esperar “um governo de relativa continuidade”, mas “uma líder menos carismática”. “É normal historicamente que líderes extremamente carismáticos, como foi Lula, sejam seguidos por pessoas mais low profile”, afirma.

Resumão da eleição de 2º turno para governador

18:03 | , ,


Neste domingo, além da eleição de Dilma Roussef, outros oito estados, além do Distrito Federal, elegeram seus novos governadores para o próximo mandato de quatro anos. Já estamos com 100% das urnas apuradas.

Abaixo, veja um resumo das notícias do blog "Eleição 2010":


Em Alagoas, com 99,08% das seções apuradas, Teotonio Vilela Filho, do PSDB, está reeleito governador do estado, com 52,68% dos votos válidos. Ronaldo Lessa, do PDT, com 47,32%, não pode mais alcançá-lo.

Em Roraima, uma eleição muito apertada. Mesmo com diferença muito pequena, José de Anchieta Júnior, do PMDB, está eleito governador, com 50,43% dos votos. Com 99,66% das seções apuradas, é matematicamente impossível Neudo Campos, do PP, tirar a diferença de apenas 1800 votos em relação ao novo governador.

No Piauí, embora apenas 88,24% das seções tenham sido apuradas, a diferença de pouco mais de 16 pontos percentuais entre Wilson Martins, do PSB (58,19%) e Silvio Mendes, do PSDB (41,81%) nos permitem afirmar que o Piauí será governado por Wilson nos próximos 4 anos.

No Pará, Simão Jatene, do PSDB, é o novo governador, com 56,15% dos votos válidos. A atual governadora, Ana Julia, do PT, não mais conseguirá alcançar seu adversário, com 92,49% das seções apuradas.

Em Rondônia, com 92% das urnas apuradas, Confucio Moura, do PMDB, foi eleito governador, com 58,98% dos votos. João Cahulla, do PPS, não pode tirar a diferença de cerca de 120 mil votos em relação ao vencedor.

Na Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB, tem 53,69% dos votos válidos e é o novo governador do estado, com 97,92% das urnas apuradas. Foram pouco mais de 1,053 milhão de votos contra 908 mil de Zé Maranhão, do PMDB.

No Amapá, com 97,75% das urnas apuradas, Camilo Capiberibe, do PSB, está eleito como governador do estado, com 53,68% dos votos. A eleição foi apertada, como foi no primeiro turno. Lucas Barreto, do PTB, ficou com 144 mil votos, contra 167 mil de Capiberibe.

Em Goiás, com 99,99% das seções apuradas, Marconi Perillo, do PSDB, foi eleito governador do estado com 52,99% dos votos válidos. Seu adversário no 2º turno, Iris Rezende, do PMDB, teve 47,01% dos votos até agora, e não pode mais alcançar o tucano. A eleição foi apertada, com uma diferença de menos de 200.000 votos entre os candidatos.

Já no Distrito Federal, 100% das seções já foram apuradas. Agnelo Queiroz, do PT, teve 66,1% dos votos válidos, praticamente 2/3, é o novo governador distrital. Foram mais de 875 mil votos, contra 449 mil de sua adversária, Weslian Roriz, do PSC.

Com 100% das urnas apuradas, Dilma Rousseff chega a 56,05% dos votos

17:57 | , ,

Créditos: R7
Foto: Agência Estado / R7
Com 100% das urnas apuradas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dilma Rousseff (PT) teve 56,05% dos votos e foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil. Dilma derrotou José Serra (PSDB), que conseguiu 43,95% dos votos. Dilma vai assumir o cargo das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de janeiro.

Votos brancos somaram 2,3% e nulos chegaram a 4,4%. Este segundo turno teve abstenção recorde: mais de 29 milhões de eleitores deixaram de votar, número que representa 21,5% do eleitorado.

Apesar da totalização das urnas ter sido concluída na madrugada desta segunda-feira (1º), o resultado foi proclamado pelo TSE por volta das 20h do domingo. Em seu primeiro discurso como presidente eleita, Dilma agradeceu ao presidente Lula e disse que “baterá à sua porta”.

Segundo ela, a emoção de vencer nas urnas se “mistura” à tristeza pela “despedida do presidente”, que deixa o governo após oito anos com índices recordes de aprovação.- Sei que um líder como o Lula nunca estará longe de seu povo. Baterei muito à sua porta, e tenho certeza de que a encontrarei sempre aberta. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora.

Aos 62 anos, a mineira chega à Presidência após ser escolhida por Lula para sucedê-lo, depois de ter enfrentado a ditadura militar, comandado o principal ministério do governo Lula (a Casa Civil); vencido um câncer no sistema linfático e se tornado avó pela primeira vez, ainda no primeiro turno das eleições.

Até então desconhecida pelo eleitorado, pois nunca havia disputado uma eleição, Dilma passou a liderar a corrida pela sucessão presidencial no final do primeiro semestre deste ano, sendo beneficiada pela aprovação recorde do governo atual. Após oito anos na Presidência, Lula deixa o governo no fim do ano com índices de aprovação superiores a 80%.

Serra diz que deseja que Dilma 'faça bem' ao Brasil

17:46 | , ,

Créditos: G1
Foto: Mariana Oliveira (G1)
José Serra, candidato do PSDB à Presidência, que perdeu a disputa para a candidata do PT Dilma Rousseff, afirmou na noite deste domingo (31) que deseja que a nova presidente "faça bem" ao Brasil.

"Nós recebemos com respeito e humildade a voz do povo nas ruas. Quero cumprimentar a candidata eleita Dilma Rousseff e desejar que faça bem ao nosso país", afirmou Serra em pronunciamento iniciado pouco depois das 22h30 deste domingo.

Ele ainda agradeceu a votação recebida no segundo turno. "Disputei com muito orgulho a Presidência e digo aqui, de coração, quis o povo que não fosse agora, mas sou grato aos 43 milhões e 600 mil de brasileiros e brasileiras que votaram em mim. Muito obrigada a vocês de todo nosso país."

Serra foi aplaudido por correligionários ao chegar em seu comitê de campanha, no centro de São Paulo. Estava no palanque o presidente do PSDB, Sérgio Guerra; o presidente do DEM, Rodrigo Maia; o senador eleito Aloysio Nunes (PSDB); e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

José Serra, de 68 anos, obteve mais de 43,6 milhões de votos (quase 44% dos votos válidos) contra 55,5 milhões da presidente eleita Dilma Rousseff (56%). No primeiro turno, Serra havia obtido 33 milhões de votos contra 47,6 milhões de Dilma.

O candidato tucano afirmou, em seu discurso, que enfrentou durante a campanha "forças terríveis" e agradeceu a militância e coordenação da campanha. "Vim aqui não para falar da frustração, mas da confiança e esperança", disse Serra. "Nesses meses, quando enfrentamos forças terríveis, vocês construíram uma fortaleza. Consolidaram um campo político em defesa da liberdade e da democracia no país."

Ele também disse que não está dando "adeus" à política após o resultado deste domingo. "Os que nos imaginam derrotados, eu digo que apenas estamos começando uma luta de verdade. Minha mensagem de despedida, nesse momento, não é adeus, é um até logo. (...) A luta continua, viva o Brasil", disse Serra, emocionado.

José Serra afirmou que passou pelos sete meses de campanha com "muita energia". "Foram sete meses desde que saí do governo de São Paulo, de muita energia. E chego hoje, nesta etapa final, com a mesma energia que tive ao longo dos meses. O problema é como dispender essa energia nos próximos dias e semanas."

O candidato ainda citou que dez governadores que o apoiaram foram eleitos. E destacou o governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin, ao qual chamou de "meu querido companheiro de muitas jornadas."

O tucano votou às 11h30 na capital paulista e afirmou que a alternância de poder faria bem ao Brasil.

Como havia deixado o cargo de governador para tentar a Presidência da República, no momento ele está sem cargo público.

TSE conclui apuração dos votos do segundo turno

17:34 | , ,

Créditos: G1
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que concluiu nesta segunda-feira (1), às 15h24 (horário de Brasília), a apuração dos votos em todo o Brasil. A proclamação oficial dos resultados será feita durante sessão do TSE em data ainda a ser marcada. O TSE tem até o dia 17 de dezembro para proclamar o resultado, data-limite para que a Justiça Eleitoral faça a diplomação dos candidatos eleitos.

Dilma Rousseff (PT) foi eleita a primeira mulher presidente da República. Ela disputou o segundo turno com José Serra (PSDB). A petista recebeu 55.752.529 votos, o equivalente a 56,05% dos votos válidos (que exclui brancos e nulos). Serra obteve 43.711.388 votos (43,95% dos votos válidos).

Outros 2.452.597 de eleitores votaram em branco para presidente, o equivalente a 2,30% do total, enquanto 4.689.428 anularam seus votos, 4,40% do total de eleitores que foram às urnas. Tanto o número de votos brancos quanto o de nulos foi menor do que no primeiro turno das eleições.

Os dados do TSE indicam ainda que a abstenção foi de 21,5%. Foram 29.197.152 de eleitores que não compareceram para votar em todo o país, do total de 135.804.433 que formam o eleitorado brasileiro.

Este é o maior índice de abstenções desde as eleições de 1989, quando o Brasil voltou a eleger seu presidente de forma direta, segundo o TSE. A maior abstenção nestas eleições foi registrada no Maranhão, onde 29,52% dos eleitores cadastrados não votaram.

Além do cargo de presidente da República, os eleitores brasileiros de oito estados e do Distrito Federal também elegeram neste domingo seus governadores. O ritmo de apuração dos votos neste segundo turno foi recorde, afirmou o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski.

Às 20h04 – pouco mais de uma hora após a conclusão da votação – o TSE confirmou o resultado oficial da disputa para presidente.

"Uma hora depois de encerrada a votação já tínhamos um resultado que pacifica o país, que tranquiliza o país, por mais acirrada que tenha sido a disputa. Estamos aperfeiçoando o envio de dados via satélite. O atraso relativo no primeiro turno deveu-se ao fato de que houve um momento em que ficava congestionado. No segundo turno, fizemos com que as localidades mandassem dados criptografados em horários diferentes para não congestionar", afirmou o presidente do TSE em coletiva no domingo (3).

Na manhã desta segunda-feira, restavam apenas 22 urnas para serem apuradas, todas no Acre. A dificuldade de acesso foi o principal motivo do atraso. O estado foi o último a concluir a apuração, o que acabou atrasando a divulgação final dos resultados.

A última urna a ser computada estava em uma aldeia indígena próxima ao município de Mansio Lima, a cerca de 650 quilômetros da capital Rio Branco, na fronteira com o Peru, e teve de ser transportada de barco.